Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
15/07/2013 07h24
CONSELHOS À VULNERABILIDADE

            Todos nós temos a vulnerabilidade da condição humana quando queremos seguir o caminho determinado por Deus em nossa consciência. O egoísmo que é próprio da nossa condição animal exerce grande força na nossa mente e determina o comportamento em muitas situações. Mas sabendo que a vontade de Deus implica em confrontar essa força biológica, o apóstolo Paulo nos dá seis interessantes conselhos:

  1. Devemos ser um exemplo, o nosso modo de agir deve acompanhar com coerência aquilo que nossas palavras informam;
  2. Devemos fazer a leitura pública das escrituras, dos livros sagrados, extrair deles os seus ensinamentos, mostrando a autoridade de Deus em todas as formas de relacionamento dentro da natureza;
  3. Não devemos negligenciar os dons que Ele nos deu a partir da nossa criação, não podemos negligenciar aquilo que nos faz mais competentes;
  4. Devemos ser diligentes e dedicados a fim de que todos possam avaliar o progresso que deve estar inerente às ações realizadas;
  5. Devemos observar constantemente a nossa vida, a forma de como estamos nos comportando e o que estou ensinando para verificar se são consistentes;
  6. Devemos demonstrar sensibilidade nos relacionamentos, tratando as pessoas de forma condizente. Devemos tratar os idosos com respeito, os jovens com compreensão, o sexo oposto com moderação e todos com aquela afeição que deverá unir os membros da família universal.

De todos esses conselhos, acredito que o último é onde apresento algumas falhas de seguimento. Por procurar ser muito verdadeiro, de usar a verdade onde ela for exigida ou até mesmo quando não exigida, posso faltar com o respeito aos idosos. Na minha forma de pensar, que a verdade pode ser dita em qualquer circunstância, esqueço que algumas pessoas não têm condições de suportar a luz que a verdade traz, ficam ofuscadas e passam a não perceber outros detalhes importantes da vida. Talvez por isso Jesus não dissesse toda a verdade que sabia de uma só vez, ensinou muitas vezes por parábolas, para que nossa maturidade intelectual pudesse compreender no futuro muitas dessas verdades que naquela época seria impossível.

            Agora eu tenho que ter muito cuidado com isso, pois a omissão da verdade pode constituir uma mentira em determinados contextos. É bem claro que a omissão da verdade explícita ensinada por Jesus nos seus exemplos por parábolas, não constituem uma mentira dentro da nossa avaliação racional. Agora devemos ter a sabedoria que Ele possuía de diagnosticar devidamente as situações e aplicar a verdade em doses suficientes e necessárias ao crescimento pessoal de quem o ouvia, sem nunca caracterizar uma mentira ou o empobrecimento espiritual do próximo.

 

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em 15/07/2013 às 07h24
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14/07/2013 22h13
UMA GRANDE MENTIRA?

            É possível se viver com outra pessoa uma grande mentira? Fiquei pensando nisso depois de assistir o filme “Testemunha de acusação.” A mulher declara no tribunal que nunca amou o marido, que vivia com ele por conveniência, e o marido abobalhado, na cadeira de réu, não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

            Será que isso é possível? Será que fui vítima disso? Será que o amor que eu acreditava ter e tantas outras pessoas que também pensavam assim, não passava de interesses mesquinhos, materiais, de conveniência? Será que a pessoa teve a paciência de viver comigo tantos anos em nome do amor, mas por dentro com outros objetivos, de calgar uma melhor posição social, de construir patrimônios...?

            Se isso fosse verdade, traria justificativa para um comportamento que até hoje eu não consigo entender... Uma pessoa que diz amar outra, pelo menos no mesmo nível, resolve dispensar esse companheiro num momento de raiva e não considerar mais o amor que dizia um dia ter existido. Não querer ver, falar, nem tão pouco ser amigos, de frequentar a sua casa.

            Não quero aceitar que a hipótese do filme seja uma realidade para mim, apesar das semelhanças. Acredito mais que sejam qualidades diferentes de amar. O meu amor tem uma base em mim, claro, se eu não me amar, não posso amar a mais ninguém. Mas quando o meu amor se desenvolve por outra pessoa, o meu foco principal é no bem estar dessa pessoa. Mesmo que aconteça o inverso do que eu deseje, que essa pessoa não queira ou não possa desenvolver o mesmo amor por mim e prefira se aprofundar no amor com outra pessoa. A qualidade do meu amor não será tingida por sentimentos negativos, continuarei vibrando o meu amor por ela e respeitando os limites de intimidade que ela coloca. Tudo que estiver ao meu alcance para ajudar essa pessoa estará ao seu alcance, até mesmo para lhe beneficiar no amor com outra pessoa.

            Acredito que a pessoa tenha desenvolvido o seu amor por mim, mas com base no seu bem estar. Se alguma coisa acontece que ameaça a sua segurança, mesmo que seja algo que eu tenha dito, afirmado e praticado ser da minha essência, e que eu não posso modificar, ela transforma com facilidade o sentimento de amor em ódio e deixa isso se fortalecer com o tempo. Acredito que tenha sido assim, e não ter vivido uma grande mentira comigo ao longo dos anos. Seria muito destrutivo para ela, pois na minha inocência eu não seria afetado, continuaria a lhe amar de qualquer forma!

            Mesmo assim, ainda acredito que ela esteja no prejuízo, pois cultiva o ódio e intolerância em seu coração, enquanto no meu só existe amor e compreensão. O meu impulso de amor para ela é de lhe ajudar a superar essa dificuldade, mas como fazer isso, se ela entende que deixar de me odiar é aplicar um perdão por um crime hediondo em sua compreensão que não deve ter misericórdia? E que esse perdão só iria me trazer benefícios e não a ela?

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em 14/07/2013 às 22h13
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13/07/2013 23h59
CONSTRUÇÃO CLANDESTINA

            Estamos acostumados a ver pessoas burlando a lei e fazendo construções sem a devida autorização das autoridades responsáveis, com o plano de arquitetura, engenharia, propriedade do terreno, alvarás, licenças, etc.

            Tive a oportunidade de conhecer uma dessas construções clandestinas, mas diferente do que eu poderia imaginar, que iria ficar contrário a esse procedimento, fiquei entusiasmado com o projeto e pelo pioneirismo da obra. Não creditei nenhum juízo negativo e até procurei ver em que nível eu poderia colaborar.

            Antes que o leitor passe a desconfiar das minhas boas intenções, de cumprir com rigor a ética e moral ensinada por Jesus, vou logo explicando minhas razões.

            Felizmente já tenho a consciência da existência dos dois planos da existência, o material e o espiritual. Sei da evolução que acontece no plano material, encharcado de valores egoístas, e da evolução que acontece no plano espiritual recheado de valores éticos e morais. Sei que a família que construímos no plano material é baseada no amor romântico, que implica em ciúme e exclusividade. Isso dificulta a formação do Reino de Deus que deve ser construído na base do Amor Incondicional, da inclusão e da fraternidade. Portanto, os lares que formamos aqui tem essa característica, um muro ético e às vezes muito real que separa as famílias uma das outras e deixam imperar entre elas a lei do mais forte, do mais sabido, do mais rico. É aqui neste lado da vida, o lado material, que encontramos belas construções e todas devidamente registradas e legais. Também aqui encontramos diversas construções clandestinas, principalmente em comunidades carentes, ou miseráveis, onde a lei não tem condições de imperar por falta de justificativas éticas.

            Mas não foi neste plano que encontrei a construção clandestina que quero citar. Foi no plano espiritual, encontrada durante um sonho. Era uma casa formosa, com jardins e pomares bem cuidados. Mas o que chamava atenção era o seu conteúdo, das pessoas que lá viviam e que dava a permissão de eu a enquadrar como clandestina, tomando como base os valores materiais deste lado da vida. Existiam pessoas dentro desta casa que no mundo material não podiam ficar no mesmo espaço. Irmãos com pais e mães diferentes e convivendo todos na presença de seus pais biológicos que proporcionavam uma sinfonia harmônica de sentimentos nobres, todos sintonizados com o Amor Incondicional. Dentro dessa casa não havia ciúmes, não havia tentativa de ninguém excluir ninguém. Todos obedeciam a lei maior de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Dessa forma, mesmo as pessoas que viviam em outras casas, eram objetos do mesmo amor e carinho que existiam nessa construção clandestina.

            E por que eu teimo em rotular uma casa tão perfeita como clandestina? Perfeita do ponto de vista espiritual, onde os valores morais e éticos superam os impulsos egoístas. Uma casa com essas características não tenho notícia de existir em nenhum rincão de nosso imenso Planeta. Por isso, acima dos aspectos legais, essa casa se torna clandestina aos olhos materiais porque dá um salto de qualidade e forma o modelo dos lares que deverão compor o Reino de Deus. Então, é uma clandestinidade positiva, é algo que procuraremos construir, todos nós algum dia, quando tivermos conscientizado que a lição do Mestre Jesus é para ser colocada em prática e não ser usada como mais uma ferramenta para atingirmos nossos interesses egoístas.

            Talvez seja mais fácil construirmos esse lar perfeito apenas em nossos sonhos, pois lá não existe a pressão egoísta do mundo material. Mas alguém já disse uma vez que sonho de um é utopia, delírio, mas o sonho de muitos é realidade. Estou dentro do delírio, mas quem sabe um dia não se torne realidade?

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em 13/07/2013 às 23h59
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12/07/2013 23h07
SEXO E AMOR

            Na Bíblia, em Gênese 39: 1-20, tem uma história interessante sobre José.

            1 José foi conduzido ao Egito, e Putifar, um oficial egípcio do Faraó, chefe da guarda, comprou-o aos ismaelitas que o levavam. 2 O Senhor estava com José, e tudo lhe prosperava. Morava na casa do seu senhor, o egípcio. Seu chefe viu que o Senhor estava com ele e lhe fazia prosperar tudo o que empreendia. 4 Jose conquistou a simpatia do seu senhor, que o empregou ao seu serviço, pondo-o à testa de sua casa e confiando-lhe todos os seus bens. 5 Desde o momento que José tomou o governo de sua casa e de todos os seus bens, o Senhor abençoou a casa do egípcio, por causa de José: a bênção do Senhor desceu sobre tudo que lhe pertencia, na casa como nos campos. 6 Ele entregou todos os seus negócios a José, sem mais se preocupar de coisa alguma, exceto do que se alimentava. Ora, José era belo de corpo e de rosto. 7 E aconteceu, depois de tudo isto, que a mulher de seu senhor lançou seus olhos em José e disse-lhe: “Dorme comigo.” 8 Mas ele recusou: “Meu senhor, disse-lhe ele, não me pede conta alguma do que se faz na casa, e confiou-me todos os seus bens. 9 Não há maior do que eu nesta casa; ele nada me interdisse, exceto tu, que és sua mulher. Como poderia eu cometer um tão grande crime e pecar contra Deus?” 10 Em vão se esforçava ela todos os dias, falando a José; ele não consentia em dormir com ela e unir-se a ela. 11 Certo dia, tendo ele entrado na casa para fazer seus serviços, e não se encontrando ali ninguém da casa, 12 ela segurou-o pelo manto, dizendo: “Dorme comigo!” Mas José, largando-lhe o manto nas mãos, fugiu. 13 Vendo a mulher que ele tinha deixado o manto nas mãos e fugido, 14 chamou a gente de sua casa e disse-lhes: “Vede: trouxeram-nos este hebreu para casa a fim de que ele abuse de nós. Este homem veio-me procurar para dormir comigo, mas eu gritei. 15 E vendo que eu me punha a gritar, deixou seu manto ao meu lado e fugiu.” 16 E guardou junto de si as vestes de José até a volta do seu senhor. 17 E fez-lhe a mesma narrativa: “O escravo hebreu, disse ela, que nos trouxeste, veio à minha procura para abusar de mim. 18 Mas pondo-me a gritar, deixou o seu manto ao meu lado e fugiu.” 19 Ao ouvir isto de sua mulher, contando-lhe como tinha se comportado com ela o seu servo, ele enfureceu-se, 20 e lançou José na prisão, onde se encontravam detidos os prisioneiros do rei. E José foi encarcerado.   

            Essa história mostra que o Senhor estava com José e que assim tudo que ele fazia prosperava. No entanto surgiu para ele uma grande provação na forma da tentação, da sedução sexual, um apelo fortíssimo para a conduta do sexo masculino. Mas, a postura de José mostra que ele também estava com Deus, na forma da justiça. A mulher do seu senhor queria obter os prazeres sexuais com José sem considerar o respeito que deveria ter com o marido. José respeitou esse direito do seu senhor.

            Outra consideração neste caso é a ausência do amor como agente edificador do ato sexual. Caso não exista o amor, o ato sexual entre humanos não passa de um mero exercício de prazer bestial, que nem respeito pode ter pelo outro. Foi o que ficou demonstrado na atitude da mulher, que sem nenhuma compaixão inventou a mentira para punir aquele que lhe frustrou os planos de receber momentos de prazer. Não existia amor. José se comportou com mais hombridade, fidelidade e firmeza com relação ao homem que lhe confiara tudo que possuía.

            Até hoje esse perfil de relacionamentos ainda existe e poucos se comportam como José. Observo que o desejo sexual é uma grande força de aproximação entre duas pessoas e que geralmente cada uma faz o máximo para se beneficiar desse relacionamento, tanto no sentido de obter o prazer, como aconteceu com a mulher de Putifar, como com o objetivo de conquistar bens materiais em troca do prazer que proporciona. Isso é tanto verdade, que quando existe separação entre os casais, observamos uma verdadeira guerra para ver quem fica com mais bens. Existem até casos de assassinatos devido a isso, o que causa grande comoção na sociedade.

            Pincei esse caso relatado na Bíblia, para que possamos abrir nossos olhos e corrigir possíveis tendências que tenhamos de praticar o sexo sem amor e pior ainda, com objetivos espúrios de adquirir bens materiais em função disso. O sexo é o ato mais divino que pode existir entre duas pessoas, pois através dele nos aproximamos do Criador na condição de trazer uma vida ao mundo material. Tem que haver o amor e os seus derivativos, justiça, solidariedade, respeito e tolerância.

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/07/2013 às 23h07
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11/07/2013 10h13
CORAÇÃO ENDURECIDO

            Marvin Williams escreveu um texto para o Pão Diário na data de hoje da seguinte forma:

            O coração é um órgão impressionante. Ele bombeia continuamente oxigênio e sangue rico em nutrientes pelos nossos corpos para manter a vida. Esta casa de força de primeira classe bate 100 mil vezes por dia e movimenta mais de sete litros e meio de sangue diariamente. O coração espiritual também é uma obra de arte. Ele pode ser amolecido pelo toque de Deus e também ser duro como a pedra ao ouvir a Sua voz.

            A Bíblia apresenta pelo menos quatro sintomas de um coração endurecido:

            - Quando alguém se coloca fortemente contra uma obra almejada por Deus;

            - Quando alguém tem atitude crítica em relação a Deus e Sua obra;

            - Quando as pessoas são descuidadas em relação as outras;

            - Quando há falta de compreensão da obra de Deus no mundo.

            Marvin Williams coloca o Faraó como exemplo de coração endurecido, mas acredito que ele comete alguns equívocos. Ele cita Êxodo 7:13-22 e 8:19 para explicar que não menos de dez vezes o Faraó endureceu o seu coração e não deixava o povo de Deus ir. Mas ele se esqueceu de citar o que vinha antes em Êxodo 7:1-6 que diz o seguinte:

            1 O Senhor disse a Moisés: “Vê: vou fazer de ti um deus para o Faraó, e teu irmão Aarão será teu profeta. 2 Dirás tudo o que eu te mandar, e teu irmão Aarão falará ao rei para que ele deixe sair de sua terra os israelitas. 3 Mas eu endurecerei o coração do Faraó e multiplicarei meus sinais e meus prodígios no Egito. 4 Ele não vos ouvirá. Então estenderei minha mão sobre o Egito e farei sair dele os meus exércitos, meu povo, os israelitas, com uma grandiosa manifestação de justiça. 5 Os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu estender a mão sobre o Egito e fizer sair dele os israelitas.” 6 Moisés e Aarão fizeram o que o Senhor tinha ordenado, e obedeceram.

            Fica claro assim que o Faraó não endureceu o coração por vontade própria, e sim pela vontade do próprio Deus. O Faraó não passou de uma marionete nas mãos de Deus para Ele provar o seu poder, proteger o Seu povo e destruir supostamente quem ia de encontro à Sua vontade.

            Ao aplicar o meu raciocínio no conjunto da Bíblia, vejo que o Deus que orientou Moisés não é o mesmo Deus que enviou Jesus para nos ensinar. Se eu tivesse nascido naquela época, já que eu não sou israelita, poderia ter sido um egípcio. Certamente eu não haveria sobrevivido quando Deus estava demonstrando o seu poder eliminando todos os primogênitos.

            Prefiro acreditar no Deus que Jesus ensinou, no Pai de todos nós, no autor da criação e que não tem preferências por quem quer que seja. Espera apenas que a Sua lei do amor seja cumprida e quem não o faça que responda pelas consequências dos seus próprios atos, sabendo que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Assim, procuro seguir essa Lei como Jesus orientou, tendo os seus dois principais itens como bússola comportamental: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo. Apesar de agir assim com o maior rigor que me é possível fazer, ainda recebo críticas de pessoas altamente espiritualizadas e que imaginam que o mesmo Deus que eu obedeço a vontade, obedeço a Sua lei, não é mesmo Deus que elas acreditam e que também procuram seguir Sua vontade. Será que é esse Deus duplo que eu percebo existir na Bíblia?

            Agora, os quatro sintomas de um coração endurecido citados na Bíblia eu posso aplicar ao meu redor, aplicar na minha vida, entendendo que eu estou tentando seguir a obra almejada por Deus, e compreendendo que é a pessoa mesmo, e não Deus, que pode está endurecendo o coração. Então, quais são esses sintomas?

- Quando alguém se coloca fortemente contra uma obra almejada por Deus;

Sinto na pele essa colocação forte de pessoas contra a obra almejada por Deus, assim como Ele colocou em minha consciência, de amar de forma incondicional, de praticar a inclusividade do amor, agir com justiça e solidariedade. Como essa obra vai de encontro aos seus interesses individuais, a pessoa mostra tanta oposição. É um coração endurecido!

            - Quando alguém tem atitude crítica em relação a Deus e Sua obra;

            Mesmo a pessoa tendo conhecimento do projeto do Reino de Deus que deverá ser realizado por cada um de nós, fazendo a faxina do egoísmo a partir do nosso próprio coração e se estender para os diversos tipos de relacionamentos, construindo a família universal, a pessoa mantém a atitude crítica. Tem um coração endurecido!

            - Quando as pessoas são descuidadas em relação as outras;

            As pessoas percebem o sofrimento, a carência, a fome, a ignorância, o abandono, grassando no mundo e não procuram de alguma forma minorar esse sofrimento. Têm corações endurecidos!

            - Quando há falta de compreensão da obra de Deus no mundo.

            Pessoas que estão dentro da obra de Deus e não a compreendem, não veem a beleza de tudo que se harmoniza em busca da evolução de uma perfeição cada vez maior, a partir dos nossos sentimentos de solidariedade e justiça social. São corações endurecidos!

            São essas as minhas considerações e que não descarto a possibilidade de estar errado em diversas interpretações. Mas como isso faz parte ainda da minha grande ignorância, estou disposto a corrigir meus erros no momento que a razão assim a detectar.

            Por falar nisso, no diário de ontem iniciei a colocação de minha experiência de vida no sentido de detectar algum erro de avaliação e comportamental com a ajuda dos leitores. A ideia era a cada dia colocar neste espaço a evolução dessa minha experiência. Mas vejo que não será eficaz e poderá ficar muito confuso, misturar um texto extenso como foi este de hoje com mais informações sobre minha experiência de vida.

            Mas como esse feedback do leitor é importante para as minhas considerações e possível correção de rota paradigmática, vou colocar em espaço reservado para esse fim nos recursos do Recanto das Letras. Hoje mesmo irei colocar o texto de ontem já com esse propósito. Sem querer abusar da boa vontade dos meus leitores, solicito que leiam o que irei postar nesse espaço crítico e me ajudem a corrigir os erros que a minha inteligência não conseguiu ainda alcançar.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/07/2013 às 10h13
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