Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
10/09/2014 23h59
NÃO ADULTERARÁS

            Vamos lembrar dos 10 mandamentos dados a Moisés no Monte Sinai pelo próprio Deus:

1)Não terás outros deuses diante de mim

2)Não farás para ti imagem esculpida

3)Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão

4)Lembra-te do dia do sábado para o santificar

5)Honra a teu pai e a tua mãe

6)Não matarás

7)Não adulterarás

8)Não furtarás

9)Não dirás falso testemunho contra teu próximo

10)Não cobiçarás a mulher do teu próximo.

Quando perguntaram a Jesus qual era a maior das leis que Deus queria que respeitássemos, Ele disse sem vacilar que seria “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo.” Com essas duas observações Jesus conseguiu atender todas as leis compostas nos 10 mandamentos. Se atendermos as duas observações feitas por Jesus, atenderemos os 10 mandamentos entregues por Moisés. Isso mostra uma evolução de uma lei para a outra, de um legislador para outro. Mesmo falando de um mesmo Ser, Deus, certamente o Deus de Moisés tinha um perfil de exigência muito diferente do Deus de Jesus. E como observamos uma evolução entre as duas formas de legislar, do Amor condicional de Moisés (olho por olho, dente por dente) ao Amor incondicional de Jesus (dar a outra face a quem te bater e perdoar 70 vezes 7), podemos imaginar que essa evolução na forma de legislar poderia voltar a ser necessária, agora que se passaram 2000 anos das lições do Cristo. É um tempo equivalente ao que foi gasto entre Moisés e Jesus.

Tendo a ousadia de estudar as duas leis e propor uma reforma evolutiva para os nossos dias, vou analisar a sétima lei de Moisés, “Não adulterarás”, com o foco da Lei de Cristo, da aplicação do Amor Incondicional acima de qualquer preconceito, lei ou cultura moral. Vou criar uma parábola, como Jesus fazia, para tentar explicar a situação:

Certo dia um homem da vida mundana, que não tinha religião, mas que procurava viver dentro dos princípios da justiça e solidariedade, tal qual aquele “samaritano do Evangelho” conheceu certa mulher casada. Era uma pessoa jovem, bonita, sensual, mas com uma nuvem de melancolia em seu semblante. Ela contou a sua história, vivia triste com o seu marido, pois esse a traia abertamente, e ao mesmo tempo a humilhava dentro de casa e tudo era motivo para ser criticada. De tão perturbada se encontrava que perdeu a sua autoestima, não conseguia mais fazer o seu trabalho e a depressão tomava conta da sua alma. Procurou um padre que a aconselhou rezar e pedir a Deus para suportar a sua cruz; procurou a família que lhe aconselhou a ficar perto do marido, pois ruim com ele, pior sem ele; procurou um psiquiatra que fez uso de remédios para ela suportar a situação e corrigir a doença que já tomava conta da sua mente apesar do torpor que isso provocava. Dizia ela que, apesar da melhora relativa que ocorria, do consolo momentâneo que tinha, não sentia uma recuperação adequada, pois a relação com o marido não tinha nenhuma melhora e ele se recusava a participar de qualquer tratamento ou aconselhamento.

Esse homem de vida mundana não tinha a principio nenhuma cobiça nessa mulher, na mulher do próximo, mas ficou sensibilizado com aquela história. Ele sabia que o comportamento do homem permitia esse tipo de comportamento, de adultério, e que isso era tolerado pela sociedade e até incentivado como um ato de heroísmo, de prova de machismo pelo homem. A mulher, pelo contrário, seria considerada uma vadia e digna de apedrejamento. Esse homem mundano se colocou no lugar daquela mulher, e por empatia passou a sentir o que ela sentia. Aquela sensação de desprezo, de menos valia, de uma pessoa desprezível que não era digna de ser amada. Então esse “samaritano” desenvolveu um carinho, um afeto por essa pessoa que ela sentiu essa energia positiva como um halo de amor em sua volta. Logo o instinto sexual despertou e o “samaritano” conduzindo-o dentro dos limites do Amor, nada fez que prejudicasse essa mulher com seus pudores e respeito as leis que ela aprendera ser importante. Mas ela também foi tocada por esse Amor e da mesma forma que o homem mundano, ela também teve despertado dentro de si os impulsos sexuais. Agora eles já estavam discutindo de forma harmônica se valia a pena eles se envolverem sexualmente, já que ambos desejavam e que traria prazeres aos dois e uma vitalidade muito importante para aquela mulher desprezada. Depois de muito considerarem a situação, decidiram que não estariam cometendo injustiça contra aquele marido, pois igual coisa ele fazia e de forma escancarada que a humilhava tanto. Ela percebia que aquele seu amigo mundano não tinha o desejo exclusivo de usá-la como objeto do prazer e desprezá-la em seguida. Ela sentia que também era amada por ele e que o sexo não iria ser algo vazio. E assim aconteceu. A mulher se envolveu sexualmente pela primeira vez com um homem fora seu marido, cometera adultério. No entanto, aquilo serviu como um bálsamo na sua vida. De repente ela percebera que poderia ser amada, que não era um ser desprezível; percebeu também que seu marido se comportava assim, não exclusivamente por sua causa, e muito mais por sua tendência biológica de atender os seus instintos de macho. Apesar de aprender a amar aquele homem mundano, ela tinha agora uma melhor harmonia no seu casamento, entendia melhor o seu marido que não deixava de ser grosseiro e deselegante, e sabia que podia tomar uma decisão na sua vida, mesmo que não fosse para ser uma nova esposa para aquele homem mundano, pois isso ele deixara claro que não podia acontecer. Passou a ter um novo posicionamento frente a vida, não procurou mais conselhos do padre, da família e deixou de tomar os remédios. Tinha um novo horizonte na sua vida e aquele homem mundano podia fazer parte dele enquanto fosse conveniente para os dois, como haviam combinado desde o início.

Então fica aqui o xeque. Quem aplicou o amor incondicional neste caso? Quem amou ao próximo como se fosse a si mesmo? O sendo de justiça diz que foi aquele homem mundano que se permitiu amar aquela pessoa que se sentia desprezada, a fez recuperar a autoestima, ensinou como funciona a natureza biológica dos gêneros, e a fez reviver como uma pessoa que reassumiu seu auto domínio. E não deixou de ter adultério na questão. Então esse conceito deve ser melhor aplicado para não causar obstáculo para a aplicação do Amor Incondicional, que é a Lei maior que devemos cumprir. 

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em 10/09/2014 às 23h59
 
09/09/2014 23h56
CONSELHOS DO PAI (1)

            Não importa de onde vem o conselho, qual o meio que é utilizado para chegar até mim. Basta eu ter a intuição que aquela informação é mais uma das que o Pai quer que eu escute e reflita sobre ela, como forma de amadurecer o caminho que Ele destinou para mim. Então, hoje começa uma série de conselhos que devem vir mesmo nesta ordem, semanalmente, como forma de reafirmar a minha missão. Chega com o objetivo de diluir os medos que surgem na minha alma, mesmo que sejam inconscientes, mas servem para retardar aquilo que devo fazer. São os medos que surgem do deslocamento radical do mundo material, da família, do emprego, dos projetos – sem ter a certeza que eu me encontrarei no final de tudo isso, de resgatar a mesma situação confortável que eu vivo hoje, de perder tudo que eu consegui até agora, inclusive as pessoas que amo. Então os conselhos chegam...

            “Espero que voce não retorne a vida medíocre que vivias antes. Voce tem medo de perder o que? Um homem só tem a sua alma para ser ganha ou perdida. Além da vida, ele não possui mais nada. Não vês quando a morte chega? Nada levas dessa vida, até o teu corpo inerte que teus amigos conduzem com cerimônia, será jogado numa cova para ser decomposto de volta a Natureza, ao meu seio. O que levas contigo são as obras que fizesses no teu caminhar. Não importa o que fizestes de tuas vidas anteriores, agora o que importa é que voce está vivendo esta, e deve fazê-lo com compreensão silenciosa, alegria e entusiasmo. O Amor nunca impediu o homem de seguir seus sonhos, o seu caminho. Se as pessoas realmente lhe amam, vão querer o melhor para você, e não para elas. Além do mais voce não tem nem ao menos uma mulher que ama; a mulher não é sua. O que é seu é a energia do Amor que voce dirige para ela, e voce pode fazer isso de qualquer lugar por mais distante que seja.

            “Vou falar quatro coisas importantes para você: 1) Viaje para um lugar especial; viajar é sagrado e a humanidade viaja desde a noite dos tempos em busca de caça, de pasto, de clima mais ameno. Você está em um lugar diferente e se acostuma, passa a entender quanta coisa interessante além dos muros do seu jardim; 2) Mantenha a paz junto com a solidão, pois na alma do homem de bem ela é uma boa conselheira; 3) não se envergonhe em depender dos outros em muitas coisas, a fraternidade e humildade se alimentam do quanto estou receptivo para receber aquilo que podem me oferecer; e 4) Aprenda novas formas de raciocinar, de ver o mundo com outros óculos. Viajar por essas experiências é uma forma de deixar de ser quem voce se esforça para ser, e se transforma naquilo que você é.”

            Assim recebi a primeira lição, orientações para deixar o medo de perder bens materiais na prática do caminhar segundo o que Deus me determinou. Não é que eu vá fazer tudo isso de imediato. Sei que os hábitos que possuo e o medo do novo e do desconhecido ainda são muito fortes dentro de mim, mesmo que eu saiba que todas essas ordens saem da inteligência divina. A pressão que o meu corpo exerce sobre a minha mente e consciência ainda é forte o suficiente para que eu não me lance completamente na estrada que Deus me determinou. 

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em 09/09/2014 às 23h56
 
08/09/2014 07h07
ANALISANDO A MISSÃO

            Quando assumimos qualquer missão é importante que seja prestado contas com aquele que determinou a missão, um tipo de análise do que foi, está sendo e será realizado.

            Assumi pela força da convicção a missão determinada por Deus de colaborar na construção de uma família ampliada como a base da realização do Seu Reino, a iniciar pela transformação do meu coração. Isso implica na limpeza do egoísmo e na aplicação do Amor Incondicional em todos os relacionamentos, principalmente os íntimos. No relacionamento externo a aplicação do Amor leva a formação de associações comunitárias com base evangélica.

            Essa missão da forma que está descrita é suficiente para ocupar a maior parte do meu tempo útil e mesmo dentro do meu trabalho tradicional de rotina, eu posso aplicar também a Lei do Amor. 

            Mas tudo não é tão simples assim. Existem barreiras fortes o suficiente para que a implementação da missão não seja realizada em todos os momentos do dia. São as forças ligadas ao interesse do corpo, de natureza egoísta, que está sempre querendo realizar um desejo que se contrapõe à vontade do Pai. É a essa força contrária que devo focar a minha atenção dentro desta análise que fui intuído a fazer hoje. É ao controle dessa força que deverei atribuir o sucesso ou fracasso da missão.

            No campo da estratégia eu estou indo bem. O forte das minhas ações eu reconheço que é no campo das estratégias, de como planejar e realizar a missão. Daí que todas as atividades necessárias já estão colocadas no contexto da realização. O que se torna necessário agora é a sua prática. Aqui surge a dificuldade, pois a gula e a preguiça sempre se interpõe na frente da missão e deixo de aproveitar os espaços que tenho para avançar. Troco momentos de implementação da missão por brincadeiras e jogos, por passeios e outras atividades tipo passatempo, e é o tempo que não posso deixar passar sem o utilizar plenamente. Sei que faço tudo isso dentro da harmonia dos relacionamentos, que todos ficam satisfeitos dentro daquele momento. Isso não pode ser considerado como algo negativo, todas as pessoas de bem podem fazer isso sem nenhuma culpa na consciência. Eu poderia também ficar satisfeito com isso, se a minha missão não implicasse num esforço maior de transformação da sociedade. Se eu fico atuando dentro dessa condição atual do que faço hoje, a minha missão fica ameaçada, pois eu termino entrando no caminho comum de todas as pessoas, mesmo que sejam pessoas de bem e que procurem fazer a vontade de Deus. Tenho que reconhecer o peso da minha cruz e fazer o necessário, e isso depende exclusivamente de mim, mesmo que eu tenha a disposição de ajuda das minhas companheiras, mas mesmo elas têm necessidade de se aprimorarem dentro do contexto da missão.

            Concluindo essa análise e sendo instigado a colocar uma nota no meu desempenho até o momento, eu coloco a nota 6. Acredito que tenha passado um pouquinho da média dos meus irmãos na realização do trabalho a ser realizado, por isso justifico ter ficado acima do 5 que é a média. No entanto estou muito distante ainda da nota 10 que é o ápice do comportamento ideal. Para melhorar essa nota tenho que trabalhar mais focado na minha missão, para ocupar com mais eficiência os espaços e as pessoas que o Pai coloca no meu caminho. Não posso procrastinar o trabalho tradicional, deixar acumular as tarefas que assumi como minha responsabilidade. Devo melhorar também o nível de comunicação, tanto com o Pai através da oração e meditação, quanto com os irmãos, encarnados e desencarnados.

            Sei que é até fácil fazer essa análise e apontar os pontos fracos e negativos do meu comportamento, comparado a disposição de realmente mudar o que já está estabelecido em mim como um hábito, pois sei como é difícil a mudança de um hábito. Mas esse é o pré-requisito básico para a implementação eficaz da missão. 

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em 08/09/2014 às 07h07
 
07/09/2014 08h14
CONSELHOS DE EVERILDA BATISTA

            Ao começar a leitura do livro “Sob a luz do luar”, de Robson Pinheiro, encontrei esses conselhos que ela dá na condição de desencarnada, ao filho que está encarnado. Achei interessante e fiz a correção ao trabalho que estamos realizando na Praia do Meio, pois o que eu fiz foi adaptar o pensamento dela ao meu, usando na maioria das vezes as suas próprias palavras, como uma forma de eu me dirigir aos companheiros e que será o texto do próximo editorial do Boletim Informativo da AMA-PM.

            A sociedade brasileira, incluindo com destaque a natalense, e especialmente a comunidade da Praia do Meio, passa por momentos graves no que diz respeito ao futuro das crianças, de nossos filhos. A escalada da violência, do uso de drogas e da prostituição, parece ter alcançados níveis de total descontrole pelas autoridades constituídas. É importante manter a calma, a serenidade da alma e o equilíbrio íntimo. O Espírito Santo que nos dirige espera de cada um de nós uma posição definida em favor do bem. Lutas, dificuldades, e provações fazem parte da jornada daquele que se propõe seguir ao Cristo. Jesus nunca nos prometeu facilidades na tarefa que temos a desempenhar. Mas os resultados no futuro compensam os esforços que empreendemos no presente.

            Continuemos amando. O Amor ainda é e continuará sendo a única maneira de crescermos espiritualmente. A força do exemplo é capaz de impulsionar a humanidade, a começar pelo nosso próximo, rumo às estrelas. Procuremos a dedicação à tarefa do Alto, amando, servindo e passando. Deixemos os resultados nas mãos do Senhor da Vida. Amemos sempre. Amemos mesmo que o Amor signifique sofrer. Amemos ainda que o sofrimento nos leve ao sacrifício de nossas vidas. Amemos, ainda que o nosso Amor seja incompreendido. Amemos trabalhando. Trabalhemos e nos mantenhamos no anonimato. Continuemos semeando Amor – sem esperar respostas, recompensas. A vida doa-se em tributos de Amor sem esperar colheitas ou remunerações. A hora é de sementeiras. Outros regarão a plantação do Amor, e ainda outros colherão os frutos. Todo resultado pertence a Deus, que tudo administra em favor de seus filhos.

            Nossa visão é ainda muito estreita para que possamos aquilatar a grandeza da tarefa que o Senhor nos confiou. Ainda trazemos em nós muitos apegos terrenos que impedem uma visão mais ampla da vida.

            Nunca desista, companheiro!

            Não detemos em nós o direito de retroceder, de estacionar ou de decepcionar a confiança de Deus. Não podemos nem devemos deter a marcha do progresso que deve se fazer através de nós.

            A pequena semente que hoje lançamos no solo dos corações haverá de germinar e, conforme a intensidade do Amor com que amarmos, essa sementinha crescerá até se transformar numa árvore frondosa e frutífera, produzindo conforme a vontade do Senhor.

            Companheiro, não desanime, não desista da sua convocação por Deus! Sejam as suas mãos a extensão das mãos dEle, para amparar, servir e socorrer a quem quer que delas precise. Dedique seus dias, sua juventude, suas forças e sua vida a servir em nome do Mestre. Nunca o comova o aplauso enganador dos homens nem te mova o brilho das moedas. Continue dedicando-se incondicionalmente à tarefa do Senhor. Não espere reconhecimento nem mesmo dos companheiros de trabalho, pois, se tal coisa se der, não deverá fazer parte de suas expectativas. A dedicação deve ser espontânea e sem objetivar recompensas. Tenhamos a certeza de que Deus conduzirá ao trabalho as pessoas certas, que compartilham o sentimento do amor ao próximo e estão sintonizados com a tarefa que abraçamos em nome do Mestre Jesus.

            Não tenha a pretensão de agradar a todos. Nem Jesus o conseguiu! Basta ser fiel ao Espírito do Senhor e à sua consciência. Trabalhe, ore e confie!

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em 07/09/2014 às 08h14
 
06/09/2014 23h59
FESTIVAL RADHASTAMI

            Acontece neste dia, nas imediações da Praça Cívica às 19h, mais um Festival Radhastami, promovido pelo movimento Harekrishna, referente ao aniversário de Radharani, a companheira de Krishna. Convidei com permissão de Lúcia, uma das organizadoras, a todo o grupo da Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio, além de Salatiel, Gilvan, Márcio Tassino, Arnaldo, Luciana, Diana e Mônica. Também convidei Ana Carla, de Caicó, pois ela viria comigo e voltaria logo cedo no dia seguinte, no domingo.

Chegamos cedo, Radha, Adriana, Navegante, Fábio e eu, pois nosso intuito era pegar logo uma mesa bem situada, perto do salão onde se processava as músicas e as danças. Juntamos três mesas em local estratégico e reservamos as cadeiras que acreditamos seriam suficientes.

Logo chegou Geíza com o marido, Ricardo, que havia sido convidada por Radha, e sentaram conosco. Chegaram em seguida Paulo Henrique com sua esposa, que não lembro o nome, e os dois filhos, Ana Paula e Luís; Diana, acompanhada do seu marido, que não lembro agora do nome. Também chegou Sued acompanhado da esposa e um filho. Finalmente chegaram Flávio, Gerlane, Carlinhos Laura e Paula. Ficamos todos acomodados, mas como o número de cadeiras foi insuficiente, ficamos fazendo rodízio, enquanto uns sentavam outros ficavam em pé. Veio me cumprimentar o marido de Ana Cláudia, que faleceu recentemente e ele mudou de Natal para um local do Harekrishna, mas que não sei dos detalhes. Também cumprimentei Atarama, o professor de música que substituiu Govinda na última aula de espiritualidade. Também compareceu Zoraide acompanhada de duas filhas, mas ficaram em outra mesa, assim como Aninha que veio com um companheiro. Além dessas pessoas ainda fui cumprimentado por mais três que não consegui saber de onde, mas acredito que sejam do consultório.

Ficamos todos em uma grande mesa que compomos juntando quatro mesas menores. Acredito que era a maior mesa da festa. Logo ficamos num joguinho de charadas envolvendo a família de Paulo e quem estava por perto. Foi um momento bem divertido e gratificante. Poderei organizar, fiquei pensando, nos próximos festivais a vinda bem cedo como fizemos neste Festival e vir preparado para fazer joguinhos educativos antes de começar os eventos.

Logo escutamos um som mais alto no salão e o pessoal se concentrando em volta dos músicos. Havia também no centro do salão várias mudas de plantas com um devoto ao lado de cada uma, com uma aparelhagem junto, colher de chá, depósito com água e um defumador queimando uma essência agradável. O objetivo era chegarmos perto, recebermos da colher um pouco d’água na palma da mão e jogar no chão. Depois pegar a colher, tirar um pouco da água do depósito e regar a planta. Tem o simbolismo de harmonia com a Natureza e de nós, como os seres mais inteligentes da criação, termos a responsabilidade de cuidarmos de cada ser vivo, inclusive de não matar nenhum deles, nem para nos alimentar.

A música ia ficando cada vez mais alegre e o grupo mais animado. Entramos na roda e seguimos a dança e a música, cantando e batendo palmas. Cada vez o ritmo ia ficando mais contagiante até pararmos pelo cansaço. Voltamos à mesa e já era chegada a hora da alimentação. Pegamos com paciência uma grande fila, mas com bastante comida. Apesar de não ter o sabor adaptado ao meu gosto, fiz um grande prato e saboreei por inteiro, com direito a levar o excedente, com o estímulo dos organizadores, para que levássemos o que quiséssemos, inclusive as plantas que ornamentavam as mesas. Ao final a minha amiga Lucia, uma das organizadoras do evento, veio nos cumprimentar e fazer o convite a todos para comparecer aos encontros todos os domingos, na casa de Rua Maria Auxiliadora, que tem o mesmo perfil do Festival.

Finalmente, nos despedirmos com alegria, agradecendo a Deus ter sido servido por seus devotos, um exemplo que o Pai nos dá de que devemos fazer o mesmo por onde andarmos, fazer o bem e servir ao nosso próximo, ao nosso irmão, a qualquer ser vivo que hoje caminha conosco neste planeta.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/09/2014 às 23h59
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