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24/02/2023 00h01
SOCIALISMO E COMUNISMO 6

Tendo oportunidade de ler a Carta Encíclica do Papa Leão XIII de 28-12-1878, e vendo a oportuna aplicação aos dias de hoje, resolvi dividi-la com meus leitores de forma fracionada.



DIREITO DE PROPRIEDADE



28. Quanto à tranquilidade da sociedade pública e doméstica, a sabedoria católica, apoiada nos preceitos da lei natural e divina, a isso provê muito prudentemente com suas doutrinas e ensinos sobre o direito da propriedade e sobre a partilha dos bens que são arranjados para as necessidades e utilidades da vida. Porque os sectários do socialismo, apresentando o direito de propriedade como uma invenção humana que repugna à igualdade natural dos homens, e reclamando o comunismo dos bens, declaram que é impossível suportar com paciência e pobreza e que as propriedades e regalias dos ricos podem ser violadas impunemente. Mas a Igreja, que reconhece muito mais útil e sabiamente que existe a desigualdade entre os homens, naturalmente diferentes nas forças do corpo e do espírito, e que esta desigualdade também existe na propriedade dos bens, determina que o direito de propriedade ou domínio, que vem da própria natureza, fique intacto e inviolável para cada um.



Condenação da rapina.



Desvelo pelos pobres.



29. Ela sabe, efetivamente, que o roubo e o latrocínio foram proibidos por Deus, autor e defensor de todos os direitos, de tal forma que nem sequer é permitido desejar os bens doutrem, e que os ladrões e roubadores, assim como os adúlteros e idólatras, são excluídos do reino dos céus. Mas entretanto a Igreja, esta piedosa mãe, nem por isso despreza o cuidado pelos pobres nem se descuida de prover às suas necessidades, porque, abraçando-os com a sua ternura maternal e sabendo que eles representam o próprio Jesus Cristo, que considera como feito a EIe o bem que por qualquer for feito ao mais ínfimo dos pobres, os tem em grande consideração; ela os ajuda por todos os meios possíveis, toma a seu cargo mandar levantar por todo o mundo casas e hospícios para os receber, sustentar e tratar, e os toma debaixo da sua proteção.



30 Além disso, impõe como rigoroso dever aos ricos dar o supérfluo aos pobres e ameaça-os com o juízo de Deus que os condenará aos suplícios eternos, se não acudirem às necessidades dos indigentes. Enfim, atenta e consola o coração dos pobres, quer apresentando-lhes o exemplo de Jesus Cristo que, “sendo rico, quis fazer-se pobre por nós” (2 Cor 8,9), quer lembrando-lhes as suas palavras, pelas quais declara felizes os pobres e ordena-lhes que esperem as recompensas da felicidade eterna.



31. Quem não verá, na verdade, que é este o melhor meio de apaziguar a antiga questão entre os pobres e os ricos? Porque, a própria evidência das coisas e dos fatos bem o demonstra, desprezado ou rejeitado este meio, terá de acontecer necessariamente uma de duas Coisas: ou a maior parte do género humano será reduzida à ignominiosa condição dos escravos, como o foi por muito tempo entre os pagãos, ou a sociedade será agitada por perturbações continuas e desolada pelos roubos e assassínios, como muito recentemente ainda tivemos o desgosto de ver.



Exortação aos povos e autoridades.



32. Sendo isto assim, Veneráveis Irmãos, Nós, a quem incumbe, há pouco tempo, o governo de toda a Igreja, depois de termos mostrado desde o princípio do Nosso Pontificado aos povos e aos príncipes, acossados pelo furor da tempestade, o porto onde encontrariam um abrigo seguro, impelidos agora pelo gravíssimo perigo que está ameaçando, fazemos de novo ressoar a seus ouvidos a palavra apostólica para a salvação dos mesmos, bem como para a salvação de seus Estados. Nós lhes pedimos, nós lhes rogamos instantemente que aceitem o magistério da Igreja tão benemérita dos Estados, debaixo do ponto de vista da prosperidade pública, e que atentem bem que os interesses do Estado e os da religião, estão de tal forma unidos entre si, que tudo quanto se fizer perder a esta última, outro tanto enfraquece o dever dos súditos e a majestade do poder.



E quando reconhecerem que, para afastar esta peste do socialismo, a Igreja possui uma força como nunca tiveram nem as leis humanas, nem as repressões dos magistrados, nem as armas dos soldados, tratarão de restituir logo à Igreja a condição e liberdade tais, que possa exercer esta força tão salutar para o bem comum de toda a sociedade humana.



            Esse cooptação ao comunismo/socialismo parece uma infecção mental que adquirimos ao introjetar dentro das consciências de pessoas ingênuas, com pouco potencial de discernimento, mentiras e falsas narrativas. Uma vez a pessoa encantada por propostas tão justas, semelhantes aquelas ensinadas pelo Cristo, entrega parte de sua vida a trabalhar no sentido que essas propostas se realizem, mesmo à custa de muito sangue como acontece nas diversas revoluções espalhadas pelo mundo. É importante que o povo e as autoridades tenham consciência dessa ameaça e se alie à Igreja Católica, única combatente a esse tipo de ameaça à humanidade ao longo do tempo.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/02/2023 às 00h01
 
23/02/2023 00h01
SOCIALISMO E COMUNISMO 5

Tendo oportunidade de ler a Carta Encíclica do Papa Leão XIII de 28-12-1878, e vendo a oportuna aplicação aos dias de hoje, resolvi dividi-la com meus leitores de forma fracionada.

 

 

A SOCIEDADE DOMÉSTICA

 

 

 

 

22. A própria sociedade doméstica, que é o princípio e a base da cidade e do reino, ressente e experimenta necessariamente esta virtude salutar da Igreja, que contribui para a perfeita organização e para a conservação da sociedade civil. Pois bem sabeis, Veneráveis Irmãos, que a verdadeira constituição da sociedade é baseada, segundo a necessidade do direito natural, diretamente sobre a união indissolúvel do homem e da mulher e que é completada pelos direitos e deveres mútuos entre os pais e os filhos, entre os amos e os criados. Sabeis também que as doutrinas do socialismo desorganizam completamente a sociedade, porque, perdendo o apoio que lhe dá o casamento religioso, tem forçosamente de ver enfraquecer-se o poder do pai sobre os filhos, e os deveres dos filhos para com os pais.

 

 

 

 

23. A Igreja, pelo contrário, nos ensina que o casamento respeitável em tudo (Heb 13,4), instituído pelo próprio Deus no princípio do mundo para a propagação e conservação do género humano, e por Ele decretado indissolúvel, foi feito mais indissolúvel e mais santo ainda por Cristo, que lhe conferiu a dignidade de Sacramento, e dele fez a figura da sua união com a Igreja.

 

 

 

 

24. Por consequência, é necessário, segundo as exortações do Apóstolo (Ef 5,23), que o homem seja o chefe da mulher como Cristo é o Chefe da Igreja, e que as mulheres sejam submissas a seus maridos e deles recebam as provas de amor fiel e constante, como a Igreja é submissa a Cristo, que a abraça com amor eterno e castíssimo.

 

 

 

 

Poder paterno e heril.

 

 

 

 

25. A Igreja regula igualmente o poder dos pais e dos amos, a fim de que possam conter os filhos e os criados no cumprimento dos seus deveres, sem se afastarem dos Imites da justiça. Porque, segundo a doutrina católica, a autoridade dos pais e dos amos deriva da autoridade do Pai e do Senhor Celeste. Por consequência tira dela não somente a origem a força, mas até, e muito necessariamente, a sua essência e carácter. Daí vem que o Apóstolo exorta os filhos “a obedecer a seus pais no Senhor e a honrarem seu pai e mãe, que é o primeiro mandamento acompanhado de promessa” (Ef 6,1-2). E aos pais diz: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à cólera, mas dai-lhes educação instruindo-os e corrigindo-os segundo o Senhor” (Ei 6,4).

 

 

 

 

Relações entre amos e criados.

 

 

 

 

26. E mais adiante o mesmo Apóstolo recomenda aos criados e aos amos: aos primeiros que “Obedeçam a seus senhores segundo a carne, como ao próprio Jesus Cristo servindo-os de bom grado como ao Senhor; aos outros que e não excedam em ameaças nem maus tratos, lembrando-se que Deus é o Senhor de todos, e que para Ele não há distinção de pessoas” (Ef 6,5-9).

 

 

 

 

27. Se todas estas coisas fossem observadas por aqueles a quem dizem respeito, conforme a disposição da vontade divina, cada família ofereceria a imagem da morada celeste e os insignes benefícios que dai resultariam não ficariam encerrados unicamente dentro das paredes da casa, mas espalhar-se-iam também profusamente nos Estados.

 

 

 

 

Esta orientação do Papa quanto a indissolubilidade do matrimônio, da separação do homem e da mulher quando relação se torna inviável, eu discordo. Procuro seguir a lei maior de Deus, lei do Amor Incondicional, que não pode ser submissa a nenhuma outra lei ou preconceito. Fazendo isso, e a minha esposa se mantendo dentro do pensamento tradicional de amor exclusivo, da família nuclear, foi inevitável o choque emocional e ela se viu obrigada a me expulsar de casa por sentir desprezada, humilhada. Mesmo sendo agredido verbal e fisicamente, saí de casa de forma pacífica para manter a minha consciência livre e sintonizada com Deus. Como poderia manter a indissolubilidade do matrimônio dentro dessa circunstância? Dessa forma, procurando obedecer a lei do Pai, conforme Ele coloca em minha consciência, terminou por trazer inconsistência incontornável entre o que eu pensava e o que minha esposa por seu lado também pensava. 

 

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/02/2023 às 00h01
 
22/02/2023 00h00
SOCIALISMO E COMUNISMO 4

Tendo oportunidade de ler a Carta Encíclica do Papa Leão XIII de 28-12-1878, e vendo a oportuna aplicação aos dias de hoje, resolvi dividir com meus leitores de forma fracionada.



OPOSIÇÃO ENTRE A DOUTRINA DO EVANGELHO E O SOCIALISMO



O igualitarismo socialista.



14. Porque, ainda que os socialistas, abusando do próprio Evangelho, a fim de enganarem mais facilmente os espíritos incautos, tenham adotado o costume de o torcerem em proveito da sua opinião, -entretanto a divergência entre as suas doutrinas depravadas e a puríssima doutrina de Cristo é tamanha que maior não podia ser. Pois “que pode haver de comum entre a justiça e a iniquidade. Ou que união entre a luz e as trevas?” (2 Cor 6,14). Os socialistas não cessam, como todos sabemos, de proclamar a igualdade de todos os homens segundo a natureza; afirmam, como consequência, que não se devem honras nem veneração à majestade dos soberanos, nem obediência às leis, a não serem estabelecidos por eles próprios e segundo o seu gosto.



A Igualdade evangélica.



15. Mas, ao contrário, segundo as doutrinas do Evangelho, a igualdade dos homens consiste em que todos, dotados da mesma natureza, são chamados à mesma e eminente dignidade de filhos de Deus, e que, tendo todos o mesmo fim, cada um será julgado pela mesma lei e receberá o castigo ou a recompensa que merecer. Entretanto a desigualdade de direitos e de poder provém do próprio Autor da natureza, “de quem toda a paternidade tira o nome, no céu e na terra” (Ef 3,15).



16. Mas as almas dos príncipes e dos súbditos estão, segundo a doutrina e preceitos católicos, ligadas de tal sorte, por deveres e direitos mútuos, que se modere o desejo de dominar e o motivo da obediência se torne fácil, constante e nobilíssimo.



Doutrina da Igreja sobre o poder.



17. Por isso a Igreja inculca constantemente aos súbditos o preceito do Apóstolo: “Não há poder que não venha de Deus e os que existem foram ordenados por Deus. Aquele, pois, que resiste ao poder resiste à ordem de Deus e os que resistem atraem sobre si a condenação”. E de novo ordena que sejam submissos não só por temor, mas também por motivos de consciência, e que se dê a cada um o que for devido: “a quem o imposto, o imposto; a quem o temor, o temor; a quem a honra, a honra” (Rom 13,1-7). Aquele que criou e governa todas as coisas regulou com a sua sabedoria providencial que as íntimas coisas ajudadas pelas medianas, e estas pelas superiores, consigam todas o seu fim.



18. Por isso, assim como no céu quis os coros dos Anjos fossem distintos e subordinados uns aos outros, e na Igreja instituiu graus nas ordens e diversidade de ministérios de tal forma que nem todos fossem apóstolos, nem todos doutores, nem todos pastores (1 Cor 12,27); assim estabeleceu que haveria na sociedade civil várias ordens diferentes em dignidade, em direitos e em poder, a fim de que a sociedade fosse, como a Igreja, um só corpo, compreendendo um grande número de membros, uns mais nobres que os outros, mas todos reciprocamente necessários e preocupados com o bem comum.



Admoestação aos que governam.



19. Mas, para que os regentes dos povos usem do poder que lhes é concedido para edificar e não para destruir, a Igreja de Cristo avisa-os muito a propósito de que a severidade do julgamento supremo ameaça também os príncipes, e repetindo as palavras da Divina Sabedoria brada a todos em nome de Deus: “Prestai atenção, vós que dirigis as multidões e que vos comprazeis do número das nações, porque o poder vos foi dado por Deus e a força pelo Altíssimo que examinará as vossas obras e perscrutará os vossos pensamentos… Porque o julgamento dos que governam será muito severo.. . Deus efetivamente não excetuará pessoa alguma nem terá atenção com as grandezas de ninguém, pois Deus criou o pequeno e o grande e tem igual cuidado por todos; mas para os mais fortes está reservado um castigo mais forte” (Sab 6,3 ss).



Contra o abuso do poder.



A paciência e a oração.



20. Se, portanto, acontecer alguma vez que o poder púbico seja exercido pelos príncipes temerariamente e ultrapassando os limites da justiça, a doutrina da Igreja católica não permite que os súbitos se revoltem contra eles, com receio de que a tranquilidade da ordem fique ainda mais perturbada e por isso a sociedade sofra um prejuízo muito maior. E, quando as coisas chegarem ao ponto de já não brilhar esperança alguma de salvação, a Igreja ensina que o remédio deve ser rogado e apressado pelos merecimentos da paciência cristã e com fervorosas orações a Deus.



21. Se a vontade dos legisladores e dos príncipes sancionar ou ordenar alguma coisa que esteja em oposição com a lei divina ou natural, a dignidade e o dever do nome cristão, assim como o preceito apostólico, prescrevem que devemos “obedecer a Deus antes que aos homens” (At 5,29).



O Papa faz uma boa advertência sobre as injustiças que observamos nos dias atuais por aqueles colocados em cargos públicos, imaginam que podem surrupiar os critérios éticos e morais, fazendo com iniquidades as suas vontades e dos seus grupos arregimentados em verdadeiras quadrilhas. São nossos irmãos, completamente equivocados, que não reconhecem a paternidade divina, a nossa irmandade relacionada com o Pai Criador. Pensam que podem fugir aqui na justiça que eles manipulam e que não podem ser pegos em nenhuma instância para pagar por seus erros, roubos e corrupções. Nosso papel, enquanto irmãos desse bando de ignorantes, que caminham para a justiça divina, é de adverti-los, com paciência e misericórdia em busca de um sinal de arrependimento, de conseguir ver o Caminho, a Verdade e a Vida que o Mestre veio nos ensinar.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/02/2023 às 00h00
 
21/02/2023 00h01
SOCIALISMO E COMUNISMO 3

Tendo oportunidade de ler a Carta Encíclica do Papa Leão XIII de 28-12-1878, e vendo a oportuna aplicação aos dias de hoje, resolvi dividir com meus leitores de forma fracionada.



OS PAPAS ALERTAM OS POVOS



10. Entretanto os Pastores Supremos da Igreja, a quem incumbe o cuidado de preservar o rebanho do Senhor dos embustes do inimigo, empregaram logo ao princípio todos os seus esforços para afastar o perigo e prover à salvação dos fiéis. Efetivamente, depois que começaram a formar-se as sociedades secretas, em cujo seio já se iam desenvolvendo os germes dos erros que temos apontado, os Pontífices romanos Clemente XII e Bento XIV não se descuidaram em desmascarar os desígnios ímpios das seitas e avisar os fiéis do mundo inteiro do mal que s1hes preparava secretamente.



O filosofismo. As seitas ocultas.



11. Depois que os que se ufanavam do nome de filósofos atribuíram ao homem uma espécie de independência desenfreada e começaram a inventar e sancionar o que chamam o direito novo, contrário à lei natural e divina, o Papa Pio VI, de saudosa memória, assinalou imediatamente, com documentos públicos, o carácter iníquo e a falsidade destas doutrinas e ao mesmo tempo predisse, com previdência apostólica, o estado ruinoso ao qual o povo, miseravelmente enganado, seria conduzido. Contudo, como se não tomou medida alguma eficaz para impedir que as perversas doutrinas das seitas se espalhassem cada vez mais pelos povos e penetrassem nos altos públicos dos governos, os Papas Pio VII e Leão XII anatematizaram estas seitas secretas e avisaram de novo a sociedade do perigo que a ameaçava.



O socialismo.



12. Finalmente, todos sabem com que gravidade de linguagem, com que firmeza e constância o Nosso glorioso Predecessor Pio IX, de saudosa memória, combateu, quer nas suas alocuções, quer nas suas Encíclicas dirigidas aos Bispos de todo o mundo, tanto os esforços iníquos das seitas, como nomeadamente a peste do socialismo, que já irrompia dos seus antros.



Os governantes desconfiam da Igreja.



13. Mas é muito para lastimar que os que se encarregaram de vigiar, pelo bem público, enganados pelos ardis dos ímpios e assustados pelas suas ameaças, sempre deram prova de desconfiança e até de injustiça para com a Igreja, não compreendendo que todos os esforços das seitas teriam sido impotentes se a doutrina da Igreja católica e a autoridade dos Pontífices romanos tivessem sempre sido devidamente respeitadas pelos príncipes e pelos povos. Porque “a Igreja do Deus vivo, que é a coluna e o sustentáculo da verdade” (1 Tim 3,15), ensina as doutrinas e princípios, cuja verdade consiste em assegurar inteiramente a salvação e tranquilidade da sociedade e desarreigar completamente o germe funesto do socialismo.



É de esperar que cada Papa eleito, sob a inspiração do Espírito Santo, mantenha o compromisso de advertir a população sobre os males do comunismo/socialismo. Ficamos perplexos ao observar o comportamento do atual Papa, sintonizado mais com os princípios comunistas, revolucionários, do que com os compromissos cristãos, dentro da hierarquia e do tradicionalismo. O Espírito Santo falhou na escolha deste Papa? Como isso pôde ter acontecido? Os conchavos inspirados pela Teologia da Libertação, a fumaça de Satanás, foi capaz de obnubilar a consciência dos cardeais?


Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/02/2023 às 00h01
 
20/02/2023 00h01
SOCIALISMO E COMUNISMO 2

Tendo oportunidade de ler a Carta Encíclica do Papa Leão XIII de 28-12-1878, e vendo a oportuna aplicação aos dias de hoje, resolvi dividir com meus leitores de forma fracionada.



ORIGEM DE TAIS DOUTRINAS



O racionalismo.



6. Esta audácia de homens pérfidos, que ameaça com uma ruína cada vez mais grave a sociedade civil, e enche de inquietação e temor todos os espíritos, tira a sua origem e a sua causa dessas doutrinas envenenadas, que, em tempos anteriores, espalhadas como germe de corrupção entre os povos, têm produzido a seu tempo frutos deletérios.



7. Efetivamente sabeis muito bem, Veneráveis Irmãos, que a guerra encarniçada que os Inovadores declararam, a partir do século XVI, contra a fé católica, e que tem aumentado de dia para dia cada vez mais, até à nossa época, tende a este fim, que, recusando toda a revelação e suprimindo toda a ordem sobrenatural, esteja aberto o campo às invenções, ou antes aos delírios da razão somente. Este erro, que da razão indevidamente tira o nome, lisonjeia e excita o orgulho do homem e tira o freio a todas as suas paixões: por isso invadiu naturalmente não só o espírito de muitos indivíduos, mas também, em grande escala, a sociedade civil.



SEUS FRUTOS



O Estado, e o Ensino sem Deus.



8. Daí veio que, por uma nova iniquidade, desconhecida até aos pagãos, os Estados se constituíram sem fazerem caso algum de Deus, nem da ordem por Ele estabelecida; a autoridade pública foi declarada corno não tirando de Deus nem o seu principio, nem a majestade, nem a força de mandar, mas que provinha da multidão, que, reputando-se livre de toda a sanção divina, julgou que devia submissão apenas às leis que ela mesma fizesse, consoante o seu capricho. Sendo combatidas e rejeitadas as verdades sobrenaturais da fé como contrárias à razão, o próprio Autor e Redentor do género humano é insensivelmente e pouco a pouco banido das Universidades, dos liceus, dos colégios e de todo o uso púbico da vida humana.



A rebelião dos necessitados.



9. Entregues ao olvido, recompensas e castigos da vida futura e eterna, o desejo ardente da felicidade foi circunscrito aos limites do tempo presente. Estando por toda parte profusamente espalhadas estas doutrinas e introduzindo-se em todos os lugares esta extrema licenciosidade de pensamento e de ação, não é para admirar que os homens de ínfima condição, cansados da pobreza de suas casas ou pequenas oficinas, tenham inveja de se elevarem até aos palácios e à fortuna dos ricos: não é para admirar que já não haja tranquilidade na vida pública e particular, e que o género humano esteja já chegado quase à borda do abismo.



Foi bem identificado pelo Papa o surgimento do comunismo/socialismo como mais uma estava da encarniçada guerra espiritual. Esse exército de homens que se dizem inteligentes e, no entanto, se conduzem manietados por ideologias aparentemente saudáveis, por usar os termos do cristianismo, sem a capacidade previsível de identificar o contorcionismo que seus princípios sofrem até ficar equiparados ao mal que não queriam praticar. O Papa, por ser o vigário do Cristo entre nós, responsável de levar seus princípios através da Santa Igreja Católica, exerce com maestria a sua responsabilidade eclesiástica e social.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/02/2023 às 00h01
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