Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
10/06/2016 23h59
ENTRADA NA POLISHOP

            Uma amiga apresentou-me o plano de trabalho da Polishop e achei muito interessante, com um grande potencial de sucesso para que se disponha a dedicar-se para construir seu negócio. Procurei incentivar aos meus parentes mais próximos e que poderiam se envolver e ganhar pelo menos algum dinheiro para suas necessidades básicas. No entanto nenhum dos parentes que contatei demonstrou interesse suficiente para se cadastrar e começar o negócio, mesmo eu sinalizando que daria todo o apoio financeiro nos primeiros dias.

            Minha amiga fez o convite para participar de uma reunião na terça feira no Hotel Maine onde o plano iria ser apresentado por um convidado que viria do estado do Espírito Santo. Fiquei de avisar os meus parentes e não estava disposto a comparecer. Porém na quinta feira anterior tive contato com uma empreendedora de Ceará Mirim, pessoa muito amiga, que se interessou pela proposta que eu falei e da palestra que iria acontecer. Devido a isso me dispus a ir também, cancelar a reunião que sempre faço nas terças feiras com minhas companheiras de sempre. Em seguida a minha amiga de Ceará Mirim desistiu de vir para Natal para essa reunião, mas eu já havia me determinado emocional e racionalmente para participar dessa reunião. Comecei a intuir que este era mais um caminho que Deus estava abrindo para mim, pois mesmo após tantas tentativas altamente atraentes de alguma pessoa assumir o negócio e nenhuma querer; mesmo após de uma pessoa amiga de Ceará Mirim que não era parente, mas que eu estava disposto a assumir os mesmos encargos com ela do que com os parentes, também desistiu, e inclusive me colocando com a responsabilidade moral de comparecer, comecei a compreender que era a vontade de Deus que eu mesmo assumisse o negócio. E foi assim que eu fui a reunião, já decidido de antemão a entrar no negócio.

            Marquei com minha amiga para se encontrar comigo na quarta feira depois do encontro no hotel e ela compareceu com o palestrante. Ele voltou a falar da importância do negócio, mas para mim não importava mais, eu estava determinado a assumir o compromisso. Ele fez todos os procedimentos e me deixou associado junto a minha amiga que fez o convite inicialmente, junto com o seu filho. Nesse mesma ocasião dei a sugestão de se fazer uma apresentação no sábado em Ceará Mirim, junto as pessoas que participam sempre de uma reunião com conotação evangélica. Podia convidar outras pessoas da cidade que também tem um perfil de empreendedor para comparecerem juntas com outras de Natal que estivessem dispostas a ir.

            Passei a encarar este negócio apresentado por Deus a mim e dessa maneira como uma forma prática de construir uma família com bases afetivas e motivadas pelo aspecto materialista de ganhar dinheiro. Talvez essa seja uma forma mais prática de construção do Reino de Deus, mesmo que aparentemente seja tão diferente o foco, ganhar bens materiais, mas a direção do trabalho que posso dar ao trabalho e as pessoas que se integrem a eles que isso constitui uma ferramenta para construção de uma grande família.

            Ficou tudo acertado e no próximo sábado a reunião de características evangélicas que sempre faço em Ceará Mirim, terá uma conotação material muito forte, mas deverei ser o mais claro possível, que mesmo o caminho seja atapetado de bens materiais, o mais importantes para todos que se envolvam é que estamos construindo uma grande família, e que o amor a Deus está em primeiro lugar e o amor ao próximo como a nós mesmos em segundo lugar. E seguiremos assim as lições do Mestre Jesus por novos caminhos.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/06/2016 às 23h59
 
09/06/2016 23h29
FOCO DE LUZ (106) – ELEIÇÃO DIRETORIA AMA-PM

            Aa 19h foi iniciada a reunião com o objetivo da eleição da AMA-PM que contou com a presença das seguintes pessoas com as suas respectivas áreas de atuação: 01. Rosário (educação); 02. Paulo (segurança); 03. Edinólia (finanças); 04. Juliano (turismo); 05. Ana Paula (artes, esportes e matemática); 06. Damares (secretaria e espiritual); 07. Nazareno (construção); 08. Nivaldo (idiomas); 09. Jaqueline (serviço social, clube de mães); 10. Francisco das Chagas (ministro evangelista); 11. Ricardo (eventos); 12. Francisco Rodrigues (psiquiatria, espiritualidade); 13. Luzivam (agronomia); 14. Rosália (enfermagem); 15. Davi (trânsito, comunicação); 16. Maria Queiroz (gestão escolar) 17. Carlos Volu (gestão, pedagogia, gastronomia); 18. Maria Pereira (evangelismo adventista nas ruas); 19. Medeiros (segurança, curumins); Vancleiton (segurança, exercito). Nesta reunião não foi lido o preâmbulo espiritual nem a ata da reunião anterior, pois o objetivo era somente ser feito a eleição e registrar tudo nos livros (4) abertos justamente para esse fim. Francisco Rodrigues foi eleito para dirigir os trabalhos da eleição e a professora Rosário atuou como secretária. Foi aprovado o estatuto e eleita a DIRETORIA (Paulo Henrique – Presidente; Francisco das Chagas – Vice-presidente; Damares – 1ª secretaria; Daniel – 2º Secretário; Edinólia – 1ª Tesoureira; e Radha (Marinalva) – 2ª Tesoureira), CONSELHO ADMINISTRATIVO (Carlos Volu – Presidente; Davi – 1º membro; Nazareno – 2º membro), e CONSELHO FISCAL (Nivaldo – Presidente; Maria Queiróz – 1º membro; Maria Pereira – 2º membro). Ficou esclarecido que houve uma renovação dos nomes que constavam nos cargos da primeira eleição por motivo de afastamento dessas pessoas por motivos pessoais. Ficou esclarecido também que a AMA-PM continuará sendo norteada pelos princípios cristãos, dentro de um trabalho voluntário de amor ao próximo, ajudando na educação dos valores científicos, culturais e espirituais, e na organização comunitária. Foi lembrado que já existe funcionando dentro da comunidade diversas ações promovidas pela AMA-PM e que deverão permanecer organizadas dentro de departamentos que estarão sempre reunidos com a Diretoria. Todos os trabalhos foram aprovados por aclamação, sem divergências de opiniões. Os trabalhos foram concluídos as 21h, com a assinatura dos presentes nos diversos livros da AMA-PM. Paulo conduziu a oração do Pai Nosso e todos posamos para a foto coletiva e degustamos o lanche fornecido pela escola.

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/06/2016 às 23h29
 
08/06/2016 08h07
SÓCRATES E JESUS... NÓS E EU

            Existe uma comparação bem próxima entre Sócrates e Jesus, ambos mortos pela glória de uma doutrina, de uma razão sã e honrada pela luz divina.

            Sócrates era um filósofo afetuoso que dominava suas paixões. Fez-se religioso compreendendo a natureza; fez-se forte falando com os espíritos de Deus.

            Sócrates morreu perdoando a seus verdugos e abençoando a morte que lhe restituía a liberdade. Mas não pode fundar um culto para o verdadeiro Deus, nem demonstrar a utilidade de sua morte para os homens do futuro, e não resta dele mais do que uma escola, famosa, é certo, porém, sem preponderância no Universo, porque a palavra emanava ainda de homens cheios de superstições, apesar dos princípios de moral postos por eles em prática. A doutrina da existência de um só Deus ensinada por Sócrates e mais tarde por seus discípulos não se elevou acima das ruínas da idolatria e não lançou os fundamentos de uma sociedade nova.

            Mesmo reconhecendo a superioridade de Jesus como Messias, deve ser reconhecida a sabedoria de Sócrates e aponta-lo dentro da humanidade como um dos seus membros mais dignos de respeito e de amor.

            Sócrates viveu na pobreza e jamais seus lábios foram manchados pela mentira. Foi puro de todo ódio e de todo o desejo humilhante para a consciência. Jamais sua palavra se elevou para acusar e jamais seu coração guardou ressentimentos. A piedade para o infortúnio, o desinteresse em suas relações, a força e a justiça contra a insolência e a falsidade, honraram a vida de Sócrates, e a morte transportou-o no meio de torrentes de luz para as fontes todas as honras. Sócrates tem um ponto de semelhança com Jesus, de haver dado o exemplo das virtudes que pregava e de ter morrido pela verdade. Mas Jesus, mais adiantado do que Sócrates no conhecimento do mundo espiritual, tinha que dar mais impulso a seus sucessores e projetar mais luz em seu derredor, e na luta com os instintos da natureza carnal na presença das invasões que eles fazem às esperanças divinas. Jesus mostrou-se mais forte porque se encontrava menos sujeito à matéria, por direito de ancianidade e evolução positiva do espírito.

            A marcha de Jesus, desde Sua infância até o Calvário, foi em todos os momentos a consagração de sua ideia. Sócrates, pelo contrário, não pôde ver-se inteiramente livre das superstições e permaneceu escravo das ideias de sua época na presença das maiorias populares, apesar de que adorava a Deus com seus discípulos. Porém, aí também se descobre um ponto de semelhança. Sócrates, do mesmo modo que Jesus, não podia desafiar a opinião pública sem incorrer na severidade das leis, e se Jesus se demonstra em suas doutrinas menos distanciado da religião judaica do que Sócrates das religiões pagãs, isso em nada diminui o justo valor, desde que ambos se viam obrigados a não contrariar demasiado a religião dominante. Se Jesus correu para a morte, ao passo que Sócrates a viu simplesmente aproximar-se sem estremecimento, é porque Jesus estava convencido de Sua missão Divina. Nisso consiste Sua superioridade indiscutível sobre Sócrates, sendo esta precisamente a auréola de Sua glória e a causa de Sua nova mediação frente ao Pai.

            Jesus bem sabia que podia evitar a morte, porém a filiação divina que Ele se havia dado, a radiante esperança que demonstrava para inspirar a futura docilidade a seus apóstolos, a palavra profética da construção do Reino de Deus com base no Amor Incondicional que lançava sobre uma chama sobre o porvir, tudo constituía uma lei que o impelia a morrer dolorosamente e por Sua própria vontade.

            Agora, aqui estamos nós, 2000 anos após os ensinamentos do Cristo, com o Evangelho nas mãos e a consciência reconhecendo que representa a Verdade, nos vemos na responsabilidade de construir esse Reino de Deus que Ele advertiu que iria surgir após colocarmos o Amor dentro dos nossos corações e que se ampliava ao nosso redor com a inclusão do próximo, sempre seguindo a Sua bússola comportamental: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

            Todos nós devemos ser sinceros com a Verdade reconhecida e aplicar em nossos relacionamentos, para não cairmos no pecado da hipocrisia. “Pensar na ação coerente com a Verdade e agir diferente”. Claro, podemos errar em nossas interpretações, mas não podemos ficar em cima do muro sem agir, quando a nossa consciência aponta que a Verdade está coerente com tal ação. Se estivermos errados e o tempo mostrar isso, devemos então ter a coragem de corrigir.

            Neste sentido, refletindo sobre o Amor Incondicional, a Verdade, a coerência e a construção do Reino de Deus, a partir de ensinamentos incontestáveis de Sócrates e principalmente de Jesus, entrei num caminho de confronto com a cultura ao meu redor e com as leis que a disciplina. O casamento atual, baseado no amor romântico, com suas implicações egoístas, individualistas, que levam à formação da família nuclear, que tendem a aplicar com inexorabilidade o amor condicional, se tornam um entrave a construção do Reino de Deus, da família universal, que o Mestre ensinou através do Amor Incondicional.

            Acredito que, se eu aplico o Amor Incondicional nos meus relacionamentos, porque aprendi a deixar o meu coração repleto dele, não posso manter uma posição de exclusividade com relação ao meu próximo. Se eu sou casado e alguém ao meu lado precisa do Amor que possuo e que o meu comportamento com essa pessoa é coerente com os princípios do Amor Incondicional, que obedece à bússola comportamental ensinada pelo Cristo, então não posso me esquivar de doar o amor, mesmo que isso implique em relações íntimas, sexuais. Isso vai de encontro à fidelidade prometida no casamento tradicional, pela influência do amor romântico, vai de encontro à cultura e as leis estabelecidas para protege-lo. Felizmente estamos vivendo em novos tempos, não corro o risco de ser condenado à cicuta como Sócrates, ou à crucificação como o Cristo, mas certamente outros tipos de punição me esperam. Uma delas é a solidão, moro sozinho apesar de gostar tanto de companhia, como consequência da rejeição que sofro por aplicar esse comportamento.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/06/2016 às 08h07
 
07/06/2016 00h05
A COLA DO PROFESSOR - Conto

            - Renan, estou muito chateado com você. Percebi que você colou no trabalho que eu pedi para a turma fazer individualmente. A sua resposta está igual à da sua colega, e isso só pode significar cola! Vou anular o trabalho de vocês, não vão ter os pontos que poderiam ter se não tivessem colado.

            - Mas professor, eu não colei o meu trabalho com ninguém, mesmo porque a aluna que você identifica que colamos o trabalho, eu não tenho muita aproximação com ela... se tivesse que procurar uma cola eu iria fazer com meus amigos mais próximos. Mas o senhor mesmo sabe que eu me dedico às aulas, estou sempre lhe procurando para tirar minhas dúvidas e aprender o que é ensinado. Por que eu iria agora agir de forma tão diferente da forma que sempre ajo durante as aulas? Mesmo porque não preciso da nota desse trabalho para passar, já tenho pontos suficientes.

            Este diálogo se passava na sala de matemática, onde o professor conhecido por ser durão e perseguir os alunos com questões complicadas e vigiar a colaboração que qualquer um tivesse com o colega, estava irredutível. Mesmo Renan tendo colocado argumentos lógicos para não fazer cola e se beneficiar do conhecimento dos colegas, pois dominava todo o assunto como o professor bem sabia, mas como ele não podia aceitar que uma resposta parecida com outra fosse mera coincidência, não aceitou os argumentos e anulou o trabalho de ambos, deixando-os sem nota.

            Renan não havia sido tão prejudicado, pois passaria independente de ter ou não aquela nota. Mas sua colega de classe não, ela precisava da nota para evitar a prova final, que envolvia questões de todo o semestre e corria sério risco de perder aquela matéria.

            Renan considerava aquilo uma injustiça e o seu coração desejou se encher de ódio por aquele professor tão ranzinza. Mas a sua educação evangélica defendia que ele não podia guardar ódio, rancor ou ressentimento de ninguém. O Evangelho ensinava que devemos amar até mesmo os nossos adversários, que devemos orar por eles. Essa era uma lição difícil, mas Renan estava disposto a aplica-la na sua vida. Naquele momento o professor de matemática passou a ser considerado um adversário, um inimigo, pois colocou a sua honra em dúvida, que o acusou, julgou e condenou, sem considerar os seus argumentos, que não havia uma prova concreta, apenas suspeitas em função de uma coincidência. E o pior, havia uma vítima real, sua colega, que tão inocente quanto ele iria ser submetida a uma prova que colocaria em risco a sua integridade no boletim escolar e no tempo de conclusão do curso.

            À noite, quando foi para cama, Renan orou a Deus como sempre fazia e pediu para o Pai lhe dar forças para que ele não guardasse ódio no coração e que se comportasse no dia seguinte como um verdadeiro cristão.

            No outro dia quando Renan chegou ao Campus Universitário, sentiu uma forte intuição para procurar aquele professor e conversar com ele. Depois de muito meditar se isso seria conveniente, mesmo porque não precisava daqueles pontos, ele concluiu que deveria falar, pois tudo se transformou numa injustiça e essa conversa poderia dar uma chance do professor sair da posição de carrasco impiedoso e injusto na qual ele se metera. Foi em direção a sala do professor e felizmente o encontrou sozinho às voltas com suas elaborações equacionais que tanto gostava de aplicar em sala de aula.

            - Professor, com licença, poderia falar um momento com o senhor?

            - Sim, Renan, pode entrar.

            Apesar de tudo o professor gostava de Renan, sabia que ele era um aluno aplicado e não entendia porque ele resolvera colar com a sua colega. Talvez, pensou ele, tenha vindo aqui pedir desculpas pelo erro que cometeu.

            - Desculpe, professor, voltar aqui e lhe incomodar... mas fiquei preocupado. Claro, eu na condição de inocente da acusação que o senhor fez, e não precisando da nota, não necessitaria de vir aqui. Porém como sei que essa situação que foi formada é injusta, porque sei o que fiz e não colei, enquanto o senhor mantém a situação de injustiça pensando que o que imagina é verdade, percebo que frente a justiça divina o senhor é o mais prejudicado. Portanto, não venho aqui para recuperar os meus pontos ou protestar contra sua atitude, pelo contrário, venho lhe advertir do erro que o senhor cometeu e que está ameaçando ficar mais grave com o prejuízo da aluna que também sei que é inocente. Peço apenas que o senhor lembre dos fenômenos da não-localidade estudados pela física quântica para verificar que o que entendes como desculpa é uma possibilidade real.

            Dito isso Renan saiu da sala do professor antes que ele se recuperasse da surpresa. Dera seu recado, agora era só esperar o trabalho da consciência

 

 Conto baseado em história da vida real.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/06/2016 às 00h05
 
06/06/2016 07h55
TERAPIA FAMILIAR AMPLIADA (23) – O PERDÃO

            No dia 04-06-16, as 20h30m, foi iniciada a reflexão em família com a leitura do texto “O perdão e as batatas” onde um professor ensina aos seus alunos que guardar ódio ou ressentimento das pessoas dentro da mente, é como guardar batatas dentro de um saco e andar com elas pra todo lugar que formos. Elas logo irão se deteriorar, apodrecer e aquilo só está fazendo mal a quem as conduz. Mesmo assim é o sentimento de ódio por alguém que o guarda dentro da mente. Com o tempo esse sentimento vai deteriorando e causando tanto mal a quem lhe guarda que não consegue nem ver o que de bom existe ao seu redor. Depois da leitura todos fizeram suas reflexões, mas duas foram bastante fortes. Primeiro, R. que diz ter sido injuriado por seu professor que o acusou de ter copiado uma tarefa que valia pontos. Como a resposta estava parecida com a resposta dada por uma colega de sala, o professor imaginou que eles haviam copiado um do outro, sem considerar a possibilidade de coincidência. Por essa falsa acusação e a injustiça de ter sido desconsiderado todo o trabalho que ele e a colega haviam feito, foi gerado um grande ódio dentro de si e que pensou em várias formas de retaliação. Essa atitude do professor não o prejudicou tanto, pois já tinha nota suficiente para passar, porém a sua colega vai ter que fazer a prova final. Confessa que guardou essa batata em sua mente, mas que vai fazer um esforço para tirá-la, antes que ela apodreça e possa interferir nas suas atividades saudáveis. O segundo relato foi de Si que coloca a questão como uma dúvida, pois não entende que guarde ódio em sua mente, pois já perdoou o que aconteceu com ela. Diz que foi convidada para o aniversário de F. e foi junto com Nt. Diz que se sentiu humilhada pela atitude da mãe da filha de F. que procurava sempre se destacar com histórias que não eram pertinentes naquela ocasião, que ficaram sentadas em locais de pouca importância, mesmo ambas estando ali na condição de convidadas. Diz que não guarda ódio dentro de si por essa pessoa, mas que não quer ficar mais uma vez na sua presença, pois sabe que não irá se sentir bem. Acredita que essa sensação de distância que deseja ter com relação a ela não seja ódio, pois toda notícia que ela vem a conhecer e que pode beneficiar a ela, faz questão que ela conheça também e que possa ser beneficiada. Também elogia atitudes positivas que ela tomou, como defender a vida da filha quando engravidou de forma inesperada e o pai orientou fazer o aborto. Mesmo ela sabendo que não iria ter o apoio presencial dele e que iria enfrentar forte oposição de sua família, resolveu ter a filha enfrentando todas as críticas, dificuldades e retaliações por parte de seus parentes. Todos esperavam também o relato de N. pois todos sabem da grande dificuldade que ela tem com o marido, dos pensamentos obsessivos que guarda dentro da mente, que ela não consegue perdoar o que imagina ter acontecido. Mas ela preferiu não fazer nenhum comentário neste momento, mesmo porque não estava se sentindo bem fisicamente. F. conclui chamando a atenção para a aproximação dos dois textos, o que foi lido na semana passada sobre a amizade e este sobre o perdão. Quando existe amizade é importante que as coisas ruins que o amigo faça seja escrita na areia, é uma forma de perdão. Mas quando uma pessoa que não tem conosco uma relação de amizade nos faz uma coisa ruim, a tendência é que deixemos a batata do ódio guardada na mente. O texto de hoje mostra que isso não é saudável, irá apenas deteriorar a nossa mente devido a deterioração que o sentimento ruim traz, que termina extrapolando sem mesmo ter a intenção nos relacionamentos com outras pessoas, apesar de atrair as vibrações nocivas do mundo espiritual. Fica aqui a grande lição composta: escrever na areia o que de ruim nossos amigos fazem, e não guardar na mente as batatas do ódio por causa das coisas ruins que as pessoas de nossas relações fizeram conosco.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/06/2016 às 07h55
Página 626 de 949