No final do século XI existia um choque violento e sangrento de fé e civilização, entre o Cristianismo e o Islamismo, pelo controle do Oriente Médio e seus locais profundamente santos para os dois lados.
Foi necessário que a Igreja mobilizasse um grande exército na Europa, os Cruzados, que colocou Jerusalém sob controle cristão pela primeira vez, por quase 500 anos.
Mas o domínio dos Cruzados sobre a cidade Sagrada foi precário. A guerra é uma coisa, a ocupação é outra, e ter ganhado a guerra e os territórios adjacentes, como Israel e Palestina, fez os Cruzados serem forçados a defender seus ganhos e garantir a segurança dos cristão que viviam lá e que viriam como peregrinos.
Nesse turbilhão de demandas em defesa do Cristianismo, surgiu uma Ordem de guerreiros monges, cristãos devotos, que juraram defender seus irmãos. Seu papel rapidamente se expandiu, de guarda-costas de peregrinos para protetor do reino, com a responsabilidade de manter uma coleção de castelos nas fronteiras. Tal combinação de deveres militares com piedade e austeridade do tipo monasterial, gerou a primeira Ordem dedicada à Igreja Católica.
Essa primeira Ordem foi fundada no dia de Natal do ano 1119, na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, um dos lugares mais santos do Cristianismo.
A Ordem – os Pobres Colegas-Soldados de Cristo e do Templo de Salomão, por isso chamados Templários, era um estranho híbrido. Era antes de tudo, uma ordem militar, um exército extraterritorial privado cuja única lealdade verdadeira era a Deus e ao papado. Era também uma Ordem religiosa que construiu igrejas e realizou cultos. Foi uma empresa, a primeira corporação multinacional do mundo. Foi um importante proprietários de terras, um promotor imobiliário, tinha uma teia de operações agrícolas, marítimas e de manufatura, cujos lucros foram aplicados para a luta contra os infiéis. Era um banco e financiador, emprestando dinheiro a nobres, guardando o tesouro real para reis e emitindo cheques de viagem para os peregrinos.
Respondiam apenas ao Papa, que deu à Ordem poder através de uma série de direitos e privilégios especiais. Atraíram generosas doações e muitos recrutas, ansiosos para servir a tão nobre missão.
Eram devotos, homens religiosos bem respeitados, e lentamente se tornaram parte do tecido social da Europa medieval. As Casas Templárias, suas sedes locais, podiam ser encontradas em todo o continente, arrendando terras e agricultores inquilinos que operavam os mercados agrícolas, alimentando os pobres.
No campo de batalha, vestidos com um uniforme distinto, de uma túnica negra e um manto branco com uma cruz vermelha sobre o peito esquerdo, os cavaleiros templários rapidamente alcançaram uma reputação de honra, valentia, bravura e ferocidade na batalha.
A morte dos Templários não foi provocada pelos muçulmanos inimigos, mas por seus aliados cristãos, por uma combinação de razoes não ditas que se referiam principalmente ao dinheiro e ao poder, e contra ordenações religiosas. Em 1312, a Ordem foi suprimida e, em 1314, o último Grande Mestre Templário foi queimado na fogueira.
Essa Ordem levantou uma questão importante, defender os cristãos. Infelizmente ainda estava muito presa a questões materiais, de crescer financeiramente com as doações recebidas até a obediência ao Papa. Acredito que uma Nova Ordem possa surgir com o princípio original, de defender os cristãos. Mas agora essa Nova Ordem deve ter um foco principal nas lições de Cristo, deve deixar de lado a espada e usar a palavra, o verbo de Deus, anunciando e construindo o Reino dos Céus por onde passar. Esta será a Nova Ordem de Cristo leal apenas a Deus, a nenhuma outra pessoa, lei ou instituição.
Está registrado no Evangelho de Mateus (9:913) uma passagem interessante: Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!”. Ele se levantou e seguiu-O. Depois, enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e disseram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os publicanos e pecadores?”. Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. Ide, pois, aprender o que significa: ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores”.
Eis uma grande lição do Mestre para nós, seus discípulos da AMA-PM. Andaremos pela comunidade da Praia do Meio ou em qualquer lugar, conversaremos com nossos convidados, e a todos que o Espírito Santo, que está sempre conosco, nos intuir para chamar para a missão, diremos o mesmo que o Mestre disse a Mateus: Segue-nos.
Sei que muitos não chamaremos, pois também a muitos o Mestre não chamou, pois não percebeu no olhar a chama divina acesa. Mesmo assim podemos cometer falhas, pois ainda somos bastante ignorantes das atribuições divinas que o Mestre quer nos passar. Mas o Espírito Santo está sempre atento para não deixar que nossas falhas prejudiquem a quem está pronto para nos seguir e nós não fizemos o convite. Vai acontecer isso, algumas pessoas intuídas pelo Espírito Santo, vão nos interrogar e surpreender, quando veem que estamos de saída após passarmos a mensagem do Reino de Deus: “Posso segui-los?”.
Esta é a semente de mostarda que se assemelha ao Reino de Deus, conforme o Mestre ensinou na parábola. Esta é a tarefa que iremos fazer, desenvolver esta semente com todos os seres humanos que o Pai nos envia, cabendo a nós colocar cada um com seus talentos dentro da organização da AMA-PM que corresponde ao casulo do Reino de Deus, saindo dos nossos corações para a comunidade.
Sabemos que a tarefa é difícil, mas contamos sempre com a intuição do Espírito Santo em nossas mentes, a presença espiritual do Mestre ao nosso lado sempre que nos reunimos dois ou três em Seu nome, e o Pai, que está sempre a sondar os nossos corações para saber se na nossa intimidade não estamos nos desviando da missão.
A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a décima parte do episódio 1, “Origem do mal”.
1918
A Primeira Guerra Mundial terminou em caos político e ideias revolucionárias despertando na Alemanha e na Europa Oriental.
A Revolução Bolchevique na Rússia gerou uma ideia errônea, mas muito difundida na época, de que havia uma ligação entre o comunismo, ou bolchevismo, como se dizia na época, e os judeus. E isso ocorreu na Alemanha também. A ideia de que políticos democráticos eram judeus e comunistas.
O início da República de Weimar foi permeado de violência (Tiffany N. Florvil, Professor, University of New México).
Havia uma atmosfera de guerra civil. Era um celeiro de polarização política extrema. Houve várias tentativas da esquerda de impor regimes comunistas ou socialistas, e militares veteranos de direita se uniram para resistir ao que viam como uma ameaça da esquerda (Christian Goeschel, Author, Mussolini and Hitler).
Em Munique, o exército tentava acompanhar as mudanças políticas que ocorriam na cidade. A liderança do exército estava muito interessada no que ocorria dentro dos partidos mais extremistas da direita, e então usava Hitler e outras figuras relativamente pequenas para obter informações sobre o escopo e a capacidade da direita alemã.
Hitler comecou a ser usado como uma espécie de espião político, para observar as discussões de vários grupos políticos e relatar ao comando do exército o que acontecia nelas. Numa dessas ocasiões, Hitler foi a uma reunião de um partido mais obscuro, chamado Partido Alemão dos Trabalhadores. Ele ia apenas assistir e anotar os eventos para depois relatá-los. Porém, na reunião, um dos membros argumentou que a Baviera devia se separar da Alemanha, e, para Hitler, aquilo era uma traição à pátria. Hitler se levantou e comecou a esbravejar furioso contra o homem. E as principais figuras do pequeno Partido ficaram bem impressionadas com o discurso de Hitler. Um dos líderes, um homem chamado Anton Drexler, elogiou a útil oratória de Hitler.
O presidente do Partido Alemão dos Trabalhadores abordou Hitler e depois o convidou a se afiliar.
Vejamos com esses fatos como funciona a mecânica do destino, que pode levar o mundo para um lado ou outro, das sombras ou das luzes, da paz ou da guerra, da honestidade ou desonestidade. Deus está no comando de tudo, fez os seres divinos e humanos, todos com livre arbítrio para se comportarem como Ele mesmo se comporta, com sabedoria e autodeterminação, ficando ao seu lado e obedecendo suas leis não por imposição, mas por considerarem serem as mais sábias e determinantes para a vida saudável. Mas se por algum motivo algum desses seres, divinos ou humanos, resolvem agir fora dessas quatro linhas determinadas pelo Divino, então sofrerá as consequências de suas falhas racionais.
Hitler adquiriu no processo de crescimento algumas falhas que podemos avaliar de acordo com sua forma de educação paterna e suas frustrações em não poder alcançar aquilo com o qual sonhava: ter sucesso no campo artístico. Essas frustrações e traumas em sua cabeça já lhe deixava incapacitado de desenvolver algum potencial Artísitico, como o de pintar pessoas. Esse impedimento isolado dentro do seu psiquismo não era fator de impedimento de seus outros talentos. Tanto é verdade que quando ele teve oportunidade de mostrar o talento da oratória revestida do potencial emocional que ele acumulava dentro de si, chamou a atenção do entorno que o captou para outras funções mais adequadas ao seu talento. Infelizmente, esse talento já estava contaminado com as sementes do mal.
A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a nona parte do episódio 1, “Origem do mal”.
NUREMBERG TRIAL – 20 de novembro de 1945.
O que torna este inquérito tão importante? O fato de que os réus representam influências sinistras que ainda vão pairar sobre o mundo por muito tempo depois da morte deles. Vamos mostrar como eles são o símbolo vivo do ódio racial, do terrorismo e da violência, e da arrogância e crueldade do poder. São os símbolos... (Robert H. Jackson, Chief Prosecutor, United States – Original Nuremberg trial audio).
Senti arrepios quando Jackson usou o poder da linguagem para argumentar com maestria, durante horas, contra as barbáries nazistas. Para mim, mais importante do que a própria audiência foi o fato de a promotoria ter divulgado centenas de documentos secretos obtidos pelos aliados antes que os alemães pudessem destruí-los. Os réus nazistas seriam condenados pelas próprias palavras, pelos próprios registros, pelos próprios atos abomináveis (From End of Berlin Diary by William L. Shirer)
VINTE E UM RÉUS NAZISTAS COMPARECERAM AO TRIBUNAL E FORAM INDICIADOS POR QUATRO ACUSAÇÕES DISTINTAS
Para a promotoria, as quatro acusações eram interligadas. A primeira acusação, de conspiração, era a cola que ligava todas as outras. Crimes contra a paz. A promotoria queria argumentar que é ilegal, pela lei internacional, atacar países vizinhos sem provocação. Crimes de guerra. Não se pode matar civis. Não se pode matar prisioneiros feridos. Não se pode atacar hospitais, esse tipo de coisa. Havia a acusação de crimes contra a humanidade. Assim como os crimes contra a paz, esse conceito foi criado em Nuremberg. A ideia por trás dele era criar uma lei internacional que proibisse o assassinato em massa dos seus próprios cidadãos. Jackson disse que todos esses crimes derivam da própria guerra. Sem guerra, não existem atrocidades. E, se pudessem usar a lei para prevenir guerras futuras, eles poderiam impedir que esses horrores acontecessem novamente (Devin Pendas, Professor, Boston College).
Num ponto Jackson se mostrou errado, apesar de toda sua maestria com a linguagem, faltou o dom de melhor profetizar. Quando ele disse que todos os crimes que estavam ali elencados derivam da própria guerra, ele centrou mais nos resultados dos que nas causas. Tudo isso aconteceu porque um grupo de pessoas usando de violência, mentiras e falsas narrativas conseguiu alcançar o poder e a partir daí ficou bem mais fácil continuar fazendo o que antes já fazia, até chegar ao ponto que Jackson identificou como criminoso: a guerra. Mas para evitar essa guerra sangrenta e generalizada bastava que em algum ponto de sua escalada a sociedade civil tivesse abortada a gestação desse terrível ovo da serpente que geraria a guerra como um dos seus produtos.
Vejamos aqui na América do Sul, a Venezuela num processo mais avançado e o Brasil correndo celeremente para alcançar o protagonismo dessa farra gerencial demoníaca que escraviza os povos e mata quem se opõe, com qualquer tipo de arma, faca, fuzil ou cadeirada. Isso sem falar das armas provenientes de mentiras e falsas narrativas com o objetivo de assassinato de reputações. O povo, na maioria, parece não perceber as acoes desses criminosos de colarinho branco, que continuam a surrupiar nosso dinheiro para gastar em campanhas políticas e comprar os votos necessários para se manter no poder, amparados pela ignorância que eles nunca querem acabar. Somente a providencia divina pode resgatar a nossa liberdade e autodeterminação, como aconteceu tantas vezes na história, pois os planos do mal estão fixados num determinado local e período histórico, enquanto os processos de Deus permanecem vigorando pela eternidade. O que hoje aparenta ser uma vitória dos endemoninhados, amanhã veremos a vitória dos poderes divinos. Assim vemos na face daqueles que antes eram tão prepotentes, hoje subjugados por uma força que eles ainda não entendem. E infelizmente, muitos de nós também não entendemos, pois senão não deixaríamos que eles assumissem o poder e praticassem suas maldades.
A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a oitava parte do episódio 1, “Origem do mal”.
Numa manhã de domingo escura, no dia 10 de novembro de 1918, um pastor levou uma notícia inacreditável para os soldados feridos. O Kaiser Guilherme II, imperador da Alemanha, havia abdicado e fugido para a Holanda, que permanecia neutra. O exército alemão iria se render aos Aliados em Compiègne, na França. A guerra havia sido perdida. O pastor comecou a chorar. E também o cabo Hitler, temporariamente cego (From The Rise and Fall of Adolf Hitler by William L. Shirer).
De uma vez só, quatro anos da vida dele perderam o sentido. Foram destruídos. A maioria das pessoas achava que a Alemanha estava vencendo. Isso ocorria porque o governo militar alemão afirmou que estavam vencendo a guerra até poucas semanas antes da derrota. Esconderam os problemas profundos do exército alemão de toda a população alemã.
Se tornou claro para os comandantes do exército alemão que eles tinham sido derrotados no campo de batalha. Então, o alto comando militar chegou a única conclusão racional possível: eles precisavam se retirar da guerra o quanto antes. Isso fez o governo imperial desmoronar. O Kaiser Guilherme II, imperador da Alemanha, abdicou.
A Primeira Guerra Mundial transformou a Alemanha profundamente. O país deixou de ser um império. Deixou de ser uma monarquia. Em 1918, a Alemanha se tornou uma democracia liberal, que ficou conhecida como República de Weimar.
Trabalhadores e soldados. A velha e podre monarquia, ruiu. Vida longa ao novo. Vida longa à república alemã.
A República de Weimar era liderada por uma coalizão do Partido Social-Democrata. Eram principalmente grupos de esquerda, com muitos políticos judeus.
Coube ao novo governo assinar o armistício num vagão de trem na França. E basicamente sobrou para os sociais-democratas.
Depois veio o Tratado de Versalhes, em junho de 1919, sem a participação alemã. O Tratado tomou 13% do território alemão de antes da guerra.
Os vencedores impuseram reparações pesadas à Alemanha, para responsabilizá-la por toda a guerra. as potências vitoriosas acusaram a Alemanha de ter ambições expansionistas, mas a maioria do povo alemão ficou chocado pelo país ter levado a culpa pela guerra, pois eles consideravam que a causa era um problema internacional, e não as ambições beligerantes da Alemanha.
O Tratado de Versalhes deixou os alemães tão insatisfeitos que foi praticamente um consenso nacional. Havia rejeição ao Tratado de Versalhes, aquela paz punitiva, as reparações exigidas. Ao longo de todo o espectro político, todas as pessoas sentiam o mesmo (Anne Berg – Prof., University of Pennsylvania).
Mas o governo, a contragosto, assinou.
A liderança conservadora do exército alemão se absteve de qualquer responsabilidade. Eles basicamente disseram: “Nós não queremos nada com a rendição”.
Inclusive, foi a liderança militar que comecou a promover a teoria da conspiração de que a Alemanha não tinha perdido a Primeira Guerra Mundial no front. Que não foi uma derrota militar, e sim uma traição de uma liderança civil de judeus esquerdistas que impediu a Alemanha de vencer a guerra. o que claramente é um absurdo.
Hitler acreditava piamente nessa teoria da conspiração. Hitler estava enfurecido, ele culpava os judeus. Culpava os socialistas por sabotar o exército alemão vitorioso. Ele encontrou uma explicação paranoica. Ele achava que, assim como Siegfried nas obras de Wagner, as tropas alemãs tinham sido traídas pela própria nação. Ele dizia que sua missão na vida seria retirar o controle alemão da mão das forças ocultas da história e garantir que alemães arianos como ele tomassem as rédeas da Alemanha e a tornassem uma grande nação novamente.
Os derrotados de qualquer guerra sempre pagam algum tributo aos vencedores. Não poderia ser diferente com os alemães. Mesmo que a sociedade fosse diretamente atingida, pois ela era quem iria pagar as consequências, inclusive o soldo dos seus soldados que eram quem estavam diretamente envolvidos na guerra. Mas, mesmo assim, vejo justiça. A sociedade alemã foi quem permitiu que os nazistas assumissem o poder e tornassem a República Democrática numa ditadura que anunciava mil anos de permanência. Isso mostra a importância que o povo deve ter na condução do seu destino. Infelizmente os líderes não tem essa preocupação, a maioria pretende apenas conquistar e se manter no poder. São mantidos por ideologias que pretendem construir uma sociedade ideal à custa de muito sangue e perversidades. Quanto distante está da ideologia cristã, quando devidamente praticada...