Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
07/09/2022 00h01
GUERRA DO IMAGINÁRIO (4) – H. G. WELLS

            Texto para reflexão dos meus leitores sobre o documentário do Brasil Paralelo, com minha reflexão pessoal.



            HG Wells (1866 – 1946) foi um dos escritores mais populares do seu tempo. Era um socialista utópico que não acreditava na violência revolucionária.



            Wells foi uma figura muito importante para o século 20 porque ele dá as bases de um gênero literário que hoje é conhecido como ficção científica.



Pensava que a única maneira de chegar à paz mundial era com um governo mundial. Ele escreveu dois livros sobre isso, abertamente: “A Nova Ordem Mundial” e “A Conspiração Aberta”. Esses livros serviram de inspiração para a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU).



            O grande perigo do pensamento de Wells começa com a ideia de uma conspiração aberta. De fato, HG Wells pode ser tomado como pai do que hoje chamamos Globalismo.



            “Veja, seria mais fácil hoje, governar o mundo inteiro. Ao que tudo indica, do jeito que as coisas estão, manter o mundo todo unido em uma comunidade. Acabar com a competição entre as nações, desarmamento, redução das Forças Armadas e a diminuição de tarifas entre nações. Em sequencia, a moeda da conferência mundial e ação mundial. E empresas públicas substituindo os lucros da iniciativa privada” (H.G. Wells).



            No caso de HG Wells há duas características que vale a pena destacar. Uma delas é a ideia de que estruturas superiores, cada vez maiores, vão dominando as inferiores. A segunda característica é que ele investiu na cultura.



            Em seu livro “Men all God”, Wells descreve um mundo onde a humanidade alcança a perfeição. Nessa sociedade, a religião tinha ficado no passado e a ciência reinava absoluta. Na sua obra mais famosa, “A Guerra dos Mundos”, Wells tenta mostrar que somente com a união dos governos seria possível enfrentar um desafio global.



            As obras de Bernard Show e de HG Wells alteraram para sempre o imaginário do mundo ocidental. O Socialismo Fabiano avançava com sua agenda de secularização do Ocidente sem encontrar nenhuma resistência.



            Aos poucos a mentalidade cristã foi perdendo terreno para as criações de Wells e Show.



            O que eles não esperavam é que surgiria na mesma época um adversário improvável que iria desafiar esse movimento.



            Mais uma vez é apresentado um autor cujo trabalho literário constrói uma sociedade utópica, que alcança a felicidade, mas que não considera a força animal, egóica que possuímos, e que pode boicotar todos os bons princípios que motivaram as mudanças de paradigmas culturais.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/09/2022 às 00h01
 
06/09/2022 00h01
GUERRA DO IMAGINÁRIO (3) – BERNARD SHOW

            Texto para reflexão dos meus leitores sobre o documentário do Brasil Paralelo, com minha reflexão pessoal.



            O socialismo Fabiano iria mudar a maneira como as pessoas enxergavam o mundo. Para isso, seria fundamental a participação de grandes escritores da época.



            Você precisa ressignificar a cultura, os símbolos da cultura e foi justamente isso que os fabianos começaram a angariar para eles, dois dos maiores escritores desse tempo.



            Você tinha HG Wells que tem um corpo de ficção estupendo, na ficção científica, especulativa, e Bernard Show (1856 – 1950), nas peças de teatro.



            Ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 1925 e um dos mais importantes escritores da história do teatro, Bernard Show foi um dos fundadores da Sociedade Fabiana. Foi um dos mais influentes romancistas da sua época. Era um intelectual de origem irlandesa, membro da Igreja Protestante na Irlanda. Até que drasticamente ele se tornou um ateu e um espécie de propagandista de ideias ateístas. Ele tornou-se membro da Sociedade Fabiana.



            Bernard Show queria ser o Nietsche irlandês. A característica mais relevante do Show era ser um dos principais apologistas do que seria o humanismo do sobre-humano, ser o Nietsche em países de língua inglesa.



            Ele acaba defendendo a ideia de que a esterilização dos pobres, ou seja, medidas eugênicas seria um caminho para acabar com a pobreza, o controle da natalidade.



            “Eu nunca sei exatamente como deixar minha opinião clara, porque me oponho a qualquer tipo de punição. Eu não tenho que punir ninguém, mas há um número extraordinário de pessoas que eu quero matar. Eu não tenho um espirito cruel, nem sou mesquinho, mas isso deve ser óbvio para todos vocês. Vocês todos devem conhecer meia dúzia de pessoas, pelo menos, que estão apenas usando este mundo, que são mais um problema do que elas valem”. (Bernard Show)



            O Show ficou encantado, interessado, e foi a um primeiro encontro dos fabianos, em maio de 1884. Em setembro ele começou a esboçar o ideário teórico da Sociedade Fabiana que em 1889 foi publicado como “Socialismo”. Uma obra que acabou se tornando a base intelectual dos socialistas fabianos.



            Acabou triunfando principalmente na Inglaterra, mas na Europa toda muito mais que qualquer partido comunista ou qualquer teórico socialista ou marxista. O Bernard Show está presente no nosso imaginário de forma quase indelével.



            Como dramaturgo escreveu peças como “O homem e super-homem”, uma comédia centrada na relação de um homem anarquista que acreditava que a seleção natural levaria a humanidade ao progresso e uma mulher sedutora inspirada no galanteador Dom Juan.



            Outra peça de sucesso escrita pelo Show foi “Pigmalião”. Outra comédia dos costumes que tinha a intensão de expor a luta de classes entre um homem de posses e pedante e uma jovem florista humilde, mas que demonstrava valores superiores.



            A busca de uma sociedade sempre é uma boa fonte de inspiração para autores produzirem seus ensaios, suas literaturas. Porém, é importante que seja dada a máxima importância aos instintos animais que possuímos, o Behemoth citado no livro de Jó, na Bíblia. Essa energia egóica, animal, que todos possuímos, também a possui os idealistas que procuram construir uma sociedade ideal. Para fazer isso é preciso conquistar o poder, mesmo que seja com o uso de palavras de ordem dissociada da realidade e com falsas intenções, mesmo com o uso da espada, de bombas atômicas. Fica claro que o poder alcançado dessa forma, vai motivar nos conquistadores, o uso da força para ase manterem do poder indefinitivamente. Escritores inteligentes, consagrados pelo público, mesmo assim podem cair nessa arapuca e passarem a contribuir para uma causa que eles conscientemente. Este é o caso de Bernard Show, que para quem não sabe desses bastidores, também como eu que não sabia, ontem, ler os seus livros, não consegue perceber no seu trabalho, a malignidade que está embutida. Ele é engando e engana os outros de forma semelhante, acreditando que os seus mundos utópicos realmente se realizam trazendo harmonia e progresso para todos.  


Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/09/2022 às 00h01
 
05/09/2022 00h01
GUERRA DO IMAGINÁRIO (2) – ESTRATÉGIA

            Texto para reflexão dos meus leitores sobre o documentário do Brasil Paralelo, com minha reflexão pessoal.



            Essa identidade do socialismo com a sociedade Fabiana, já consegue focar muito fortemente os objetivos e já era chamada de progressista. E Gramsci, mais para a frente, vai também escrever: nós precisamos tomar o poder silenciosamente, pelas beiras.



            É muito mais pela própria substituição do que se precisa, de um novo teatro, de uma nova literatura.



            É também uma sociedade onde a fé religiosa, a fé católica, a fé cristã, é totalmente proibida, substituída pelo humanitarismo, que é de alguma forma uma espécie de nova religião do homem.



            É basicamente o que estamos vivendo hoje, essa ideia que vai haver uma fraternidade dos homens gerido por uma elite de tecnocratas que vai resolver os problemas do mundo através da ciência e Tecnologia (João Nogueira (Rasta, Músico).



            Na perspectiva dos fabianos, a imaginação aparece plasmada no uso das palavras (Ion Mesquita – Tradutor de Chesterton)



            A ideia cultural deles, muito inteligente, mas para um objetivo muito mau, que era mudar o imaginário das pessoas (Jota Borgonhoni, Psicólogo, Professor e Co-criador do projeto “Os Náufragos)



            O imaginário é a construção de imagens na cabeça de alguém, uma experiência de viver habilidades que vão para além do nosso mundo aqui e agora. (Cristiano Camilo Lopes, Pastor e Professor)



            Ela vai depositando ali dentro imagens que vão formando toda bagagem necessária para que ela possa agir na vida real depois. (Alexandre Azevedo, Tolkienista e designer das obras de Tolkien no Brasil)



            Por isso que a guerra pelo imaginário é uma das guerras mais silenciosas, quase imperceptível, mas são as mais urgentes hoje em dia.



            É uma guerra silenciosa, muito diferente das que ocorrem de forma tradicional ao redor do mundo. Ela está ocorrendo ao nosso redor, preparando o ambiente para as guerras tradicionais, cooptando os bons para seus objetivos maléficos. Quando despertamos desse efeito educacional silencioso, que segue os princípios sugestivos de uma hipnose, podemos observar o quanto fomos enganados e o rastro de destruição que existe no mundo, nas sociedades que foram dominadas pelo comunismo/socialismo e que sofreram verdadeiros genocídios, destruição dos princípios de justiça e liberdade, tão caros à ideologia cristã.



            Podemos observar aqui no Brasil os efeitos dessa hipnose coletiva, o quanto fomos manipulados, roubados e agredidos pela ideologia comunista/socialista que quer retornar ao poder, mesmo sendo bem denunciado os roubos que foram perpetrados por essa trupe do mal. As pessoas que são honestas e que não foram cooptadas através dos diversos interesses, não conseguem raciocinar com os dados da verdade que aparecem e preferem ficar presas as frases de efeito que evocam sentimentos divorciados da aplicação prática na condução do bem, de uma sociedade ideal, próximas àquela do Reino de Deus, como o Cristo nos ensinava.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/09/2022 às 00h01
 
04/09/2022 00h01
GUERRA DO IMAGINÁRIO (1) – SOCIEDADE FABIANA

            Texto para reflexão dos meus leitores sobre o documentário do Brasil Paralelo, com minha reflexão pessoal.



            No início do século 20 o Império Britânico era a maior potência do planeta. No seu auge dominava cerca de 458 milhões de pessoas, um quarto da população do mundo na época e abrangeu 24% da área total da Terra.



            Todo movimento político que surgisse em seu território seria capaz de influenciar toda a civilização.



            Em 1893 foi fundada na Inglaterra a Sociedade Fabiana.



            O Principal objetivo da Sociedade Fabiana era uma evolução da sociedade em direção ao socialismo (Deividi Pansera – Professor de Matemática e Filosofia).



            Uma outra forma de implementação das mesmas ideias de Marx, de Engels, mas agora com um novo método. (Clístenes Hafner Fernandes – Professor do “Instituto Hugo de São Vítor).



            O socialismo Fabiano nada mais é do que uma revolução cultural e uma instauração do socialismo não pela via armada, uma revolução que tome o poder do Estado, como no modelo clássico do marxismo, mas por meio da inoculação gradual dessas ideias de modo que as pessoas fossem mudando o modo de pensamento. (Victor Sales Pinheiro – Professor na UFPA)



            O nome inspirado no general romano, Quinto Fábio Máximo (275 – 203 AC), conhecido como “Aquele que Adia” (Alex Catharino – Escritor e Editor)



            Ele tinha uma ideia de tomada de poder, em relação ao inimigo, não confrontando ele de forma direta, acintosa. (Guilherme Almeida, Professor de História)



            Você cansa o inimigo, torna o combate exaustivo e assim você vence a guerra. eles adotaram isso como estratégia da sua própria ação.



            Quando a sociedade Fabiana foi fundada em 1893, eles buscaram logo um brasão. Na arte heráldica há sempre um desejo de expressar através de imagens e símbolos os objetivos daquela família, daquela instituição, daquele lugar. (Rafael Tonon – Historiador)



            Eles começaram primeiro com um brasão que era um lobo em pele de cordeiro, para simbolizar as ideias que os fabianos estavam propondo. Isso ficou muito evidente na época e rapidamente foi substituído, por mostrar de maneira muito escancarada e até escrachada, quais eram os objetivos dessa sociedade.



            Então eles adotaram um novo símbolo, que é uma tartaruga, que simboliza o caráter lento, mas perseverante.



            Estamos vivendo sempre dentro de guerras, mesmo que algumas tenham outras características, que não se ouçam o troar dos canhões ou o sangue derramado no enfrentamento com o adversário.



            Assim é a nova guerra desenvolvida pelo socialismo Fabiano. Seus membros entram dentro da cultura das sociedades em que eles querem tomar o poder e lentamente vão cooptando pessoas de boa índole, iludidas por frases de efeito que evocam princípios igualitários de justiça e liberdade, mas que por trás desses rótulos está a intenção inversa do que alardeiam.



            Lembro que fui vítima dessa guerra. O meu imaginário passou a aceitar determinados eventos da história, não devidamente apresentados, como a Revolução Francesa, frequentando bancos escolares desde a infância até a maturidade. Fui vítima de lobos em pele de cordeiro, que usam o método da tartaruga para alcançar o poder, muito bem representado nos dois brasões que foram criados. O primeiro, por ser mais honesto, teve que ser substituído pelo segundo, para melhor nos enganar.


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em 04/09/2022 às 00h01
 
03/09/2022 00h01
BRASIL MISSIONÁRIO (01) – EMMANUEL

            A realidade da vida se manifesta em diversas facetas, alcançáveis ou não pelos nossos órgãos dos sentidos. Para melhor alcançar esta realidade é importante associar o que podemos perceber pelos sentidos, amparados pela ciência, ao que podemos alcançar pelo raciocínio lógico, coerente, mesmo que não tenhamos condições de confirmar pelos órgãos dos sentidos ou artefatos tecnológicos que ampliam nossa percepção fisiológica.



            A dimensão transcendental, espiritual, é o grande exemplo que podemos apresentar em complemento ao mundo imanente, material, em que vive focada a nossa consciência.



            Muitos não conseguem dar esse salto consciencial e construir um paradigma de vida onde as dimensões (mundos) material e espiritual coexistem na realidade da vida, com hierarquia, princípios e metas evolutivas em que estamos mergulhados.



            Irei trabalhar de forma acadêmica, fazendo conexões lógicas com diversas informações coerentes, com uma informação vinda do mundo espiritual e publicada por Chico Xavier no livro “Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho”. Seu conteúdo foi transmitido através da mediunidade de Chico Xavier, pelo espírito Humberto de Campos. Tem o prefácio do espírito Emmanuel de Chico Xavier, que diz o seguinte sobre o espírito de Humberto de Campos: que ele tem largo campo de trabalho a percorrer. Os dados que ele fornece nesse livro foram recolhidos da tradição espiritual, onde falanges amigas se reúnem constantemente para os grandes sacrifícios necessários em prol da humanidade.



            Esse livro procura explicar a missão do Brasil no mundo atual. Que nossa riqueza material, econômica deve superar a ignorância e alcançar sua significância espiritual, sendo o celeiro crístico do planeta.



            Devemos esclarecer a situação geral do país, argamassando a nossa tradição de fraternidade com o cimento das verdades puras.



            Se outros povos atestaram o pregresso, pelas expressões materializadas e transitórias, nosso Brasil terá a sua expressão imortal na vida do espírito, representado a fonte de um pensamento novo, sem as ideologias de separatividade, de conflitos, inundando todos os campos das atividades humanas com uma nova luz.



            Peçamos a Deus que inspire nossos homens públicos, atualmente no leme da pátria do Cruzeiro, e, que, nesta hora amarga em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais, no seio das oficinas humanas, saibam eles colocar muito alto a magnitude dos seus precípuos deveres.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/09/2022 às 00h01
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