Deus, no Seu ato de criação, construiu a Natureza com suas leis inabaláveis. Somente pode ir contra elas as criaturas com racionalidade superior, capazes de introspecção, diagnóstico cognitivo e poder de decisão, capaz de discriminar o que lhe parece melhor.
No ponto do discernimento é que pode ocorrer os erros (pecados), o homem agindo contra a vontade de Deus expressa em Suas leis naturais. Este caso estar bem explicado na alegoria de Adão e Eva, onde havia a determinação dada por Deus de não comer o fruto da árvore do conhecimento do Bem e do Mal. Mostra um limite que não pode ser ultrapassado, que o homem como criatura, deve livremente reconhecer e respeitar.
A aquisição desse conhecimento do bem e do mal pode afastar o homem da confiança total da graça de Deus. Ele passa agora a raciocinar com seus limitados neurônios sobre o que é certo e errado, inclusive na obra de Deus, na Natureza, nas suas leis, inclusive na Sua existência.
Esta é a raiz do problema que acompanha o homem até hoje, reflexo do que aconteceu nas hostes celestiais. Emergiu em Lúcifer, um anjo próximo de Deus, a prepotência de uma pretensa sabedoria igual ou superior à do Criador. Foi por isso exilado junto com os “companheiros” que aceitaram seus argumentos de revolução.
Esse movimento revolucionário quebrou a unidade universal da religião sobrenatural da graça de Deus e da família universal, criando a dissidência cognitiva que deu as bases para a existência da religião natural do indivíduo que se acha com competência de substituir a competência do Criador.
Assim surgiu a Religião Divina, daqueles que seguem a vontade de Deus e obedecem à Sua vontade, mesmo que seja dentro de diversas igrejas criadas de acordo com a convicções de cada grupo, com rituais que consideram corretos; assim surgiu a Religião Demoníaca, daqueles que seguem os argumentos de Lúcifer e obedecem às suas instruções, mesmo que seja dentro de diversos movimentos que causem a dissidência, conforme a “sabedoria” de cada grupo, com rituais e palavras de ordem que consideram corretos.
Este movimento de natureza sobrenatural, existencial, originado nas hostes celestiais, atinge principalmente o nosso planeta para onde Lúcifer e seus comandados foram exilados. Os argumentos que eles trazem influencia o raciocínio humano de natureza animal, de forte tendência egoísta. Foi necessária a vinda de Jesus, cumprindo a vontade do Pai, para nos ensinar sobre a existência do Criador, da responsabilidade de fazermos a Sua vontade dentro de Suas leis e a importância de seguir a Religião Divina.
Com suas ideias Jesus criou a ideologia do Cristianismo que deu as bases para a principal igreja de natureza divina, a Igreja Católica Apostólica Romana. Mostrou com suas aulas teóricas e práticas a prevalência do Criador sobre tudo, mas que o ideal luciferino permanece existindo e sempre em combate contra as leis harmônicas da Natureza, usando para isso o espírito revolucionário.
Hoje, o ideal luciferino entrou com força na Igreja Católica na forma mascarada da Teologia da Libertação, tentando comutar as lições de Cristo para os argumentos de Lúcifer; da Religião Divina associada à vontade de Deus, para a Religião Demoníaca, associada ao humanismo e globalismo. Isso faz eco à primeira escolha feita por Eva e Adão, influenciados pela Serpente que criou a primeira narrativa mentirosa, que eles se tornariam por si só divinos, tomando os frutos da Natureza, ao invés de aceitarem a vontade do Pai, aceitação sobrenatural da vontade de Deus.
Felizmente alguns membros da Igreja Católica, principalmente alguns papas do passado e leigos do presente, já perceberam a natureza luciferina da Teologia da Libertação, do orgulho procurando ascender ao trono de Deus, não por participar da vida sobrenatural dEle, de fazer a Sua vontade, mas de cavar profundamente sua própria natureza humana, causando dissidência por onde passa e desse modo alcançar o paraíso de um reino perfeito e sem perceber que estão caindo no inferno dos regimes totalitários.
Sobrenaturalismo, depender de Deus que está acima do natural, é Religião Divina; Naturalismo, depender, sem o auxílio de Deus, de nossa natureza criada, é satanismo, é Religião Demoníaca.
Como entender esses dois conceitos? Existe vida? Sim, sei que estou vivo assim como diversos outros seres ao meu redor. Existe morte? Surge a dúvida. Este corpo que agora escreve este texto um dia vai parar de funcionar, sei disso. Seus trilhões de células se desagregarão e o organismo deixa de existir enquanto corpo funcional, retornará como matéria prima da natureza, voltará ao barro, como está escrito na Bíblia. Se tudo consistir apenas nisso, então deixarei de existir, a morte se concretizará, ela existe.
Mas os fatos não confirmam isso. Existem muitos relatos e provas físicas de que aquela consciência que animou aquele corpo que agora está desintegrado continua a existir em outro plano da natureza que não tenho como observa-lo de forma direta como faço com este plano material. Chamo a este plano inacessível aos meus sentidos naturais de plano espiritual.
Então, se o que caracterizava a minha vida era a expressão da minha consciência e ela continua a existir em outro plano após a desorganização funcional do corpo físico, não posso considerar que a morte, como etapa final da vida, deixa de existir para mim.
Eu continuarei a existir no outro plano da vida, no plano espiritual, com dificuldade de me relacionar com os outros seres vivos que permanecem no plano físico, a não ser que eu encontre uma pessoa com o dom especial de fazer esse contato, que são chamados de médiuns.
Com essa compreensão volto à consideração do termo morte. Vejo que não tem uma aplicação correta. Ela não se aplica à consciência, pois essa deixa de existir no corpo físico mas continua a existir no plano espiritual. Pode se aplicar ao corpo físico?
O corpo físico que funciona como um organismo integrado por trilhões de células, deixa de existir. Suas células entram em decomposição, são consumidas por outros animais, irão compor a outros corpos. Entramos em outra dimensão da Natureza, da vida microscópica. Também não posso constatar diretamente com meus sentidos naturais, mas já posso fazer isso com minhas ferramentas tecnológicas. Os seres do mundo microscópico também possuem vida e como já sabemos que a vida tem origem a partir do sopro divino criando o espírito simples e ignorante, destinado a passar por todas as experiências da matéria, a partir do reino mineral. Assim, certamente esses espíritos iniciantes estão também estagiando pela existência de cada célula individual.
Essa constatação tem enorme implicação prática que não é suficientemente explorada. O meu corpo físico serve de laboratório para trilhões de espíritos iniciantes. O Eu espiritual que administra o meu corpo tem a responsabilidade de ser o tutor dessa imensidade de espíritos iniciantes, uma população superior aos habitantes de toda a Terra.
Quando pratico vícios ou excessos estou prejudicando dota a comunidade de espíritos iniciantes sob a minha responsabilidade, que podem passar pelos estresses químicos das drogas, pelo excesso de alimentação, ou até pelo extremo agravante do suicídio.
Observamos com tudo isto que estamos mergulhados dentro de diversas formas de vida, todas procurando se instruir e evoluir. A nossa responsabilidade frente ao Criador é bem maior do que imaginávamos.
Toda condição da natureza humana está dentro da Religião Concentrada que se bifurca obrigatoriamente em Religião Divina e Religião Demoníaca. O método científico desenvolvido pela humanidade, a ciência, como é denominado rotineiramente, não escapa dessa decisão.
Os cientistas que se consideram ateus, são aqueles que não aceitam a existência do Criador e colocam o Nada no Seu lugar. É uma forma de explicar a criação sem ter que obedecer a uma inteligência superior. Portanto, fogem da obrigatoriedade de fazerem a vontade de Deus, não se caracterizam como Seus filhos, não pertencem a família universal dos crentes que estão dentro da Religião Divina, cujos membros procuram cumprir as suas obrigações decorrentes da vontade de Deus.
A ciência ateia, negando a existência de Deus, é a que se apresenta como a verdadeira dentro dos meios científicos e tenta desqualificar a ciência teísta, como se ambas não estivessem dentro da Religião Concentrada, seguindo seus rituais de acordo com a bifurcação escolhida.
A ciência materialista e ateia se propaga nos periódicos e é ensinada na maioria das cátedras oficiais, recebendo o crédito das grandes correntes da atual opinião anticristã. Não ver na ordem e perfeição do universo a inteligência superior de um Criador, consideram que tudo seja efeito do acaso. Dessa forma é afirmado a eternidade da matéria, pois, se consideram que tudo existiu sem nada ter sido criado, nada será destruído. O universo presente subsistirá para sempre, e se ele for progredindo e melhorando será unicamente pelo efeito do gênio do homem, pelo impulso cada vez maior dado às artes, tecnologia e conquistas industriais, pelo jogo variado de fluídos e de elementos que se decompõem e se recompõem para dar nascimento a novas formas.
A ciência teísta compreende que a natureza reflete a sabedoria do Criador que dentro dela está a aplicação e ativação de forças inumeráveis e ainda desconhecidas e que nosso intelecto não tem condições de alcançar. Forças que foram projetadas para crescer e se desenvolver cumprindo determinados propósitos que alguns deles podemos alcançar com o avanço de nossa racionalidade: o verme aperfeiçoado tornando-se quadrúpede, que se torna bípede, que se torna homem, implicando nesse processo milhões de anos.
Nesse processo de racionalidade onde ainda estamos na tenra infância, precisamos de pessoas com intuições dirigidas a esse conhecimento e que formem de acordo com suas circunstâncias de vida uma cosmogonia inicial que podemos ver na Bíblia e em outros livros sagrados ao redor do mundo.
A ciência ateia ver o paraíso e a vida eterna como uma alegoria, um mito. Consideram que o progresso é o fim último, a lei e o fundamento da vida do homem. É o termo e o objetivo para onde devem confluir todos os seus pensamentos e aspirações. Se o homem rejeitar com coragem os laços e as trevas das superstições e das crenças tirânicas e antiquadas, se tiver fé somente em si mesmo, num futuro mais ou menos próximo será incumbido da criação e dos fundamentos de um reinado sem medidas e entraves. Sem ter que obedecer a vontade de um Deus imaginativo.
Eis o pensamento de Lúcifer querendo se colocar no lugar de Deus e desenvolvendo com sua astúcia, orgulho e prepotência todo um movimento revolucionário a partir dos céus, da proximidade com o divino.
A Religião Divina implica em fazer a vontade do Pai, que é amar ao próximo (irmão) como se fosse a si mesmo. A Religião se exterioriza das intenções ao real por várias igrejas separadas por algumas filigranas do pensamento, mas unidas na forma universalizada de fazer a vontade de Deus.
Esse fenômeno religioso cujo foco físico, presencial está nas igrejas, é sempre acompanhado durante seu período de formação por uma super excitação geral da sensibilidade, que da mente se espalha para o corpo todo. Isso traz um forte senso de felicidade, apesar de qualquer custo de sofrimento que seja cobrado para a sua realização.
Isso lembra do forte sofrimento que Jesus padeceu e quanta felicidade Ele sentiu apesar das dores, por saber que estava cumprindo com fidelidade, dedicação e competência a vontade do Pai.
Quase de imediato, também as crenças podem se concretizar em objetos materiais, em símbolos, imagens, bandeiras e que servem de sinais de identificação para outros crentes e como um tipo de talismã. Neles podem ser depositadas as esperanças mais intimas, são feitas promessas em busca de solução de problemas, de milagres. Por isso os respeitam e procuram levar esse conhecimento a outras pessoas.
As pessoas que pertencem, aceitam a outra religião, também são aceitas dentro do convívio social, amando-as como o Pai deseja, mas sem considera-las da mesma família universal, daqueles que fazem a vontade de Deus.
Quem está dentro da Religião Demoníaca, que não obedecem à vontade de Deus, estão niveladas aos animais irracionais, mesmo que possuam uma ampla inteligência e tenham conquistado postos acadêmicos, jurídicos ou eclesiásticos.
Observamos que o mundo e principalmente o Brasil está dominado pela Religião Demoníaca, onde nenhuma vontade de Deus é praticado pelos diversos tipos de gestores. Mesmo o Brasil sendo designado pelos gestores espirituais sob o comando do Cristo, para ser a pátria do Evangelho e o coração do mundo, nos sentimos manietados, amordaçados, pela mentira e suas narrativas enviesadas. São presas centenas de pessoas de uma só vez, lotando ginásios, como se fossem criminosos de alta periculosidade, só porque protestavam em busca da verdade. Eram pessoas velhas, crianças, índios, cobertos com a bandeira nacional numa postura patriótica ou com bíblias nas mãos dentro de uma postura religiosa sintonizada com o Divino.
Ficou bem claro nesse momento de prisão coletiva, a Religião Demoníaca através de diversos atores, todos mancomunados com as trevas, fazendo sofrer torturas e humilhações aqueles que querem fazer a vontade de Deus, que está dentro da Religião Divina.
Chega o momento que devemos nos posicionar como crentes da Religião Divina e denunciar aqueles que usam as palavras sintonizadas com a vontade do Pai para praticar a vontade do Demônio. Tomemos como exemplo os revolucionários franceses, que escreveram na sua bandeira as palavras associadas ao Cristianismo, como Liberdade, Igualdade e Fraternidade, para praticarem os atos mais bárbaros há humanidade, onde ensopou com sangue o solo francês ao som da guilhotina.
Consideramos que a vinda do Cristo foi para nos ensinar sobre a existência do Pai, fazer a Sua vontade e construir o Reino de Deus, como o cerne de Sua missão.
Apesar de toda resistência que Ele sofreu, cumpriu bem a Sua tarefa, formou a ideologia do Cristianismo e foi criada a Igreja Católica que depois se dividiu em várias células com outras denominações, mas todas com o propósito de permanecerem dentro da Religião Divina.
As pessoas contestadoras, caluniadoras, que sempre existiram, permanecem hoje no formato social dos revolucionários, que pretendem evitar ou destruir pela força e mentira a base ideológica que o Cristo implantou na sociedade.
Vejamos o que diz o professor Eduardo Levy na apresentação do livro: Fanatismo Ideológico – A Origem dos Cultos Revolucionários (1789-1792), que foi publicado como segunda tese de doutorado na Faculdade de Letras da Universidade de Paris, por Albert Mathiez (1874-1932):
“Para quem acompanha o noticiário político e cultural, não pode deixar de causar espanto a imensa variabilidade de formas com que o movimento revolucionário se faz presente nele. Embora haja, por exemplo, uma relação de identidade, que não escapa nem a eles nem a seus adversários, entre os antigos trabalhistas e os novos progressistas, o cerne dos respectivos discursos é bem diferente. Se os revolucionários de ontem só falavam em neoliberalismo, reforma agrária, distribuição de renda, e direitos do trabalhador, os de hoje concentram-se em machismo, racismo e outras questões de gênero. Os de ontem não escondiam o desejo de combater a “elite” que odiavam; os de hoje, falando em nome do “amor”, não se envergonham de trabalhar com a elite e sequer de pertencer a ela, tentando antes “conscientiza-la” e cooptá-la (com imenso sucesso) do que destruí-la. Os de ontem consideravam-se porta-vozes do “trabalhador”. Os de hoje não escondem a repulsa pelo trabalhador, que consideram fascistas. Os de ontem eram populares entre os pobretões; os de hoje são VIPs entre VIPs. Se é assim, o que é que pode haver de comum entre eles? Por que, a despeito de tantas diferenças, a cara de um indica o focinho do outro? Que unidade pode haver entre o trabalhador machão de ontem e o militante elitista de hoje que odeia os trabalhadores?
“Albert Mathiez responde: É uma unidade de culto. ‘É por sua forma, e não por seu conteúdo, que se reconhecem os fenômenos religiosos’, observa Mathiez. Por maiores que sejam as diferenças de conteúdo discursivo entre os revolucionários que combatia o capitalismo com um fuzil e aquele que combate o machismo com um iPhone, a forma de culto que um e outro praticam é exatamente a mesma.
“Que o movimento revolucionário é uma forma de culto, este livro mostra para além de qualquer dúvida. Ecoando o sociólogo Émile Durkheim (1858-1917), Malthiez explica que as noções de divindade e sobrenatural, que o senso comum considera características essenciais dos fenômenos religiosos, em verdade são secundárias. O que define esses fenômenos são ‘as crenças obrigatórias, bem como as práticas relativas aos objetos dados nessas crenças’”.
Portanto, todo este ritual apresentado pelos revolucionários nos seus movimentos contestatórios, caluniadores, mentirosos, tem origem primordial ao lado de Deus, o Criador do Universo e da ordem estabelecida. Foi a figura de Lúcifer o primeiro revolucionário, induzindo diversos anjos às suas manobras enganosas para se colocar semelhante a Deus. Sofreu a represália através do representante da ordem, o Arcanjo Miguel, e foi deportado para mundos inferiores, como a Terra. Com a sua inteligência e seus comandados criou entre as pessoas que o aceitaram, a Religião Demoníaca, que hoje está em plena ascenção pelo mundo.
Esta é a cosmogonia que unifica o pensamento humano em direção à bifurcação decisória, fazer o correto discernimento e decidir entre a ordem estabelecida e o movimento revolucionários, entre obedecer a vontade natural do Pai ou obedecer aos desejos das criaturas, entre ficar dentro da Religião Divina de Deus ou dentro da Religião Demoníaca de Lúcifer.