Continuando a transcrição da palestra sobre a obra de Gaston Leroux, O Fantasma da Ópera, feita pela professora Lucia Helena, voluntária da Nova Acrópole, e que está disponível no Youtube, muito útil para nossas reflexões.
Então, começando a falar um pouco sobre isso, vocês vão ver que o livro é de 1911, foi publicado em primeiro lugar em fascículos no jornal, e depois foi condensado num romance. O filme é de 2004 com o diretor Joel Schumacher. Quem não conhece esse filme, eu recomendo fortemente. Uma montagem muito bonita e às vezes é muito mais viável do que assistir ao musical que raramente passa no Brasil. Embora eu recomende que quem possa assistir ao musical, que vá fazê-lo, pois é um espetáculo maravilhoso.
A partir dessa estrutura que foi o livro, musical e filme, foi trazido até nós um mito moderno, com muitas facetas, muitas camadas, e essas camadas muito bem representadas até mesmo no filme. Gostaria de mostrar para vocês. Eu acho importante, pois vivemos reclamando que não passam bons filmes. Concordo plenamente, bons filmes são raros, mas quando passa bom filme e sabemos aproveitar a luz devidamente, de forma que saiamos de lá maiores do que entramos... se assistimos a um bom filme com o mesmo caráter com que assistimos ao ruim, nenhum dos dois vai fazer muita diferença. Não passa de um entretenimento melhor ou pior. E o bom filme está associado a um momento mítico que o faz ser muito mais importante do que mero entretenimento, embora esse também seja muito válido e necessário.
O teatro onde se passa O Fantasma da Ópera é algo muito importante. O teatro foi criado a ópera Garnier pelo arquiteto Charles Garnier entre 1861 e 1865. Quem já esteve na França, sabe que é uma obra sensacional. O mais importante da história do teatro que tem um caráter muito vital, musical, extremamente propício para se criar um mito bem feito, porque ele tem um palco, iluminado por uma luz artificial, na época eram velas. E ele tem um subterrâneo, uma galeria, obscura, onde dali vem a inspiração para o que está acontecendo no palco
O teatro é um antigo símbolo relacionado à existência. O palco simboliza a vida. Cada um de nós, somos os atores de um drama: usamos máscaras e figurinos para representar um papel, mas desconhecemos nossa própria natureza, quem dirige o espetáculo, quem está por trás da máscara (persona)
Para quem conhece, por exemplo, o mito da caverna de Platão, que ele fala de vários homens, aprisionados em cadeiras, olhando para uma parede onde passam sombras, iluminadas artificialmente por uma fogueira, mas a realidade está lá atrás, fora da caverna, vamos ver que é muito parecido com a estrutura de um teatro.
Então você tem um palco que é a tela do mito da caverna, a tela onde passam as sombras. Mas por trás, a luz que dá origem a tudo é invisível, todo mundo está de costas para ela, está escondida, são subterrâneas. Mas é nesse campo iluminado que vem as verdadeiras ideias, que reside a verdadeira realidade. Então, é um paralelo muito evidente algumas vezes há certas menções e certas cenas do filme que eu vou mostrar pra vocês.
Na decoração do teatro, dos bastidores, onde Christine tinha suas aulas de música, há algumas referências ao que está acontecendo, por isso considero o filme tão bem feito.
Andrew Lloyd Webber levou essa história para os palcos, em 1987. Isso nunca saiu de cartaz. E ainda hoje quando você chega em Londres, você vai ter dificuldade para conseguir um ingresso para assistir O Fantasma da Ópera. Vários turistas culturais, que me considero uma delas, guardando as devidas proporções, compram meses antes de ir à Londres, o seu ingresso para assistir O Fantasma da Ópera. Pensem vocês numa trajetória de tempo desde 1987 a 2018 e um teatro permanentemente lotado. Se isso fosse um espetáculo meramente divertido, os primeiros que assistissem contariam para os outros e talvez a terceira geração já não tivesse disposição para tanto esforço. Mas O Fantasma da Ópera deixa as pessoas com um gostinho de algo misterioso, como se tivesse que ver novamente para ver se isso ocorre.
Tudo que tem algo de mítico por trás, a gente não sabe dizer muito bem porque, mas deixam um chamado, um gostinho do diálogo silencioso que está querendo tomar voz, a tal ponto que as pessoas se dispõem a assistir três, quatro vezes o mesmo espetáculo. Não é difícil conhecer quem tenha feito isso. É um sucesso que se deve mais do que um mero entretenimento.
Então, até hoje, O Fantasma da Ópera em cartaz, é o musical mais visto da história, por mais de 100 milhões de pessoas. Imaginem isso, ele deve ter rendido até o momento, segundo informações que eu colhi e espero que estejam atualizadas, rendido cinco bilhões de dólares, ou seja um espetáculo que teve sucesso entre outras coisas, um sucesso de público e consequentemente um sucesso financeiro muito grande.
O que eu chamo atenção para vocês e quero também alguns momentos falar nessa palestra, é a felicidade, a coincidência perfeita, que não é coincidência, isso foi feito propositalmente, de certos símbolos que são utilizados com a letra da música que Andrew Lloyd Webber coloca.
É colocado o sucesso do livro, do musical e do filme, como prova da importância que o ser humano dá a essas evocações da verdade que existe no seu íntimo e que o mito tem o papel de despertar. Orienta para que possamos ser críticos com o que acontece ao nosso redor, percebendo o valor positivo ou negativo daquilo que nos é oferecido.
Que possamos desviar nossos olhos das sombras que se movem na nossa frente e consigamos olhar para dentro e ver a realidade, a verdade e a felicidade, independente das influências artificiais que tentam embotar nosso psiquismo.
Irei reproduzir a palestra feita por Lucia Helena, voluntária da Nova Acrópole, que publicou instigante interpretação da obra O Fantasma da Ópera, que traz importantes reflexões para nossa vida cotidiana.
Mitos são necessariamente antigos? Não, mitos são necessariamente profundos. Porque um mito indica uma estrutura emocional, psicológica, espiritual, que aquele que a indicou tem que conhecer. Logicamente, quem indica um caminho para você tem que ter feito esse caminho, senão não tem muita autoridade moral, pelo menos ter feito parte dele, conhecer mais ou menos o mapa. Não tem autoridade moral para indicar alguma coisa que desconhece por completo.
Quando nós pegamos a mitologia antiga de qualquer civilização, nós vamos ver que eram homens muito especiais, que tinham um nível de conhecimento muito considerado dentro daquele contexto social como formadores e, portanto, tinham uma estrutura simbólica que indicava uma trajetória de ascensão da consciência humana em direção ao bem.
Fazer isso nos nossos tempos quando isso já não está incluído no nosso sistema educacional, significa que o homem tem muita profundidade para encontrar isso em si próprio. Isso não é impossível, mas não é tão comum quanto as pessoas pensam. Então, não e qualquer filme ou qualquer livro que foi lançado e está na moda que poderia ser classificado como um mito. As vezes tem certas distorções de trajetória que indicam mais a decadência da consciência que ascensão. Eu não vou entrar em detalhes, porque meu objetivo não é rotular nem desenvolver preconceitos, porque eu gostaria de desenvolver o discernimento que pudessem chegar a essa concussão sozinhos.
Um dos casos que eu considero como um mito moderno é o Pinóquio de Carlo Collodi. No livro você ver isso muito claramente, uma estrutura mítica profunda, as vezes com menções à tradições antigas, como planeta Vênus, a primeira estrela que vejo... tem muitas coisas fortes ali, interessantes.
E outro, que igualmente tem uma estrutura mítica indiscutível, bem recorrente nos mitos antigos, é o Fantasma da Ópera. O que eu acho particularmente importante no Fantasma da Ópera, é que nós podemos falar do livro de 1911 de Gaston Leroux, podemos falar do musical que é o maior da história, o maior espetáculo de entretenimento da história, décadas em cartaz e sempre cheio. E podemos falar do filme que foi feito em cima desse musical. E todos eles respeitam a trajetória mítica, muito intacta em muitos pontos. Particularmente gosto do autor de musicais Andrew Lloyd Webber, e particularmente nesse musical, eu devo dizer, ele fez letras de músicas muito pertinentes que casam muito bem com a estrutura mítica sugerida por Gaston Leroux. Isso é o que gostaria de passar para vocês. Não vou esgotar a obra nem vou falar verdades absolutas. A minha intenção é alfinetá-los e que pensem um pouco mais para que não assimilem simplesmente que o bonzinho é o mocinho bonitinho que está em primeiro plano. Que assimilem que ali é mais engenharia do que aparência, e tentem entender isso de maneira que seja útil para a trajetória de vocês, porque todos nós, de certa maneira, somos Christine, a heroína dessa saga.
Neste primeiro momento, a professora Lúcia Helena procura contextualizar o seu trabalho dentro do trabalho universal, na montagem de narrativas que possam levar o homem simples, que não tem condições ou oportunidades de aprofundar os estudos, em caminhar na direção do bem. Isso é de grande utilidade, pois vivemos cercados por falsas narrativas que parecem ser positivas, mas que na essência provoca o desvio do homem de sua caminhada natural. É essa tendência que sofremos de nos comportar como bois dentro de uma boiada, sem direito à crítica das ocorrências, e que devemos ser subservientes a quem nos traz algum benefício.
A leitura dos mitos nos traz energia moral, espiritual, para o enfrentamento das iniquidades que tentam nos corromper ou escravizar.
Winston Churchill faz uma boa reflexão sobre o preço da indiferença de indivíduos ou nações, quando o mal se articula para dominar os pacatos na base da força. Ele dizia que Hitler, então senhor de toda a Alemanha, já tendo dado ordens, ao assumir o poder, de avançar ousadamente em escala nacional, tanto nos campos de treinamento quanto nas fábricas, sentiu-se numa posição fortalecida. Nem sequer se deu o trabalho de aceitar as ofertas quixotescas que lhes eram feitas com insistência. Com um gesto de desdém, mandou o governo alemão retirar-se da Conferência e da Liga das Nações.
É difícil encontrar um paralelo para a insensatez do governo inglês e a fraqueza do governo francês, que, não obstante, refletiram a opinião de seus parlamentos nesse período desastroso. Tampouco podem os Estados Unidos escapar à censura da história. Absortos em suas próprias questões e em todos os profusos interesses, atividades e percalços de uma comunidade livre, eles simplesmente ficaram perplexos com as vastas mudanças que estavam ocorrendo na Europa e concluíram que elas não lhes diziam respeito. O considerável corpo de oficiais americanos, profissionais altamente competentes e com amplo treinamento, formou uma opinião diferente, mas esta não produziu nenhum efeito discernível na imprevidente indiferença da política externa americana. Se a influência dos EUA se houvesse exercido, talvez tivesse animado os políticos ingleses e franceses para a ação. A Liga das Nações, apesar de debilitada, ainda era um instrumento imponente, que teria conferido a qualquer questionamento da nova ameaça de guerra hitlerista o peso das sanções do direito internacional. Em meio à tensão, os americanos simplesmente deram de ombros, de modo que, dentro de poucos anos, tiveram que derramar o sangue e os tesouros do Novo Mundo para se salvar de um perigo mortal.
Sete anos depois, ele reflete, quando testemunhou em Tours a agonia francesa, tudo isso lhe veio à mente, e foi por isso que, mesmo quando se mencionaram proposta de uma paz em separado, proferiu apenas palavras de consolo e conforto, que lhe alegrava sentir que foram confirmadas.
Esses sentimentos do Churchill nos permite uma grande reflexão para quem deseja e pode olhar as lições do passado. As vezes a coletividade dentro de um desejo saudável, positivo, de paz e desarmamento, por exemplo, esquece que o mal está ali ao lado, agindo de forma beligerante e se armando cada vez mais. Se não formos previdentes como Jesus nos ensinou, de sermos simples como as pombas e prudentes com as serpentes, podemos pagar um preço muito mais caro. Foi isso que aconteceu com a Segunda Guerra Mundial.
Por ocasião do encontro festivo de troca de fichas (2 e 22 anos) de dois companheiros de AA, tive oportunidade de ir a cabeceira de mesa e falar o que transcrevo abaixo.
Bom dia, amigos. Hoje é um dia festivo, é dia de aniversário e gostaria de dar um toque sobre essa questão de aniversários. Isso significa um ano, que corresponde ao giro que a Terra faz ao redor do sol voltando a posição inicial e começar um novo ciclo. Isso marca o tempo, e o tempo significa evolução, o tempo que Deus nos dá para crescermos em direção a Ele. Assim nós evoluímos da condição de animal até a condição de anjo, adquirindo experiências, superando dificuldades. Este é o projeto de Deus para conosco, suas criaturas. Mas, tem as forças contrárias que tentam interromper essa trajetória, as forças do demônio que está ali querendo atrapalhar os projetos de Deus através de nós. Daí se forma uma batalha espiritual que nós convivemos com ela até hoje.
Deus mandou o Seu filho mais evoluído, Jesus Cristo, há 2.000 anos, para nos mostrar o caminho... o caminho, a verdade e a vida. Mas, existe a pedra no caminho.
Como se dá essa evolução no contexto do ser humano? Contamos os aniversários a partir da nossa própria vida. Calculamos isso após os nove meses de gestação. Entramos na luz, nascemos, marca o aniversário da nossa vida. Aí vem o casamento, aniversários de casamento; vem trabalho, contagem do tempo de serviço até a aposentadoria; vem os filhos, e tudo isso está marcando o tempo com os aniversários de fatos importantes de nossa vida. De repente, tem a pedra no caminho: o álcool. Faz com que a gente desvie dessa rota natural que Deus nos deu e caiamos na berlinda, nas calçadas, nas praças, canteiros, perca a dignidade, família, trabalho... a própria vida!
Deus não deseja que essa estratégia do demônio prospere e acabe com a sua criatura, com a pessoa humana que vinha em sua direção. Então, o que Deus fez? Qual foi a fórmula encontrada para essa pedra sair do caminho? Colocou duas pessoas, Bill e Bob, alcoólicos, americanos, para conversarem sobre seus problemas, em Ohio, Estados Unidos. Esses dois alcoólicos que até aquele momento não encontravam solução para seus problemas com o álcool, de repente perceberam que não sofriam a compulsão de ir em busca do álcool durante a conversa. Surgiu uma força associada ao poder de Deus, o Poder Superior, em junho de 1935. Portanto, completa neste mês, 84 anos.
Daí se espalhou pelo mundo essa tradição dos 12 passos, das 12 tradições, dos 12 conceitos, e chegou no Brasil em setembro de 1947. Em setembro deste ano completará 72 anos de AA no Brasil. Percebamos um detalhe: AA foi criado em 1935 antes da Segunda Guerra Mundial e chegou ao Brasil em 1947, após o seu término. Será que tem algo a ver com a proposta espiritual do Brasil se tornar o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho, após as grandes potencias terem gasto tanto vigor material e espiritual?
Aqui em Ceará Mirim o AA chegou em abril de 1983, portanto, completou 36 anos em abril próximo passado. Então, essa marcação do tempo serve para todos, indivíduos e instituições. Eu não sou alcoólico, mas tenho minha marcação do tempo junto com AA. Terminei minha graduação médica no UFRN e fiz mestrado e doutorado pela Escola Paulista de Medicina (EPM), atualmente Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Sou doutor em Psicofarmacologia e Psiquiatra. Conclui os cursos em 1985 e comecei a clinicar. Apesar da minha importante formação, baseada na ciência farmacológica, eu não conseguia curar os alcoólicos, uma doença aparentemente mais simples, pois quando o doente não estava alcoolizado, aparentava ser uma pessoa normal. O medicamento que eu estava tão capacitado para prescrever ou o hospital para internar, não conseguia chegar na mente do alcoólico e retirar a compulsão pelo desejo de voltar a beber. Mesmo usando medicação, mesmo tendo acabado de sair da hospitalização, esses doentes voltavam a beber e me deixavam frustrado. Apesar, tantos anos de estudo para nada? Foi aí, nessa época, em 1985, há 34 anos que eu conheci o AA. Percebi que os alcoólicos que frequentavam as reuniões, que cumprem sua programação, permaneciam sem beber durante anos. Percebi que essa irmandade poderia me ajudar e muito no tratamento dos meus pacientes. Percebi que eu precisava também de AA, mesmo não sendo alcoólico, mas que eu poderia ajudar meus pacientes alcoólicos fazendo essa parceria com a irmandade, fazendo também a sintonia com o Poder Superior. Levantei minha mão pedindo ajuda e AA me acolheu e por isso estou hoje, aqui, com vocês, neste momento festivo no qual também me sinto incorporado.
Meus parabéns aos dois companheiros que trocam as fichas que sinalizam mais um ano dentro da irmandade, dentro da vida real que Deus nos deu. Meus parabéns para o AA mundial que também conclui mais um ano de existência neste mês.
Como Jesus poderia ensinar aos seus primeiros discípulos qual seria o caminho que eles iriam percorrer, ao fazer a vontade do Pai? Vamos imaginar mais uma vez a seguinte conversa.
Jesus – Então, Simão, Abigail, tua mulher, acha que você deve me fazer mais perguntas.
Simão – Hum... a coisa do pescador de homens, por exemplo. Isso não está bem explicado.
Jesus - Diga que vamos nos dedicar a curar e ensinar. Que esse vai ser seu trabalho daqui em diante. Na verdade, esse vai ser o trabalho de vocês todos.
João – Curar endemoninhados, como hoje de manhã?
Jesus – Curar em geral. Os que sentem dor, os que estão sofrendo.
Simão – E o que acontece com quem sofre porque merece? Por exemplo, quem pecou e por isso ficou doente?
Jesus – Que a compaixão venha antes do juízo. Vamos ajudar a todos que sofrem. Vamos fazer mais que isso. Vamos nos pôr no lugar deles. Vamos pensar, sentir, colocar-nos em seu corpo. Vamos chorar com eles, se necessário.
André – E o que vamos ensinar? As escrituras, como os rabinos?
Jesus – Digamos que as escrituras perderam o sentido. Foram mal interpretadas. Vamos ensinar a Lei de Deus. Vamos ensinar a Palavra de Deus. E não vamos só ensinar, vamos praticá-la.
Tiago – E quanto a nós? Como vamos manter nossas famílias?
Jesus – Que Deus se encarregue disso.
Simão (rindo) – Duvido que Abigail se conforme com sua resposta.
Jesus (observando a chegada de Felipe e Bartolomeu) – Aí vem um verdadeiro israelita, de coração puro.
Felipe (irmão de Bartolomeu) – É ele, Jesus de Nazaré.
Jesus – Bem-vindo, Bartolomeu.
Bartolomeu – Eu nunca tinha te visto. Como me conhece?
Jesus – Te vi debaixo da árvore antes de Felipe te chamar.
Bartolomeu – Mestre! É o filho de Deus. É o rei de Israel.
Jesus – Em verdade vos digo. Verão o céu se abrir e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do Homem.
Esta lição é crucial. É o amor incondicional na prática. Vejamos como eu poderia aplica-la nos dias atuais. Tem um corrupto preso, mentiroso contumaz, desviou milhões de reais do pagamento dos impostos para seus bolsos e de seus familiares e companheiros. Foi pego pela justiça e agora sofre a punição de uma prisão. Continua tentando enganar a nação apesar de toda as provas em contrário e as evidências em nossa mente. Devo ter compaixão, me colocar no lugar dele, pensar, sentir e me colocar em seu corpo... chorar com ele se necessário. Como poderei fazer isso se essa pessoa não mostra arrependimento pelo que fez? Que se mostra mentiroso e prepotente?
O amor incondicional implica que eu tenha que amar tal pessoa, mas não acredito que essa lição de Jesus possa ser aplicada ao corrupto convicto que está correto. E sim ao arrependido. Esta pergunta os primeiros apóstolos não fizeram e resta agora invocar o Mestre na intimidade da nossa alma.
- Como amar a tal pessoa, Mestre?