Mais uma vez tentei colocar no grupo de estudo a minha dúvida quanto a fascinação e não consegui. Tenho uma firme determinação sobre a aplicação do Amor Incondicional nos meus relacionamentos e isso fez com que a minha vida saísse totalmente dos parâmetros da cultura vigente ao meu redor. Tenho a firme convicção de que estou certo e de que isto é o que Deus quer de mim, mas por outro lado, não posso desconsiderar a possibilidade de estar equivocado, fascinado por algum ou alguns espíritos inteligentes e que me tenham feito cair em desvio racional quanto à procura da Verdade e sua aplicação honesta às nossas vidas.
No estudo que realizo sempre às terças feiras, no segmento estadual da AME-Brasil, no “Livro dos Médiuns” escrito por Allan Kardec, entramos no assunto das obsessões (simples, fascinação e subjugação). Identifiquei que já sofri a obsessão simples diretamente, por uma pessoa que queria namorar comigo de acordo com os princípios dela; e indiretamente, como testemunha da obsessão que uma das minhas companheiras imprime sobre a outra. Quanto a fascinação é mais complicado o reconhecimento, pois não depende de mim o diagnóstico, pois se eu estiver fascinado sobre determinado assunto, por algum espírito mais inteligente que eu, irei precisar da avaliação externa para me livrar dessa influência maléfica. Maléfica porque me faz caminhar por estradas muito difíceis e doloridas, tanto para mim como para quem de mim se aproxima, como se fosse a vontade de Deus, como se fosse dessa forma a maneira que Deus quer que eu ajude ao próximo, a comunidade, e construa um Reino de Deus, se assim não for verdade. E eu estou plenamente envolvido nesse pensamento e nessas ações. Tenho diversos relacionamentos femininos que estão dentro desta minha forma de pensar, isto é, sensibilizadas para entrar na intimidade sexual se assim for conveniente aos nossos interesses particulares, e que seja coerente com o Amor Incondicional.
Dessa forma, este grupo de estudos espirituais baseado e estruturado na doutrina que os próprios espíritos escreveram para nós, encarnados, é o espaço por excelência onde eu possa colocar o meu pensamento com detalhes e ser sabatinado pelos colegas e dessa forma verificar a veracidade ou falsidade do que defendo e pratico.
Porém, cada vez que eu inicio esta exposição sofro logo críticas de imediato que impede o pleno desenvolvimento do meu pensamento. Hoje sugeri ao coordenador de nossas reuniões que na primeira terça feira do próximo mês de outubro, eu tenha espaço para explicar a origem deste meu pensamento “distorcido” do senso comum, da cultura em geral, para que todos possam colaborar na identificação de pontos contrários à Lei do Amor que o Cristo ensinou como sendo a vontade do Pai e que com a sua prática conseguiremos construir o Reino dos Céus.
O termo holismo tem origem grega e significa inteiro ou todo. Comporta a compreensão de que as propriedades de um sistema, quer se trate de seres humanos ou outros organismos, não podem ser explicados apenas pela soma dos seus componentes. O sistema como um todo determina como se comportam as partes.
O princípio geral do holismo pode ser resumido por Aristóteles, na sua Metafísica, quando afirma: “O todo é maior do que a simples soma de suas partes”.
A palavra holismo foi criada por Jan Smuts, primeiro ministro da África do Sul, no seu livro de 1926, Holism and Evolution, que a definiu assim: “A tendência da Natureza, através de evolução criativa, é a de formar qualquer ‘todo’ como sendo maior que assoma de suas partes”.
Vê o mundo como um todo integrado, como um organismo. É também chamado não-reducionismo, por ser o oposto do reducionismo e ao pensamento cartesiano. Pode ser visto também como o oposto de atomismo ou mesmo de materialismo.
O princípio do holismo foi discutido por diversos pensadores ao longo da história. Auguste Comte o instituiu para a ciência ao sobrepor a importância do espírito de conjunto (síntese), sobre o espírito de detalhes (análise), para uma compreensão adequada da ciência em si e de seu valor para o conjunto da existência humana. O médico Nicholas A. Chistakis explica que “nos últimos séculos o projeto cartesiano na ciência tem sido insuficiente ou redutor ao pretender romper a matéria em pedaços cada vez menores, em busca de entendimento. E isso pode funcionar até certo ponto... mas também recolocar as coisas em conjunto, a fim de entende-las melhor, devido à dificuldade ou complexidade de uma questão ou problema em particular, normalmente, vem sempre mais tarde no desenvolvimento da pesquisa, da abordagem de um cientista, ou no desenvolvimento da ciência”.
Assim, posso observar que a medicina tem os seus recursos reducionistas com a devida importância que eles nos trazem na compreensão das doenças, no estudo do órgão, da célula, da bioquímica, da genética... mas não posso deixar de considerar de igual importância a compreensão do conjunto, da visão holista.
Um exemplo forte para tudo isso que acabo de descrever, é o que diz respeito à descoberta sistematizada do mundo espiritual e suas consequência na dimensão humana, inclusive na formação dos corpos, que não se compõem apenas do corpo físico.
A inclusão dessas novas informações por força do pensamento holista, vem mostrar que as doenças que antes procurávamos explicação apenas nos diversos relacionamentos celulares da biologia do corpo físico, possuem uma origem extrafísica, com base no espírito e manifestação na consciência, nos pensamentos, que através do perispírito vai influenciar positiva ou negativamente cada célula do corpo físico.
A medicina que desejo praticar em sua totalidade, tem que ser holista. Os conhecimentos reducionistas da célula e sua bioquímica continuam a ser importantes, mas agora obedecem a um novo critério, a uma nova hierarquia, e isso vai fazer uma diferença enorme na condução dos diversos transtornos com os quais lido diariamente. Surgem novas perspectivas terapêuticas com o mínimo de sequelas, de efeitos colaterais. O paciente a prende a depender mais dele do que da ação do médico ou do remédio que ele receitou.
A Metafísica, termo de origem grega, significa: depois de, além de; é uma das disciplinas fundamentais da filosofia. Os sistemas metafísicos, em sua forma clássica, tratam dos problemas centrais da filosofia teórica. São tentativas de descrever os fundamentos, as condições, as leis, a estrutura básica, as causas ou princípios, bem como o sentido e a finalidade da realidade como um todo ou dos seres em geral.
Um ramo central da metafísica é a ontologia, a investigação sobre as categorias básicas do ser e como elas se relacionam umas com as outras. Outro ramo central da metafísica é a cosmologia, o estudo da totalidade de todos os fenômenos no universo.
São procuradas as respostas de questões fundamentais da filosofia, tais como: há um sentido último para a existência do mundo? A organização do mundo é necessariamente essa com que nos deparamos? Seriam possíveis outros mundos? Existe um Deus? Se existe, como podemos conhecê-Lo? Existe algo como um espírito? Há uma diferença fundamental entre mente e matéria? Os seres humanos são dotados de almas imortais? São dotados de livre arbítrio? Tudo está em permanente mudança, ou há coisas e relações que, a despeito de todas as mudanças aparentes, permanecem sempre idênticas?
Observo que essas perguntas feitas por Aristóteles na metafísica, são diretrizes para ajustar o pensamento em busca de respostas coerentes com a verdade. Fica claro que, partimos de um nível zero, de ignorância total, para a verdade plena, incontestável. Neste longo caminhar ainda estamos tateando pelo início, sem o domínio mais consistente da Natureza ao nosso redor. Uma prova disso é que o mundo espiritual somente agora foi descoberto e codificado como uma das forças constituintes da Natureza e mesmo assim a maioria não tem conhecimento e outros o negam com veemência.
O que diferencia a metafísica dos outros estudos de caráter científico é que a metafísica considera o inteiro do ser enquanto as ciências particulares estudam apenas as partes específicas do ser. Dessa forma a metafísica nunca será uma estratégia completa de estudo, pois o nosso grau de ignorância nunca nos deixará de posse de todos os componentes da Natureza para que possamos ter uma visão completa. Isso ainda é prejudicado pelas questões dos preconceitos que não aceitam uma realidade quando descoberta, pois geralmente vai de encontro ao pensamento já estabelecido.
A metafísica distingue-se das ciências particulares por conta do objeto a respeito do qual está preocupada, que é o ser total. Não pode comportar dentro dela nenhum tipo de preconceito que negue a realidade. Também devemos lembrar que existem diferenças entre os métodos das ciências particulares e os métodos da metafísica. A ciência aplica o método sobre determinado aspecto da Natureza já bem conhecido, com o objetivo de alcançar mais conhecimento a esse respeito, de forma dedutiva ou indutiva, sempre usando os sentidos ou com o uso de aparelhos que amplifiquem o potencial de percepção de efeitos ou ações. Portanto, a ciência atua sobre o que já é conhecido em busca do desconhecido. Levando em consideração que o mundo desconhecido é muito maior que o mundo conhecido, a ciência vai apresentar sérias limitações sobre as considerações da realidade que não impressionam os sentidos ou nossos artefatos tecnológicos.
Tudo isso implica dizer que a metafísica, com sua exigência holística, nunca será usada para o estudo da realidade dentro do nosso arcabouço consciencial, pois nunca iremos dominar toda a realidade do mundo ao nosso redor e alhures. Mas podemos usar a metafísica que está ao nosso alcance, incorporando toda a realidade que o nosso psiquismo alcança, mesmo sabendo que ela não é completa.
Por exemplo, com a codificação do mundo espiritual feita pelos próprios espíritos e divulgado com o labor metodológico de Allan Kardec, esta parte da realidade passou a ser incluída em nosso arcabouço consciencial. Devo usá-lo obrigatoriamente se quero manter o meu pensamento dentro da trilha da metafísica.
Aquelas pessoas que não aceitam a introdução dessa realidade no seu arcabouço consciencial, jamais poderão dizer que desenvolvem a metafísica em seus métodos de estudo. A metafísica não admite preconceitos que anulem qualquer aspecto da realidade! O máximo que poderíamos fazer com essas pessoas que não aceitam a implicação transcendental da metafísica, da supersensibilidade, mas querem fazer a abordagem do mundo com tudo que seus sentidos conseguem captar, é dizer que elas praticam uma metafísica sensível, uma metafísica materialista.
Em 17-09-15, às 19h, na Escola Estadual Olda Marinho, teve início mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, com a presença das seguintes pessoas: 01. Paulo 02. Edinólia 03. Radha 04. Ana Paula 05. Carlos Eduardo (1ª vez – magistério) 06. Osmar 07. Jaqueline 08. Luzinete 09. Nivaldo 10. Silvana 11. Luzimar (justificado saída antes do término da reunião) 12. Nazareno 13. Cíntia 14. Clarisse 15. Ezequiel 16. Arthur (1ª vez) 17. Amauri (pai de Arthur). Foi lido o preâmbulo com o título: Sawabona-Shikoba e depois a ata da reunião anterior que foi aprovada por todos sem alterações. COMUNICADOS: Francisco informa que a mega-sena comunitária já está em andamento e que é preciso definir se os números sorteados repetidos podem ser computados. Foi definido pela maioria dos presentes que não. Os números sorteados e computados devem ser distintos. Também foi aprovado que no próximo concurso será indicado um vendedor que ganhará 10% do valor arrecadado. Isso significa que o valor a ser repassado ao ganhador será de 80% do arrecadado, já que os outros 10% ficam para a AMA-PM. Informa também que a audiência já foi solicitada ao diretor do HUOL, e aguarda resposta, para verificar a possibilidade do terreno ao lado do estacionamento da Rua do Motor ser cedido em comodato para a Associação. Informa sobre a realização de Seminário sobre drogas que aconteceu na Reitoria da UFRN. Foi sugerido a Arthur ver com Edinólia e Cíntia a cobertura de horários na escola que não tem professores. Paulo informa que a informação ao Conselho Tutelar quanto a presença de menores na boite Aquários ainda não foi feita. Informa que Balaio embarcou e o campeonato de surf que ele estava organizando ficou adiado para outra data. Informa que foi enviado ofício à SEMSUR solicitando a vinda de um técnico para explicar as ações do órgão na comunidade. Informa a continuidade das aulas de Karatê pelo prof. Osmar e as aulas de dança pela professora Rute. Também está providenciando a vinda oficializada de um gestor da Secretaria de Esportes. Clarice informa sobre a dificuldade da conclusão do Estatuto por sua irmã que se encontra sem tempo e que irá verificar a possibilidade de ser feito esse trabalho sem custos pela UFRN, na prática jurídica. Edinólia solicita aos sócios material para o bazar. Foi levantada a questão do lixo e Clarice informou sobre a experiência exitosa de Afonso Bezerra. Cíntia sugeriu a promoção de uma caminhada/mutirão no dia 12 de outubro, dia da criança, feriado nacional. Ficou definido que as atividades teriam início na sexta feira, nas salas de aula, 09-10, com o mutirão sendo realizado no sábado, 10-10. O dia 12-10 ficaria reservado apenas para as atividades de lazer. Foi formada uma comissão por Paulo, Nivaldo e Paulo para fazer o contato com os gestores da URBANA e órgãos públicos relacionados. As 20h30m foi encerrada a reunião, Radha fez a condução do Pai Nosso e todos posamos para a foto oficial. Concluímos com o lanche solidário.
Recebi um texto pela internet de autoria do psiquiatra Flávio Gikovate, com o título acima, que achei muito conveniente para a minha atitude de praticar meus relacionamentos dentro do Amor Incondicional, com liberdade e inclusividade. Aproveitei e coloquei como preâmbulo da reunião de hoje da AMA-PM e que reproduzo abaixo na íntegra.
Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A ideia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.
O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma ideia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo e depois de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem novas feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para aliviar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deviam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes temos que aprender a nos perdoar a nós mesmos...
Caso tenha ficado curioso em saber o significado de Sawabona, é um cumprimento usado no sul da África e quer dizer: “Eu te respeito, eu te valorizo, você é importante para mim”. Em resposta as pessoas dizem Shikoba que é: “Então eu existo pra você”.
O autor faz uma boa distinção da forma de se relacionar no século passado para este século, e que deve ser bem desenvolvido ao longo do milênio. O amor romântico que era bastante valorizado, deve dar lugar agora a uma nova interpretação da melhor e mais adequada forma de amar, sem considerar o outro uma metade que só se realizará na presença do companheiro, com uma dependência extrema que leva a obsessão e a reversão do sentimento de amor contaminado pelo egoísmo, para uma reação de ódio com potencial de fatalidade.
São essas dissertações que me fazem sentir seguro de que estou no caminho certo, ao advogar a liberdade do amor, a inclusividade dos parceiros que naquele momento estejam querendo curtir a companhia um do outro e sem nenhum ressentimento por isso acontecer com minha companheira que desfruta momentos agradáveis com quem com ela simpatiza e eu por consequência fico sozinho no meu espaço. Pois eu me sinto completo sozinho, e não preciso de ninguém que venha completar algo que falta em mim. Esta é a essência do Sawabona-Shikoba.