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29/11/2021 21h06
MORADAS DA ALMA

            Vou adaptar o texto publicado em 06-11-2020 pelo Padre Denis Marie Ghesquières, no site da Aleteia, em pt.aleteia.org, para exemplificar melhor os estudos da vida mística segundo Santa Teresa, que foi usada pelo Padre Paulo Ricardo e aproveitamos para o primeiro dia do nosso evento universitário, como forma de evoluir espiritualmente em busca do Reino de Deus.



            O livro de Santa Teresa, “O Castelo Interior – A jornada espiritual da alma para se unir a Deus”, ele compara a nossa alma ao lar de Deus, como um castelo. As primeiras moradas correspondem a entrada na vida espiritual e são o fundamento de todas as posteriores.



            Santa Teresa se apoia em quatro citações bíblicas: 1) Na casa de meu Pai há muitas moradas (João 14,2); 2) Quem me ama guardará a minha palavra – meu Pai o amará e viremos a Ele e nEle faremos a nossa morada (João 14,23); 3) Minhas delícias estão nos filhos dos homens (Provérbios 8,31) – mostra que nós somos o paraíso de Deus; e 4) Façamos o homem à nossa imagem e semelhança (Gênesis 1,26) – mostra que fomos criados para amar como Deus ama, porque Deus é amor, e que a vontade de Deus é que nós nos amemos como Ele nos ama.   



            A primeira morada é o portal de entrada na vida espiritual. Nós entramos quando tomamos a decisão de buscar a Deus em nós. Santa Teresa entendia que a pior das misérias é viver sem Deus, e até imaginar que podemos fazer o bem sem Deus. Os quatro frutos desta primeira morada, que amadurecerão ao longo do caminho espiritual, são a liberdade, a humildade, o desprendimento e, acima de tudo, a caridade que é o fim e a culminação.



            A segunda morada diz respeito à purificação da nossa relação com o mundo. A arma utilizada para triunfar aqui é a fé em Cristo e a confiança na Sua vinda para nos ajudar em nosso esforço de libertação do pecado (Gálatas, 5,1).



            A terceira morada está ligada ao esclarecimento da relação com nós mesmos. Aqui corremos o risco de ser como aquele jovem rico que teve um bom começo, mas que termina todo triste. O desafio consiste em reconhecermo-nos como um “servo qualquer”, que recebe tudo de Deus, e para Deus devemos devolver quando Ele assim nos solicitar, através das diversas demandas que o entorno da vida nos oferece.



            A quarta morada aprofunda nossa relação com Deus. Uma grande paz vai se instaurando progressivamente nas profundidades da nossa alma, mesmo que ao nosso redor exista todo tipo de tempestade. A confiança, a humildade e a gratidão são realidades que vão sendo vividas cada vez mais profundamente.



            Estas segunda, terceira e quarta moradas permitirão aprofundar a vida espiritual entendida como caminho rumo a Deus, como busca de Deus e participação progressiva na vida divina. Este é um dom gratuito, mas temos que estar determinados a recebe-lo e fazer desse recebimento o centro de nossa vida, purificando assim, o lugar de nós onde habita Deus. É Deus quem nos permite passar de uma morada à outra, quando cumprimos as exigências evolutivas pela qual é necessário o espírito cumprir.



            A entrada na quinta morada é uma transição. Não passamos da quarta à quinta da mesma forma que passamos da segunda à terceira ou da terceira à quarta morada. Consideramos a nossa vida não tanto como um caminho rumo à Deus, mas experimentamos Deus vivendo em nós, como explica a frase de São Paulo: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim!” (Gálatas 2,20). O desejo de amar é mais intenso. Ao receber uma vida nova, perdemos os nossos antigos pontos de referência e as nossas seguranças habituais.



            A sexta morada corresponde aos compromissos espirituais. Há uma alternância de sofrimentos ligados ao sentimento de ausência de Deus e a experiência muito profunda da presença de Cristo... aqui intervém uma dilatação ainda mais profunda do coração e do desejo de Deus. A arma utilizada aqui é sempre a volta a santa humanidade de Cristo. Jesus se une a nós em nossa debilidade humana para transformá-la, para reativar o nosso desejo de amar em comunhão com Ele.



            A sétima morada, enfim, é o ponto culminante definido pela união com Deus, uma espécie de matrimônio espiritual que foi concedido à Santa Teresa em 18 de novembro de 1572. A união com Deus é uma participação profunda no desejo de Deus de salvar todas as pessoas. Através desse “matrimônio espiritual”, tudo fica transformado e se recebe um renovado desejo de viver assumindo a própria condição e os próprios compromissos terrenos de maneira ainda mais concreta e sem fugir da realidade.



            Este é um caminho de natureza abstrata, mas de consequências realistas, se entendermos como correto e como uma boa forma de evoluirmos espiritualmente para a condição de cidadão do Reino de Deus, de estarmos bem mas próximo do Criador.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/11/2021 às 21h06
 
28/11/2021 06h49
REINO DE DEUS (01) – INÍCIO (PADRE PAULO RICARDO)

            Iniciei dia 27-11-21, sábado, as 19h, o evento universitário “Construção de Reino de Deus”, de forma híbrida, pela plataforma meet e presencialmente. Contamos com 9 pessoas presencialmente e 12 online.

 

 

            Foi utilizada 14 minutos da aula do Padre Paulo Ricardo, disponível no YouTube com o título: “Como a Virgem Maria realmente age em nossa vida?”. Foi publicado há 3 meses, com 242 mil visualizações, tendo 30 mil reações positivas e 208 negativas. Foi utilizado o trecho entre 20 e 34 minutos da aula, com paradas para reflexão do apresentador e dos participantes, tanto presenciais como online.

 

 

 

 

            Explicado que as informações estão focadas na participação da Virgem Maria, mostrando a importância da fé e humildade, da sua pronta disposição em receber o filho de Deus na sua gestação promovida pelo Espírito Santo e a sua sintonia com a missão do filho, inclusive sendo ela quem deu o sinal de partida na missão do Cristo, na festa das bodas de Caná onde eles estavam participando com alguns apóstolos.

 

 

 

 

            Como vamos iniciar a vida espiritual se nós estamos mergulhados no mundo material, onde nossos sentidos apenas percebem a matéria? É utilizado os estudos de Santa Teresa D’Ávila, com o seu livro “O Castelo Interior” com suas 7 moradas.

 

 

 

 

            O Padre explica que 99,9% das pessoas estão na primeira morada e usa a parábola do Semeador, colocada por Jesus para explicar como alcançar o Reino de Deus.

 

 

 

 

            Quem está na primeira morada são aquelas pessoas que recebem as sementes do Evangelho e antes que sejam germinadas, os pássaros pegam. Quer dizer que as pessoas ouvem a mensagem, mas os outros interesses, os pássaros, invadem a mente e a mensagem fica em segundo, terceiro plano. Não chegam ao coração a ponto de serem capazes de germinar. Para sair desse portal para a entrada na vida espiritual, devemos deixar a mensagem pousar no coração e fazermos a reflexão racional com uso da mente e os sentimentos postos no coração.

 

 

 

 

            Quando deixamos a mensagem, a semente, pousar no coração e germinar, vai enfrentar as pedras, o sol e o vento dos compromissos materiais do cotidiano. Isso termina tirando a atenção da mensagem que recebeu e se comportam como se não existissem mais. A plantinha morre e a pessoa não sai da terceira morada. Para evitar a morte da semente, da mensagem, e nos habilitar seguir para a terceira morada, devemos purificar a nossa relação com o mundo, com a prática da oração.

 

 

 

 

            Conseguindo cuidar da semente do Evangelho, se mantendo em oração, evitando os pecados mortais e veniais, a pessoa se encontra na terceira morada, mas ainda está preocupada com as tempestades que o mundo traz, a cruz que cada um vai enfrentar, e fica transtornada, o coração fica tumultuado. Para evoluir da terceira para a quarta morada, devemos ter a paciência, a capacidade de receber os golpes da vida sem a gente desabar. Estamos à caminho da quarta morada, mas se continuamos agitados, indignados com tudo que acontece, perturbados racionalmente, não conseguimos evoluir.

 

 

 

 

            O Padre conclui dizendo que se nós tivermos confiança e fizermos as orações necessárias, a mãe de Jesus serve como um elevador para que nossa fé nos leve adiante de forma mais rápida. A nossa missão enquanto iniciantes no processo de espiritualização de construir o Reino de Deus, é afastar os obstáculos materiais para que Deus possa operar dentro de nós.

 

 

 

 

            Iremos trabalhar mais adiante o estudo das 7 moradas que Santa Tereza desenvolveu em seus estudos, para facilitar a compreensão do que devemos fazer para evoluir espiritualmente e chegar ao nível de cidadão do Reino de Deus, com a limpeza dos nossos corações.

 

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/11/2021 às 06h49
 
27/11/2021 01h51
TRIBALISMO (3) –  HIERARQUIA

         Encontrei uma palestra no YouTube “A Nova Face do Comunismo Ameaça o Brasil e o Mundo – Sínodo da Amazônia e Tribalismo”, publicada em 17 de outubro de 2019, com 16.999 visualizações nesta data, 24-11-21, com 1,8 mil reações positivas e 17 negativas. Patrocinada pelo Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, com 172 mil inscritos, tem a seguinte descrição: os vermelhos que viraram verdes. Palestra do Sr. James Bascom, membro da TFP norte-americana, proferida durante Congresso do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira realizado em Roma, na véspera do Sínodo da Amazônia, denunciando os erros de uma corrente tribalista e comunista. Vejamos...



Por sua vez, Engels afirma que sendo uma só carne com a Natureza, o homem inicialmente a respeitava, o domínio que ele tinha com a Natureza era fraterno e não opressivo. “Não dominamos a Natureza como o conquistador domina um povo estrangeiro, oprimindo-o. Não dominamos a Natureza como alguém diferente dela, mas como alguém que é um com a Natureza. Pertencemos à Natureza, somos uma só carne e um só sangue com a Natureza. Somos um só cérebro com a Natureza, vivemos em seu ventre”.



Este estado idílico que Engels identifica com tribos primitivas, foi possível devido à ausência de propriedade privada. Os homens não pensavam em termos de “eu” e “meu”, mas em termos de “nós” e “nosso”. Não havia hierarquias e, portanto, nenhum domínio de um sobre outros. Á certa altura houve uma violenta ruptura nas relações humanas. O “nós” comunitário e o “nosso”, deram lugar ao “eu” e ao “meu” individualistas. Alguns começaram a dominar outros. Primeiro, apropriando-se de mulheres de onde surge a família; depois, apropriando-se de meios de produção de onde surge a propriedade privada. Finalmente, apropriando-se de mecanismos de poder, surgindo o Estado. Nasce a hierarquia e com ela a opressão e alienação. Tal rompimento afetou também a relação com a Natureza com relação a qual o homem começou a exercer o mesmo tipo de domínio opressivo, exercido pelas classes altas sobre as mais baixas.



A ideologia comunista começa a criar um ambiente utópico e que cada pessoa de boas intenções pode aceitar como correta. Viver em sintonia com a Natureza, sem explorá-la de forma abusiva é também a intenção de pessoas de boa índole, principalmente os verdadeiros cristãos. Os abusos que podem ocorrer devido o comportamento inadequado de alguns, porque ninguém é igual ao outro em suas características naturais, psíquicas, é que devem ser corrigidos com a estratégia do amor incondicional, que traz no seu bojo a justiça e a misericórdia.



Quando a pessoa se esforça mais do que outra para alcançar determinada condição, física ou psicológica, deve ser recompensada por isso, em nome da justiça. Porém, quando uma pessoa menos qualificada é colocada num posto de importância em detrimento dos mais qualificados, por interesses políticos, isso quebra a justiça natural. Observamos tal fato na atual composição do STF, onde pessoas pouco qualificadas, reprovadas em diversos concursos públicos, são colocadas dentro da alta corte por interesse político. Esse é um ato iníquo, destoante da vontade de Deus, e que nós cristãos devemos reagir e exigir que a verdadeira justiça seja feita, e não colocar tais pessoas para aplicarem a falsa justiça. Terminaremos assim a ser governados por atos iníquos sem termos a quem recorrer, a não ser a graça divina. Terminaremos em tragédia moral como aconteceu nos Estados Unidos, onde a “justiça” não conseguiu abortar as fraudes na eleição presidencial e permitindo a ocupação do “posto de maior poder” no planeta por pessoa incapacitada.  



Dessa forma, a família, a propriedade privada e a hierarquia, que surgem em função do trabalho diferenciado de cada pessoa, termina sendo contaminado pelo interesse egoísta de alguns e que outros tentam corrigir usando métodos violentos e da mesma forma incongruentes com a vontade de Deus.



Os frutos produzidos por cada pessoa devem ser respeitados em sua paternidade e aqueles que ficam sem condições de produzir seus frutos de forma digna e responsáveis, devem ser ajudados pela caridade e misericórdia e não com ajuda de balas e baionetas.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/11/2021 às 01h51
 
26/11/2021 00h25
TRIBALISMO (2) –  UM COM A NATUREZA

            Encontrei uma palestra no YouTube “A Nova Face do Comunismo Ameaça o Brasil e o Mundo – Sínodo da Amazônia e Tribalismo”, publicada em 17 de outubro de 2019, com 16.999 visualizações nesta data, 24-11-21, com 1,8 mil reações positivas e 17 negativas. Patrocinada pelo Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, com 172 mil inscritos, tem a seguinte descrição: os vermelhos que viraram verdes. Palestra do Sr. James Bascom, membro da TFP norte-americana, proferida durante Congresso do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira realizado em Roma, na véspera do Sínodo da Amazônia, denunciando os erros de uma corrente tribalista e comunista. Vejamos...



Poucos conhecem, no entanto, o fato de que Karl Marx e Friedrich Engels incorporaram a ecologia em suas teorias comunistas. Segundo Marx, “O homem é um com a Natureza. As plantas, os animais, as pedras, o ar, a luz, etc., constituem uma parte da vida e da atividade humana. O fato de que o homem vive da Natureza, quer dizer que a Natureza é o seu corpo com o qual tem que se manter em processo contínuo para não morrer. Que a vida física e espiritual do homem está ligada com a Natureza, não tem outro sentido de que a Natureza está ligada consigo mesma, pois o homem é uma parte da Natureza”.



Importante o conhecimento dessa incorporação da ecologia pelas teorias comunistas. Observo uma racionalização tirando a participação de Deus na construção do homem e da humanidade, deixando tudo a cargo da Natureza material. A Natureza é o corpo do homem e com a qual deve se manter em processo de contínua interação para conseguir sobreviver. A vida espiritual está ligada com a Natureza, não existe esse ser divino chamado Deus, o Criador de tudo que existe, incluindo a Natureza. O homem é uma só carne, um só sangue, um só cérebro com a Natureza e por isso devemos respeitá-la.



Não posso deixar a minha criação original, ancestral, nas mãos cegas da Natureza, sem existir por trás uma inteligência, sabedoria absoluta, que identifico como Deus. Este é o ponto onde as teorias comunistas, marxistas, descartam a importância de Deus no contexto humano, no contexto da vida. Essas teorias apontam a criatura, a Natureza, como Creador, colocando-a no papel de Deus, o Deus que não querem aceitar.



É preciso deixar claro o pensamento cristão quanto a ecologia e a creação de Deus. Concordamos que o homem é um com a Natureza, pois viemos do barro e para o barro iremos voltar. Tudo que observamos na Natureza, que é estudo da ecologia, veio da creação de Deus. Toda esta argumentação dos marxistas está correta, mas incompleta. Ela não considera a Creação espiritual de Deus, a creação dos espíritos, simples e ignorantes, que devem evoluir na interação com a matéria, desde a organização mais simples, a mineral, até a mais complexa, a animal, a humana, a racional.



Esta falha na teoria comunista, pode atrair o ser humano desavisado da existência do mundo espiritual e passar a considerar como verdade somente a existência do mundo material. Nivela o homem com os demais seres da creação, animados ou inanimados e procura fazer uma sociedade justa com parâmetros de igualdade, justiça e fraternidade, aplicando métodos autoritários, violentos e genocidas. Perdeu-se a sintonia com o Creador, a verdadeira fonte da justiça, fraternidade e amor.



Informo ao leitor que uso o termo “Creador” para distinguir a ação de Deus como criador de tudo que antes não existia, do termo “criador” para distinguir da ação do homem, que pode criar arte, produtos e até animais como galinhas e vacas, mas que todos têm uma existência prévia.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/11/2021 às 00h25
 
25/11/2021 00h24
TRIBALISMO (1) – VERMELHO À VERDE

            Encontrei uma palestra no YouTube “A Nova Face do Comunismo Ameaça o Brasil e o Mundo – Sínodo da Amazônia e Tribalismo”, publicada em 17 de outubro de 2019, com 16.999 visualizações nesta data, 24-11-21, com 1,8 mil reações positivas e 17 negativas. Patrocinada pelo Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, com 172 mil inscritos, tem a seguinte descrição: os vermelhos que viraram verdes. Palestra do Sr. James Bascom, membro da TFP norte-americana, proferida durante Congresso do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira realizado em Roma, na véspera do Sínodo da Amazônia, denunciando os erros de uma corrente tribalista e comunista. Vejamos...



CONGRESSO



“A VERDADE SOBRE A AMAZÔNIA”



ROMA – 5 DE OUTUBRO DE 2019



SR. JAMES BASCOM



TFP - EUA



            Senhoras e senhores, ilustres convidados, à primeira vista, pareceria que marxismo, socialismo e comunismo pouco tem a ver com ecologia. Afinal, países comunistas e ex-comunistas como Rússia e China talvez sejam os piores infratores ambientais da história. Basta dizer que Chernobyl do pouco caso dos governos comunistas pela natureza.



            Hoje a China é de longe o país que mais polui no mundo. Isso nada tem de surpreendente, pois Marx, Lênin, Stalin e Mao elogiavam a indústria pesada, usinas siderúrgicas, refinarias de petróleo e fábricas de produtos químicos como parte integrante do comunismo.



            Eles escreveram defendendo a necessidade de dominar a natureza com força bruta e esmagadora, construindo enormes represas hidrelétricas, canais e outros projetos.



            Por que desde a queda do Muro de Berlim os socialistas adotaram a ecologia com tanto entusiasmo? Por que pessoas que tinham o marxismo como credo e faziam vistas grossas à devastação comunista do meio ambiente durante a Guerra Fria se transformaram em adoradores no templo de Gaia? Porque a cor verde se tornou o novo vermelhão? Porque com a análise minuciosa, percebe-se que o marxismo e a ecologia moderna de fato têm muito em comum.



            A ecologia é ao mesmo tempo sucessor natural e a aplicação mais radical dos princípios do marxismo, socialismo e comunismo. Todos compartilham os mesmos princípios e objetivos finais. A ecologia na realidade é uma etapa mais avançada do mesmo processo histórico descrito pelo professor brasileiro Plínio Corrêa de Oliveira, no seu livro “Revolução e Contrarrevolução”.



            Os mesmos anseios anárquicos igualitários aparentes na Revolta Protestante, na Revolução Francesa e na Comunista, encontraram sua realização e conclusão na ecologia e em sua encarnação no século 21.



            O tribalismo indígena, cuja adoção o Sínodo da Amazônia está propondo para a Igreja. O marxismo, inspirando-se na Revolução Francesa, adotou como princípio mestre a igualdade econômica absoluta.



            No pensamento comunista, justiça e moralidade existem na media que se eliminam as desigualdades de riqueza, aplicando à sociedade os mesmos princípios que Charles Darwin aplicou à biologia. O comunismo esposa também o evolucionismo.



            Para o marxismo, a luta de classes é o principal meio para alcançar a perfeita igualdade. “A história de toda a sociedade até aqui é a história de luta de classes”, escreveram Karl Marx e Friedrich Engels no Manifesto Comunista.



            A fim de impor o propósito comunista as classes superiores devem ser eliminadas até pela violência se necessário for. O fim último é uma sociedade utópica sem classes, hierarquias, desigualdades e sobretudo propriedade privada. “O comunismo pode ser reduzido a uma única frase: a abolição da propriedade privada”, escreveram Marx e Engels.



            Vejamos como é importante avaliar com profundidade o que acontece ao nosso redor. Temos a tendência de aceitar argumentos colocados como defesa da Natureza, da Terra, da Ecologia, da evolução como coisas positivas e que todos devemos apoiar, a não ser aquelas pessoas maldosas que se beneficiam do desastre que causam ao redor. Somente quando chega próximo de nós os frutos podres de tal forma de pensar, por exemplo, na luta de classes. Quantas vezes fiquei preso na estrada quando ia para o trabalho, porque um grupo de pessoas manietadas pelo pensamento comunista/socialista, queimavam pneus e ameaçavam os trabalhadores que queriam assumir suas responsabilidades. Digo isto com experiência pessoal, pois ficava impedido na estrada enquanto meus pacientes esperavam e muitas vezes voltavam para casa sem os seus atendimentos. Foi com o governo Bolsonaro, que não tem ideologia marxista, pelo contrário, tem a ideologia de defesa da pátria e seguir o caminho do Evangelho, como fazia em sua campanha e dentro do seu gabinete em Brasília, que as estradas não foram mais ocupadas, que os cidadãos tiveram mais oportunidades de se defenderem contra os bandidos que roubam e matam sem compaixão, verdadeiros animais dos quais temos que nos defender. Essa instigação à luta de classes, tem esse objetivo, de desestruturar a sociedade. Mesmo que a cor vermelha seja hoje símbolo de rejeição, mas os intelectuais partidários de tais ações autoritárias, migram para a cor verde com um novo discurso, que toma conta até do clero mais hierárquico e das universidades mais conceituadas. Mas, possuímos um espírito que tem em si o princípio do Criador, que sintoniza com a verdade, por mais que ela seja escondida nas falas tendenciosas e falsas narrativas. Por esse motivo, palestras como esta que coloca o contraditório para análise de nossas consciências, são importantes para evitar que caminhemos como bois em uma boiada, tocada pelo chifre satânico de quem se empodera no mal.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/11/2021 às 00h24
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