Recebi um texto pelo whatsapp com a possível autoria da psicóloga Patrícia Gebrim, que vale a pena refletirmos sobre ele...
Estamos vivendo um momento desafiador no Brasil. Na verdade, creio que a onda que está revolvendo nossas entranhas é global. À sombra veio à tona. O escondido está sendo revelado, e isso não se refere apenas a situação político-econômico-social, mas a cada um de nós.
A forma como reagimos a esse momento revela também nossas sombras. Isso não é ruim. Só podemos limpar a sujeira que enxergamos. Mas ouça. Enquanto nos ocupamos de apontar a escuridão lá fora, nos outros, na política, naqueles que atacamos por pensarem diferentes de nós, deixamos de agir e transformar o que nos cabe. Nós mesmos.
Pense que cada um de nós tem dons e habilidades que servem ao todo. Uns tem uma mente clara e ótimas ideias, outros são ágeis em encontrar soluções criativas. Uns sabem usar agulhas para curar, outros tem o dom da oratória. Uns amam estar em grupo e iniciar movimentos que se expandem, outros preferem ficar no jardim cuidando de uma única sementinha.
O momento requer que cada um de nós descubra seu dom e o coloque a serviço do todo. Existe algo que só você tem a dar, entende? Precisamos evitar a armadilha de sermos sugados por essa ilusão coletiva que diz que o nosso destino está nas mãos de alguém, que não nos próprios.
Enquanto ficamos aguilhoados pela revolta, reclamando, atacando uns aos outros, alimentando essa onda que causa angústia e medo, deixamos de fazer a única coisa que poderia ser verdadeiramente revolucionária.
Existir!
Ser a luz que somos.
Não importa a luz que nos rodeie, estamos aqui para manifestar nossa luz. Uma única vela acesa rompe a escuridão. Se você for alguém influente na política, seja luz. Se você for influente na educação, seja luz na educação. Se for dono de um quiosque na praia, coloque amor ao preparar os sanduiches.
Onde quer que esteja faça o seu melhor. Pare de desperdiçar sua energia julgando, polarizando, atacando. Isso não resolve. Apenas aprofunda esse véu de separatividade que cega a todos nós.
Essa é a última tentativa da sombra de nos afastar de nós mesmos. Temos um poder imenso e tudo pode se transformar se formos sábios e corajosos para fazer a única coisa que nos cabe.
Não se deixe iludir pelo que ver a sua volta. Respire. Faça o seu melhor. Vibre a luz que você é. E confie. Estamos à caminho.
“Almas são como velas, acendem-se umas nas outras.”
Muito bom o texto, eu faria apenas algumas colocações sobre o ficar aguilhoado pela revolta, reclamando e atacando... às vezes a denúncia do que é feito de errado, da corrupção que destruiu nossa vitalidade e paz nacional, pode parecer um ataque desnecessário, mas é importante para que possamos denunciar e desmascarar a hipocrisia de tantos criminosos que querem se passar por bonzinhos e as pessoas mais honestas da face da Terra. Afinal, foi a hipocrisia o pecado mais condenado pelo Mestre Jesus, que nos orientou para orar e vigiar, afinal Ele sabia o que estava ensinando.
Quando a tristeza domina o colorido da nossa mente, quando as aspirações acalentadas anos a fio se transformam em amargura, quando experimentamos profundas nostalgias, quando desfilam na mente os quadros que marcam o espírito com os sulcos vigorosos da decepção, sentimos assim uma tristeza constante. Esse é um veneno interno que pode nos matar lentamente.
Podemos sofrer agressões psicológicas, de amigos enganados que nos enganam; de irmãos insensatos que nos ofendem; de bocas irresponsáveis que nos atingem com maledicências; de mãos, ditas protetoras, que enodoam nossa honra; de corações que pareciam afeiçoados e que seguem adiante sem a gratidão dos fatos passados... então, sentimos o abandono!
Vem à mente cenas inesquecíveis de promessas ardentes, testemunhos de afeição, olhares incendiados de entusiasmo, emoções explodindo em palavras fáceis que teciam grinaldas de ternura, e aí, perguntamos sentindo a solidão: onde estão os amigos, os amantes de outrora?
Surge um temor dentro de nós, pois o peso de mil deserções se acumula sobre a nossa fragilidade e tememos pelo que possamos fazer com a nossa integridade, com a nossa vida. A tristeza acompanha os nossos passos e toca monótona balada que vagarosamente nos domina. Nossos sonhos de júbilo correm para o abismo dos desencantos. Passamos a crer que não resistiremos por muito tempo. Fraco é o bastião de nossa fé, poderosa é a força que nos ameaça.
Mas... reflitamos: além do que consideramos o nosso jardim, transportemo-nos para além das fronteiras da nossa dor. Perdemos amigos e admiradores, fugiram afetos e simpatizantes? Mas em verdade nunca os tivemos conosco. Eram apenas companheiros da oportunidade. Faziam algazarra, comungavam presença, fora, todavia, da realidade que buscávamos.
Onde estaria nossa realidade? Sim, na solidão com a verdade. Pagando o tributo valioso que exige a liberdade. Encarando o preço elevado que impõe o dever. Uma soma significativa deve ser oferecida para o consórcio com o amor – única herança de uma existência modelar.
Abraham Lincoln dizia que, “Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas deixar de ser vítima dos problemas e se tornar o autor da própria história”.
Precisamos ouvir alguns conselhos edificantes para não nos desanimar: não nos angustiemos, voltarão mais tarde os que nos deixaram, brilhará novamente o sol dos sorrisos, soarão vibrantes, depois, as palavras em festival demorado de admiração. No entanto, veremos, será tarde para eles, porquanto já não terão aquela mesma pessoa que conheciam e chafurdavam ao lado. Nós lograremos ter mudado o sentido da nossa caminhada em direção aos nossos ideais, às nossas metas.
Podemos ver alguns exemplos do que estamos falando. Há doentes, como os alcoólicos, cuja gravidade do mal passa despercebida por desconhecerem a doença; há aflições que não enlouquecem por serem ainda desconhecidas dos que as encontrarão logo mais; há delinquentes que não conseguem evoluir por teimar em desconsiderar o crime que cometem; e, há solidões escondidas na balbúrdia, de pessoas que se cercam de fantasias.
Podemos tirar as seguintes conclusões: por mais que todos desejem ignorar o drama que trazem consigo, nem por isso mesmo conseguirão passar na caminhada evolutiva sem o despertamento de que o sofrimento é ferramenta para a felicidade. Mais infelizes são todos esses, cujo amanhã está assinalado por pesadas sombras, aguardando por eles, e que ignoram as leis da vida... nós, porém, embora chorando e sofrendo, cremos sim, já travamos contato com a fé, aprendemos sobre o amor e a justiça e somos agora amigos da esperança.
Conservemos o óleo da certeza para manter a luz do dever e assim esperar o raiar do dia, após noite tempestuosa e demorada. Os sofrimentos são úteis, pois são os estímulos para a evolução. Quem não sintoniza com essa perspectiva da vida eterna, da evolução espiritual, sofre inutilmente.
Não esqueçamos o grande exemplo que o Cristo nos deixou, pois ninguém poderia supor que a multidão exaltada que seguiu o Mestre na entrada de Jerusalém, foi a mesma que entoou o coro para a crucificação; ninguém poderia supor que aquelas bocas que o aclamavam quando viam cegos recuperarem a visão, paralíticos recobrarem os movimentos, surdos recomporem os ouvidos, mudos voltarem a falar e leprosos sararem ao contato daquela voz e daquelas mãos, seriam as mesmas bocas estertoradas que O exortariam, irônicas e sarcásticas, a sair da Cruz; ninguém poderia supor que, embora abandonado na Terra, o Pai Celeste estava com Ele, sem o deixar a sós; nem que depois de uma tarde de tempestade e de uma longa noite, Ele voltaria vitorioso sobre todos e tudo, para continuar o ministério junto aos que O abandonaram.
Esta é a essência da lição, mesmo abandonado por tantos, ingratos, ignorantes, hipnotizados pelo mal e/ou corruptos, nunca estaremos a sós, se cumprimos a Lei do Amor, sempre teremos conosco a luz do Pai Divino, e voltaremos quantas vezes for necessário para resgatar os irmãos perdidos nas raias da ignorância, ao lado do nosso comandante nessa batalha espiritual: Cristo!
Por ocasião da entrevista na TV União, a ser gravado no dia 19-09, elaborei as seguintes questões com as respectivas explicações:
Sim. O sexo é importante fator da biologia, responsável pela reprodução dos corpos, dos seres vivos. Quando chega o momento oportuno ele deve se manifestar, geralmente conduzido pelos hormônios na química, e pelos instintos no comportamento. A pessoa saudável deve desenvolver esses passos dentro do foco biológico e nisso teremos o conceito de saúde, um bem-estar físico, mental, social e espiritual sendo devidamente cumprido.
Caso haja um descompasso para menos ou para mais, ou qualitativamente, na programação biológica que irá desenvolver as diversas etapas do comportamento sexual, iremos ter desvios da norma e consequentemente prejudicar a saúde em qualquer um dos seus aspectos. Isso é uma norma da Natureza, quaisquer desvios que ocorram em quaisquer locais ou órgãos, surge o desvio da norma e consequentemente os sintomas de algum tipo de transtorno.
São classificadas como transtornos da sexualidade, distúrbios qualitativos ou quantitativos do instinto sexual, mas também chamados de parafilias (comportamentos caracterizados por anseios, fantasias, manifestados de forma intensa, que envolvem objetos, atividades ou situações incomuns, e que causam sofrimento e prejuízos). São estudados dentro da psicopatologia, na psicossexualidade, para os desvios da atividade sexual, que podem estar presentes, visíveis ou latentes. Nessa última condição são desencadeadas por questões tóxicas (álcool e outras drogas), fisiológicas (puberdade, menopausa) e patológicas. Como exemplos quantitativos temos a frigidez na mulher, a impotência no homem, a ninfomania na mulher, o satirismo no homem; qualitativos, temos como exemplo a necrofilia, pedofilia, sadismo, etc.
Ao falar de espiritualidade entramos em outro campo evolutivo, o espiritual, que corre paralelo ao campo evolutivo material. Enquanto na evolução material observamos a evolução dos corpos, com o surgimento e desaparecimento de novas espécies, na evolução espiritual ocorre o aperfeiçoamento do Espírito que deve aplicar a Lei do Amor para avançar em direção à Deus. Portanto, o desejo sexual que surge automaticamente através do instinto sexual, deve ser contido pela consciência espiritual para não chegar a prejudicar o próximo
Sim, como a religião deve ser o canal social do homem biológico para a divindade, os princípios espirituais devem estar bem fortalecidos em seus membros, principalmente os sacerdotes, pastores, missionários, etc., e, portanto, um controle maior sobre os instintos sexuais deve ser feito. Por isso se observa em algumas religiões o celibato e a castidade.
Celibato é o estado em que determinada pessoa se compromete em não se casar ou manter relações sexuais; a castidade é a abstenção completa de prazeres do sexo. Porém, a força do instinto é tamanha, que a pessoa dotada de forte fé, determinada em cumprir o celibato e a castidade, não consegue resistir a pressão e, mesmo não se casando para manter a aparência de obediência aos princípios religiosos, realiza relações sexuais até com certa frequência, e algumas vezes algum tipo de parafilia.
Depende da força da fé associada a um saudável contexto espiritual. A pessoa tem a convicção de, agindo sem obedecer aos instintos sexuais, estará melhor servindo ao próximo e por conseguinte servindo a Deus, estará protegido mental, psicológica e espiritualmente; a saúde e fortaleza espiritual compensa algum tipo de exigência vinda a partir do corpo. Afinal, é a evolução do Espírito superior às necessidades que o corpo possa imprimir na mente, geralmente de forma egoísta.
Caso a pessoa não coloque limite aos desejos que surgem natural e espontaneamente em sua mente, irá se comportar sem preocupações com o próximo e consigo mesmo, entrando em ambientes nocivos, de risco, exposto a doenças venéreas e ingerindo substâncias psicotrópicas com grande alcance de prejuízos, individuais, familiares e sociais.
O impulso mental tem essa finalidade, de fazer funcionar os órgãos e sistemas responsáveis pela reprodução e assim deixar a pessoa mais adaptada à sua finalidade biológica, desde que seja observada, sempre, a Lei do Amor.
Sim. O corpo funciona por impulsos de natureza egoísta para otimizar a sua capacidade de sobrevivência e reprodução. A Lei do Amor que deve gerir a gestão espiritual sobre o corpo, faz as devidas contenções para não haver prejuízo para o próximo. Quando surge o impulso sexual na mente da pessoa, com toda a força que esse instinto possui, o Espírito deve avaliar em que condições deve se comportar para não haver prejuízo ao próximo, principalmente a pessoa alvo do desejo. Muitas vezes a Lei do Amor diz que esse desejo não deve ser atendido, então o Espírito faz gestões para que essa força se manifeste no comportamento, mesmo contra os interesses egoísticos do seu próprio corpo. Esta é a maior façanha que o Espirito exerce no seu controle sobre os instintos do corpo. É a grande força biológica que ele coloca a serviço de sua evolução espiritual. Quem já alcançou esse nível está correndo com mais facilidade na faixa divina em direção ao Poder Superior.
Em 17-06-2008 foi registrado um pronunciamento do deputado Clodovil Hernandes, reconhecido homossexual, na Câmara dos Deputados, sendo na sequencia aparteado pelo deputado Jair Messias Bolsonaro. Assistindo a esse aparte, podemos avaliar o quanto foi equivocado a acusação de homofóbico pelo ator inglês Stephen Fry, conforme a publicação do texto do dia anterior. Vejamos na íntegra o trecho que nos interessa.
CH - E é com os olhos voltados para Deus, que é a Natureza em quem confio e acredito, que encerro agora meu pronunciamento neste grande expediente, com um belíssimo poema que diz o seguinte: “Existe prazer nas matas densas, existe êxtase nas costas desertas, existe convivência sem que haja intromissão; o mar profundo é música em seu ruído; ao homem não amo tanto, porém muito à Natureza. É isso que eu tinha a dizer, na verdade, que tinha a ler.
JB – Deputado, me permite um aparte?
CH – Pois não.
JB – É comum também nessa casa, quando o parlamentar ocupa o grande expediente, dele trazer um grupo de parlamentares para aparteá-lo. Na maioria das vezes, “cartas marcadas”. Chegou aqui um grupo de jovens na faixa etária dos 10 anos, como eu tenho um filho dessa idade. A sua pureza se assemelha a dessas crianças. Se o Parlamento tivesse a pureza de alma que vossa Excelência tem, que confessa publicamente que não tem conhecimento suficiente para debater aqui temas que muitas vezes não debatem pensando no Brasil, mas pensando em causa própria, o Brasil estaria muito melhor. E eu não deveria deixar passar em branco o pronunciamento de V. Excelência, que há uma certa discriminação, sim, em apartear Vossa Excelência. Alguns tem vergonha ou simplesmente fazem algumas piadinhas, mas eu respeito a sua pureza, a sua inocência. Sou diferente de Vossa Excelência em muitas coisas, mas na Natureza penso como Vossa Excelência. E o Brasil, e este congresso, mostraria força em poder mudar nosso país, se agisse mais com inocência, com pureza, com alma de criança, do que com alma de velhas raposas, astutas, sempre pensando em se perpetuar no poder. Parabéns a Vossa Excelência, espero que continue assim no futuro, assim, eu quero dizer, pois numa reeleição para quem é puro e honesto é muito mais difícil do que para quem é impuro, quem é desonesto. Muito obrigado.
Podemos observar que o conteúdo do pensamento do deputado Bolsonaro não tem nenhum traço de homofobia, pelo contrário. Chega a criticar os seus colegas por discriminar as ações do deputado homossexual no Parlamento. Também critica a postura desonesta dos seus colegas, em detrimento dos interesses do Brasil. Tem certa semelhança com as críticas que Jesus fazia aos sacerdotes do Templo que não agiam sintonizados com a vontade do Pai, e sim dos seus próprios interesses. Daí ter havido toda uma conspiração que levou o Cristo à crucificação. Pois é o mesmo que tentam fazer com o candidato à presidência Jair Messias Bolsonaro. Resta a nós, que não estamos mancomunados com as iniquidades de quem mantem o poder e ter a consciência livre para reconhecer quem está do lado da verdade.
Recebi de uma amiga, pessoa muito querida, que mora no meu coração, e que diverge de mim quanto ao apoio que faço ao Bolsonaro, um vídeo que irei digitar abaixo, disponível no Facebook, postado por Mário Cláudio Simões em 26 de agosto às 01:41, como está colocado na página, antecipando a entrevista com o seguinte teor.
O ator inglês Stephen Fry entrevistou o deputado Jair Bolsonaro em 2013, como parte de um documentário sobre a homofobia ao redor do mundo. Assistam (menos de 5 minutinhos) e tirem as suas próprias conclusões sobre o entrevistado. Eu concordo plenamente com as conclusões a que chega Stephen Fry.
Minha última parada no Brasil é um encontro com o deputado Jair Bolsonaro, o político que veta a lei anti-homofobia e o programa de educação.
SF – Senhor deputado, sou Stephen Fry. Muitos grupos cristãos de direita o apoiam, inclusive alguns grupos neonazistas. (Apesar de ser difícil, estou determinado a manter a calma com ele, para tentar entender por que ele se sente ameaçado pela homossexualidade). Você deve se lembrar do caso de Alexandre. Ele foi morto aos 14, 15 anos. Ele foi torturado. A polícia e as pessoas envolvidas no caso acreditam que foi um ataque homofóbico. Me parece que existe algo de muito errado na sociedade brasileira, pois há muito ódio. A cada dois dias, há um assassinato movido por homofobia no Brasil.
JB – Inclusive grupos querem usar esse assassinato, que talvez não tenha sido pela opção sexual dele, mas se inclui na questão sexual, pois passa a ser uma bandeira para grupos homossexuais, dizendo que matam e executam, mas eles não querem discutir, mas tem essa causa toda para causar esse clamor popular. Não existe homofobia no Brasil. A maioria dos que morrem, 90% dos homossexuais que morrem, acontece em locais de consumo de drogas, em locais de prostituição ou executados pelo próprio parceiro. Eu entrei nessa briga dita aí dos gays, tendo em vista a proposta do governo em querer distribuir nas escolas públicas do primeiro grau, material didático, que seria para combater a homofobia, mas na verdade estimula o homossexualismo em crianças... é uma questão de normalidade.
SF – É interessante você usar a palavra “normal”. A zoologia me interessa muito e há 480 espécies de animais que demonstram comportamento homossexual, mas só existe uma espécie de animal na Terra que demonstra comportamento homofóbico. Portanto o que é normal?
JB – Sua cultura é diferente da nossa, mas nós não estamos preparados ainda no Brasil, pois nem um pai, nem você, nem eu, tem orgulho de ter um filho gay...
SF – Se a criança estiver feliz... O único motivo dos pais não estarem felizes é porque existe homofobia na sociedade, e que, portanto, o filho pode sofrer bullying. Mas se o mundo não fosse homofóbico por que os pais se preocupariam?
JB – Você tem que ter um norte na sua vida. Quem quer que os heterossexuais continuem gerando crianças para que essas crianças se tornem gays, lésbicas, para satisfaze-los sexualmente no futuro. Então esse é o exemplo da sociedade brasileira que está sendo plantado agora por esses grupos que eu chamo de fundamentalistas homossexuais.
SF – Eu nunca quis que uma pessoa hétero se tornasse gay. Acho essa ideia absurda! Também sou inglês, mas não quero tornar ninguém inglês. “Phobos” significa “medo” em grego. A homofobia é o medo das pessoas gays. Por que as pessoas teriam medo dos gays?
JB – Não gostar não é a mesma coisa que odiar.
SF – É medo
JB – Você não gosta dos Taliban... a sociedade brasileira não gosta de homossexual, nós não perseguimos, não existe aqui no Brasil grupos de caça de homossexuais, somos abertos no Brasil, não somos o Iran, que tem a pena de morte para homossexuais. Tanto é verdade que há passeatas do Orgulho Gay e estamos pensando em fazer uma passeata do Orgulho Hétero, pensamos em fazer isso, inclusive...
SF – E deveriam fazer. Eu concordo. Com certeza.
JB – Você não será convidado, mas você vai...
SF – Eu deveria ser convidado, sim...
Risos, principalmente de Jair Bolsonaro.
Esse foi um dos encontros mais estranhos e assustadores que já tive. Bolsonaro é um dos homofóbicos típicos que conheci no mundo todo, com um mantra de que os gays querem dominar a sociedade, recrutar as crianças ou abusar delas. Mesmo num pais progressista como o Brasil, essas mentiras geram uma histeria nos ignorantes, onde a violência pode crescer. Isso pode acabar em ataques brutais como o que matou Alexandre Ivo.
As conclusões que o entrevistador faz de Jair Bolsonaro, não me parece tão estranho e assustador quanto é feito. Talvez o deputado não tenha uma boa articulação de palavras e ideias, mas a defesa do seu posicionamento de não concordar com a distribuição de cartilhas para crianças com conteúdo sexual bem explícito, o que as pessoas que têm acesso a essas cartilhas também repudiam, não foi bem aprofundado pelo entrevistador. Interessante ver no seguimento da entrevista, entre os comentários feitos por várias pessoas, existe a de um homossexual que merece ser visto por meus leitores.
No próximo texto que irei publicar amanhã, trarei outro relacionamento que Jair Bolsonaro faz na Câmara dos Deputados, com um colega deputado homossexual.