O pentecostes tem dois significados, um para os judeus em memória do dia em que Moisés recebeu de Deus as Tábuas da Lei; o outro é a festa da Igreja cristã em memória da descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, 50 dias depois da Páscoa, data instituída como a da ressurreição de Jesus Cristo.
Na Bíblia, a comemoração do Pentecostes é citada pela primeira vez no Ato dos Apóstolos 2, episódio que narra o momento em que os apóstolos de Cristo receberam os dons do Espírito Santo, logo após a subida de Jesus aos céus.
“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos dos Apóstolos 2:1-4).
A minha interpretação desse fato como assim foi citado na Bíblia, procura seguir um reto raciocínio que considera todo o conteúdo do que já aprendi sobre a espiritualidade, nos diversos livros divinos e religiões pelo mundo todo.
O sujeito central desse fato é o Espírito Santo, um dos elementos da Santíssima Trindade, composta pelo Pai e Filho, numa simbiose de personalidades. O Pai é identificado como a sabedoria criadora movendo com a força do amor a evolução expansiva em todos os espaços siderais. É o maior na hierarquia celestial, onipotente, onipresente, onisciente, etc. O Filho é a personalidade evoluída que chegou tão próximo do Pai que pode se identificar com Ele. É o caso de Jesus e tantos quantos espíritos puros, perfeitos, que já atingiram esse status, e os que irão chegar, como nós, que estamos nessa caminhada na vida com esse objetivo, essa meta central. O Espírito Santo é composto por uma plêiade de Espíritos de alta perfeição, tão próximos do Criador nessa escalada da evolução, que podem se aglutinar junto ao Pai e aos Filhos, formando uma espécie de aura em torno dEles.
Portanto, esta é a minha visão da Santíssima Trindade: o Pai como o centro, os Filhos bem próximos a Ele, mas cada um com sua personalidade própria, circundados pela rede de espíritos, assim como os elétrons ao redor do núcleo, cada um desses elementos também com suas personalidades, mas que podem se destacar cada um deles (como a pomba que pairou sobre Jesus durante o Seu batismo por João) ou em grupo (como aconteceu no fenômeno de Pentecostes, onde cada língua de fogo corresponderia a uma personalidade assim evoluída e que passou a sua influenciação aos apóstolos, obedecendo as suas respectivas características, daí ser explicado o fenômeno das línguas estranhas.
Esta é a compreensão que faço da Santíssima Trindade, do respeito que tenho por Deus como o meu Pai transcendental, que colocou na minha consciência a Sua vontade e da qual o meu livre arbítrio resolveu obedecer com a maior integridade possível; do respeito que tenho por Jesus, o irmão mais evoluído que conheço, que já está tão próximo do Pai que age como se fosse Ele; do respeito que tenho pelo Espírito Santo, como o coletivo dos espíritos que já chegaram tão próximo do núcleo divino que podem chegar até nós impregnados com a essência do Pai.
Circula na internet um texto com esse título, de autor desconhecido. Como traz uma boa contribuição à definição do que é amor, vou reproduzi-lo neste espaço, na íntegra.
“Um senhor de bastante idade chegou a um consultório médico, pra fazer um curativo em sua mão, na qual havia um profundo corte. E muito apressado pediu urgência no atendimento,, pois tinha um compromisso.
O médico que o atendia, curioso, perguntou o que tinha de tão urgente pra fazer.
O simpático lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em tratamento numa clínica, com mal de Alzheimer em fase muito avançada.
O médico, preocupado com o atraso do atendimento, disse:
- Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?
O velhinho respondeu:
- Não, ela já não sabe quem eu sou. Há quase cinco anos que não me reconhece mais.
O médico então questionou:
- Mas então para que tanta pressa em vê-la todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais?
O velhinho então deu um sorriso e, batendo de leve no ombro do médico, respondeu:
- Ela não sabe quem eu sou... Mas eu sei muito bem quem ela é!
O médico teve que segurar suas lágrimas enquanto pensava.
O verdadeiro AMOR não se resume ao físico, nem ao romântico...
O verdadeiro AMOR é a aceitação de tudo o que o outro é... de tudo que foi um dia... do que será amanhã... e do que já não é mais!”
Esta é uma forma de definir o amor com inteligência e sensibilidade, ultrapassando os limites do materialismo. O autor procura mostrar que. Por mais que tenhamos sido motivado pela beleza ou sensualidade da parceira ou parceiro, o que prevalece é o sentimento que irá se consolidar ao longo do tempo de convivência. O corpo irá definhar, o psiquismo poderá se perder, a insanidade é uma ameaça sempre constante no processo de senilidade. Mas o sentimento de amor que se forma entre as duas pessoas que convivem e se respeitam jamais será destruído. Esse velhinho da história não está indo à procura daquele belo corpo, sensual, que fez ele se interessar. Ele está indo em busca de um sentimento que foi formado durante os anos de convivência e que agora, mesmo não sendo reconhecido, ele sabe que está ali, na sua frente, uma alma que não pode mais se expressar, mas que continua existindo.
Portanto, em conclusão, o autor explica com sabedoria que o amor não se resume ao físico, nem ao romântico. O amor é a aceitação de tudo que o outro é, seus defeitos e suas virtudes; é o reconhecimento de tudo que o outro foi um dia na sua vida, usando todos os recursos biológicos e psicológicos que agora não existem mais; é a compreensão de que aquele ser querido representado por um corpo que se deteriora, um organismo que amanhã já não existirá, mas que aquele ser querido não irá ser destruído com o corpo que a terra irá absorver, aquele ser querido irá se mudar para sua mente e seu coração enquanto a vida existir, enquanto as estrelas brilharem, enquanto caminharmos juntos em direção ao Pai.
É uma pena que tenha tantas pessoas neste mundo que nunca sentiram o amor, e por esse motivo pensam que ele não existe. São pessoas que caminham solitárias sem perceber que ao lado estão tantas pessoas que sabem amar, e que nesse momento alguém pode estar lhes amando sem elas saberem e sem elas acreditarem. São pessoas que aprenderam a caminhar com companheiros, que se livraram dos ciúmes e incluem nos seus corações tantas pessoas, inclusive aquelas que sofrem por não poder sentir que o amor existe.
Afinal, não é o amor do outro por mim que vai me nutrir, e sim o amor que eu tenho pelo outro, pois esse depende da capacidade do meu coração.
Aquele velhinho não está sendo nutrido pelo amor da sua esposa, pois isso ela não pode mais expressar. Ele está sendo nutrido pelo amor que ele devota a ela, independente da situação em que ela se encontra.
Amor, maravilhoso amor!
Que pena que tantos não o sintam, não acreditam que ele exista...
Na reflexão evangélica deste dia foi abordado a questão dos “Caminhos retos” ensinados pelo Mestre Jesus. Foi interrogado a todos a identificação que cada um fazia quanto ao desvio do caminho reto que deveria fazer. P disse que tinha andado de bicicleta sem a aprovação da mãe e que sentiu uma dor no pé logo depois. M confessou que a pessoa que ele suspeitava que tinha lhe denunciado no rádio, não era a mesma, segundo informações mais fidedignas. Ele percebeu que a raiva que teve da pessoa que imaginava ter lhe causado um mal, não era merecido, e que agora ele direcionava sua raiva para a pessoa que aparentava ser a responsável. Mesmo sabendo que alimentar raiva no coração não é uma coisa boa e está fora dos caminhos retos que levam até Deus, não consegue eliminar essa sensação negativa de dentro do coração. R diz que também não consegue tirar o sentimento de raiva e de retaliação de dentro do coração, mesmo sabendo que é errado manter isso dentro de si. Relata o que aconteceu com uma carona que havia prometido, mas que a pessoa não foi localizada no momento da viagem e quando já estava no caminho de volta para casa foi que a pessoa se comunicou. Como achou que não era conveniente voltar todo um percurso para corrigir um erro que não fora dele, sofreu retaliação de alguns parentes e não achou justo que isso acontecesse. D informa que saiu fora do caminho reto quando prometeu a um cliente entregar um portão e não cumpriu com sua palavra, e que está disposto a pedir desculpas e corrigir o erro. S mostra tristeza por não está na companhia da filha neste momento e procura tirar a mágoa do seu coração para não entrar no desvio do caminho reto. F reflete que o sentimento de raiva não pode ser considerado uma culpa ou desvio do caminho reto, pois faz parte da criação de Deus, que o colocou dentro dos nossos instintos. O que é errado é permanecer com essa raiva dentro de si. Coloca o exemplo de um caminho que ele percorre e que considera estar fora do caminho de retidão para Deus e que até agora não conseguiu corrigir isso. Se trata da caridade solicitada por pessoas, geralmente menores que se debruçam nos para-brisas dos carros, nos semáforos em busca de uma moeda. Sistematicamente ele recusa essa caridade por pensar no momento numa série de argumentos, que essas pessoas podem usar esse dinheiro para compra de drogas, que pode existir alguém por trás delas usando-as para pegar dinheiro dos tolos. Mas ele confessa que já fez essa reflexão em outras ocasiões e entendeu que devia fazer a caridade, apesar dos pensamentos contrários. Por isso ele entende que recebeu um puxão de orelhas do Pai, quando acordou num dia desta semana com dor de ouvido, sem aparentemente nenhum motivo. Quando foi ler o livro “Encontros diários com Deus”, verificou que nesta data tinha um texto que mais uma vez apontava que devemos fazer a caridade a quem nos estende a mão, independente do juízo de valor que venhamos a fazer do dinheiro que essa pessoa recebe. Enfim, ficou a lição de que mesmo que não possamos evitar os sentimentos negativos de raiva, ódio ou vingança, podemos não deixar isso acumulado no nosso coração, para não sairmos dos caminhos retos que nos levam ao Pai. A reunião foi encerrada com Si fazendo a oração do Pai Nosso, Ave Maria e oração do Anjo da Guarda. Tiramos a foto coletiva, trocamos abraços fraternos e fomos degustar a ceia da noite.
O ser responsável cumpre fielmente seus deveres, responde pelos seus próprios atos, e torna o seu caráter moral, quando defende sempre a ética. Lembra uma frase judaica que diz: “A grande responsabilidade do ser humano consiste em saber discernir. O mundo espera que cada um de nós assuma esta importante tarefa do justo equilíbrio”.
A responsabilidade pode ser deferida, pode ser delegada por lei humana na definição das profissões, por exemplo, ou por Deus, quando a sentimos fazer parte da nossa consciência. A pessoa deve reconhecer e cumprir os estatutos que foram aceitos pela coletividade e referendados pela justiça, estabelecendo assim os valores e compromissos que prevalecem na escalada da evolução.
A conscientização da necessidade do reto caminhar leva a compreensão que devemos aproveitar as diversas experiência que a vida nos traz, pois isso conduz ao amadurecimento dentro do projeto de evolução saudável. Chico Xavier acreditava que a importância do Evangelho de Jesus em nossa evolução espiritual, é semelhante a importância do sol na sustentação da nossa vida física.
A compreensão de tal responsabilidade nos motiva a evitar a exclusividade estrita da letra com tanto rigor dos livros espirituais, no cumprimento dos mínimos detalhes. Devemos em primeiro lugar sondar as devidas necessidades e assim caminhar mais rápido em direção ao engrandecimento.
Fica uma pergunta no ar.... Responsabilidade de quem? Para quem? Isso pode dar margens a crimes, crueldade, agressividade, ao ser obedecido ordens injustas dentro de uma obediência cega. Fica como o exemplo as ordens dos nazistas e o holocausto judeu, onde uma nação toda se comprometeu dentro dos mais bizarros comportamentos que seguiam uma determinada hierarquia.
Nesse caso de uma ação tão deteriorada para o comportamento humano vale a pergunta; isso é uma responsabilidade ou submissão? E se a pessoa tem essa tendência de submissão, qual seria suas características? Tímidos? Medrosos? Pusilânimes? Aproveitadores? Seria esse o caso da nação alemã, principalmente o Reichstag, parlamento alemão, sobre o domínio do Partido Nazista?
A responsabilidade verdadeira resulta do amadurecimento psicológico, da vivência das experiências humanas, da harmonia do dever com a compreensão das necessidades do outro, e da conciliação do cumprimento das atividades próprias com as circunstâncias. Não pode compactuar com a delinquência e ignorar os deveres da vida.
Na questão 582 do “Livro dos Espíritos” temos a seguinte resposta: “É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa, dando aquele uma organização débil e delicada, o que torna propício a todas as impressões.
Uma das maiores consequências do uso da liberdade, é a responsabilidade. Não podemos ser livres para fazer qualquer coisa que nos venha à mente, sem pensar na responsabilidade por esse ato.
A história passada nos mostra a decisão de um gestor lotado em Jerusalém que foi chamado à responsabilidade de julgar um homem acusado de ser filho de Deus, de ser o rei dos judeus. Os sacerdotes manipularam a opinião pública para exigir daquela autoridade governamental, que representava o poder romano, uma sentença de morte. Pilatos sabia que aquele homem era inocente, mas foi colocado frente a astúcia dos doutores judeus, de que Jesus, como dizia ser rei, e ele, Pilatos, representava o imperador, que era o seu rei, e então, não crucifica-lo seria desobedecer ao seu rei, não cumprir a sua responsabilidade. Com esse sofisma, o pusilânime, irresponsavelmente com a justiça, mandou crucificar o justo, lavando as mãos para liberar-se da culpa.
Observamos tal “responsabilidade” na história recente do nazismo na 2ª Guerra Mundial. Os líderes civis e militares cometeram os mais terríveis crimes contra a humanidade, o holocausto dos judeus, a mentira sistemática para alcançar o poder e se perpetuar nele, inclusive invadindo de forma militar as nações ao derredor. Um desses oficiais, Adolf Eichmann, acusado de 15 crimes gravíssimos contra a humanidade, nos campos de concentração, pessoa responsável pela morte de milhões de judeus, reconhecido através das provas mais diversas, respondia sistematicamente aos juízes quando era indagado se ele se considerava culpado ou inocente das acusações que: “na essência da acusação, era inocente!”. Certamente porque estava obedecendo ao seu líder, que essa era sua responsabilidade.
Na história contemporânea podemos citar o Brasil durante o governo do PT. A justiça consegue prender acusados e mostrar provas suficientes para a condenação de seus militantes em posição de mando, de atos de corrupção que deterioram o país e suas instituições, de drenagem de recursos para países que sintonizam com a mesma forma de administrar, de fomentar a guerra interna entre classes, comportamentos ou mentalidades. Por força da mobilização popular que encheram as ruas em todos os estados, a presidente eleita sob as mais diversas suspeitas, termina sendo afastada de forma democrática pelo crime de responsabilidade, pelo procedimento constitucional do impeachment, para julgamento promovido pelo Superior Tribunal de Justiça. Mais uma vez observamos pessoas usando sofismas, independentes do grau de instrução de cada uma, para retirar do patamar criminoso o crime de responsabilidade dos seus líderes.
Da mesma forma que Pilatos lavou as mãos, que Eichmann se declarava insistentemente inocente, vemos no pais pessoas que levantam a tese absurdamente ilógica da existência de um golpe. O que vale aqui considerar não são as pessoas ainda sem consciência crítica que defendem essa tese simplesmente como um espelho que reflete uma opinião, sem condições de avaliar a realidade e justificar o crime de destruir uma nação. O que vale aqui é aprender qual o mecanismo psicológico que pessoas honestas e de capacidade intelectiva suficiente para perceber o desastre em que a nação está mergulhada, não conseguem perceber a farsa que é montada pelos seus líderes desmascarados. Sabemos que as características de ser tímido, pusilânime, medroso ou aproveitador é quem mantém uma pessoa atrelada a uma responsabilidade subalterna, que não tem liberdade de ir de se opor, que é uma pessoa por esses motivos, submissa! Mas quem não tem essas características de personalidade, deficitárias, a ponto de se tornarem submissas ao “rei”, quer seja um imperador romano, um líder nazista, ou uma “presidenta”, qual o fator que está operando?
Talvez seja a ignorância de algum fator por mim ignorado, pois todos que são apresentados até agora não são justificáveis frente a responsabilidade ética. A minha consciência continua acusando Pilatos, Eichmann e tantos que gritam “é golpe!”