Vivemos numa sociedade majoritariamente animalizada. As pessoas procuram em primeiro plano a própria sobrevivência e da sua prole, talvez seus amigos em primeiro lugar. Se têm chance de alcançar algum benefício, mesmo que seja caracterizado como caridade, não possuem escrúpulos em sair dessa condição para trabalhar pelo seu próprio sustento e galgar uma evolução produtiva. Vejamos o que aconteceu recentemente no Estado de São Paulo.
Mensagem de ontem de Jorge Lima
Secretário de desenvolvimento do Estado de São Paulo
Para vocês refletirem:
- O que tira meu sono?
- Estamos trazendo mais de 250 bilhões de investimentos e as pessoas não querem trabalhar.
Lançamos 5 programas ano passado de qualificação divulgado em todas as prefeituras, mídia localizada e rádios locais e não tivemos 20 por cento de adesão.
Temos um problema de responsabilidade da sociedade pós pandemia.
As pessoas preferem viver de programas sociais.
Temos que proteger o miserável sem a menor dúvida, mas temos também que ter o cuidado de definir este público.
Tem lugares em São Paulo que somados todos estes programas a pessoa ganha mais de 2 mil reais.
Por que ser registrado?
Consegui um empresário que investiu 1 bilhão em um projeto em Ibiuna. Tive que trazer mão de obra Venezuelana, de Roraima, para ele, pois tentamos de tudo para qualificar e não houve interesse.
Quando venho aqui e peço ajuda, é por que estamos precisando. Temos que nos mobilizar como sociedade.
Hoje falamos que temos 8,7 por cento de desemprego em SP, não é verdade.
Nas 14 das 16 regiões administrativas de SP não temos mão de obra para a construção civil, 9 das 16 não temos pessoas para colheitas, Aruja/Vinhedo/Valinhos não tem empilhadeiristas, não temos motoristas em Americana, a maior parte das indústrias tem dificuldades de contratar e etc.
Poderia ficar aqui dando mais 50 exemplos.
Fui em 195 cidades até agora e podem acreditar no que estou falando.
Assim, vamos precisar de vocês.
Temos que criar a demanda por procura e não dos cursos.
Hoje nós, Sebrae, Senai, Senac e outros temos excesso de cursos.
Falta interessados.
Não é divulgação apenas, pois todos os 5 programas que fizemos em 2023 usamos tudo que era possível.
A questão é um trabalho dentro do entorno de cada empresa, comunidade, igrejas e outros.
Desculpem a mensagem longa, mas preciso de ajuda.
Para não ficar intensivo as trocas de mensagens aqui, quem tiver alguma sugestão, favor me procurar no privado.
Aceito qualquer contribuição de vocês.
Na verdade, preciso.
Repito: temos que proteger o miserável, mas a questão é definir bem este público.
Sem polêmicas. Lembrando que aqui só falamos de São Paulo.
Juntos podemos fazer mais!
Obrigado e mais uma vez, desculpem a mensagem longa.
Triste realidade desse tal regime “socialista”.
No Nordeste a situação é pior. Até aquele pequeno agricultor que contratava dois a três trabalhadores, pagando diária, para preparar o roçado do feijão, da mandioca, do milho, etc, hoje não encontra ninguém para essas tarefas. Estão todos nas sedes dos municípios jogando dominó, tomando cachaça e ganhando do "governo" mais do que na lida, debaixo do sol quente. Ainda temos outro dado alarmante: existem no Nordeste mais pessoas recebendo dinheiro dos programas sociais do que com carteira assinada. Estamos criando uma raça de vagabundos, porque os empregos existem...
Lembro das lições evangélicas, pois é ensinado que a esmola é necessária para aquele que pede. Se essa esmola não é dada com justiça, para atenuar o sofrimento daquele que não tem outra opção do que estender a mão, não temos nada a ver com isso. A nossa obrigação é dar a esmola a quem estende a mão. Se essa pessoa está agindo com injustiça, quem deve julgar e corrigir a situação é o próprio Deus.
Isso coloca meu racional em cheque. Se as pessoas que se apresentam como miseráveis e estendem a mão em busca da caridade, na verdade têm condições de atenderem suas necessidades com o próprio trabalho, como o Estado de São Paulo tão bem identificou, o gestor que administra o nosso dinheiro arrecadado com os impostos, não deve tomar uma posição de corrigir a distorção sem esperar a correção do próprio Deus? Afinal quem está pagando essa conta somos nós, que trabalhamos diuturnamente, muitas vezes ganhando de salário um valor menor que essas pessoas ganham com suas esmolas em forma de bolsas.
Talvez essas pessoas façam isso por não ter a consciência da responsabilidade social, que estão recebendo essas esmolas por não terem outra solução para suas misérias e que devem encontrar outra solução o mais rápido possível para deixar de explorar o suor alheio.
Talvez essa seja a ajuda que posso dar em forma de sugestão ao Estado de São Paulo: fazer uma campanha de conscientização sobre a natureza da esmola que o Estado está dando aos miseráveis, com os recursos dos seus contribuintes, enquanto eles, os necessitados, não têm outra solução de sair de sua triste condição de esmoler.
Considero a mente e o corpo como duas instâncias diferentes, mas integradas. O corpo é isto que nós estamos vendo, sentindo e agindo, eu digitando este texto agora e você lendo daqui a pouco ou alguém com mais tempo. Tudo isso fazemos com o corpo, mas operacionalizado pela mente que se manifesta dentro dele, que forma uma consciência, que aciona a vontade de acordo com o livre arbítrio.
Quando um agente externo atinge o nosso corpo pode provocar ferimento e com o devido cuidado logo se forma uma cicatriz que na maioria das vezes se torna apenas um elemento para evocar a memória do acontecido. Tudo isso é percebido ou não pela mente, pois podemos sofrer grande ferida no corpo, como exemplo a ferida de um procedimento cirúrgico que foi realizado sob anestesia que desacoplou nossa mente do corpo. Quando acordamos da cirurgia é que percebemos a ferida realizada e que foi feita sob nosso consentimento. Essa ferida entra na mente como uma simples memória, a não ser que o procedimento cirúrgico desenvolva algum problema no processo de cicatrização ou que interfira significativamente com o aspecto estético.
Mas a ferida mental tem outras características que extrapola as limitações do corpo. Podemos sofrer uma ferida mental sem que nosso corpo sofra qualquer lesão. O mesmo evento que causa uma ferida mental numa pessoa pode se apresentar em graus diferentes naquelas que perceberam o fato, quer seja presencial, quer seja informativo por alguma pessoa ou pela mídia, estando próxima ou distante.
Vejamos o exemplo de uma mãe que ver presencialmente o seu filho ser assassinado por tiros, por uma pessoa mascarada que invade a sua casa. Essa mãe desesperada faz de tudo que é possível para salvar o seu filho, procura uma arma, procura ficar na frente das balas, mas não consegue. O assassino se evade e a mãe fica com seu filho dando seus últimos suspiros, no seu colo, encharcado de sangue. O corpo dessa mãe não apresenta nenhum ferimento, mas podemos imaginar o quão profunda foi essa ferida que ficou em sua mente. Muito superior as feridas que ficaram em todos os envolvidos, dentro do espectro de gravidade em cada pessoa envolvida, de acordo com o parentesco, distância ou sentimento humanitário.
Dessa forma podemos perceber a gradação de intensidade de um mesmo evento em causar ferida mental na pessoa humana, que tenha capacidade de empatia pelo próximo ou distante. No grau máximo está a ferida mental da mãe e no grau mínimo, um simples arranhão, uma pessoa que está do outro lado do mundo, China ou Japão, sem nenhum conhecimento, amizade ou parentesco com a pessoa assassinada.
Que fazer com tal tipo de ferida? O primeiro pensamento que vem à mente ferida é o de vingança, como fazer para matar o assassino ou fazer com que a justiça seja feita. Matar o assassino parece a solução mais eficiente, está envolvida com nossas emoções que foram o fermento para gerar a ferida.
Este é o problema que se forma com a ferida mental. A resolução mais imediata, a vingança, geralmente ocasiona outras feridas mentais em pessoas com outros graus de envolvimento com o assassino e isso pode se tornar uma bola de neve, cada lado querendo compensar suas feridas com a vingança.
Para evitar esse tipo de comportamento vingativo, elaboramos leis dentro da justiça. Porém, como observamos aqui no Brasil, nestes dias atuais, onde a justiça está pervertida nas mais altas cortes, ficamos desamparados dentro da legalidade. Nossa ferida mental continua aberta e a mente sendo constantemente ferida pelos absurdos que a “justiça” faz e deixa acontecer.
Nesse contexto, sem ter a quem recorrer para atenuar a gravidade de nossas feridas mentais, lembramos que temos os ensinamentos do Mestre Jesus informando sobre o Reino de Deus. Ele disse que podemos entrar neste Reino a qualquer momento, um Reino que está diretamente sob a justiça de Deus, onde não é admitida a ação do mal e se por algum motivo tal acontecer, a justiça verdadeira é feita de imediato.
Entrando neste Reino para ficarmos diretamente sob a justiça de Deus, devemos limpar nosso coração da impurezas do egoísmo, onde está presente os sentimentos de ira, ressentimento, vingança. Enquanto ficarmos com essas impurezas, não conseguimos ingresso no Reino de Deus. Portanto, esta é a melhor forma de cuidarmos de nossas feridas, principalmente as mentais.
“Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti?
Segue-me tu.”
(JOÃO, 21: 22)
Nas comunidades de trabalho cristão, muitas vezes observamos companheiros
altamente preocupados com a tarefa conferida a outros irmãos de luta. Será que ele vai
fazer a tarefa? Alguns perguntam no íntimo. Muitos outros colocam propostas interessantes e importantes que sejam colocadas na prática, mas não se encontram
braços e pernas para realiza-las.
É justo examinar, entretanto, como se elevaria o mundo para a paz e harmonia,
se cada homem cuidasse de sua parte, nos deveres comuns, com perfeição e sinceridade.
Algum de nossos amigos foi convocado para obrigações diferentes?
Confortemo-lo com a legítima compreensão, com apoio braçal, incentivo moral e
espiritual, dentro de nossas próprias limitações.
Às vezes, surge um deles, modificado ao nosso olhar, para o positivo ou
negativo. Há cooperadores que o acusam. Muitos o consideram portador de perigosas
tentações. Muito cuidado com o cisco que está no olho do irmão.
Movimentam-se comentários e julgamentos à pressa. Quem penetrará, porém, o
campo das causas. o que está acontecendo com nosso irmão?
Estaríamos na elevada condição daquele que pode analisar um acontecimento,
através de todos os ângulos? Será que temos essa graça de Deus?
Talvez o que pareça queda ou desistência pode constituir novas resoluções de
Jesus, relativamente à redenção do amigo que parece agora distante ou que se abram
novos caminhos que o Cristo tem preparado através dele.
O Bom Pastor permanece vigilante. Prometeu que das ovelhas que o Pai lhe
confiou nenhuma se perderá. Nós, da AMA-PM, somos ovelhas desse redil e queremos
ouvir sempre a voz do nosso Pastor, que está sempre perto de nós, em qualquer reunião,
em qualquer atividade, em qualquer local. E sabemos que, se uma de nós se perder,
nosso Pastor nos deixará seguras no abrigo e irá em busca daquela.
Convém, desse modo, atendermos com perfeição aos deveres que nos foram
deferidos pelo Espírito Santo e de acordo com nossos talentos.
Cada qual necessitamos conhecer as obrigações que nos sãos próprias. Nesse
padrão de conhecimento e atitude, há sempre muito trabalho nobre a realizar, por menor
que pareça aos olhos materiais. O Pai reconhece um simples centavo de oferta, um
simples sorriso de gratidão.
Se um irmão parece desviado aos nossos olhos mortais, façamos o possível para
evitar críticas destrutivas e lembremos das palavras de Jesus ao pescador de Cafarnaum:
“Que te importa a ti o que eu pretenda fazer com minhas ovelhas? Segue-me tu, como
Eu oriento e como sintoniza o teu coração”.
UFRN/DMC(Foco de Luz)/AMA-PM(Conselho Consultivo) em 17-11-2024
John Carson Lennox (Armagh, Irlanda do Norte, 07-11-1943) é um matemático, filósofo da ciência, apologista cristão e professor de matemática da Universidade de Oxford. Ele é conselheiro do Green Templeton College, Oxford e um Fellow (membro de alto nível) em matemática e filosofia da ciência pela mesma universidade. Esta é uma apresentação dividida por mim em três partes, feitas a um auditório.
Ciência, é claro, maravilhosamente é limitada. Até um prêmio Nobel quando analisa uma torta não sabe porque foi feita. Mas a tia Matilda, que a fez, pode lhe dizer. Ela pode revelar a você. Mas se ela não lhe revelar talvez você nunca saberá. E isto me traz a minha próxima evidência: é o mesmo com o Universo. Podemos analisa-lo muito bem, mas finalmente há um Autor. E creio que há, e somente Ele pode nos dizer os porquês. E assim o fez na narrativa poderosa da Bíblia.
E particularmente, na análise do problema com a humanidade, não somente em termos de colapsos comportamentais entre pessoas, mas um colapso vertical de confiança entre nós e o Criador.
A solução única para este problema não é simplesmente uma questão de desenvolvimento ético humano, ainda que isto seja muito importante, mas uma questão de algo muito mais profundo. A restauração da relação fraturada entre homem e Deus através da salvação trazida por Jesus Cristo. Um relacionamento radical que nos possibilita viver eticamente por Deus.
E aqui chegamos naquilo que para mim é a evidência central. Não somente pela existência, mas pela natureza de Deus. É Jesus Cristo.
Ele não só foi quem ensinou a regra de ouro, mas quem a realizou. Alimentou famintos, curou doentes, os sofrimentos, acolheu sociedades marginalizadas, trouxe ordem e respeito aos marginalizados e envergonhados. E trouxe perdão e paz a muitos milhões pelo mundo a fora.
Ele é capaz de fazer isto, é claro. Porque ainda que fosse homem, ele, unicamente, nunca foi somente um homem, mas Deus sendo homem.
A evidência central para esta alegação surpreendente é, claro, sua ressurreição dos mortos, que lançou a cristandade no mundo.
Esta é, senhoras e senhores, certamente um assunto nevrálgico. Se Jesus ressuscitou dos mortos, a morte não é o fim, o ateísmo é falso. Se Jesus não ressuscitou dos mortos, o cristianismo é falso.
Lembro-me de Cambridge, como estudante, ouvindo o brilhante Sir Norman Anderson, um especialista legal observando as evidências forenses sob uma perspectiva legal como um advogado brilhante e disse ao fim da aula: “A tumba vazia, então, de Jesus forma uma rocha verdadeira sobre a qual todas as teorias racionalistas sobre a ressurreição se desviam em vão”.
Agora, por fim, quando leio a Bíblia não somente encontro satisfação intelectual nela, ainda que encontre muito disso. Eu sinto a voz de Deus falando comigo. Você pode dizer que é muito pessoal, mas, senhoras e senhores, temos sido questionados hoje sobre crer em Deus. E quero enfatizar fortemente que Deus não é uma teoria, mas é uma pessoa. E se a origem da minha pessoa é um Deus pessoal, então a coisa mais excitante é que há uma possibilidade de se conhecer a Deus!
Eu não simplesmente creio que haja um Deus. Eu cheguei a conhece-lo e a confiar nEle. E tenho fortes razões para fazê-lo. Por causa de Cristo ter morrido e renascido por mim. E isso tem me gerado um sentimento de gratidão completa, imerecida aceitação de paz. Isto me tem feito encarar o lado bruto da minha própria natureza, e com a ajuda de Deus a fazer algo a respeito. Mas permitiu-me fazer algo mais. O problema mais duro que enfrento como cristão é o problema do mal e da dor. Minha sobrinha teve um tumor aos 22 anos que a matou. O que dizer a minha irmã? E este é o problema mais duro que nós encaramos. Mas parece que o ateísmo aqui não possui uma resposta. Pois por definição o ateísmo crê que a morte é o fim. Então, não há uma última esperança.
Mas vejam, senhoras e senhores, podemos ficar até meia-noite ou mais argumentando aqui como se tem feito nesta universidade por séculos. O que um Deus bom deveria, poderia, conseguiria, pode, se, possivelmente somente, poderia, como ter feito... e nunca chegaríamos a lugar algum. Parece-me que há outra pergunta que podemos fazer. E é esta: visto que a vida se nos apresenta com um quadro duplo: nós vemos coisa belíssimas, vemos boas tortas, vejo dor e feridas. Vemos alegria... Como podemos conciliar isto? E me parece que aqui não cabe uma resposta simplista, mas um vento que a anuncie e é este: Se é verdade de fato que Jesus é, e eu creio ser o filho de Deus, então podemos perguntar o que Deus estava fazendo numa cruz. E a resposta vem de volta pelo menos. Deus não ficou distante de nossa dor. Mas tornou-se parte dela. E o outro lado disto é este: porque Jesus ressuscitou dos mortos ele será o Juiz final. Eis aqui uma ironia, porque o ateísmo não possui esperança final de justiça por definição. A vasta maioria das pessoas na história do mundo morreram sem justiça e morrerão sem justiça. E, se a morte é o fim, então, é claro, não há esperança de justiça final. Mas a promessa no Novo Testamento garantida pela ressurreição de Jesus é que ele será o Juiz no dia que está por vir.
Então, senhoras e senhores, estas são algumas das razoes pelas quais Deus é real e digno de confiança.
Obrigado.
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Uma palestra muito instrutiva, serve para colocar em uma boa perspectiva natural e real a nossa narrativa de vida pessoal. Confesso que ainda fico confuso na identidade de Cristo com Deus, o Criador e mantenedor de todo o Universo. O que Ele estava fazendo encarnado como homem entre nós... deixando todo o resto do Universo a toa? Mas consigo permanecer na minha sobriedade narrativa, de que Cristo é realmente Deus encarnado, jogando minhas dúvidas no amplo barril de ignorância que ocupa a minha consciência. A apresentação do professor John Lennox serviu para ampliar e consolidar mais ainda minhas convicções. Agradeço e espero que o mesmo tenha acontecido com os meus leitores.
John Carson Lennox (Armagh, Irlanda do Norte, 07-11-1943) é um matemático, filósofo da ciência, apologista cristão e professor de matemática da Universidade de Oxford. Ele é conselheiro do Green Templeton College, Oxford e um Fellow (membro de alto nível) em matemática e filosofia da ciência pela mesma universidade. Esta é uma apresentação dividida por mim em três partes, feitas a um auditório.
Ainda meus amigos ateístas insistem que é racional para eles crerem que a evolução da razão humana não foi guiada para descobrir a verdade e, ainda, é irracional para mim crer que a razão humana foi projetada e criada por Deus para nos habilitar a entender e a crer na verdade. Lógica curiosa.
Para contrastar com isto, o teísmo bíblico assegura que a realidade final é pessoal e inteligente. E a razão pela qual a ciência funciona, e esta foi a força motivadora que guiou a grande piedade na ciência, é que o Universo lá fora e a mente humana aqui dentro, que faz ciência, são finalmente produtos da mesma mente divina e inteligente.
Nos dizem que seres humanos são a imagem de Deus e isto significa que ciência pode ser perfeita. Isto faz infinitamente mais sentido para mim, como cientista, que o ateísmo.
Deixe-me ir brevemente à ética. Comportamento ético como comportamento racional, claro, não requer crença religiosa. Isto é consistente como fato que os humanos são criados à imagem de Deus como pessoas racionais. Mas como sugeri que a racionalidade não pode ser explicada sem a existência de Deus, ouso sugerir que a existência da moralidade não pode ser explicada também.
Enquanto a ciência moderna saltou as fontes judaico-cristãs, assim também foi o conceito de igualdade humana.
Escutem o ateu Jürgen Habemas, pensador da elite da Alemanha: “O igualitarismo universalista, do qual surge a ideia de liberdade, vida coletiva, solidariedade, a moralidade individual, consciência, direitos humanos e democracia são um legado direto da justiça ética judaica e a ética cristã do amor. O legado substancialmente imutável tem sido objeto de apropriação crítica, continua a reinterpretação. Até este dia não há outra alternativa para ela. Qualquer outra coisa são somente papo furado da ciência pós moderna.” E me parece que ela está marcando o núcleo de algo importante. Porque o valor de um ser humano, o qual o igualitarismo abarca é baseada não no que podemos fazer, mas do que ele é feito. Do que é feito? A imagem de Deus.
Nunca me esqueço de uma visita minha à Rússia com um colega cientista. Ele disse: “Sabe, John, pensamos que pudéssemos abolir Deus e ainda manter o valor de seres humanos, mas vimos que não podíamos. E matamos milhões deles.”
Alexander Soljenitsin disse que “se me perguntassem o porquê de 6 milhões de meus conterrâneos foram sacrificados eu os responderia que nós nos esquecemos de Deus”.
Para mim a realidade é explicada pela existência de Deus e que o povo judeu nos introduziu nessa compreensão, da justiça e do amor divino acima da justiça e do amor mundano, principalmente após a vinda do judeu, Jesus de Nazaré.