Pai, o mundo está conturbado, cada vez fica mais evidente que o mal prevalece sobre o bem, mesmo nas pequenas coisas do cotidiano até nas políticas praticadas em todo o mundo, evidenciado pela pandemia provocada e disseminada por interesses escusos. A própria Igreja Católica, criada sob a inspiração do nosso Mestre Jesus, enviado por Ti para nos ensinar, hoje se encontra invadida por essência espiritual contrária à Tua vontade. Eu, que percebo o que está acontecendo, mesmo não estando dentro da Igreja Católica por entrar por outros caminhos que Tu me apresentaste, como a melhor forma de cumprir a minha missão, não posso deixar de me solidarizar àqueles que estão lutando para manter o trabalho apostólico tradicional, de sintonia com o Cristo.
Neste sentido, Pai, vejo no trabalho do Centro Dom Bosco, conduzido por leigos, mostram a melhor forma de combater a heresia que entro dentro da Igreja. Já entrei em contato com o presidente, Pedro Affonseca, uma pessoa crente, estudiosa e um bom combatente pela defesa da fé, pela integridade da Santa Igreja Católica.
Vejo que a minha missão de contribuir com a construção do Reino de Deus deve se aliar a missão do Centro Dom Bosco e com pessoas e instituições que pensem da mesma forma. É o momento de aglutinarmos as pessoas que defendem o pensamento de Cristo com honestidade de princípios, dentro e fora da universidade, dentro e fora dos templos religiosos.
O evento de extensão universitária com o tema de construção do Reino de Deus, que já estou desenvolvendo há dois anos, neste ano pretendo dar uma maior amplitude, com pessoas de todas as correntes de pensamento, mas que não atuem atividades contraditórias ao que o Cristo ensinou.
Permaneço com minhas sérias dificuldades, Pai, que eu sempre estou Te lembrando, pois não quero pedir. Acredito que Tu irá me dizer para eu lutar e conseguir vencer com minhas próprias forças, que já me destes por ocasião de minha criação. O que devo fazer é buscar onde essas virtudes se encontram, talvez soterradas pelo acúmulo de desejos daquilo que o Behemoth quer, para atender as necessidades do corpo.
As vezes também me sinto soterrado, Pai, por tantas tarefas a realizar, todas elas sintonizadas com a Tua vontade, todas elas encaminhadas por Ti e que aceitei. Os recursos financeiros que advém dessa labuta, não estou enterrando a espera de Tua cobrança. Estou aplicando em caridade, mesmo que eu tenha ainda a dificuldade de dar uma simples pratinha a quem me pede no semáforo. Mas, não estou aceitando passivamente essa dificuldade. Quando recuso dar a moeda que eles me pedem, a consciência acusa. Então procuro elaborar alguma atividade que eu possa colocar em prática.
Boa noite, Pai, e obrigado pela vida, pela mente, e por um futuro amparado por Ti de todas as ameaçam que circulam ao meu redor.
Continuação da íntegra do pronunciamento de Dom Viganò sobre a crise na Igreja, as heresias do Vaticano II e a “igreja paralela”. Esta arrasadora conferência dada por Dom Antônio Carlo Maria Viganò, Arcebispo e ex-Núncio Apostólico dos EUA (em 29 de outubro de 2020), na qual ele trata de modo dramático sobre a grande crise atual na Igreja e a terrível "máfia eclesiástica" que nos assola, denunciando a proliferação das heresias promovidas pelo Vaticano II, as profanações de toda sorte cometidas pelos próprios clérigos, os erros gritantes do Papa Francisco (que segundo ele teria sido eleito por influência da maçonaria) e a apostasia generalizada. Vejamos a íntegra desse pronunciamento e façamos nossas reflexões. O tema desta palestra é: como o Vaticano II serve à Nova Ordem Mundial.
6. PAPEL INSTRUMENTAL DOS CATÓLICOS MODERADOS NA REVOLUÇÃO
Alguns dirão que os padres conciliares e os papas que presidiram aquela assembleia não perceberam as repercussões que sua aprovação do Concílio teria na Igreja. Se assim for – por exemplo, se houve algum arrependimento por aprovar apressadamente textos heréticos ou quase heréticos – é difícil compreender como é que eles não foram capazes de refrear imediatamente os abusos, corrigir os erros e esclarecer os mal-entendidos e omissões. Mas, acima de tudo, é incompreensível que as autoridades eclesiásticas pudessem ser tão implacáveis com aqueles que defendiam a Verdade católica, e ao mesmo tempo contemporizar de forma tão atroz com rebeldes e hereges.
Seja como for, a responsabilidade pela crise conciliar deve ser atribuída às autoridades que, mesmo diante de milhares de chamados à colegialidade e ao pastoreio dos fiéis, zelosamente guardaram suas prerrogativas de exercê-las em uma única direção, isto é, contra ao pequeno rebanho (pusilla grex), e nunca contra os inimigos de Deus e da Igreja.
Com raríssimas exceções, quando algum teólogo herético ou um revolucionário religioso é censurado pelo Santo Ofício, isso nada mais faz do que confirmar uma regra que está em vigor há décadas. Sem falar que ultimamente muitos foram reabilitados, e isso sem nenhuma abjuração dos seus erros, e até foram promovidos a ocupar cargos institucionais na Cúria Romana ou nos ateneus pontifícios.
Essa é a realidade, como fica claro em minha análise. Agora, sabemos que além da ala progressista do Concílio de um lado, e da ala tradicional católica de outro, há uma parte do episcopado, o clero e o povo, que procuram manter uma distância equivalente do que consideram esses dois extremos. Refiro-me aos chamados "conservadores”, ou seja, ao setor centrista do corpo eclesial que acaba levando água aos revolucionários, porque, embora rejeite os seus excessos, compartilha com eles dos mesmos princípios.
O erro dos conservadores não está em conferir ao tradicionalismo uma conotação negativa, e de colocá-lo ao lado do progressismo. Não consiste em colocar-se arbitrariamente entre dois vícios, mas entre a virtude e o vício. São eles que criticam os excessos da Pachamama ou as declarações mais radicais de Bergoglio, mas ao mesmo tempo não toleram que o Concílio seja questionado, muito menos a ligação intrínseca entre o câncer conciliar e a metástase atual. A correlação entre conservadorismo político e religioso consiste em estar no centro, uma síntese entre a tese da direita e a antítese da esquerda, segundo a abordagem hegeliana tão cara aos moderados partidários do Concílio.
No campo civil, o estado profundo dirigiu a dissidência política e social por meio de organizações e movimentos que aparentemente são sua oposição, mas na realidade servem para manter o poder. Da mesma forma, no campo eclesiástico, a igreja profunda usa conservadores moderados para fingir que oferece liberdade aos fiéis. Por exemplo, o mesmo motu próprio "Summorum Pontificum”, embora permita a celebração do rito extraordinário, requer pelo menos implicitamente (saltem simpliciter) que o Concílio seja aceito, e que a legitimidade da reforma litúrgica reconhecida. Esse estratagema impede que aqueles que se beneficiam por si mesmos se oponham ao erro, o mínimo que seja, porque se o fizessem correriam o risco de dissolução das comunidades Ecclesia Dei. Assim, infiltra-se no povo cristão a perigosa ideia de que, para que algo bom seja legítimo na Igreja e na sociedade, deve vir acompanhado de algo mau ou menos bom.
Mas alguém teria que estar muito enganado para fingir que direitos iguais são concedidos ao bem e ao mal. Pouco importa que alguém seja pessoalmente favorável ao bem, se reconhecer a legitimidade daqueles que são a favor do mal. Nesse sentido, a liberdade de escolha do aborto, teorizada pelos políticos democratas, encontra o seu contrapeso na não menos aberrante liberdade religiosa teorizado pelo Concílio, e que hoje defende obstinadamente a anti-Igreja. Se um católico não tem permissão para apoiar um político que defende o direito ao aborto, menos é permitido aprovar um prelado que defende a liberdade pessoal de colocar em perigo sua alma imortal, ao escolher permanecer em pecado mortal. Isso não é misericórdia, mas uma grave negligência das funções espirituais diante de Deus, para ganhar o favor e a aprovação do homem.
Bastante lógico o posicionamento contra a permissão de aceitar comportamentos nocivos de natureza malévola dentro do mesmo contexto dos comportamentos positivos, com a intenção de se atingir um ideal de unidade. A unidade deve ser feita com as pessoas que sabem quais são os comportamentos ensinados pelo Cristo para se construir o Reino de Deus, e qualquer introdução de elementos contrários irá deturpar aquilo que se deseja alcançar. Neste ponto, o politicamente correto de tentar fazer uma política de alianças com todos que se dispuserem, é totalmente fora de propósito dentro da missão que a Igreja Católica tenta realizar no mundo.
Posso dizer que a prática do perdão é uma das lições mas difíceis que o Mestre Jesus nos ensinou. A ofensa recebida fica registrada na mente e não pode ser apagada. O efeito da dor que foi gerada, no físico ou no psiquismo, é que deve ser anulada, pois não posso sentir a dor novamente ao relembrar o que aconteceu. Isso é chamado de ressentimento.
A ideia de vingança, de fazer o outro sentir o mesmo que senti, é mais fácil de ser evitada. Basta não colocar minha mente para elaborar o que posso fazer para que o outro sinta a mesma dor, ou maior, que a dor que ele provocou em mim.
Esse aspecto da vingança eu consigo administrar melhor, pois depende de uma ação da minha mente que deve trabalhar para conquistar esse objetivo. Já estou adaptado, nenhuma injúria que recebo faz o meu cérebro processar estratégias de vingança. A minha intenção de aplicar as lições do Cristo faz com que minha vontade não seja direcionada para a vingança em nenhum momento. Mesmo assim eu oro para que o Pai não permita que eu seja testado com força suficiente e assim volte a arquitetar projetos de vingança.
Por outro lado, o ressentimento devido a memória do que aconteceu, é bem mais difícil de controlar ou evitar. Não atingi ainda a condição daquele que não perdoa ninguém, pois não se sente ofendido para perdoar a ofensa. Ninguém consegue o atingir ou ferir, que gere dor capaz da memória do fato causar o ressentimento.
Fico a imaginar: como isso será possível? Não sentir dor por uma injúria que é feita a mim, a um parente, a um amigo? Imagino a picada de uma agulha... não é certo que todos sentem dor por causa disso? Somente com a hipnose eu consigo evitar. Eu sugiro à pessoa que se submete à hipnose que vou colocar nela uma luva que a deixa protegida de agressões. Então eu posso ir com uma agulha, espetar sua mão e ela não sentir nada. Pode nem lembrar do que aconteceu.
Talvez seja esse o caminho de prevenção do ressentimento. Eu faço a auto hipnose de que qualquer injúria que eu receba, de qualquer pessoa, não irá me causar dor. Dessa forma eu não teria motivos para perdoar ninguém, pois ninguém conseguiria me ferir.
Mas, foi isso que Jesus quis ensinar? Acredito que não. Quando quiseram lhe apedrejar em Nazaré, quando Pedro o negou por três vezes, quando Judas o traiu com um beijo, imagino que Ele deve ter sentido dor em todas essas ocasiões e ao lembrar delas ter sofrido o ressentimento. Apenas Ele não deixava que esse ressentimento tivesse qualquer força para gerar vingança ou sofrimento pessoal significativo. Deve funcionar como as marcas de cicatrizes no corpo. Não posso apagar, elas estão ali, atrapalhando a estética, as vezes a função do órgão, mas estou adaptado com elas e sigo em frente sem dar importância a elas. É como a faca que me feriu. Por causa do corte que provocou, não vou deixar de usa-la como instrumento, pois permanece com suas muitas utilidades. Apenas terei mais cuidado ao maneja-la, evitar que ela me corte novamente, principalmente quando estiver sendo manejada por outras pessoas.
Talvez num futuro distante, quando meu espírito já estiver mais puro, perto da condição de anjo, eu consiga essa capacidade de não desenvolver cicatrizes.
A injúria é qualquer ofensa em relação à honra e dignidade de qualquer pessoa, que pode ser física, uma tapa na cara, por exemplo, que causa uma situação humilhante além de lesão corporal.
Dentro do Reino de Deus, a injúria é um ato impraticável por todos. Dentro do nosso planeta, ainda classificado de Provas e Expiações, é uma prática constante. Como entender tal comportamento de injuriar outra pessoa?
Fomos criados por Deus, simples e ignorantes. Todos entramos num processo evolutivo cujo estágio atual é a condição de humano, capaz de compreender com maior profundidade o significado da vida, a filiação divina e para onde estamos indo. Porém, ainda estamos dentro da condição animal, com todos os instintos de base egoísta a inundar o nosso cérebro e gerar projetos de agressão, instantânea ou de longo prazo.
O conhecimento de que o corpo é somente um instrumento para a evolução do espírito, onde repousa a verdadeira vida, imortal, é condição importante para se compreender o amor incondicional ensinado por Jesus, se orientar pela bússola comportamental de não fazer ao próximo aquilo que não queremos para nós. Com essa compreensão do amor e seguindo a bússola comportamental do Cristo, jamais iremos injuriar ninguém. Se tal acontece, é porque ainda não compreendemos a lição, ainda não estamos seguindo a bússola. Ainda somos profundamente ignorantes. Por isso fomos enviados para este planeta, considerado tanto Hospital quanto Escola. Hospital, para sofrer e curar as consequências das injúrias que provocamos no próximo, e Escola, para aprender com tudo isso a forma de corrigir nosso comportamento e se afastar cada vez mais da condição animal.
Dessa forma, a reencarnação é a estratégia divina para que a justiça seja praticada dentro dos relacionamentos, sendo cada carga de aprendizados e de injúrias que havemos praticados, seja dado nova oportunidade de voltar aos relacionamentos no mundo material, junto aqueles espíritos que prejudicamos no passado, para expiar a injúria que provocamos e provar alguma meta que decidimos alcançar.
Nós, que já estamos num patamar evolutivo maior, devemos ao máximo não injuriar ninguém e, ao ser injuriado, fazer o máximo para aplicar o perdão, mesmo que não consigamos evitar as cicatrizes que a memória traz.
A pessoa que causou a injúria, ao sentir o mal que causou e que não sofreu a represália da vingança por sua vítima, tem grande oportunidade de refletir sobre o que fez e corrigir o mais rápido possível o seu comportamento, tendo a humildade de reconhecer o erro e a promessa de não o repetis.
São tantos os caminhos do Senhor
Que tenho à disposição
Sigo a guia do coração
Mesmo que traga a dor
Quero a justiça do meu Pai
Mesmo eu, sendo incompetente
De fraca ter a minha mente
Que sempre em abismo cai
Quero o amor do nosso Deus
Para onde meus caminhos vão
Em busca da Sua bênção
Quero sempre no gesto de adeus
A mágica da aproximação
E o milagre da renovação.