Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
04/08/2019 00h03
O LIVRO NEGRO DO COMUNISMO -  (01) UMA REFLEXÃO

Encontrei este livro, “O Livro Negro do Comunismo”, escrito por Stéphane Courtois e colaboradores que traz importantes interpretações da história com grande impacto em nossas reflexões. Não poderia deixar de trazê-lo aqui para dividir essas reflexões com meus leitores, a partir introdução, contra capa e orelha.

Não colocarei aqui para não ferir direitos autorais. Aconselho os interessados a procurarem ler o referido livro.

Interessante como apesar desses fatos serem conhecidos e repassados, mesmo que de forma pequena, pois os seus defensores fazem de conta que esses resultados malignos não existiram e continuam forjando narrativas românticas para iludir as novas gerações

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/08/2019 às 00h03
 
03/08/2019 00h02
TESOUROS (18)

            Judas Iscariotes conhecia as escrituras e nelas bebia forças para sustenta-lo nas lutas consigo mesmo. Era dotado de sensibilidades, motivo pelo qual o Mestre o escolheu para discípulo. O Cristo sabia que ele iria trai-lo, que a profecia devia se realizar.

Judas era inteligente, sabia pelas pesquisas que Jesus era o Cristo, o Messias anunciado. Olhava para o Mar da Galiléia e se sentia pequeno diante da grande expansão de águas doces, filha do Jordão. Refletia, “por que, meu Deus, tanto tesouro no mundo, que tudo sobra, e o ser humano vive com tanta escassez, que são escravizados, com fome, dor e tristeza?”

Não podia pensar nisso, por fugir de si a solução. Notou que era hora de cumprir seu dever, junto com os outros discípulos do Mestre. Entrou no casarão onde se reuniam no final da tarde, e após a oração inicial feita por Natanael, sentiu vontade de perguntar a Jesus sobre os tesouros.

Mestre, acho que o meu dever com a minha consciência é saber a fundo o que me atormenta e talvez a muitos. Se não for incômodo, pediria que o Senhor nos favorecesse esta noite com uma orientação que tanto desejo: o que vem a ser o Tesouro para nós e por que o ouro é desordenado no seio dos homens?

Jesus estendeu seu olhar compreensivo ao discípulo e comentou, com sinceridade:

- Judas! Seria falta de respeito a Deus ver na Natureza somente miséria, nas coisas e em nós. Não existe carência de nada, pois quando Deus fez o mundo, jamais se esqueceu de supri-lo com tudo que as necessidades buscam. Quando achas falta de alguma coisa em determinado estágio de vida, é porque ainda não tens olhos para ver. A abundância é o padrão do amor.

‘Na verdade, Judas, parece haver certas faltas para o homem, mas é uma falta aparente porque o homem na posição em que está, é dado ao abuso, e como criança mal inclinada, precisa de mãos amigas para a tutela, e às vezes para uma corrigenda. Porém, vejas a abundância de ar que tens para respirar, uma das coisas mais necessárias da vida.

A água é encontrada em toda a parte, desde que se saiba busca-la. Os alimentos, quando o trabalho é ativo, são produzidos com grandes sobras.

            ‘A igualdade em que às vezes pensas, ainda não pode existir, porque no momento a desigualdade é o amor que faz vários tipos de raças conviverem e espíritos de quilates diversos ficarem juntos, uns aprendendo com os outros. Não gostas de servir na companhia dos Mestres do saber? Pois, se ombreasses somente no caminho da igualdade completa, terias o encontro, por justiça, só com coisas e pessoas que nada poderiam te ensinar. Seria uma tortura viver somente com pessoas do nosso mesmo padrão espiritual, com as mesmas inclinações.

            ‘Judas, meu filho. Todos os homens têm em suas mãos toda a riqueza de que precisam, e, quando a criatura vai crescendo em entendimento, vai crescendo também em abundância. A riqueza da vida pertence a todos, mas ela é administrada pela força maior.

Às vezes reclamamos demais a sua ausência e ela nos vêm por misericórdia. Abusamos e respondemos pelo abuso, e aí a ignorância nos faz nos revoltar contra quem somente quer a nossa felicidade.

Jesus deixou cair no ambiente algumas gotas de silêncio. Judas não parou de meditar. A imagem de Jesus, refletiu-se na sua própria consciência, repetindo as mesmas palavras ditas antes com carinho. O Mestre, complacente, argumentou novamente.

- Judas, já tiveste a oportunidade de notar a riqueza que tens dentro de si? Se um homem soubesse o que pode fazer com o poder que dorme na sua alma, valores doados por Deus, nosso Pai, ficaria feliz só com isso, que chamamos a riqueza das riquezas. Os pensamentos podem atingir estruturas inconcebíveis, Judas, a ponto de tudo se formar pela sua simples vontade.

‘O que compõe as coisas está disperso com abundância por toda parte, bastando uma ordem da qual o amor é a chave, para que digas: “Faça-se aquilo”, e aquilo se faça.

‘É bom que lembres como foi feita a criação, o que Moisés inteligentemente nos revela. Somos filhos d’Este que nos criou a sua mais perfeita semelhança.

‘A riqueza da criação ou cocriação nos pertence como a maior herança da vida e a maior riqueza que o amor de Deus nos deu, como seres humanos e espirituais. Não podemos ver as coisas pela sua simples aparência. É necessário que entendamos em espírito e em verdade, para que essa verdade nos liberte de todas as inquietações. Não podemos medir a felicidade alheia pelas coisas que os outros possuem, ou pela falta delas.

‘A carência da fortuna pode ser uma lição valiosa que despertar a verdadeira preciosidade no coração. É muito justo e de bom tom que nós não invejemos as situações dos outros, para que os outros não façam o mesmo conosco, fazendo com que o ambiente de constrangimento nos atinja.

Jesus deixou passar mais um pouco de tempo e continuou...

- Talvez, meu filho, não saibas o que buscas. Será que tens plena certeza de que, com o dinheiro em abundância, acabará toda a tua incompreensão? Com a mão cheia de ouro, a felicidade fará morada em tua consciência? Com muitos poderes, a paz reinará em teu coração?

‘Toda ilusão é passageira, principalmente quando se trata de almas que se abeiram do bem e que já começam a conhecer a verdade.

‘Na verdade, te digo que, se ganhares todo o mundo e se tiveres posse de toda a fortuna que queres, se fores o soberano de todas as criaturas da Terra e fizeres o que queres sem que ninguém te impeça, mas não tiveres paz na consciência, és o mais pobre de todos.

‘É necessário, Judas, que aprendas a ser rico por dentro, para que o teu coração aprenda a orientar os Tesouros por fora.

As feições de todos irradiavam alegria, achando a lição da noite muito propícia para a convivência diária. Mas Judas saiu sozinho da reunião dos discípulos, pensando em como conciliar uma coisa com a outra.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/08/2019 às 00h02
 
02/08/2019 04h26
SONHOS ATROPELADOS – NOURES 01

            O filósofo e pensador espiritualista Pietro Ubaldi dizia que existia no espaço, principalmente à noite, correntes de pensamentos que ele chamava “Noures”, que podemos captar e interagir com elas.

            Vou tentar praticar agora, neste período da meia-noite, a interação com correntes de pensamentos que chegam até mim e ativam energias potenciais e revigoram o corpo e alma, independentemente de suas origens, mas que tragam a sintonia nas emoções e sentimentos.

            Atropelei os meus sonhos, porque não tive tempo de sonhá-los.

            Venci as mágoas, por que? Porque não me permiti sentir dor.

            Convivi com os fracos, porque precisei ajuda-los.

            Suportei os falsos, porque fui verdadeira.

            E hoje sei a força que tenho para enfrentar qualquer obstáculo. Mas não estou preparada para ouvir dizer que faço algo por impulso ou instinto ou até prejudicar alguém, definitivamente não serei eu.

            Quem pode atropelar sonhos? O tempo!

Quem pode resgatar os sonhos? A esperança.

            Que trajetória interessante, ser agredida, mas não permitir sentir a dor e assim não ter motivos para ter mágoas.

            Ajuda ao fraco, uma missão divina, instrumento do Criador.

            Suportar a falsidade com a verdade, eis uma ação hercúlea. Pois a falsidade vem muitas vezes vestida de verdade e podemos sofrer essa ilusão por muito tempo, pensando ser verdadeiros, terminamos por aceitar a falsidade da mentira. Somente na arena íntima podemos ser verdadeiros com o que sentimos. Mas, será conveniente passar a verdade do que sinto para o outro? Mesmo porque não existe apenas um aspecto simples no pensamento e sim um encadeamento de possibilidades. O que deverei contar?

            Os obstáculos são colocados à nossa frente como teste de capacidade. Será que tenho força suficiente para enfrentar? Somente fazendo o teste! Sim, posso fazer o teste, mas devo saber quais são minhas particularidades. Se eu não tiver esse conhecimento e saber gerir minhas energias, não estarei capacitado para a vitória... ainda!

            Antes de ser uma alma que pensa, sou um organismo que vive. Este organismo é o veículo de minha alma. Devo saber como ele funciona para aprender a dirigi-lo. Ele tem um sistema motivacional chamado de prazer, que faz a gente procurar comida e sexo, entre outras coisas, em qualquer lugar. Também tem um sistema de funcionamento automático chamado de instinto, que promove uma reação rápida como forma de subsistência da vida, que se estende do fisiológico ao psicológico.

            Com base nesses conhecimentos e procurando viver dentro de um paradigma espiritual, com base no amor incondicional, vamos encontrar os diversos obstáculos que a vida nos oferece a cada momento. A cada momento desenvolvemos relacionamentos, onde cada pessoa tem suas estratégias de vida e de sobrevivência. O que para mim é caminho seguro, para o outro pode ser um obstáculo. Como manter um relacionamento sem saber o que para o outro é ou não obstáculo? Neste instante a verdade se faz soberana, é ela que irá mostrar onde estão os obstáculos e como podem ou não serem contornados. Se a tentativa de contornar ou retirar os obstáculos podem ou não trazerem prejuízos a um e ao outro.

            Eis a beleza da vida, esse jogo que o Criador nos capacitou a fazer, com as fichas da emoção e do sentimento, sabendo jogar no tapete da verdade, usando as energias faiscantes que fazem brilhar a alma e revigorar o corpo.

            Assim, passou por minha mente essas interessantes Noures, interagindo com o fluxo dos meus pensamentos, no momento que passava por mim a meia noite, a majestade do tempo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/08/2019 às 04h26
 
01/08/2019 00h31
ORAÇÃO AGOSTO 2019

            Pai...

            Onde quiseres que eu vá... eu vou!

            O que quiseres que eu seja... eu sou!

            Mas tenho medo, de ser aquele filho desobediente e falso, que prometeu fazer uma tarefa e não fez. Melhor seria dizer que não queria, que não iria fazer, e, mais tarde, arrependido, fazer!

            Por outro lado, se eu me tornar tudo que o Senhor quer que eu seja, deixo de ter a minha personalidade? Que posso discordar de Vós, fazer algo diferente da Sua vontade e ser realmente eu? Será isso um erro?

            Sei que o Senhor é a bondade perfeita, que não deseja nada de mal para nenhuma das suas criações, mesmo porque permaneces integrando cada uma delas. Por que iria desejar o mal para qualquer uma? Mas o Senhor deixou conosco a capacidade da decisão, nos deixou com o livre arbítrio no qual não pode intervir, sob sua expressa vontade. Foi assim que o Senhor quis, que pudéssemos decidir e assim cair ou não dentro do erro. Como o Senhor nos criou simples e ignorantes, é esperado que possamos cair diversas vezes nas diversas opções que podem gerar os erros.

            Não fazer a Sua vontade, pode ser um erro. Mas, se sempre fazemos a Sua vontade, se tivermos essa condição sob uma imposição que parece ser o que acontece na minha consciência, ser obrigado a fazer a Sua vontade, isso não deixa anulado o meu livre arbítrio? Mas, claro que não! A qualquer momento eu posso deixar de fazer a Sua vontade, está no meu querer.

            Com estas reflexões, Pai, chego a conclusão que, fazendo a Sua vontade e não à minha, por decisão da minha consciência, no usufruto do livre arbítrio, não posso me considerar um robô que não tem vontade própria. Sim, tenho vontade própria, só que a deixo subordinada à Sua vontade, a vontade do meu Pai.

            Agora, resta um detalhe crucial. Sei que o Senhor, Pai, sempre está colocando ao meu alcance, ao alcance dos seus diversos filhos, diversos caminhos, diversas circunstâncias, diversas pessoas e possibilidades de relacionamentos. Como saber qual é o melhor caminho segundo a Sua vontade, qual a melhor circunstância, o melhor relacionamento?

            Por isso, Pai, hoje peço com mais veemência do que nunca: dê-me sabedoria para que eu possa distinguir com segurança uma coisa da outra, o bem do mal, o que é o meu desejo egoísta do que é a Sua vontade altruísta.

            Deixa eu sentir a Sua mente em mim; que eu aprenda as lições que o Senhor me oferece; o que eu falar, seja pelo que o Senhor pensa; o que eu fizer, seja o que o Senhor queira; a todos que eu ame, que seja a maneira como o Senhor ame e não a minha.

            Que eu seja, Pai, instrumento da Sua vontade, por decisão da minha vontade, do meu livre arbítrio, e não por imposição da Sua.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/08/2019 às 00h31
 
31/07/2019 07h24
APÓSTOLOS DOS ÚLTIMOS TEMPOS

A partir do interessante depoimento do ator inglês, Jim Caviezel, que circula nas redes sociais, chamando a atenção da influência do mundo espiritual sobre nossas vidas, fiquei curioso em ver a opinião da Igreja Católica sobre essa condição. Encontrei textos de São Luiz Maria Grignion de Montfort, que está sendo considerado um novo doutor da Igreja, que vale a pena ver e refletirmos.

Os Apóstolos dos Últimos Tempos

Nas suas aparições, Nossa Senhora de La Salette, tal como São Luís de Montfort, falou dos Apóstolos dos Últimos Tempos.

São Luís Maria Grignion de Montfort, na sua obra "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria", profetizou o surgimento futuro daqueles a que o próprio santo chamou de "Apóstolos dos Últimos Tempos" e que viriam a ser confirmados, mais tarde, durante as aparições de Nossa Senhora de La Salette:

“Eu dirijo um urgente apelo à Terra; chamo os verdadeiros discípulos do Deus Vivo que reina nos Céus; chamo os verdadeiros imitadores de Cristo feito Homem, o único e verdadeiro salvador dos homens; chamo os meus filhos, os meus verdadeiros devotos, aqueles que já se me consagraram a fim de que vos conduza ao meu Divino Filho; os que, por assim dizer, levo nos meus braços, os que têm vivido do meu Espírito; finalmente, chamo os Apóstolos dos Últimos Tempos, os fiéis discípulos de Jesus Cristo que têm vivido no desprezo do mundo e de si próprios, na pobreza e na humildade, no desprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento e no desconhecimento do mundo. Já é hora de que saiam e venham iluminar a Terra. Ide e mostrai-vos como filhos queridos meus. Eu estou convosco e em vós sempre que a vossa fé seja a luz que alumie, e nesses dias de infortúnio, que o vosso zelo vos faça famintos da glória de Deus e da honra de Jesus Cristo.”

Com essa confirmação de Nossa Senhora, São Luiz Maria passa a orientar como se submeter à consagração à Virgem, confirmando na prática um apostolado moderno do Cristo.

Como fazer a consagração a Virgem Maria? Para fazer a consagração a Maria segundo o livro “Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort, a primeira coisa a fazer é conhecer esse precioso livro, que é um método de consagração. O Santo escreveu este livro no final de sua vida. Neste livro, ele nos dá a conhecer a reflexão e a experiência que desenvolveu em seu apostolado de propagar esta devoção, levando muitos a se consagrarem a Nossa Senhora.

Tendo em vista a riqueza que é este pequeno livro, não podemos deixar de recomendar insistentemente que se leia o Tratado antes de começar a preparação para a consagração. Esta leitura é necessária para conhecer esta devoção, que é a consagração total a Virgem Maria. O Tratado nos ajuda a conhecer a nós mesmos, nossas misérias e fraquezas, e nos faz tomar consciência da necessidade do auxílio de Nossa Senhora. O livro também nos ajuda a conhecer a Virgem Maria, a quem nos consagraremos, e a Jesus Cristo, que é o fim último da consagração.

Depois da leitura do Tratado, escolhe-se uma data para fazer a consagração. Não há nenhuma indicação no Tratado, mas costuma-se fazer a consagração em um dia mariano. Outra indicação que podemos dar é fazer a consagração no dia de São Luís Maria, que é 28 de Abril, ou no dia da Imaculada Conceição de Maria, dia 8 de Dezembro. A data não pode ser muito próxima, pois antes de fazer a consagração é preciso fazer uma preparação de trinta dias.

Este é um bom roteiro para quem sente, como o ator Jim Caviezel, a influência do mundo espiritual, especialmente de Nossa Senhora em suas vidas. Se tornar um apóstolo nos dias de hoje, talvez não leve o risco de ir às fogueiras e dentes dos leões nos circos de Roma, mas certamente perigos semelhantes continuam a nos rondar.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 31/07/2019 às 07h24
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