É tão triste pensar que é correto
Que se luta pelo bem da humanidade
E nega a justiça com seu veto
E a cegueira atropela a verdade
E tudo olha com grande autoridade
Não mais pensa sobre a vida, refletir
Não sabe porque sente ansiedade
Porque sem dolo tem sempre que mentir
Ah! Meu amigo, como posso te ajudar?
Se pensas que tudo lá e cá é falsidade?
Que o paraíso que tu pensa é realidade?
Sim, eu não consigo tua mente acessar
E te mostrar meu coração tão solidário
Que não importa ouvir de ti... é tão otário!
A minha dor tem o seu nome
Quanto te sinto longe de mim
E tua boca, lábios carmim
Dizem horrores e logo some
E eu não posso te acompanhar
Pelas veredas da iniquidade
Eu não tenho mais pouca idade
Para inocente me enganar
Talvez não saibas a dor que causas
Que acabrunha a minha alma
E nela escreve sombrias laudas
E tu afundas pensando falso
Noite e dia sem ver o trauma
De ir por onde não posso ou galgo
Há quem exista nesta vida, eu sei
Que finge a dor que realmente tem
São os poetas do aqui e do além
E com eles um dia conversei
Disse da minha louca ilusão
De ter um mundo cheio de amor
Que cada um vivesse em esplendor
Sem nunca ter preso o coração
Responderam todos, mas, que ironia!
Pois nós tentamos a mesma fantasia
Como fantasmas vivíamos com decência
Mas tínhamos que colocar em nossos versos
Toda a tristeza de viver em dor imersos
E o coração preso nas malhas da inocência
Dentre todas as instituições que servem à humanidade, as universidades deveriam ter uma posição de maior destaque, pois ao lidar com a ciência e a busca da verdade no cipoal da ignorância, seria o motor de nossa evolução em direção à luz. No entanto, como ela também é formada por seres humanos passíveis de corrupção, direta ou indireta, consciente ou inconsciente, terminamos por ver informações como esta que reproduzo abaixo, que circula nas redes sociais:
UFRN, FUNPEC e Lais
31.05.2019
Vejam como ocorre a inversão de valores. Hoje encontrei com uma professora de UFRN, ela me perguntou se era Gustavo Negreiros, confirmei, e ela disparou a seguinte pergunta:
-Por que você quer destruir a UFRN e a FUNPEC?
De pronto respondi:
Quem quer destruir a UFRN e a FUNPEC é quem paga R$ 4 milhões em um site que custa R$ 20 mil, quem quer destruir a UFRN e FUNPEC é quem gasta R$ 2 milhões em 4 filmes de 60 segundos que no mercado de Natal sairia por R$ 70 mil.
A UFRN ganhou ao longo dos anos um selo de intocável, nem mesmo os órgãos fiscalizadores tinham coragem de transpor os muros da instituição.
A autonomia administrativa logo virou soberania; a universidade virou um país dentro de Natal acima do bem e do mal, jorrando dinheiro.
A FUNPEC além de produzir alguma pesquisa, mas com muita boa-fé, olhando para a Fundação, podemos absorver que de fato, hora faz as vezes de laranja de órgãos públicos, ou pior, às vezes é escoadora de dinheiro fácil.
A soberana UFRN deve ser investigada. O Blog não consegue compilar a quantidade de denúncias que tem recebido nos últimos dias, do Metrópole Digital até o Lais.
Esse Lais é um mundo a parte, ninguém imagina -o Blog vai revelar- a quantidade de dinheiro que passa por lá, as práticas, como o dinheiro sai do Ministério da Saúde e porque passa por Natal.
Essa história nem começou ainda, vai envolver órgãos de controle e vai ganhar o Brasil porque existe metodologia nas mesmas práticas pelo Brasil.
Esse Final de Semana vai render. Aguardem!
Como também sou professor da UFRN, tal resposta me atingiu em cheio. Então, a UFRN patrocina atos corruptos dentro de seus limites gerenciais? Não será mais uma mentira no sentido de destruir a universidade brasileira? Como podemos desativar esse torpedo maléfico, se ele está carregado de mentiras? Antevejo uma saída: como a Universidade é a palatina da verdade, nada melhor do que expor todas as contas acusadas de corrupção, seus valores, destinação e comparação com os valores de mercado. Nós temos quadros acadêmicos suficientes para mostrar com transparência todas as mentiras que essa resposta pode estar nos envergonhando...
Vamos esperar pela ação dos novos reitores... Afinal, nós somos instrumentos da verdade!
Júlio foi à praia com Melissa. Se amavam, mas o tempo de casados extinguiu a paixão, e Melissa entendia que assim acabara o amor. Júlio sabia que não, entendia que o amor era eterno e que nada podia destrui-lo. Por isso tolerava as grosserias da esposa, que tentava lhe punir por ele não ser tão obsessivo por ela como acontecia no tempo da paixão.
O mesmo estava acontecendo agora na praia. Ele convidou-a para tomar banho na praia, num local agradável onde o rio doava suas águas ao imponente mar. Belo, mas perigoso. Inadvertidos quanto a isso, Júlio pensava apenas em agradar a esquiva esposa. Essa, ressentida com as verdades de sua imaginação, ignorava toda expressão de afeto do marido. Deixou-o sentado na areia da praia sobre uma toalha, e foi sozinha entrar no banho, logo no local mais perigoso, onde o rio fazia um redemoinho antes de ser sequestrado pelo mar.
Melissa logo se viu envolvida pela força da correnteza e ser puxada pelas profundezas, passando rente a uma pedra providencial. Ela sentindo o perigo, gritou por socorro, e Júlio, o mais próximo dela, mesmo sem saber nadar o suficiente, se atirou nas águas para salvá-la. Conseguiu alcança-la com uma mão e com a outra se agarrou na pedra, impedindo o deslocamento para o meio do mar. Foi o tempo suficiente para que um pescador que estava mais distante, corresse e viesse salvar os dois.
Passado o perigo, esse drama ficou na memória de Melissa. Eles terminaram se separando, a desarmonia causada pelos pensamentos sem sintonia de Melissa, terminaram por romper os últimos laços de amor e amizade que Júlio queria manter. Pelo menos conseguiram, depois de certo tempo, construir um nível de amizade sem compromisso com o casamento.
Quando estão reunidos com outras pessoas amigas, e Melissa sempre tem a oportunidade de falar sobre o banho de mar, ela fala do trauma que adquiriu naquele dia. Diz que estava sendo tragada pelo mar e que foi salva por um pescador nos últimos momentos. Nenhuma referência faz ao comportamento heroico de Júlio, se jogando no mar sem saber nadar, para fazer uma ponte entre ela e o mar, enquanto o pescador chegava.
Que teria acontecido? O medo teria feito ela esquecer o momento que Júlio a alcançava pela mão? Será que a raiva que ela tinha do marido foi suficiente para tirá-lo da cena? Ou será que ela lembra de tudo e não quer ser devedora de uma dívida tão alta com uma pessoa que não mais lhe amava?
Mas Júlio sabia o quanto a amava, tinha a coragem de arriscar a sua vida por ela, como na realidade fez, apesar de ser tão ignorado. Mesmo agora, depois de tanto tempo de separados, ele ouve a mesma história sem o elo que falta, e não procura corrigir a história, afinal se assim ela fica satisfeita, não seria ele que iria repor a verdade onde ela não traria frutos, talvez desarmonia pela introdução da suspeita de que a verdade seria mentira. Essa forma de amor, Júlio guardaria para si, afinal, tantas outras formas de amor ele demonstrara, e ela não reconhecera nenhuma...
Por isso, essa prova de amor, a do herói desconhecido, seria somente dele.