Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
27/09/2019 00h25
ESTRATÉGIAS PARA A CONSTRUÇÃO DO REINO

            É necessário fazer as coisas acontecerem. Cada pessoa imbuída desse propósito de construção do Reino de Deus, em processo de Reforma Íntima para conquistar o direito de cidadania deste Reino, poderá agora, por meio de sua pessoa, seu cargo e estilo de vida, evangelizar outras pessoas para que também se sintam motivadas para fazer a Reforma Íntima, dentro ou fora de alguma igreja, centro ou templo.

            Independente ou integrado a alguma religião, a pessoa reflete seu sucesso nessa construção, na capacidade de tomar decisões bem fundamentadas no Evangelho. Algumas decisões são menos importantes, como tipo de roupa, forma de locomoção, etc., enquanto outras são essenciais, como a aplicação do Amor Incondicional em todas as circunstâncias, a partir de sim mesmo, na aplicação da Reforma Íntima. Sempre existirá uma influência espiritual positiva ou negativa, sussurrando “sim” ou “não” quando estivermos frente a uma decisão difícil. Além de orarmos para que nosso Anjo da Guarda e Espírito Santo nos auxilie, devemos considerar algumas estratégias para aumentar nosso sucesso.

            1. Reconhecer a decisão íntima, no uso do Livre Arbítrio, de fazer a vontade do Pai, sendo um dos construtores do Seu Reino. Melhorar o processo decisório se conhecendo melhor, se é mais racional ou emocional, se trabalha mais com o abstrato que com o concreto, se é impulsivo ou pondera as informações, se procura soluções imediatas ou de longo prazo.

            2. Envolver os confrades, colegas, amigos, na importância da construção do Reino de Deus, melhorando suas decisões e tornando-se receptivo à novas perspectivas, escutar pontos de vista diferentes sem ficar na defensiva e testar as ideias dos outros antes de formar opinião.

            3. Lutar contra a tentação de resolver os problemas atuais com soluções do passado, se esquivando dos hábitos e padrões adquiridos e engessados na visão de mundo, pois o mundo muda muito rápido para se recorrer cegamente aos antigos métodos.

            4. Resolver o problema com uma perspectiva de vencedor, buscando decisões que valorizem ao máximo possível todas as pessoas envolvidas, pois ajudando-as a vencer elas buscarão forma de retribuição, formando o reflexo solidário.

            5. Solicitar informações das pessoas afetadas por determinada decisão, pois ela jamais funcionará se as pessoas sentirem que são negativas. Passam a sabotá-la. Devemos envolver as pessoas nas decisões para que aumente a probabilidade delas darem tudo de si para fazer da decisão um sucesso. Podem até indicar soluções mais efetivas.

            6. Certificar-se de que estar sendo resolvido o problema certo fazendo perguntas como: quais são os sintomas do problema? Quais são suas causas básicas? Existe alguma lacuna entre a posição atual e a posição desejada?

            7. Considerar o maior número possível de soluções, usando a criatividade, realizando brainstormings individuais ou em grupo, dando atenção a todas elas antes de avalia-las, valorizando cada alternativa pelo que ela tem de bom antes de considerar suas limitações.

            8. Perceber que até as melhores soluções podem abrir a porta para novos problemas. Antes de adotar uma solução, analisar o futuro afim de prever suas consequências. Imaginar o pior cenário possível para uma solução antes de seguir em frente, perguntando aos outros: o que poderia dar errado nesse plano?

            9. Se estiver usando dados brutos como base de decisão, verificar os números. Os números não falam por si, são especificados por seres humanos geralmente contaminados pelo egoísmo, que têm opiniões sobre o que esperam encontrar, por isso são inerentemente tendenciosos. Não se deixar seduzir pela objetividade subjetiva dos números. Qual a origem dos dados? Como foram coletados? Quais as premissas e os pressupostos subjacentes? Qual ideologia existe por trás? Qual objetivo final?

            10. Ao tomar uma decisão que afete os outros, esclareça o que levou a decidir. Privilegiar sempre a transparência, a verdade, que o objetivo final é a construção do Reino de Deus onde todos serão beneficiados sob a luz da justiça. Que o egoísmo deve ser contido em benefício do próximo, da criação da Família Universal.

            11. Pensar em termos de satisfazer em todos os cenários as condições do Amor Incondicional e não de otimizar uma questão para harmonizar interesses egoístas, pois esses sempre trarão prejuízos individuais ou coletivos.

            12. Saber fazer muitas perguntas para obter as melhores informações. As melhores perguntas são aquelas que respondem a todas as perguntas que foram obtidas nas perguntas iniciais. Permitem investigar a fundo os assuntos.

            13. Aprender com as decisões anteriores, analisando novamente cada decisão que se tomou. Tratar cada decisão inicial como um estudo de caso para o desenvolvimento pessoal, em que nível se encontra a Reforma Íntima que está sendo praticada. O que fez bem ou mal na última decisão tomada? Por que? O que faria diferente dessa vez?  

            14. Pedir a opinião dos outros. Será que foi feita a decisão certa? Mantenha ao seu redor pessoas fortes nos princípios evangélicos, na aplicação do Amor Incondicional, para questionar suas ideias, para que as más ideias jamais sejam aplicadas. Interessante dizer algo como “essa ideia só será implementada depois que forem dados três motivos pelos quais ela poderia falhar”. E ouça-os.  

            Com essas estratégias podemos agir com mais competência na construção do Reino de Deus, sabendo da forte oposição que iremos receber dos interesses egoístas que irão ser contrariados.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/09/2019 às 00h25
 
26/09/2019 00h23
REINO DE DEUS – INTRODUÇÃO

            Somos, à nível de Ocidente, orientados majoritariamente pelas lições do Cristo, nas formulações do Novo Testamento que se encontra dentro da Bíblia, composta também pelo Velho Testamento. São ao todo 66 livros organizados da seguinte forma:

            Velho Testamento: Pentateuco (5), Históricos (12), Poéticos (5) e Proféticos (17); Novo Testamento: Evangelhos (4), Atos dos Apóstolos (1), Cartas (21) e Apocalipse (1).

            Dentro dos 4 livros dos Evangelhos, escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João, estão citados a vida e o ministério de Jesus Cristo. Dentro do Seu ministério encontramos as citações do Reino de Deus, objeto do nosso evento, que são:

            Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6:33). 

Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos céus. (Mateus 19:14). 

Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino. (Lucas 12:32).

Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus. (Mateus 4:17).  

Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. (João 3:3).

E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de Deus. (Lucas 10:9).  

E dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho. (Marcos 1:15).  

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus. (Mateus 5:10). 

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. (João 3:5).  

E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. (Mateus 16:19). 

            Observamos a prioridade que o Cristo dá a este Reino: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça”. Nas suas parábolas educativas explicava que nada tem maior valor e importância: O Reino dos Céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra. O Reino dos Céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta. (Mateus 13:44-48).

            Estas parábolas mostram que este Reino de Deus parte de uma consciência sintonizada com a verdade que o Cristo ensinava, e quando isso acontece a pessoa percebe que está frente a um tesouro pelo qual merece trocar tudo que tem por sua posse. É um valor abstrato, uma posse interior pelo qual merece ser feita uma reforma íntima, trocar e retirar de dentro de suas intenções, do coração, tudo que seja incompatível com esse tesouro, pois essa é uma condição indispensável para a sua posse.

            Este é o Reino que deve existir dentro do nosso mundo íntimo para que possamos ser considerados como cidadãos do Reino de Deus, governados pelo próprio Deus, seguindo Suas leis, cumprindo Sua vontade.

            Acontece que nós vivemos em sociedade, em relações uns com os outros; somos seres sociais, constituindo famílias e coletividades cada vez mais sofisticadas, com diversas interpretações filosóficas para a condução da vida. Por falta de compreensão da existência de Deus, a força sublime que do caos origina a ordem, a sabedoria suprema do Universo, são feitas ações contrárias às leis de Deus e por isso se observa o predomínio do mal, da mentira, das iniquidades em todo o planeta.

            Os cidadãos do Reino de Deus têm a obrigação de levar a verdade, nos processos caritativos, educacionais; tanto a justiça exemplificada pelo Arcanjo Miguel, para a correção do mal praticado, quanto a misericórdia exemplificada pelo Mestre Jesus para aqueles arrependidos dos erros. Passa a ser nossa tarefa contribuir para a formação do Reino de Deus no exterior, ao nosso redor, eliminando a ignorância, revelando a verdade, instruindo sobre o Amor como a maior força do Universo, a essência do Criador.

            Assim, podemos definir o Reino de Deus em quatro elementos: 1) o próprio governante, Deus, a sabedoria suprema do universo; 2) o reino sobre o qual o governante reina, o mundo íntimo e/ou o mundo externo; 3) sentimentos com relação ao mundo íntimo, e pessoas com relação ao mundo externo; e 4) um sistema de leis e de governo para administrar o reino, tanto no mundo íntimo quanto no mundo externo.

            Dessa forma, a terminologia “Reino de Deus” deve se referir a um governo de Deus que já existe na intimidade de muitas pessoas e que deve ser ampliado para o mundo externo, criando a família universal, atingindo todo os países, contribuindo também para a evolução planetária, tendo o Brasil como a Pátria do Evangelho, devido a sua maioridade cristã, de grande responsabilidade neste projeto.

            Nós, cristãos, aqui reunidos, convidados pelo espírito universitário de busca da verdade, considerando a autoridade moral do Mestre Jesus, propomos a reflexão do quanto evoluímos no aspecto científico, tecnológico e ideológico e o quanto devemos agir nas questões éticas e morais para a construção desse Reino.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/09/2019 às 00h23
 
25/09/2019 00h22
AA – APADRINHAMENTO

            Em palestra feita no dia 15-09-19 no Grupo Ceará Mirim de AA, abordei a questão da Gratidão e do Apadrinhamento da seguinte forma e que irei dividir em duas partes, sendo esta a segunda.

            Outro tema de importância é o Apadrinhamento. Nós sabemos que na sociedade existe essa figura do padrinho, que fica ao lado dos pais das crianças, uma espécie de reserva para ajudar no desenvolvimento. Aqui na irmandade de AA também existe o Apadrinhamento. Quando alguém aceita ingressar no AA, recebe a sua primeira ficha e escolhe um membro para ser o seu padrinho. Fico pensando, é importante esse trabalho de Apadrinhamento porque fortalece as ações para que as pessoas não se sintam sozinhas e tenham sempre alguém que lhes ajudem.

            Vejo que as vezes sou citado nos depoimentos, por ter trazido alguém para o AA e que conquistou uma nova vida. Claro, foi Deus que permitiu essa aproximação, mas talvez o objetivo de Deus não tenha sido somente eu ter trazido o alcoólico para a irmandade, mas também para mim, enquanto técnico. Pois vindo as reuniões também sintonizo com o Poder Superior, procuro ir aos eventos regionais e nacionais, colaborando com a minha experiência profissional a melhor aplicação da literatura existente em AA.       Fui convidado para a próxima reunião de AA dirigida aos profissionais, onde eu poderia colocar a minha vivência dentro da irmandade, para que os novos profissionais que estão chegando sintam a importância de suas atuações, tanto dentro de suas instituições, consultórios, hospitais ou qualquer empresa que prestem serviço.

            Como a Irmandade sente a importância dos profissionais ao lado, como este trabalho que realizo aqui no Grupo Ceará Mirim, então, porque novos colegas que estão surgindo, que se sintam tocados pelo Poder Superior de fazer algo parecido nos diversos grupos, pelo menos uma vez por quinzena, por mês? A vinda de determinado colega a um grupo de sua escolha, para que sinta suas dificuldades, como está sendo encaminhada as questões, como pode ser colocada qualquer ajuda extra aquele alcoólico que vem pela primeira vez, de recepcionar os convidados que ele faça, fazer um depoimento técnico, mas também pessoal, se sentir essa oportunidade, é de grande importância. É uma espécie de Apadrinhamento de um profissional a determinado grupo.

            Esta é uma intuição que recebo, que minha participação como profissional fortalece tanto a minha atuação técnica quanto a atuação de AA, nos seus objetivos de atingir, acolher e recuperar o maior número possível de alcoólicos que ainda estão sofrendo os efeitos da doença, à espera de uma ajuda enviada por Deus, pelo Poder Superior. Por isso teremos que estudar toda a literatura de AA, pois aqui é como a Bíblia que foi escrita por pessoas humanas, mas intuídas por Deus. Aqui também, a literatura foi escrita por alcoólicos, mas intuídos pelo Poder Superior. Quando Bill e Bob se reuniram pela primeira vez, não foi porque determinado programa de pesquisa tenha feito essa indicação. Foi uma intuição vinda de Deus para que isso acontecesse, que eles percebessem a importância de falar honestamente sobre seus problemas e construírem o modelo de Irmandade que hoje se encontra em todo o mundo. Daí veio toda a literatura que é uma espécie de Bíblia dentro da questão específica do alcoolismo. Um modelo que se aplica a muitas outras dependências.

            Cada pessoa que tenha despertado o desejo de ser esse profissional com a missão de ser um padrinho de algum grupo de AA, deve aprofundar seus conhecimentos na literatura e saber os caminhos a seguir. Fui observar os livros que tenho em casa e encontrei este: “Mãos dadas – apadrinhamento em ação”. Senti que este livro á para ser doado a este grupo, com este sentido, de apadrinhamento, meu e de todos que estão aqui, que são padrinhos e/ou apadrinhados de alguém.

            Que seja feita a vontade do Poder Superior.

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em 25/09/2019 às 00h22
 
24/09/2019 00h22
AA – GRATIDÃO

            Em palestra feita no dia 15-09-19 no Grupo Ceará Mirim de AA, abordei a questão da Gratidão e do Apadrinhamento da seguinte forma e que irei dividir em duas partes, sendo esta a primeira.

            Ouvindo o depoimento de A. lembrei da batalha espiritual em que estamos mergulhados. Não há bombas, granadas, tiros de qualquer tipo com armas de fogo, nesta batalha, mas gente morre há cada dia em função dela. Existem as forças do Bem de um lado e as forças da Ignorância do outro lado, pois não é que a pessoa seja má, porque pratica tais ações, mas é ignorante do desvio do caminho que deveria estar acontecendo em direção ao Pai. O exército do Cristo está do lado do Bem trazendo as pessoas em direção a Deus.

            Quando chegamos aqui nesta reunião, nós evocamos e sintonizamos com o Poder Superior, através destes depoimentos com fraternidade, honestidade e transparência. Essa egrégora divina é formada por nossa participação como forma de gratidão dentro do grupo. Quem chega ao grupo como convidado e sente essa sintonia tem motivação para voltar; aquele que não sente, não tem tanto interesse em voltar. Mas, lá fora também existe outra egrégora, do Poder da Ignorância, que as pessoas sintonizam com ele. RJ estava colocando que quando chega em determinados ambientes e sente o deboche de tais pessoas, não sente mais a antiga sintonia. Então, vejamos. Aquelas pessoas que estão na orgia com o álcool, sem saberem nem ao menos que são filhos de Deus, não conseguem perceber a dimensão do problema no qual estão metidos. Quando estamos aqui e falamos sobre os nossos problemas, querendo nos fortalecer contra o desejo que ainda surge de voltar a beber, e também de ajudar aquele alcoólico que chega querendo ajuda para sua vida, percebemos que somos instrumentos de Deus. Como E. colocou no seu depoimento: ele sempre pega determinado ônibus para vir à reunião. De repente sente a necessidade de embarcar em outro ônibus. Tem a oportunidade de chegar perto de uma pessoa, vítima do álcool, e tem oportunidade de falar sobre a irmandade. Estes são os caminhos que Deus nos abre a cada momento, querendo que nós sejamos instrumentos de Sua vontade. Que possamos oferecer a oportunidade aqueles que estão perdidos no alcoolismo, que não tem consciência que são vítimas de uma doença, perdendo a dignidade humana, se corrompendo pessoalmente e a família toda. De repente ele obtém a consciência para uma nova vida, no momento que passam a integrar a irmandade e vem o sentido da gratidão. Lembra dos companheiros de bebida e tantos outros que vivem hipnotizados por uma dose de álcool, que permanecem no exército da ignorância, que não pararam de beber. Pode ser que a pessoa tenha construído muitos bens materiais depois que parou a bebida, mas o importante são os valores espirituais que são capitaneados pela gratidão. Por isso um dia na semana, no mês, que venham para o grupo de AA e passar para as pessoas aquilo que aconteceu com ele, é muito importante.

            A Vivência é uma revista que a irmandade publica, que traz dentro dela os relatos dos companheiros e de técnicos, dos diversos aspectos de suas vidas. Cada pessoa escreve sobre determinado tema e a revista reúne aqueles com o mesmo sentido. Esta revista que tenho em mãos, o tema é Gratidão.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/09/2019 às 00h22
 
23/09/2019 00h21
AMOR E SEXO

            Encontrei uma excelente palestra feita por Divaldo Franco e publicada no Youtube 1 ano atrás, com o título “O emocionante encontro de Divaldo Franco com Chico Xavier”. O trecho que fala de “Amor e sexo” é imperdível, de imediato pequei meu PC e digitei, para poder dividir a reflexão com meus leitores.

            Eu tinha uma pergunta para fazer a Chico, mas tinha vergonha. Porque naquele tempo, a palavra sexo era uma tremenda imoralidade. Não se pronunciava, todo mundo era assexuado. As crianças nasciam no repolho e chegavam através da cegonha... eu queria nascer na Suíça, a cegonha passando por Salvador, cansou e me largou lá... então meus amigos, eu estava com 19 anos... meu Deus, como é que eu faço? Minha mente é muito impura! A castração religiosa... eu era sacristão, queria ser fiel... você olhava para aquele homem que se levantou e foi nos servir... servir a la Pedro Leopoldo. Com uma colher derramava assim, derramava acolá... eu não queria comer nada, eu só queria olhar para ele, e ria, e ria... aí olhava para mim, pegando meu pensamento. Como esquecer que existem na Terra os embaixadores de Deus, e nós conhecemos um dos embaixadores de Deus. Não é um elogio chan, é um depoimento público permanente.

            Quando terminamos o almoço, saímos da casa de D. Luiza, ele me pegou no braço, tinha uma laranjeira em flor e ele então pegou uma haste, olhou para mim com um pouco de dificuldade visual e falou “ipsis verbis”:

            - Tudo na Natureza é uma função sexual. A planta, que introduz suas raízes na base da Terra para sugar o húmus e água, e transformá-los em madeira, e perfume, e flor, e fruta, realiza uma sublime função sexual. O sexo, é o mais sublime departamento da vida. As criaturas humanas atormentadas pelo gozo e pelo prazer, transformaram a função divina da procriação na luxúria, na libido.

Durante 2 horas ele abordou o tema.

- A pessoa que vive numa parceria honesta, vive em castidade. E a pessoa que se castra e tem a mente pervertida, encontra-se em corrupção. O importante não é o ato, é a intenção. Deus colocou hormônios de prazer para que a sagrada fonte procriativa seja resultado de uma emoção divina. E é por isso que essa sensação psicofísica concede à plenitude. A grande bênção do amor não é o ato sexual, porque se pode amar sem praticar o ato, como você pode vivenciar o ato sem amar. Os animais em geral, procriam, mas não se amam. O amor é a presença de Deus na alma, e no momento em que se busca o êxtase, ao invés do mecanismo erótico, a ternura, o amor, as expressões que produzem hormônios de natureza transpessoal, que produzem nos neurônios cerebrais a produção da oxitocina (que eu não sabia o que era)... e vai... e vai... depois da efusão, quando é invadida pelos hormônios da beleza; deve continuar esse ato de 16 a 18 segundos no sentimento de gratidão pelo outro, e ao invés de dar-lhe as costas, dizer-lhe ternamente: obrigado! A minha vida sem você não teria sentido... você é o pão da minha existência... acariciar... um ato tão profundo, onde o torpor toma conta do ser para renovar-se.

Duas horas, e eu deslumbrado, memorizando, devorando cada sílaba, quando ele diz: - É um presente de André Luiz para a sua juventude. Apaixonei-me. Não podia ser diferente.

Essas palavras, esses ensinamentos, calaram fundo na minha alma. Finalmente eu havia encontrado uma interpretação piedosa e sábia para aquilo que eu fazia na juventude, e até hoje, com relação ao sexo, que era e é tão violentamente condenado pelos circunstantes que tinham conhecimento, mas que a minha consciência não conseguia acusar o erro. Intuitivamente eu sabia que não estava errado, mas não tinha as palavras sábias de André Luiz para com elas justificar meus atos, palavras que foram percebidas através da mediunidade de Chico Xavier e que Divaldo Franco tão bondosamente dividiu conosco.

Agora tenho melhores argumentos que utilizarei para justificar a mudança dos meus paradigmas, de viver uma vida cheia de tabus e restrições, que impediam a livre expressão do amor, só porque dentro dessas ações existia a possibilidade do ato sexual, com a visão exclusiva da imoralidade, da luxúria, e nunca considerando como a mais bela função divina que o Criador colocou ao nosso alcance. É esta função divina que procuro sintonizar, não importando com oz rigores da censura que façam sobre ela. Acredito que se todos tivessem essa compreensão, a censura não existiria. Estaríamos bem mais próximo da família universal, do Reino de Deus.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/09/2019 às 00h21
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