Devido a demora em iniciar o evento universitário CONSTRUÇÃO DO REINO DE DEUS que registrei na UFRN na forma de seminário, com uma carga horária de 30 horas, para ser realizado no período de 15-05-2021 a 15-12-2021, tenho agora que reformular.
Devido a crise se apresenta no auge na Santa Igreja Católica, tive dificuldade de fazer os convites aos apresentadores do seminário. A Igreja se mostra dividida entre a tradição e as mudanças introduzidas no apelo à modernidade. Passei muito tempo estudando os argumentos colocados principalmente pelo Centro Dom Bosco, pelo Padre Paulo Ricardo, pelo Frei Tiago de São José e pelo Instituto Plínio Correia de Oliveira.
Observei que tudo faz parte de uma guerra espiritual que se desenvolve milenarmente, com registros na Bíblia de eventos que podemos estar vivenciando agora ou se aproximando de sua efetivação, por exemplo, o reinado do Anticristo que virá a comandar a humanidade e obscurecer a influencia da Igreja em detrimento dos valores humanos, determinado pelo modernismo e a serie de revoluções que acontece em todo o mundo, instalando em muitos países um sistema de autoritarismo onde a população vive sob rigor e sem liberdade, como os países que permitem assumir a gerência socialista ou comunista.
As pessoas que passam a denunciar essa estratégia de dominação correm o risco de derem eliminadas, como já vimos acontecer com prefeitos, como quase aconteceu com o atual presidente do Brasil, e como pode ter acontecido com diversos papas.
Portanto, essas pessoas sentem o dever de denunciar o ataque que acontece dentro da Igreja Católica, mas ao mesmo tempo temem por suas vidas e procuram se resguardar em locais de difícil acesso. Isso dificulta o contato para elaborar o convite a essas pessoas, principalmente a sua participação num ambiente aberto como está planejado para o nosso seminário da Construção do Reino de Deus.
Dessa forma irei reestruturar o evento, fazendo quinzenalmente o seminário dentro das aulas da Escola do Evangelho que realizo nos sábados de 20h as 21h. Eu farei a primeira apresentação colocando a forma de construir o Reino de Deus conforme entendo das leituras que tenho dos livros sagrados, principalmente o Evangelho, onde foram colocados pelos quatro apóstolos, Marcos, Mateus, Lucas e João, os ensinamentos do Mestre Jesus que focava suas atividades principalmente nesse objetivo.
Os presentes serão matriculados no evento e receberão certificados de participação, conforme os postulados universitários. Cada pessoa pode fazer comentários, críticas e sugestões que serão acolhidas para o devido seguimento nas atividades que serão conduzidas durante quatro encontros.
De acordo com o desenvolvimento das atividades e interesses dos participantes, pode ser aceito outro apresentador do tema que possa contribuir no esclarecimento de lacunas que podem surgir a qualquer momento.
No final, teremos que apontar qual o comportamento mais adequado para o cidadão que queira se capacitar para habitar este Reino de Deus, conforme os preceitos espirituais defendidos durante os seminários.
A política deveria ser a ciência e a arte do Bem Comum e não a grosseira prática do poder pelo próprio poder. Ao se colocar a fonte do poder em Jesus Cristo, como representante da vontade de Deus, o poder em si desaparece como a meta central. O objetivo agora se torna no Bem Comum, no Reino de Deus.
O que se contrapõe a esse projeto divino com todas suas benéficas consequências? É justamente a dita soberania popular que se manifesta frequentemente na compra de votos com quaisquer moedas para eleger determinado candidato ou partido politico.
A soberania popular contaminada pelos interesses egoístas representada a condição do homem divorciado do Cristo.
A afirmação da soberania absoluta da criatura torna-se fonte de todo o poder, de toda a razão e de todo o valor. A vontade do Criador é substituída pela vontade e apetites da criatura.
Por esse motivo o Papa João Paulo II advertia em seu “Evangelium vitae”:
Na realidade, não se deve mitificar a democracia, convertendo-a em um substituto da moralidade ou em uma panaceia da imoralidade (...) Seu caráter moral não é automático, mas depende de sua conformidade com a lei moral, à qual, como qualquer outro comportamento humano, deve submeter-se; isto é, depende da moralidade dos fins que persegue e dos meios de que se serve. (...) Na base destes valores, não podem estar maiorias de opiniões provisórias e volúveis, mas só o reconhecimento de uma lei moral objetiva, que, enquanto lei natural inscrita no coração do homem, é ponto de referência normativa da própria lei civil. Se, por um trágico obscurecimento da consciência coletiva, o ceticismo chegasse a por em dúvida até mesmo os princípios fundamentais da lei moral, o próprio ordenamento democrático seria abalado nos seus fundamentos, reduzindo-se a puro mecanismo de regulação empírica de interesses diversos e contrapostos.
Observa-se no texto que o Papa reivindica o caráter eminentemente moral da política e rechaça plenamente a soberania popular. Defende a soberania do Cristo com liberdade e dignidade do homem e da política, contra a soberania popular que leva às infelizes sequelas de desordem e tirania.
Isto é o que acontece nos dias atuais, quando os defensores da soberania popular, reconhecendo o paradigma cristão como o muro de proteção contra a invasão de suas práticas autoritárias, usam os mesmos recursos “democráticos” para alcançar o poder e assim restringir a liberdade.
Verificamos com facilidade como a democracia exercida pela soberania popular, contaminada pelo egoísmo humano representado pela compra de votos, instala um comportamento gestor dentro das diversas instituições que chega a inverter a lei moral, natural, até em seguimentos que deveriam ser inexpugnáveis a essa saga autoritária e corrupta, como o jurídico e eclesiástico.
Irei colocar neste espaço de forma fracionada a apresentação do Prof. Sérgio Luiz Morelhão, Professor de Física aplicada da USP, que tenta fazer essa aproximação da Física Quântica com a Neurociência. Este trabalho foi publicado no YouTube em 24-09-2020 e foi visto em 10-11-2021. Contava com 25.289 visualizações com 748 reações positivas e 24 negativas.
Começou o Iluminismo, a hora que o pessoal começou a fazer ponderações baseadas na razão. O grande ser humano dessa fase, que deu um grande início, foi o Isaac Newton, que tinha um superpoder de observação e dedução. Ele pegou o trabalho de Galileu, estabeleceu as leis do movimento e mais do que isso, ele conseguiu intuir a força da gravidade, que tinha uma força para os corpos serem atraídos, e a partir disso, juntamente com a lei do movimento, fez a lei da gravitação universal.
Ele entendeu, por exemplo, se você atira um objeto de sobre um morro, dá um tiro de canhão, e conforme a velocidade da bala, chega uma hora que ela tem tanta velocidade que ela não vai mais atingir o solo, ela vai entrar em órbita.
Assim, veio a ideia que os corpos celestes se movem graças a força da gravidade. Só que tem uma coisa na introdução do Newton, na teoria dele, nas leis do movimento, é que os corpos tem uma trajetória determinista. Ou seja, se você souber a posição e a velocidade inicial dos corpos e a força que eles exercem entre si, toda a trajetória deles é determinada.
Isso criou uma ideia de determinismo e produziu uma dicotomia na ciência. Porque tudo se movia a partir de uma condição inicial, todo movimento era previsível, e não tinha mais lugar para a mitologia, achar que Deus influencia no movimento dos planetas, da chuva e principalmente no comportamento humano.
Assim começou as ciências naturais, basicamente as ciências exatas, e ciências humanas.
QUADRO
Século 17
Sir Isaac Newton 1687 – Leis do movimento, força da gravidade, leis da gravitação universal
Determinismo (trajetória dos corpos)
Dicotomia das ciências: naturais/humanas
Esse ponto do Iluminismo é bem interessante para aplicarmos nosso sentido crítico sobre alguma narrativa. Então, por ter sido descoberta várias faces de uma realidade que estava obscura para humanidade, isso merece o nome de Iluminismo. Posso até compactuar dessa euforia inicial do poder de inteligência do homem (e da mulher, para atender aqueles que não querem que citando somente o gênero masculino eu não possa caracterizar o gênero humano. Tomara que mais adiante eu não seja obrigado a colocar todo o espectro LGBTQIA+... desculpem pelo parêntesis, mas não pude resistir a essa crítica da redundância que sempre vejo sendo repetida de colocar homens e mulheres para representar o gênero humano, com se colocasse somente homem ou somente mulher fosse uma desonra para quem não fosse citado.), mas deslocar um poder superior, com características de sabedoria suprema, que pode receber o nome de Deus, Tupã, Buda, Odin, etc para a inexistência acredito que seja muito ousadia de uma pretensa sabedoria humana.
Fica claro que as descobertas da ciências nos trouxe muitos benefícios, mas isso não quer dizer que tenhamos chegado a um nível de sabedoria que abranja todo o universo e que nada mais possa ser descoberto. Pelo contrário, quanto mais descobrimos verdades, mais o horizonte da ignorância de mostra mais claro a nossa frente, e por mais que a gente caminhe em direção a ele, ele mais se afasta e se amplia de nós.
Assim, podemos descartar um poder superior frente a tanta ignorância que ainda possuímos?
Irei colocar neste espaço de forma fracionada a apresentação do Prof. Sérgio Luiz Morelhão, Professor de Física aplicada da USP, que tenta fazer essa aproximação da Física Quântica com a Neurociência. Este trabalho foi publicado no YouTube em 24-09-2020 e foi visto em 10-11-2021. Contava com 25.289 visualizações com 748 reações positivas e 24 negativas.
Se você acessar esses canais no Facebook você verá as datas e temas das outras palestras na semana que vem. A gente vai ter uma palestra de uma colega do Instituto com esse tema: Por que somos bípedes nus? As evidências que a física fornece (16-05-20).
Hoje quem está falando é um colega do Instituto com as seguintes características:
Física Quântica e Neurociências
O que essas áreas têm em comum?
Prof. Sérgio Luiz Morelhão
Área de Pesquisa:
Física do Estado Sólido, com ênfase em cristalografia
A ideia dessa apresentação é que a Quântica sempre chamou meu interesse e chegou uma certa hora que chamou meu interesse também pela neurociência e acabei percebendo algumas relações interessantes nisso. E a ideia dessa apresentação é simplesmente discutir um pouco mais a fundo e compartilhar com vocês essas coisas que tenho visto.
Vou fazer uma pequena revisão da história como ser humano neste planeta, a aventura que temos feito para tentar entender a realidade que a gente vive.
Isso começou há muito tempo, desde a Grécia antiga, que o Aristóteles, por exemplo, ele não via nenhuma evidência de que a Terra estava em movimento. Não tinha um vento constante vindo de alguma direção, e para ele a Terra estava imóvel.
Então Ptolomeu desenvolveu um geométrico das órbitas dos planetas girando em torno da Terra, e interessante que isso durou por muito tempo. Esse conceito não foi uma coisa passageira. Durou mais de 1000 anos e basicamente por falta de tecnologia. Não tinha uma tecnologia que permitisse você fazer esse tipo de medida.
Isso somente foi mudar com Nicolau Copérnico mais de 1000 anos depois. Ele sim, conseguiu achar evidências de que os planetas giravam em torno do sol. E na hora que a física, a ciência e o nosso conhecimento começou a mudar, com o Galileu Galilei, que começou a fazer alguns estudos de movimento acelerado, foi ele que percebeu que a frequência do pêndulo só dependia do comprimento do pêndulo e isso deu origem 50 anos depois que ele achou as relações matemáticas sobre o período do pêndulo. Aí desenvolveram o primeiro relógio mecânico que a humanidade teve. Ele fez outros estudos sobre inércia que foram a base do que Newton Fez depois.
Mais ou menos em torno do mesmo ano, usando o telescópio, que também teve uma contribuição do Galileu para aprimorar isso, fez uma observação das órbitas dos planetas e percebeu que as medidas ficaram elípticas. Só que naquela época tinha uma confusão muito grande entre o que eles esperavam da realidade e o que a realidade realmente era. O próprio Kepler não gostava da ideia de ter encontrado órbitas elípticas. Ela achava que tinha de ser órbitas circulares.
A grande pergunta que tinha na época era porque os astros se moviam. Tinha aquela noção que Deus criou o universo e o que estava movendo os astros? Achavam que eram anjinhos que ficavam empurrando a lua, as estrelas, e por aí vai.
QUADRO
Da Grécia antiga à Física Quântica
A aventura humana em busca do entendimento da realidade
Antes de Cristo (BC)
Aristóteles 353 BC – Geocentrismo (Terra imóvel)
Século 2
Claudius Ptolemy 135 AD
Modelo geométrico (órbitas em torno da Terra)
Século 15-16
Nicolaus Copernicus 1508 AD
Heliocentrismo (planetas em órbita ao redor do sol)
Século 16-17
Galileu Galilei 1600 AD – movimento acelerado, pêndulo (relógio)
Johannes Kepler 1600 AD – órbitas elípticas (leis da mecânica celeste)
Nesses estudos iniciais observamos como conceituações e paradigmas de realidade eram tão destoantes da verdade. O que hoje parece tão claro para quem tem um nível de escolaridade razoável, para outros, muitos brasileiros que vivem dentro de uma realidade conceitual coerente com a visão imediata que têm do mundo, nós estamos enganados. Conheço um senhor de cerca de 60 anos, que não aceita de nenhuma forma que a Terra gire em torno do sol, pois ele ver o sol se movimentando todo dia de um lado para o outro; também não aceite que a Terra tenha rotação, pois se tal acontecesse todos cairiam quando fizesse uma volta. Não tem como tirá-lo dessa “certeza” defende com veemência o seu ponto de vista sem encontrar lógica nos meus argumentos.
Para isso serve a educação, mostrar passo a passo como é a realidade que encontramos com nossas pesquisas. Por isso que é perigosa uma escola partidária, cujos professores defendem uma ideologia, pois eles podem estar errados e induzem no erro aos seus alunos. É importante que sejam colocados os fatos como aconteceram e depois procurar achar a causa que os produziram e as consequências que podem surgir.
Tem relatos no livro sagrado, a Bíblia, sob a influencia do mundo espiritual no mundo material, com implicações no corpo biológico. Foi o que aconteceu com Maria, a Nossa Senhora, mãe de Jesus.
Sua gravidez aconteceu por obra do Espírito Santo de Deus, sem necessidade de haver uma relação sexual tradicional, sem penetração nem fertilização com esperma masculino, com a ação dos espermatozoides.
Um anjo avisou a Maria que isso aconteceria e ainda foi avisar a José, para dirimir a dúvida que ele passou a ter da honestidade de Maria.
Todos conhecemos a história, Jesus foi gestado, nasceu, viveu 33 anos e cumpriu uma das missões mais importantes para a humanidade. Um filho gerado dentro da dimensão material com a influencia da dimensão espiritual.
Fico perguntando... será que pode acontecer o contrário, de um filho nascer na dimensão espiritual com a influência da dimensão material? Pode haver uma interação matéria-espírito como na matemática onde a ordem dos fatores não altera o resultado? Pois 3x6 não é igual a 6x3? Portanto, se a dimensão espiritual foi capaz de gerar um filho na dimensão material, a dimensão material não poderia gerar um filho na dimensão espiritual?
Vou tirar a partir daqui todos os argumentos preconceituosos de pecado e refletir de forma coerente, tendo como base o fato do nascimento de Jesus ter sido uma verdade, acontecido através da influência do mundo espiritual.
Primeiro ponto, não sei como se deu a mecânica dessa influencia do espírito sobre a matéria, mas considerando a narrativa como verdadeira.
Segundo, como poderia a matéria interagir com os espíritos, se os médiuns dizem que o telefone só toca de lá para cá, isto é, que não podemos tomar a iniciativa de iniciar um relacionamento, se somente a dimensão espiritual possui essa prerrogativa?
Terceiro, seria necessário que a dimensão material tomasse a iniciativa para o fenômeno se realizar no mundo espiritual.
Não tendo outra forma de aplicar um mecanismo coerente para a geração de um filho no mundo espiritual, tenho que recorrer a clássica relação sexual, sabendo que temos um envoltório de natureza material-espiritual, o perispírito, que recobre nossas formações biológicas, materiais.
Sabendo que nosso espírito pode se desdobrar do corpo e penetrar no mundo espiritual na forma de perispírito, imagino que leve consigo todas as formações biológicas do corpo, inclusive os espermatozoides. O mundo espiritual está povoado de seres que desencarnaram e estão com os seus perispíritos em diversas tarefas ou situações, desde o umbral até escolas de recuperação, fraternidade e evolução espiritual.
Mesmo o espírito não tendo sexo, mas se está ocupando um corpo perispiritual, ele está identificado como homem ou mulher. Nesse caso o espírito de uma pessoa encarnada pode fazer sexo com o espirito desencarnado, com seu perispirito. Algo parecido com o que acontece com os Íncubos e Súcubos, entidades espirituais que fazem sexo com mulheres e homens, respectivamente, durante o sono.
Acontecendo o sexo entre o espirito encarnado (perispírito com o cordão de prata) com o espírito desencarnado (perispírito sem o cordão de prata), o espermatozoide perispiritual de um se uniria com o óvulo perispiritual do outro, gerando um filho perispiritual.
Até aqui fui levado pela coerência, sem querer abusar das leis de Deus, apenas querendo saber até onde vai sua extensão.
Sei que no mundo espiritual não há o progresso do corpo, com suas diversas reproduções automáticas através do DNA que se multiplica. No mundo espiritual as coisas são mais estáticas. Apenas quem evolui é o espírito, do ponto de vista consciencial. O corpo é um instrumento para essa evolução acontecer, onde cada espírito pode gerenciar algum corpo em algum momento da sua evolução espiritual.
Será que a consciência que gerencia o perispirito pode fazer a dinâmica do seu corpo espiritual acontecer como se tivesse no mundo material? Se isso for possível, mais uma vez a mulher é fator determinante. Da mesma forma que Maria gestou Jesus por essa influencia espiritual, uma mulher na dimensão espiritual deve gerar um filho por influência material. Não há como fazer o raciocínio coerente sendo o homem o protagonista da gestação, já que isso é função da mulher.
A coerência vai até a união do espermatozoide perispiritual com o ovulo perispiritual. A partir daí não teria como haver a reprodução das células para formar um novo ser perispiritual. Mesmo assim, digamos que os gametas consigam se reproduzir, não teria que haver um espirito para gerenciar esse corpo perispiritual?
Esta forma de reflexão termina esbarrando em sérias incoerências que impedem o avançar da imaginação, a não ser que seja aceite as incoerências ou buracos na racionalização.