Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
05/09/2015 23h59
LÍDER ESPIRITUAL

            Observamos uma onda de negativismo, violência, terrorismo, corrupção... que se espalha por todo o planeta. As lideranças políticas não conseguem conter esse avanço macabro, pelo contrário, parece que as ações fomentam mais reações conflituosas.

            Tudo isso acontece no plano material onde a luta pela sobrevivência torna os seres humanos nivelados aos animais ditos irracionais, por mais títulos honoríficos ou acadêmicos tenha cada personalidade envolvida nesse dilema.

            Talvez tenhamos necessidade de uma liderança espiritual que consiga quebrar os paradigmas materialistas e inicie a construção de uma sociedade justa e fraterna. Já tivemos vários líderes espirituais com esse perfil de ensinar a quebra de paradigmas materialistas, como Jesus de Nazaré fez, ensinando sobre o Amor e sobre a construção do Reino de Deus, a partir da prática dessas lições. Já fazem dois mil anos dessas lições, e apesar delas terem tido uma boa penetração em todos os rincões do planeta, de termos um pastor na linha de sucessão de Pedro, bastante coerente com as lições do Mestre, mesmo assim o que observamos é a escalada da violência como carro-chefe do comboio do egoísmo.

            Temos que desenvolver lideranças espirituais em cada comunidade que possam colocar na prática, com a máxima fidedignidade, essas lições do Mestre Jesus. Mostrar que são as nossas atitudes mentais, modernas e materialistas, que formam uma consciência que justifica as calamidades e horrores que sentimos ao nosso redor.

            A religião na sua proposta de ligar o homem à Deus, não pode ficar amortecida, cimentada em rituais e dogmas; assim, seus sacerdotes e pastores não podem satisfazer as necessidades espirituais que estão em contínua evolução e fazer o confronto com o egoísmo materialista que também evolui e atormenta nossas vidas.

            As igrejas e templos diversos devem deixar de lado suas diferenças e ter a humildade de aceitar que a Verdade que chega à Terra não é necessariamente como eles esperam. Devem lembrar que até o Mestre Jesus não foi aceito pelo seu próprio povo. As igrejas e templos devem manter abertas as mentes e corações dos seus frequentadores, para que a Verdade Mais Elevada seja possível de ser recebida e corrigir, se for o caso, práticas inadequadas, abandonar as velhas crenças que permitem o domínio do mal sobre o planeta.

            O novo líder espiritual deve ensinar a oração com sinceridade, com toda a alma, mente e coração, para receber uma iluminação verdadeira. Verificar que os rituais e crenças antigas não acompanham o ritmo da evolução das lições do Cristo, mesmo entendendo que existem muitas pessoas que necessitam desses rituais para manter o egoísmo inerente à condição animal sob controle.

             Será esse trabalho de colocar em prática as lições do Mestre, dentro da comunidade, com o esforço material, intelectual e religiosos de cada um, que começaremos a ensinar, demonstrar e viver o Amor fraternal, com toda a força da alma, coração e mente, minuto a minuto em nossas vidas cotidianas.

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em 05/09/2015 às 23h59
 
04/09/2015 23h59
AMOR NA RELAÇÃO CAIM/ABEL

            Dentro do estudo do Amor, desenvolvi antes a relação afetiva entre um homem e uma mulher, na situação hipotética de não existirem nenhuma outra condição de relação com outras pessoas, caso somente possível na situação alegórica de Adão e Eva. Agora desenvolverei a relação afetiva de características fraternas, sem outras possibilidades externas, além dos pais, também só encontrada na alegoria de Caim e Abel.

            Nesse caso parece que o Amor não é colocado como protagonista dos relacionamentos dos irmãos entre si e dos pais, Adão e Eva, dentro da relação com Deus. Tudo parece se desenvolver apenas no que diz respeito as responsabilidades. Mas vamos aceitar que o Amor está presente em todos esses envolvidos, os quatro seres humanos e a força criadora de Deus.

            O tributo que Caim e Abel deviam fazer a Deus seria na base do Amor que esses deveriam ter por Deus, e vice-versa. Mas a história contada parece que o Amor não está presente nessas relações. Os tributos oferecidos parecem atender mais a vaidade e o orgulho do que ao Amor; por outro lado o Pai demonstra um comportamento que estimula esse comportamento, ao demonstrar sua preferência por um tributo em detrimento do outro. Isso causa como consequência os sentimentos de raiva, frustração e principalmente do ciúme, como monstro destruidor à serviço do egoísmo. Deus não consegue perceber o desenvolvimento desses sentimentos negativos e prevenir o desenlace fatal que aconteceu.

            Por tudo isso essa alegoria não está bem construída se consideramos Deus como a força maior do universo, um Deus onisciente, onipotente, onipresente e cuja essência é o próprio Amor. Uma energia dessa natureza não poderia ser o causador de tal fatalidade como é relatado. Isso só seria possível se essa energia que é conceituada na alegoria com Deus, fosse outra energia de características bem inferiores e que estaria no contexto daquela realidade ainda muito primitiva se passando pelo Deus como Amor.

            O fato é que entre os irmãos não está citado a presença do Amor e pelo comportamento de ambos isso não existe, pois Abel aceita a deferência de “Deus” com satisfação, sem se preocupar com os sentimentos que pudessem estar sendo gerados no seu irmão. Por outro lado, Caim, deixa o seu coração ser invadido pelos sentimentos negativos até chegar ao ponto de assassinar o irmão. O Amor se existisse em seu coração, jamais permitiria isso.

            Por tudo isso estamos observando que os livros da Bíblia, por mais importantes que sejam por expressar as intuições que se aproximam da divindade e servem para corrigir nossos sentimentos primitivos, não devemos aceita-los como relatos que representem uma sintonia perfeita entre Deus e os homens. A essência de Deus como Amor as vezes passa muito longe, não é sequer citado.

            Portanto, este estudo do Amor que desenvolvo aqui nas suas aplicações práticas, devem seguir com prioridade as intuições da consciência devidamente esclarecidas sobre a natureza e essência do Amor, mesmo que aparentemente ou explicitamente, vá contra os preconceitos vigentes ao nosso redor.

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em 04/09/2015 às 23h59
 
03/09/2015 23h59
FOCO DE LUZ (68)

            Em 03-09-15 as 19h, na escola estadual Olda Marinho foi realizada mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, com a presença das seguintes pessoas: 01. Edinólia 02. Radha 03. Paulo 04. Nivaldo 05. Ronan 06. Davi 07. Ana Paula 08. Emilson 09. Luzimar 10. Clarice 11. Marilia 12. Ezequiel 13. Severino 14. Hélio 15. Naire 16. Evanilson (primeira vez, voluntário). Foi lido o preâmbulo espiritual com o título “Modo de Fazer”, uma reflexão sobre o nosso esforço em fazermos as coisas ao modo de Jesus. A ata da reunião anterior foi lida e aprovada por todos com uma observação para ser adicionada a informação do desaparecimento do ventilador da escola, que foi feita e que não foi registrada. COMUNICAÇÕES: Francisco informa que trouxe o material para ser dado início ao programa “Mega Sena na Comunidade”, que seria desenvolvido por Emilson, mas como este não vai poder vir com regularidade às reuniões das quintas feiras, ficou de ser visto outra pessoa para tocar o projeto. Enquanto isso Francisco ficará responsável por essa administração. Também informa que foi feita a reunião no HUOL para agilizar os documentos que devem seguir para o cartório, na qual participou, contando apenas com a presença de Clarice que desenvolveu a parte burocrática e que vai levar para a reunião de logo mais as 19h, os detalhes pendentes depois de pedir a sua irmã que é advogada para dar a sua opinião técnica. Emilson explica que não está se afastando definitivamente da Associação, mas está reassumindo suas atividades na Ordem Rosa Cruz e que se realizam também sempre nas quintas feiras, no mesmo horário da Associação e por esse motivo não pode comparecer com a frequência necessária para assumir o Projeto da Mega Sena, mas que permanece como sócio e sempre estará presente nas necessidades.  Clarice informa os detalhes que precisam ser corrigidos na questão dos documentos do cartório e sugere que o “Clube de Mães” que está se delineando e que terá sua primeira reunião formal na próxima quinta feira as 18h30m na escola Olda Marinho, seja denominado “Clube de Mulheres” para que haja uma maior participação, inclusive a participação dela. Ronan informa a situação do menor chamado Bebê que se encontra em situação de risco pelas ruas e semáforos, que fez contato com o Conselho Tutelar e que precisa do endereço onde a família reside para ser feito uma intervenção. Lembra que isso não significa uma delação negativa, pelo contrário, os menores que foram acolhidos na Casa de Passagem onde ficam enquanto se resolve alguma pendência da vida familiar, preferem ficar na instituição do que voltar aos seus lares. Lembra que qualquer um pode fazer essa denúncia ao Conselho Tutelar que dará seguimento o que for legal e necessário fazer. Ezequiel diz da necessidade de ser informado ao Conselho Tutelar a situação de risco que estão muitos menores aos domingos na Boite Aquárius. Também informa do contato que fez com a SEMSUR quanto a chave dos banheiros dos quiosques da praia que poderia ficar nesse turno com um dos barraqueiros. Evanilson coloca sua disposição de ser o instrutor de uma escolinha de surf e de organizar um torneio de surf, e gostaria de contar com o apoio da Associação, o que foi aceito por todos. Radha diz que já tem a relação de mulheres que participarão da reunião na próxima quinta-feira, com a sugestão de alteração de nome sugerido por Clarice já adicionada. Também informa que a criança que havia sido encaminhada para tratamento dentário na Odontologia da UFRN já foi atendida através da escola. Edinólia sugere que o bazar seja realizado no primeiro sábado de outubro, pois está sendo sempre cobrada para esta realização. Foi combinado que seria melhor ser realizado no primeiro sábado de novembro. Apresenta também a lista dos aniversariantes do mês de setembro e que serão comemorados na última reunião do mês. Ficou combinado que na próxima quinta-feira a Tesouraria se reunirá no HUOL para a confecção da prestação de contas de agosto/2015. Paulo se encarrega de fazer ofício ao Conselho Tutelar informando a questão dos menores na Boite Aquárius, e que deve ser tomada todas as precauções quando as ações da Associação tiverem a aparência de denúncias. As 20h30m Emilson conduz a reunião do Pai Nosso e todos fazem o registro fotográfico. Encerramos com harmonia num lanche servido a todos.

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em 03/09/2015 às 23h59
 
02/09/2015 23h59
O AMOR NA RELAÇÃO ADÃO/EVA

             Vou colocar dessa forma a relação afetiva exclusiva entre duas pessoas, sem a existência de nenhum terceiro, como acontecia com Adão e Eva no paraíso. Existia apenas os dois e a presença de Deus colocando os limites do que eles poderiam fazer.

            Posso imaginar que o Amor seguia o fluxo nos dois corações sem grandes dificuldades, não existiam terceiros para originar os desejos. Mas existia uma serpente, que passa a significar os desejos proibidos. Por algum motivo eu posso desejar quebrar a regra e fazer algo proibido. Com Eva foi a tentação colocada pela serpente de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, indo de encontro aos limites impostos por Deus.

            Essa alegoria permanece até hoje no coração humano. Temos uma série de regras colocadas pela “divindade” e uma série de tentações colocadas pela “serpente”, aquilo que vai de encontro à divindade, ao Deus, ao Criador.

            Adão e Eva se amavam... é o mais provável, do que se odiarem ou serem indiferentes. Então existia uma sensação de plenitude na relação dos dois. Cada um queria o bem-estar do outro. Ora, Eva foi seduzida para experimentar um poder, uma sensação que até aquele momento ela não tivera. Ela podia estar sendo enganada para não adquirir o conhecimento. Não custava nada experimentar o que dizia a serpente. Isso não implicava na destruição ou amenização do amor que ela tinha por Adão. Pelo contrário, a descoberta que ela fizesse, tinha intenção de dividir com ele, como “de fato” aconteceu. Essa atitude de Eva demonstra o Amor que ela tinha por Adão, pois à descoberta de uma coisa boa, ela pretendia dividir com ele. Adão, por outro lado, observava a gravidade do que Eva fez, mas por ter também Amor a ela, resolveu também comer desse fruto.

            É bom chamarmos a atenção nesse ponto. Não é que o Amor que Adão tinha por Eva foi o fator decisivo e obrigatório para ser feito a ingestão do fruto, se ele de fato amasse Eva. Se Adão observou que o ato foi errado, o Amor que ele tinha por Eva não o obrigaria a agir errado. O Amor está sempre associado com a verdade, com a justiça, e jamais com o erro. Apenas posso concordar com o ato de Adão, se ele imaginou que Eva estava correta, se Eva o convenceu que estava certa. Se assim aconteceu, então o Amor estava liberado para seguir o conselho da mulher, pois por uma questão de justiça, aquele conhecimento que existia na árvore deveria ser compartilhado por eles, segundo o pensamento que desenvolveram.

            Essa perspectiva também levanta a questão de se devemos ou não acolher a vontade do Criador sem discussão, sem rebelião. Afinal Ele é a “Coisa” perfeita que nos criou ainda imperfeitos, com a finalidade de adquirirmos perfeição e corrigir os defeitos e erros provocados por nossa ignorância. Nesse ponto temos que obedecer a vontade de Deus, que como força geradora e inerente a tudo e a todos sabe muito bem para onde Sua vontade é direcionada na harmonia de tudo.

            Assim, chego à conclusão que tanto Eva quanto Adão cometeram erro em relação ao Criador, que houve o envolvimento do Amor, não na decisão, mas nas suas consequências: Eva acatou as insinuações da serpente no sentido de conquistar poder, de se igualar ao Criador, não teve até esse momento participação do Amor; porém quando sentiu que adquiriu uma coisa útil lembrou do seu companheiro e decidiu dividir isso com ele, e isso foi um ato de amor.

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em 02/09/2015 às 23h59
 
01/09/2015 23h59
APLICANDO O AMOR INCONDICIONAL

            Depois de saber o que é o Amor Incondicional, o qual chamarei simplesmente Amor, saber da sua força incomensurável e que se confunde com o Criador, resta fazer a aplicação dela na prática, superar a barreira do individualismo, do egoísmo animal para que isso aconteça. Vou levantar um caso hipotético, mas que reflete um pouco da minha história.

            O estudante do Amor, ao perceber que está de posse das principais informações teóricas, sabe que agora precisa fazer a prática.

            Um homem, uma mulher. Começa o teste. São dois seres formados por Deus, com estratégias de sobrevivência diferentes. Ambos são atraídos por seus hormônios, instintos, em busca da reprodução que atende a cada um deles, mesmo com estratégias de sobrevivência diferentes. No primeiro momento vem a mente de cada um deles as estratégias milenares de cada componente biológicos que formam os seus corpos, iguais aos demais animais da criação. Acontece que a espécie humana já atingiu um estágio de evolução biológica que possibilita o processamento neural mais sofisticado, complexo, e a sua racionalidade pode dar o salto quantitativo para deixar a evolução moral como elemento hierarquicamente superior.

            Bom, mas na prática, longe de todo esse arrazoado técnico, temos um homem e uma mulher que se encontram e que desenvolvem uma empatia, amizade, desejo carnal. Esses sentimentos estão presentes em ambos, e o que é bom para um é bom para o outro. Os sentimentos fluem em torno de ambos, o Amor é o grande maestro dessa orquestra de emoções. Como o Amor é o maestro, ele não deve permitir que haja qualquer desnível de benefícios/prejuízos na relação. Nenhum dos dois pode querer ser beneficiado em qualquer aspecto dentro da relação e trazer prejuízo para o outro.

            Nesse exemplo hipotético estamos colocando apenas duas pessoas que se encontram, sem qualquer influência de terceiros, de forma didática, para verificar o caminho que deve seguir o Amor sem se tornar corrompido por qualquer interesse parcial de qualquer um dos membros da relação. Até aqui podemos observar que não temos dificuldade em seguir o fluxo do Amor, pois o que devemos monitorar são as nossas próprias idiossincrasias na relação com o outro. Se eu quero ir para algum lugar, ou fazer alguma coisa que o outro não quer, ou quer diferente, então tenho que respeitar essa opinião e não exigir que ela siga meus passos ou queira o que eu quero.

            Eu digo que esse aspecto é mais fácil de administrar, pois depende da própria pessoa em controlar o seu próprio comportamento e não exigir do outro algo que ele considera correto.

            São essas questões de foro íntimo e que diz respeito exclusivamente ao par que se relaciona, que podem ser conduzidas nos trilhos do Amor, se cada um se mantiver sempre atento nos desejos inadequados que possam surgir. O diálogo é algo indispensável, para que o outro saiba o que se passa na mente do parceiro e saber até que ponto ele está se esforçando para a permanência do Amor.

            Essa é uma condição que pode ser vista na relação de Adão e Eva, não existiam outros homens e mulheres que pudessem intervir na relação. Mesmo assim ainda aconteceu a interferência de uma serpente e que conseguiu influenciar a mulher a fazer algo proibido. Essa mulher, por sua vez também induziu ao homem a fazer o mesmo, e sabemos o que aconteceu.

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