Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
24/06/2022 23h08
QUEM É SEU MESTRE?

            Quem é seu mestre? Foi uma pergunta feita a mim por alguém a quem eu me disponha a ser mestre, um mentor... foi uma pergunta lógica, mas me pegou desarmado. Não havia ainda pensado nesse aspecto. Na academia o procedimento é esse. Eu sou aluno de determinado professor, me capacito nos conhecimentos e passo a ser professor de um novo aluno. Dentro dos conhecimentos espirituais o procedimento deve ser o mesmo. Alguém estuda sob a orientação de um mentor que por sua vez já foi aluno de outro mentor. E eu? Não tenho alguém assim tão próximo de mim para me ensinar, como estou me dispondo a ensinar alguém com esta proximidade. Por isso fiquei confuso com a pergunta e fiquei a procurar nos meus relacionamentos quem poderia se enquadrar como o meu mentor. Tive que responder... Ninguém! Meu futuro aluno ficou surpreendido, mas deu uma resposta boa para nos tirar do empasse... Ah! Sim, o Sr. é autodidata, não é assim. Concordei sem muita convicção.



            Nossa conversa inicial tomou outros rumos, mas fiquei com essa indagação na cabeça... como pode? Eu realmente não tenho um mentor? Tudo que aprendi foi por meus próprios esforços. Meu senso de humildade se recusava a aceitar aquela resposta de autodidata. Fiquei a matutar, a pensar que se eu não tinha um mentor ao meu lado, mas tudo que aprendi foi devido a algum autor que escreveu o seu pensamento. Se ele não está materialmente ao meu lado, mas sua obra ficou aqui e atravessa os séculos. Estes meus professores que encontro dentro dos livros, podem muito bem ser meus mentores. Tentei repassar todos na memória para ver quem deles eu encaixaria com mentor.



            No resgate dos nomes de autores que mais influenciaram o meu pensamento surgiu Ramatis. É um autor espiritual que escreveu o livro Fisiologia da Alma. Foi esse livro que impactou os meus paradigmas e aceitando a verdade lógica do que ele ensinava, deixei de comer carne vermelha durante 2 anos. Aceitei suas argumentações de que, estando nos alimentando de Mamíferos estamos cometendo um ato de canibalismo, como os nossos antepassados cometiam.



            Porém, mesmo não tendo escrito nenhum livro ou documento de qualquer natureza, que deixou ser capturado e sofrer todo tipo de ingratidão para nos ensinar em situação de obediência, foi Jesus, o Cristo que mais impactou o meu modo de pensar, meu comportamento e cujas consequências eu vivo até hoje. Foram os escritos que fizeram sobre ele, como se comportava que me deu as mais significativas lições.



            Então estava decidido, e antes de meu futuro aluno saísse eu disse, retomando a conversa que meu mestre é Jesus. Mais uma vez eu causei admiração, como eu poderia ter escolhido um mestre que é tão rigoroso na aplicação das leis morais e tão presente na cobrança daquilo que nos dispomos a fazer?



            Mas fiquei contente com minha resposta.  


Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/06/2022 às 23h08
 
23/06/2022 23h59
JESUS (05) – CONVITE E BODAS DE CANÁ

            Trabalharei o filme “A vida de Jesus Cristo”, disponibilizado por “Cristo Edificando” em 04-05-2021 no Youtube em 3 partes, com 152 mil visualizações em 26-05-2022. Terá como base os versículos dos Evangelhos que estruturam a proposta do Reino de Deus, a Sociedade Ideal que todos nós, humanos, procuramos alcançar.



            MATEUS 4:18-22



            Jesus faz o primeiro convite aos pescadores de forma simbólica. Pescar homens que vivem perdidos no mundo material para se tornarem cidadãos do Reino de Deus. Eles aceitaram, não porque entenderam a profundidade da proposta, mas que se sentiram intuídos de que aquele era o caminho correto. Este mesmo convite e feito ao longo dos séculos pelos apóstolos que terminaram por entender o que era preciso fazer. Chega até nós o convite e também não conseguimos compreender suficientemente. E quando observamos a coerência desse convite, mesmo assim, a maioria, prefere ficar presa nas redes de subjugação ao mundo material.



            - Vinde após mim, e eu os farei pescadores de homens



            JOÃO 2:1-12



            Nesta outra cena, a mãe de Jesus é avisada de que vai faltar vinho. Certamente os anfitriões sabiam que ela era a mãe daquele que se dizia ser o Messias, o filho de Deus, e portanto, a pedido dela o problema poderia ser resolvido. Maria aceita a proposta e faz com que os servos tenham contato com Jesus.



            - Não temos mais vinho (Servo)



            - Fala com meu filho. (Maria)



            - A sua mãe vem falar contigo. (Servo falando cm Jesus)



            - Não tem mais vinho. (Maria falando com Jesus)



            - O que tenho eu com isso? O que queres que eu faça? Ainda não é chegada a minha hora. (Jesus)



            - Fazei tudo aquilo que Ele vós disser. (Maria)



            - Enchei de água essas talhas. Vá servir ao responsável da festa. (Jesus)



            - É a primeira festa de casamento na qual eu vou onde o melhor vinho é servido no final. (Responsável da festa)



            O pai do noivo havia contratado um responsável para administrar a festa do casamento. Como houve muitas pessoas que foram atraídas pela presença na festa do suposto Messias e que Ele poderia fazer algum milagre naquela ocasião, terminou faltando o vinho e que seria um desastre para a dignidade dos noivos e principalmente para os pais, os donos da festa. Jesus sabia que o seu momento público ainda não chegara, mas terminou fazendo a vontade da mãe, pois sentiu nela o desespero que estava esboçado nos donos da festa, e que só a ela e seu filho podiam recorrer.


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em 23/06/2022 às 23h59
 
22/06/2022 00h01
JESUS (04) – JESUS NO TEMPLO E NO BATISMO

            Trabalharei o filme “A vida de Jesus Cristo”, disponibilizado por “Cristo Edificando” em 04-05-2021 no Youtube em 3 partes, com 152 mil visualizações em 26-05-2022. Terá como base os versículos dos Evangelhos que estruturam a proposta do Reino de Deus, a Sociedade Ideal que todos nós, humanos, procuramos alcançar.



            LUCAS 2:40-52



            Jesus está no templo arrodeado de muitas pessoas, falando sobre a condição de cada pessoa se comportar para alcançar o Reino dos Céus. Enquanto isso seus pais biológicos o procuravam desesperadamente. Quando o encontram, a mãe procura adverti-Lo, mas Ele é quem os adverte da importância da Sua missão, do porquê veio até nós, humanidade encarnada.



            - E Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos seus pais, para que eu não venha e fira a Terra com maldição. (Jesus)



            - Filho, por que fizeste assim para conosco. Eis que teu pai e eu te procurávamos. (Maria)



            - É porque aqui me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios do meu Pai? (Jesus)



            MATEUS 3:13-17



            Nesta cena, João Batista está no rio Jordão a batizar quando chega Jesus. Ele percebe intuitivamente de quem se trata e confessa que Ele, Jesus, é quem tem autoridade para batiza-Lo. Culmina a cena com o Espírito Santo na forma de pomba branca, confirmando e confiando na missão do Cristo.



            - Pela autoridade do Deus Todo-Poderoso, eu te batizo como testemunho de que fizeste convênio de servi-Lo.



            - Eu careço de ser batizado por Ti, e vens Tu a mim?



            - Deixe por agora, porque nos convém cumprir toda a justiça.



            - Tendo a autoridade do Deus Todo-Poderoso, eu Te batizo como testemunho que fizeste convênio de servi-Lo.



            - Este é o meu filho amado em quem me comprazo.



            Este é um ensinamento importante e de difícil apreensão. Todos nós somos filhos de Deus, mas o Espírito Santo está dando destaque a Jesus, mesmo tendo muitas pessoas naquele rio à procura de João e do seu batismo. Esta é uma amostra de que o Espírito Santo (Deus) sonda o nosso coração para saber de nossas intenções e que conhece o histórico de Jesus, da sua obediência para se mostrar agradecido e confiante na conclusão da missão que o Mestre reconhece e que está disposto a realizar. Jesus quer que cada um de nós, alcance o conhecimento que Ele tem para obedecer com tanta afinidade à vontade do Pai. que tenhamos em nosso coração essas boas intenções e que nos esforcemos para fazer o que é ensinado para ser praticado.


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em 22/06/2022 às 00h01
 
21/06/2022 00h01
JESUS (03) – APRESENTAÇÃO DE JOÃO AO TEMPLO

            Trabalharei o filme “A vida de Jesus Cristo”, disponibilizado por “Cristo Edificando” em 04-05-2021 no Youtube em 3 partes, com 152 mil visualizações em 26-05-2022. Terá como base os versículos dos Evangelhos que estruturam a proposta do Reino de Deus, a Sociedade Ideal que todos nós, humanos, procuramos alcançar.



            LUCAS 1:57-80



            - Nosso Deus, e o Deus de nossos pais, elevai esta criança em benefício de seu pai e sua mãe e que seja chamado em Israel pelo nome de Zacarias o filho de Zacarias... (Sacerdote)



            - Não, porém será chamado João. (Isabel)



            - Ninguém há na tua parentela alguém que seja chamado por este nome.



            Zacarias que até este momento estava sem falar, escreve na papeleta: “O seu nome é João”.



            - Bendito é o Senhor Deus de Israel porque visitou e redimiu o seu povo e nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo. Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo, para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos que nos odeiam, para manifestar misericórdia a nossos pais e lembrar-se da Sua Santa Aliança e do juramento que jurou a Abraão, nosso pai, de conceder-nos que, libertados da mão dos nossos inimigos, vivamos sem temor em santidade e justiça perante Ele, todos os dias de nossa vida. E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque haverá de ir diante da face do Senhor a preparar os seus caminhos e dar ao seu povo o conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados, pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus. Com o que, o oriente do alto nos visitou para iluminar os que estão assentados em trevas e na sombra da morte, a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.



            Zacarias que até aquele momento havia estado mudo, confirma o nome do filho, João, segundo a sugestão da mãe e faz essa prédica sobre o que o filho poderia fazer, segundo a vontade de Deus.



            É interessante como esses relatos bíblicos no Antigo Testamento fazem movimentos paradoxais de narrativas. Num momento o Deus que se mostra é violento, de punhos fortes, intolerante e vingativo... em outro momento como este que Zacarias protagoniza, Ele envia seu profeta na frente para avisar do Seu filho que viria logo em seguida, para falar do Deus de amor e compaixão, profundamente tolerante para com todos, amigos ou inimigos. Este é o Deus que o Cristo apresenta, o Pai que está em cada parte do universo, inclusive dentro de nós.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/06/2022 às 00h01
 
20/06/2022 00h01
VEREDICTO DA CONSCIÊNCIA

            Sim, tenho a responsabilidade de mostrar o veredicto pelo qual cheguei. Foi importante que fosse colocado para a reflexão, tanto minha quanto de todos os leitores que se interessam pelas colocações que deixo diariamente neste espaço literário. Como já disse nas primeiras publicações, este diário é mais um compromisso que tenho com Deus, de colocar minhas experiências mais pessoais à público, quando não envolva a intimidade de terceiros. Funciona como registro do meu comportamento para servir de exemplo positivo e negativo aos meus irmãos, como se eu fosse uma cobaia do Pai, ajudando no processo educacional trazido por Jesus.



            Ficou claro a dupla participação das forças inerentes ao corpo que se expressam no campo mental e que determina o comportamento. Eu, enquanto a Consciência, tenho a obrigação de fazer as devidas reflexões para reconhecer erros e possíveis mudanças de rumo. Este foi o motivo de Eu ter determinados esses três dias da inatividade voluntária dos desejos do Behemoth. O Espírito, por minha determinação, deixou o desejo do Behemoth de se alimentar ou praticar atos sexuais reais ou imaginários, deixando-os congelados. Precisava que toda a atenção fosse focada para o relato que cada um fez nos dois primeiros dias e que agora, no terceiro dia, mostro o meu veredicto.



            A acusação de injustiça feita ao meu Espírito não procede. Ele teve o cuidado, antes do aprofundamento afetivo com a atual companheira de explicar detalhadamente a ela todo o histórico da vida dele, que ele fazendo assim estava cumprindo uma programação determinada pelo próprio Deus em mim, a Consciência. Deixar de fazer o que ele, meu Espírito permite fazer, isso sim, seria uma injustiça, não para a companheira que iria se alegrar com isso, mas com o próprio Deus que nos criou.



            O meu Espírito deixa bem claro que procura fazer a vontade do Pai, seguindo com determinação a Lei do Amor que o Cristo veio nos ensinar. Procura mostrar que considera que todos são irmãos, que precisam de ajuda e proteção muitas vezes, mesmo que o Behemoth demonstre interesse sexual por muitas das mulheres, irmãs frente ao Pai, que surgem nos relacionamentos. O meu Espírito fez um contrato de conduta com o Behemoth, de permitir o sexo que ele deseja, acima dos preconceitos, mas sob a Lei do Amor. Por isso ele usa sempre a bússola comportamental que o Cristo ensinou: “fazer ao próximo aquilo que deseja ser feito a ele”, e ao seu contrário, “não fazer ao próximo aquilo que não deseja ser feito a ele”. As minhas irmãs que preenchem essas condições e se habilitam para a intimidade sexual, precisam demonstrar que estão cumprindo também a Lei do Amor, condição sine qua non para a existência do ato sexual. Este é o ato mais sublime dos relacionamentos humanos, pois envolve a completude entre duas pessoas, através dos desejos dos Behemoths e Espíritos de cada um. Firma o compromisso dos dois dentro da estrutura ampla da família universal que prepara o ambiente social para o Reino de Deus. Este é o comportamento social do Espírito com todas as suas parceiras sexuais, nenhuma foi usada como mero “objeto de prazer sexual”. Cada mulher que entra na mira do desejo sexual do Behemoth, sempre tem que passar pelo crivo ético e moral do Espírito: o ato sexual que Behemoth deseja vai ser útil para essa pessoa? Ela é minha irmã, mas pode ser minha filha ou minha mãe? Eu devo me comportar com ela como amante ou como pai ou amiga, simplesmente? Ela tem uma perspectiva de vida diferente e que o desejo do meu Behemoth irá levar mais prejuízos que benefícios? Se traz mais benefícios, mesmo assim o meu Espírito procura fazer profundas reflexões antes da relação sexual ser implementada. A minha atual companheira sabe de todo esse procedimento, deve lembrar quantas vezes fomos a um motel, onde os dois Behemoths, um de cada lado, cheios de desejo para o prazer do sexo, mas ambos contidos pelos nossos respectivos Espíritos. Procuramos até ler passagens bíblicas na cama do motel, e saímos sem efetuar o ato sexual. Um controle do Behemoth digno de respeito, mas tal atitude desacreditada e até criticada pela maioria das pessoas que acreditam não ser possível o Espírito controlar o Behemoth neste nível.



Agora, se a mulher que consegue alcançar a condição de parceira sexual comigo, vem demonstrar que não está cumprindo a Lei do Amor, e mostra ataques à minha companheira, perde de imediato a sintonia com o meu Espírito. Isso implica que o sexo com ela não será mais possível e que tudo será revelado á minha companheira. Mas isso não implica que ela será repudiada na condição de irmã e que precisa de ajuda, tanto material quanto, principalmente, espiritual. Talvez o Pai tenha colocado ela em contato comigo para a ajuda-la nos bons princípios, como acontece com todos, como aconteceu com minha atual companheira. Fazendo assim, eu estou fazendo a vontade do Pai que reside em mim, no templo do meu corpo. Ela não pode me acusar de eu ter assediado quem quer que seja do seu círculo de conhecimento, familiar, social ou de amizades. Mesmo que o Behemoth esteja sempre atento ao que está acontecendo e apresentando na mente os seus desejos. O Espírito está mais atento ainda, e não deixa o mínimo interesse do Behemoth causar constrangimento a quem quer que seja, mesmo que, atendendo a curiosidade da companheira, o Espírito tenha dito o nome de uma das pessoas que o Behemoth deseja, como forma de demonstrar o compromisso com a verdade. Até mesmo o sexo imaginário que o meu Espírito permite para satisfação do Behemoth, foi revelado a ela, como se fosse uma companheira efetiva, capaz de compreender as necessidades do Behemoth e com o qual eu tenho um contrato. Se ela tivesse absorvido a condição de companheira a nível bíblico, de ser carne da minha carne, não iria se escandalizar por isso nem se sentir desprezada ou humilhada. Será que ela não percebe a postura fraterna do meu Espírito que a considera carne da carne dele? Tanto é assim que os amigos dela e que querem fazer sexo com ela, meu Espírito não os considera como adversários ou inimigos. Pelo contrário, considera como pessoas amigas que, se seguem a Lei do Amor, podem ter o mesmo nível de intimidade sexual com ela, se ela permitir, tal qual eu desenvolvo com minhas amigas, se elas permitem.



Essa acusação mostra uma forma de instabilidade no relacionamento com minha companheira que leva a frustração e sofrimento. Mas vejo que o meu Espírito não tem nenhuma culpa, pois se ele não se comportar como faz, não cumpre a vontade do Pai, que para nós é o fundamental. E por que ela pede sempre que seja feita um compromisso social de união estável se ela demonstra tanta instabilidade? Claro que o meu Espírito permitiria tal compromisso social se fosse coerente com a realidade. Mas, o comportamento dela demonstra que essa estabilidade não foi alcançada. Que os compromisso mútuos ainda estão dissociados. Enquanto meu Espírito procura fazer a vontade do Pai pelos caminhos que ela conhece, ela procura atender os preconceitos sociais que a cultura exige, mesmo de forma hipócrita. Também ela não demonstra a confiança que é necessária num relacionamento harmônico. Sempre está colocando argumentos ou dúvidas que colocam em cheque a verdade do que eu digo. Se ela não percebe o meu comportamento, o meu histórico e isso não lhe traz segurança, não sei o que mais posso fazer, a não ser pedir a intercessão do Pai. Mas isso não deve ser uma conquista dela? A sua falta de maturidade para aceitar um comportamento tão diferente com a realidade cultural onde ela está inserida e foi educada, é que motiva a minha omissão em vários comportamentos que desenvolvo com minhas amigas, e que ela sabe que pode acontecer. Se ela sabe que pode acontecer, deve aceitar sem sofrimentos tudo que sua imaginação acredita que esteja acontecendo. Caso contrário, o sofrimento pode impedir uma convivência, coisa que eu não desejo que aconteça fraterna e harmônica.



Meu Espírito e Eu estamos determinados em fazer a vontade do Pai, de acordo com os caminhos que Ele nos apresenta. Estou pronto a pagar o preço por isso, que geralmente é o abandono por minhas companheiras, como se eu fosse um depravado, que não cuido dos sentimentos que elas têm por mim. Não sou entendido por elas nem por ninguém  em minhas convicções e me sinto sozinho, mesmo arrodeado de gente que diz me amar e que acredito nisso. Mas quando o Behemoth de cada um se ver preterido por outras pessoas, a descarga emocional sobre mim é muito grande, mesmo por pessoas que viveram tanto tempo comigo, sabem de minha forma de pensar e de agir. Se eu tenho que viver sozinho para não fazer ninguém sofrer por minha convivência, estou pronto para isto, mesmo que agora, com 70 anos de vida, eu sofra o peso físico e cognitivo da idade. Mas sei que estarei sempre junto com o Pai, mesmo que eu não reconheça nenhuma das pessoas que eu tanto amo, mas com certeza, sempre sentirei o Pai em meu coração, pois Ele sabe que sempre procurei cumprir a Sua vontade.



            Assim, este é o meu veredicto: meu Espírito é inocente da acusação de injustiça. Pelo contrário, ele é quem poderia acusar de estar sendo injustiçado. Pois ele não é acreditado quando fala a verdade que é um princípio da sua existência. Aceitou a convivência com a atual companheira acreditando no que ela dizia, de compreender os meus argumentos e que conseguiria conviver com o meu comportamento, mesmo que viesse a sofrer, como foi advertida tantas vezes, inclusive por minhas antigas companheiras. Mas, não oriento que seja jogado o meu Behemoth sobre o Behemoth dela, que está provocando tudo isso. Parece que, se para atingir a estabilidade na relação de convivência seja preciso retirar condição de marido e mulher. Se assim for, que assim seja. Podemos conviver como amigos, uma experiência que já fiz durante 8 anos com a minha última companheira, antes dela. Não deu certo, pois ela continuou a me cobrar como marido. Esta é a proposta que eu faço, uma tentativa de harmonização, viver como amigos para evitar a separação, que ambos não queremos. Que possamos continuar o diálogo com os nossos Espíritos, deixando os Behemoths sob controle. Peçamos a proteção e sabedoria ao Pai, para que não saímos dos Seus caminhos levados pelos desejos e preconceitos da carne.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/06/2022 às 00h01
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