Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
27/06/2014 00h01
AMOR E FIDELIDADE

            O Amor é a energia mais forte do Universo, que cria os mundos, os seres, e os harmonizam num processo evolutivo sintonizados com o tempo.

            A Fidelidade é uma direção dos pensamentos e de comportamentos que devemos seguir coerente com a Verdade que nos liberta dos erros da ignorância.

            Sei que estou na Terra convivendo com diversas mentalidades e cada uma possui determinada porção da Verdade. Algumas verdades destoam de outras e isso significa que deve ser feito ajustes no pensamento em direção a Verdade essencial. Sei que muita gente já adquiriu porção da Verdade muito maior que aquela que conquistei, porém imagino que a maioria das pessoas ao meu redor talvez nem saibam dessa Verdade.

            Reconheço dentro da minha consciência a vontade de Deus que deseja ser expressa por meu comportamento na direção da construção do Seu Reino. O amor que tenho a Ele motiva a realização desse serviço com fidelidade. Não devo desviar dele por outros motivos, geralmente pessoais, de prazeres corporais, de compromissos materiais.

            Da mesma forma que eu penso, eu sei que cada pessoa tem o direito de pensar e de identificar na sua consciência o que Deus quer de si. E fazendo isso deve ser fiel também a essa vontade de Deus. A partir daí podemos observar diferenças marcantes que levam a incompatibilidade de pensamento, sentimento e comportamento. Mesmo existindo uma só Verdade, o caminho para chegar a ela pode ser variado. Cada um pode seguir uma vereda e de igual forma chegar a Verdade essencial.

            Observamos isso no exemplo do Cristo. Ele chegou à Terra com uma missão bem clara, que começou a exercer aos 30 anos de idade. A Sua missão era ensinar sobre o mundo espiritual, da nossa filiação com Deus, da capacidade que temos de ser uno com Ele, de comunicar sempre com Ele através da oração e de preparar o Seu Reino aqui na Terra. Tudo isso através da aplicação do Amor Incondicional.

Ele fez contato mais íntimo com os doze apóstolos e mostrou a eles que a Sua verdade era mais importante ou mais correta que a deles, e por isso eles passaram a segui-Lo, passaram a ser fiel a Verdade que Jesus ensinava. Podemos observar que a personalidade da pessoa fica em segundo plano, mesmo que essa personalidade seja a de Jesus. O mais importante é a Verdade que Ele prega, pois se Ele não for fiel a essa mensagem, Ele perde a força da coerência. Assim, sou fiel a uma Verdade que acredito como correta, não a pessoa A, B, ou C. As pessoas enquanto aspecto físico perdem suas importâncias; o importante é o grau de consciência, fiel a determinado aspecto bem mais próximo da Verdade essencial. Os corpos são apenas instrumentos operacionais das forças que se dirigem ou não à essa Verdade.

            Assim, dentro dessa perspectiva, adquiri a consciência do caminho que devo seguir, de construir a família ampliada como uma aproximação da família universal que deverá compor o Reino de Deus. Muitas pessoas se aproximam de mim e todas tem dentro de seus conceitos a formação da família nuclear. Caso queiram seguir esse caminho da família nuclear, sabem que estão num caminho diferente do meu, não podem caminhar juntos comigo, pelo meu caminho. Podemos caminhar em direção a Verdade Essencial, a Deus, por esses caminhos diferentes, podemos fazer trabalhos profissionais, comunitários, sem problemas. Podemos ser amigos, vizinhos, confidentes, sem problemas. Nós temos o mesmo foco final, uma ética que nos leva a Deus. Agora a caminhada íntima só pode ser feita por quem comungue o mesmo ideal, que seja fiel a mesma ideia.

            É minha responsabilidade esclarecer para cada pessoa que se aproxime de mim com desejos de caminhar por minha estrada, saber com detalhes como é que ela está projetada, como será o caminhar, em que destino eu quero chegar. A pessoa interessada deve avaliar com honestidade se vale a pena deixar de lado o que antes defendia como certo, sua instrução familiar, escolar e cultural para aceitar a verdade do que eu digo. É o caso de trocar a verdade dela por minha verdade. Esse é o momento crucial. Essa permuta deve ser feita com toda avaliação possível, dos riscos e benefícios, da coerência ou não, da coragem ou não de mudar dentro de uma cultura adversa. Os aspectos culturais, corporais, instintivos, românticos, todos devem ficar em segundo plano. A ideia diferente é que está sendo posta em avaliação, de sua aceitação ou não. A aceitação da ideia nova implica em ser fiel a ela, não importa em que circunstância, perto ou longe, alegre ou triste, só ou acompanhado.

            A ideia da construção da família ampliada passa a ser o caminho, a verdade imediata a ser seguida sem tergiversações, sem murmurações. Não é que a pessoa seja fiel a mim, é fiel a uma ideia que pode em alguns momentos ser até contrários aos meus interesses pessoais. Como por exemplo, se uma das minhas companheiras se associar a outro companheiro que comungue das mesmas ideias. Essa situação reforça a ideia da família ampliada, mas destoa dos meus interesses pessoais, machistas, preconceituosos, exclusivistas... Mas isso é secundário, não afeta o meu sentimento de Amor; o que importa é a ideia da qual eu sou fiel como qualquer uma de minhas companheiras deve ser, em qualquer circunstância.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/06/2014 às 00h01
 
26/06/2014 07h18
AMAR E SERVIR

            Outro trecho do Evangelho levanta dúvida na minha mente, mas logo em seguida uma certa compreensão da sabedoria de Jesus. Ele diz:

            “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: apascenta os meus cordeiros. (...) Simão, filho de João, amas-me? – e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas”.

            Essa pergunta repetida que Jesus faz a Simão, que Ele passou a chamar de Pedro, para mim soa como desnecessária e até impertinente, justificando a reação de Pedro. Seria então Jesus inseguro ou impertinente como minha lógica tenta classificar?

            Mas, analisando com mais profundidade a questão, vejo que Ele não faz a pergunta isolada, segue a ela um pedido imperativo: apascenta minhas ovelhas!

            Jesus sabia antecipadamente que muitos iriam entender a Sua mensagem, mas logo cairiam no esquecimento voltando aos padrões egoístas anteriores. Era necessário alguém que lembrasse as lições do Mestre e os compromissos assumidos pelas ovelhas. Pedro seria essa pessoa com essa responsabilidade. Então, Ele teria que reforçar na mente do dedicado pescador essa responsabilidade. Para fazer isso era necessário trazer à tona a motivação principal, lembrar a Pedro do motivo pelo qual ele O seguia: o Amor. Pedro O reconhecia como verdadeiro profeta, filho de Deus e que ensinava a Lei do Amor identificado com o Pai. Por isso Pedro O amava e estava aprendendo a refletir este mesmo Amor entre as pessoas do seu convívio. Jesus sabia que Pedro era honesto, apesar de impulsivo. Sabia que ele O amava por reconhecer nEle essas características divinas, mas sabia que ele poderia esquecer todas essas lições quando o Mestre não se encontrasse mais na vida material. Era importante associar o sentimento de Amor que ele possuía com o serviço necessário de reativar e levar à frente Sua mensagem no futuro. Pedro, com sua mente rústica, logo pensou como eu, ficou irritado e descontente com tanta insistência em saber de um sentimento que o Mestre já devia conhecer nele. Não fez a devida conexão com o pedido imperativo, “apascenta as minhas ovelhas” que o levaria a um serviço pelo resto da vida. Porém a lição ficou armazenada no seu inconsciente e no futuro Pedro se via cada vez mais cumprindo esse serviço que Jesus tão bem soube impregnar em sua mente, o amar com o servir. O cumprimento dessa lição por parte de Pedro justificou a criação da Igreja cristã que persiste até hoje em seus diversos formatos.

            Trago as implicações dessa lição do Mestre Jesus para os dias atuais. Vejo que sou uma das ovelhas apascentadas pelos prepostos Pedro a pedido de Jesus. Com o estudo aprofundado dessas lições evangélicas e tantas outras existentes no planeta ditadas por outros filhos de Deus em diversas culturas, adquiri a consciência que não podemos apenas viver para comer, crescer, reproduzir e morrer. Isso é o que faz todas as famílias nucleares dentro de uma existência de prioridade material. Adquiri a consciência de que devo ser um dos construtores do Reino de Deus, como Jesus anunciou. Percebi ao longo do tempo a vontade do Pai para que eu seguisse o caminho da construção de uma família ampliada, no começo de forma inconsciente, mas sempre coerente com a Sua Lei do Amor Incondicional. Hoje, em plena maturidade, vejo todos os detalhes, desvios e empecilhos do caminho. Cabe agora a minha consciência fazer o trabalho necessário que está colocado à minha frente em tantos campos de atuação. Não precisa o Pai perguntar se eu O amo, Ele sabe que sim. Também sabe que eu aprendi com o Mestre Jesus que amar implica em servir, e quem queira ser o primeiro no Reino, deve ser capaz de servir a todos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/06/2014 às 07h18
 
25/06/2014 12h35
FERMENTO DO MUNDO

            O mundo foi criado a partir do Big-bang, como afirma a ciência em sua principal hipótese sobre a origem do Universo. A partir dessa explosão inicial a matéria criada passou a se expandir e continua assim até o presente momento. Átomos, moléculas, células e a vida foram formados nesse processo evolutivo. Hoje observamos a vida consciente desenvolvida na Terra, planeta que faz parte dos bilhões que são estimados existirem. Os mecanismos necessários para a formação e perpetuação da vida biológica estão centrados em sua própria organização fisiológica que no organismo humano chega a atingir cerca de 100 trilhões de células. Cada um dos seres assim formados nessa escalada evolutiva, procuram ter o máximo de sucesso reprodutivo como forma de sobrevivência da espécie.

            Por outro lado, quanto mais a inteligência evolui e domina os mecanismos da Natureza, provocando desvios ou estimulando processos, ocorre um risco cada vez maior de prejuízos ou destruição, local ou global, se apenas os princípios materialistas do pensamento estiverem em ação. Assim, quando o pensamento atinge esse grau de maturidade capaz de provocar danos na própria Natureza, emerge da consciência o sentimento de um Criador para tudo, cheio de Amor e harmonia. Reconhecemos a nossa filiação a essa entidade Criadora e entendemos que devemos fazer a Sua vontade, que é cheia de Amor e harmonia. Esse entendimento vai de encontro aos instintos materialistas sempre associados ao egoísmo. Passamos a observar o mundo de forma diferente, que a energia Criadora se processa com mais fidedignidade em outro plano da vida, o plano espiritual. Chegamos a conclusão de que devemos viver neste mundo material, observando todas as necessidades do corpo material, na sua manutenção da vida individual e conservação da espécie, mas obedecendo com prioridade a Lei do Amor que está associado ao Criador no plano espiritual.

            Foi isso que Jesus veio nos ensinar, a Lei do Amor e nossa filiação a Deus, nosso Pai eterno. Quando aprendemos essa lição e passamos a praticá-la, deixamos de obedecer com prioridade às leis do mundo material para obedecer a Lei do mundo espiritual. Por isso o mundo, representado por aquelas pessoas que se mantêm presas nos princípios materiais, passam a nos odiar. Não pertencemos mais ao mundo material, assim como Jesus, que foi torturado e crucificado como prova da aplicação desse ódio. Mas não temos escolha. A nossa consciência já aponta para a certeza da Verdade que o Cristo nos ensinou e que não podemos mais negar. Devemos ter a coragem de confirmar essa Verdade em qualquer lugar ou momento, como fez os primeiros cristãos nas arenas romanas.

            Na condição de cristão que me considero, sei que devo levar adiante a missão de Jesus no mundo. Essa escolha que fiz, muitos outros já fizeram e ainda fazem. A sensação de não pertencer a este mundo leva muitos a formarem comunidades cristãs isoladas, conventos, mosteiros, chegam alguns a se isolar e não exercer influência na sociedade. Não podemos cair nesse erro, pois a ideia do Cristo é que sejamos o fermento do mundo novo, da criação do Reino de Deus. Não podemos fazer isso de forma isolada. Temos que estar junto no mundo material, ensinar sobre o mundo espiritual e da sua prevalência na vida, e com o nosso exemplo ajudar na formação da sociedade mais adequada à Lei do Amor.

            Entendendo dessa forma é que não entrei em nenhum mosteiro ou algo semelhante, nem ao menos numa religião definida. Prefiro manter minha consciência livre para decidir sobre o melhor caminho para fazer a vontade de Deus dentro de minhas convicções e possibilidades.

            Isso não me deixa imune a raiva e ódio que as pessoas que ainda estão associadas ao egoísmo do mundo material possam desenvolver por mim, por maior que seja a proximidade, por qualquer que seja o motivo. Mas sei que fazendo assim, estou servindo de fermento para o novo mundo, mesmo que ninguém ao meu redor perceba dessa forma, mas a minha consciência associada à vontade do Pai assim considera.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/06/2014 às 12h35
 
24/06/2014 12h20
JOÃO, O BATISTA

            João Batista foi um pregador judeu do início do século I, citado pelo historiador Flávio Josefo e pelos autores dos quatro evangelhos da Bíblia. João era filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus.

            O nome João tem o significado de “Deus é propício” e ele foi apelidado de Batista pelo fato de pregar um batismo de penitência. Ele batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios (pessoas não israelitas) nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adaptados pelo cristianismo.

            É o único santo cujo nascimento e morte, em 24 de junho e em 29 de agosto, são evocados em duas solenidades pelos cristãos.

            A profecia aponta para a obra de preparo feita por João. Ele é a voz do deserto clamando: “Preparai o caminho do Senhor”. Inicia a sua obra esclarecendo que ele não era o Cristo e que seu trabalho seria o de converter os corações e habilitar para o Senhor um povo preparado.

            O preparo para a vinda do Reino de Deus foi feito por meio da proclamação de advertência e da necessidade de arrependimento. Ele advertia que: “já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Mateus 3:10). Multidões escutavam o apelo de João: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mateus 3:2). Os que atendiam o chamado e se arrependiam se tornavam um povo preparado produzindo “frutos dignos de arrependimento” (Mateus, 3:8). Muitos foram preparados e outros não.

            João mostrava especificamente a mudança que deveria ocorrer na vida dos homens. Não só condenava o mal, mas salientava a mudança que Deus espera das pessoas perdoadas, como honestidade, não violência e contentamento. Preparava todos para um caminho de santidade por onde o povo de Deus devia caminhar.      

            João foi quem primeiro identificou Jesus dentro da Sua missão: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Jesus era visto por João como aquele tipificado no cordeiro pascal, aquele cordeiro que foi levado ao matadouro pelo pecado do homem (Isaias 53).

            Fico a refletir sobre essas informações e não deixo de fazer considerações desse passado com este presente que constrói o futuro. Sei que tudo está subordinado à lei do Progresso, que existe uma evolução constante que abrange todo o Universo. Certamente as lições de Jesus não estariam paradas no tempo, estagnadas, sempre repetindo o refrão da evangelização, da catequização, mas sem o Reino de Deus nunca se concretizar. É importante que avancemos, já existe um bom número de pessoas preparadas pela evangelização para a construção desse Reino. O Paráclito, o Espírito da Verdade já habita em muitas consciências. Devemos partir para a aplicação da Lei do Amor Incondicional em todos os nossos relacionamentos e construir a Família Universal.

            Neste dia que festejamos o nascimento de João Batista, que cada fogueira acesa na terra, que cada fogo estourado no céu, nos lembre dessa responsabilidade.

            É tempo de queimar esse homem velho, adâmico, cheios de instintos egoístas de procura do prazer material, carnal. Deixar que surja dentro da coletividade a boa safra dos frutos das boas árvores.

            Cada um que conheça o Evangelho de Jesus, que saiba da guerra entre o bem e o mal, que está engajado nas fileiras do Cordeiro, deve entrar agora na convocação final dos tempos apocalípticos, da transformação da Terra em planeta de regeneração. Deve orar com toda força da sinceridade ao Pai para que consigamos a limpeza necessária ao nosso coração, mesmo com todo sofrimento que isso possa acarretar, para que o Amor que flui dEle não seja contaminado pelo egoísmo da nossa condição animal e sejamos capazes de refleti-lo com pureza ao nosso redor.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/06/2014 às 12h20
 
23/06/2014 07h33
OS JUSTOS

            Os homens, de forma geral, falam muito em Deus. Mesmo alguns se considerando ateus, em alguns momentos de dificuldades ou de resolução de graves problemas, dão “graças a Deus”. Isso é uma prova de que se habituaram a repetir o seu nome em vão, sem todavia, crerem verdadeiramente nEle, que estamos imersos nEle e Ele em nós, que somos os seus filhos e que devemos fazer Sua vontade e que da consciência absoluta dEle não conseguimos escapar, que Ele sonda constantemente nossos corações. Eu mesmo faço essa autocrítica. Quantas vezes me esforço para lembrar-me dEle, de conversar com ele através da oração e de ouvir o que Ele quer me dizer através da meditação. Mas não consigo atingir a contento esse objetivo. Muitas vezes não me lembro dos compromissos que assumi, outras vezes lembro, mas não tenho forças para realizá-los. Então, como poderia eu julgar os meus irmãos se reconheço que as falhas deles eu posso cometer com bem maior gravidade, pois a quem muito foi dado, muito será cobrado?

            Sei que os justos viverão pela fé. Justos são aqueles que incrementam todos os dias os trabalhos de disciplina íntima, que estimulam a caridade e que exercitam o Amor, procurando universalizar os seus sentimentos. Nesse clima, a criatura sairá da opressão dos acontecimentos e, mesmo na Terra, respirará o ambiente do céu.

            Sei que tenho de observar uma lição preciosa do Mestre Jesus: “Não julgueis e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e com a medida que tiverdes medido, também vos sereis medidos. Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? Como ousas dizer a teu irmão: deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”.

            Aquele que deseja ser justo, não deve esquecer esta lição. Nosso Amor para com o próximo deve ser sincero e concreto, na presença ou na ausência. Não posso falar bem de uma pessoa, ou omitir opinião negativa quando ela está presente, e na ausência “soltar os cachorros” sobre ela. Isso além de ser o pecado mais criticado pelo Cristo, a hipocrisia, ainda vem acompanhado da covardia. Se o irmão está ausente aí é que seus defeitos devem ser esquecidos e suas virtudes lembradas.                                              

            Não posso julgar o meu irmão, pois sei que não sou perfeito. Não posso fazer prejuízo aos que me rodeiam, principalmente aqueles que de alguma forma fazem parte da minha vida, da minha caminhada. O mau juízo a respeito de um irmão é sempre um atentado contra a pessoa e contra a comunidade. E dentro da família, nuclear, ampliada ou universal, jamais deverá ser feito. A regra de ouro é: se temos algo negativo a comentar sobre determinada pessoa, que o façamos de forma reservada; se temos algo positivo a comentar, que o façamos em público.

            No Evangelho não existe nenhum trecho que me incentive ou autorize a julgar o próximo. Devo acostumar-me a interpretar bem o próximo, mesmo quando suas ações não evidenciem o bem.

            Além de ofender a misericórdia de Deus, a qual sou convidados a imitar, posso ofender também a Verdade, pois a minha verdade pode ser um equívoco das minhas cognições. Não sou melhor do que os outros, não estou em posição de julgar ninguém.

            Se quero ser justo, tenho que decorar e aplicar esta lição: não julgar!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/06/2014 às 07h33
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