Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
09/08/2019 00h07
AA – COMANDO BRASILEIRO

            Na guerra espiritual que se desenvolve no mundo, os estrategistas da Luz, sob a direção de Jesus, desenvolveram o projeto de tornar o Brasil o coração do mundo e a pátria do Evangelho. Em função disso observamos que o Brasil se tornou o país com maior número de cristãos, e atualmente assumiu a presidência um gestor com o lema de “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” com o foco prioritário de vencer o vírus da corrupção que já havia se entranhado nas diversas instituições públicas e privadas.

            Essa infecção virótica da corrupção nas instituições brasileiras, tinha como meta a inviabilidade do país em cumprir o projeto espiritual da Luz. Agora, onde encontrar dentro do país, uma instituição livre da corrupção que facilmente se instala dentro da nossa natureza humana? Que seus membros usam o anonimato como forma de vencer o egoísmo que está dentro de cada um? Qual a instituição que obedece ao Poder Superior, qualquer que seja o nome que dermos a Ele? Que inicia e termina as suas reuniões ordinárias sempre pedindo ao Senhor, serenidade para aceitar as coisas que não podem ser modificadas, coragem para modificar aquelas que podem ser modificadas e sabedoria para distinguir umas das outras? Parece impossível encontrar uma instituição assim, não é mesmo? Mas existe: Alcoólicos Anônimos!

            É uma instituição já pronta para colaborar com esse estado de guerra espiritual. Existem células, salas de reunião, espalhadas por todo o planeta. Sua função básica é recuperar os filhos de Deus atingidos pelo alcoolismo, qualquer que seja a sua condição, recuperar a saúde da família e o potencial financeiro da nação.

            Foi com essa compreensão que participei do 44º aniversário de AA no Rio Grande do Norte, ocorrido na cidade de Açu, nos dias 3 e 4-08-2019. Fui com o objetivo de fazer uma exposição (descrita neste diário no dia 06-08-19) no dia 03-08-19. Logo após fui convidado para participar do início das atividades do dia seguinte, conduzindo a bandeira do Brasil na cerimônia do desfile das bandeiras. Senti-me honrado e aceitei o convite.

             Assim, no dia 04-08-2019, entrei no auditório lotado da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, empunhando a bandeira do Brasil, a pedido da Irmandade de Alcoólicos Anônimos. Confesso que fiquei emocionado, atravessando aquele corredor apinhado de gente, todos em sinal de respeito, cantando o hino nacional, enquanto eu fazia tremular a bandeira por sobre as cabeças de todos nós.

            Fiquei um momento sobre o palco, à frente da mesa diretora dos trabalhos, e de frente para a plateia. Apoiei a bandeira sobre o quadril com a mão esquerda e com a outra assumi a posição de respeito, com a mão direita sobre o coração, como a maioria fazia. Fiquei ainda mais emocionado, ao lembrar que o Poder Superior havia orientado a criação da Irmandade de Alcoólicos Anônimos, patrocinadora da festa; que Jesus havia projetado ser o Brasil a pátria do Evangelho e coração do mundo; que o anjo Ismael ficou responsável por levar avante esse projeto, e que agora, eu estava ali, na presença de tantos companheiros, levantando o símbolo da nação que leva consigo essa responsabilidade que o Cristo nos outorgou.

            Senti como se eu tivesse, naquele momento, trazendo ao mundo material a responsabilidade do primeiro Comando Brasileiro nessa guerra espiritual, aquartelado dentro da Irmandade de Alcoólicos Anônimos.

            Assim, ao término, repousei a bandeira do Brasil por trás da mesa diretora dos trabalhos, ladeada pela bandeira do Estado do Rio Grande do Norte e pela bandeira da Irmandade de Alcoólicos Anônimos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/08/2019 às 00h07
 
08/08/2019 00h07
AA – CRUZ VERMELHA

            Nas batalhas que ocorrem no campo material, existe uma importante instituição que trabalha no campo, recolhendo e cuidando dos combatentes que caem feridos, independentes da cor do seu uniforme, a farda do seu exército: a Cruz Vermelha.

            Na Batalha Espiritual em que estamos envolvidos, as forças das trevas jogam a bomba do álcool que termina atingindo 10% das pessoas que sentem seus efeitos. Essas pessoas se tornam dependentes, adictos, escravos do álcool... alcoólicos!

            A química da substância álcool se torna uma peçonha, um veneno. As pessoas atingidas perdem sua capacidade de raciocínio, de se reconhecerem doentes, mas filhos de Deus. É como se fosse uma doença invisível. Destrói a vida biológica, financeira, familiar, profissional, espiritual e, principalmente, a dignidade de ser a imagem e semelhança do Criador.

            Essas pessoas assim doentes, eram colocadas fora de combate, obedecendo a natureza da doença: progressiva, reflexiva, incurável e fatal. Parecia que nada poderia ser feito para salvar essas pessoas do seu destino trágico, pois até mesmo a medicina se mostrava impotente na sua recuperação.

            Foi quando na década de 30 do século passado, um homem chamado Bill, nos Estados Unidos, desesperado para escapar da doença, mesmo sendo ateu, rogou a qualquer Poder Superior, que as pessoas geralmente chamam de Deus, que lhe ajudasse. O Poder Superior ouviu e enviou a sugestão através de padres e pastores, para que essa pessoa conversasse com outra pessoa também atingida pelo alcoolismo, e fizesse um depoimento da sua vida, dos seus sofrimentos causados pelo álcool. A sugestão foi obedecida e no primeiro encontro de Bill com o Dr. Bob, esses dois escravos do álcool perceberam o alívio em suas compulsões e resolveram criar a Irmandade de Alcoólicos Anônimos que se espalhou pelo mundo.

            Hoje, observamos que dentro da Batalha Espiritual que continua ferrenha no mundo, as pessoas que se tornam feridas e incapacitadas pelo álcool, qualquer que seja sua religião, nacionalidade, ou partido político, possuem a Irmandade de Alcoólicos Anônimos que servem como a Cruz Vermelha a recolher e recuperar feridos.

            Em qualquer cidade por mais simples que seja, podemos encontrar uma sala de AA que serve como enfermaria de um grande hospital. Cada membro que vai à cabeceira de mesa prestar seu depoimento, estar administrando um medicamento através de sua fala a todos os presentes. O conteúdo desses depoimentos, de natureza honesta, humilde, focando os sofrimentos do expositor, gera a formação do Poder Superior dentro da sala, se tornando acessível a cada um dos presentes à reunião, quer sejam alcoólicos ou convidados.

            Esta é a atuação do AA, tal qual a Cruz Vermelha no campo espiritual, salvando vidas que de outra forma se mostravam irrecuperáveis.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/08/2019 às 00h07
 
07/08/2019 03h04
AA – CONHECIMENTO E RESPONSABILIDADE

            Fui convidado a fazer uma palestra no aniversário de 44 anos de AA no Rio Grande do Norte, na cidade de Açu-RN, evento que foi realizado no sábado, dia 03-08-19. Eis o conteúdo da minha exposição.

            Boa noite, amigos. Nós achamos da máxima importância esta reunião da irmandade de Alcoólicos Anônimos, de informação ao público, dado o desconhecimento que muita gente tem da Irmandade. Sou professor da UFRN, da disciplina de Psiquiatria; coordeno a disciplina de Medicina, Saúde e Espiritualidade, e logo que comecei a clinicar na psiquiatria, naquele afã de cuidar, de curar os pacientes, comecei a ficar decepcionado, pois a maioria dos meus pacientes, ou mesmo a totalidade deles, não tinha uma cura. A depressão, a esquizofrenia, a ansiedade... eles eram compensados, melhorados, mas não curados. Mais frustrado fiquei quando comecei a tratar os alcoólicos. Eles, diferentes dos outros doentes mentais, quando estavam sóbrios eram pessoas normais, não tinham em si qualquer tipo de sintoma mental que observava nos outros doentes. Eram pessoas saudáveis, mas quando bebiam se transformavam. E isso era constante, todo dia e precisavam ser internados. E eu internava! Ficava um mês, dois... um ano, e recebiam alta. Iam para casa aparentemente normais, e logo, no mesmo dia, na mesma semana, voltavam a recair no consumo de bebidas alcoólicas. E não tinham nenhum sintoma mental e voltavam a beber, mesmo não querendo.

O que estava acontecendo? Eu, formado pela academia, com doutorado na área, não conseguia cuidar desses pacientes, não conseguia ajuda-los a parar com a bebida. Então, comecei a ver que eu era incapaz de curar meus pacientes, era mínima a minha taxa de sucesso.

Foi aí que tive a informação que, aqueles que iam e ficavam no AA,, permaneciam em abstenção do álcool e reformulando a vida para melhor, tanto de si como dos familiares. E as pessoas que formavam essa irmandade não tinha nenhum conhecimento técnico, eram pessoas leigas que apenas tinham em comum a doença do alcoolismo. Onde estava o segredo? Foi ái que observamos que algo que a academia não fazia e a irmandade fazia: a espiritualidade. Nós da academia não dávamos valor à espiritualidade, mas ela estava no centro da irmandade. A irmandade de AA surgiu com foco na espiritualidade e comecei a trabalhar nessa questão, cheguei a formar na UFRN essa disciplina e comecei a dar a devida importância ao lado espiritual.

            Nós estamos numa guerra espiritual há muito tempo, onde Deus fez a sua criação com harmonia e o Demônio tenta desestabilizar os seres humanos, a imagem e semelhança do Criador. O Diabo, inteligente como na realidade é, colocou em nosso caminho um obstáculo, uma pedra: o álcool. Ela vai fazer a gente tropeçar, cair e nos tornar sem condições de levantar. Mata nossas células mais importantes e sensíveis, que são nossos neurônios, principalmente os neurônios da parte frontal do cérebro que são os responsáveis pelas ações inteligentes, por nossos diagnósticos, decisões, avaliações. Esses neurônios ficam deprimidos e terminam morrendo e as pessoas agora passam a manifestar os seus instintos básicos que se manifestam de três formas, que descrevemos de forma jocosa: comportamento de macaco, porco e leão.

            Então, a pessoa agora doente do alcoolismo, não está sofrendo sozinho. Ela tem uma mãe, um pai, uma esposa, os filhos, enfim, muitos parentes e amigos que sofrem com ela. Assim, concluímos que estamos envolvidos numa batalha espiritual onde todos, que sejamos alcoólicos ou não, estamos dentro dela. Devemos atentar para nossa condição de vida, se estamos em um ou outro exército. A Bíblia diz que nossa verdadeira luta é contra as forças malignas que estão tentando destruir a humanidade. Temos que observar as características dos servos de Deus, as virtudes. As características diabólicas, os vícios e os pecados capitais. Nós não somos ainda santos, somos carregados de egoísmo de características negativas. Temos que nos esforçar para nos libertar desse encargo.

            Os pacientes alcoólicos estão atingidos pela arma do demônio, o álcool. Devemos nos esforçar, fazer parcerias com as igrejas de todas denominações, as instituições mais diversas, para libertar o homem do espírito maligno que está dentro daquela garrafa. Temos que saber que o álcool desencadeia no cérebro uma ativação nos circuitos do prazer e isso faz com que ele repita o comportamento quantas vezes tenha interesse em sentir de novo esse prazer. E quanto mais cedo a pessoa começa a usar o álcool, mais fácil e rápido ela se torna dependente.

            Dentro dessa Batalha Espiritual, devemos esclarecer as pessoas sobre a doença que é progressiva, reflexiva, incurável e fatal. É uma doença séria e que poucos veem, podemos até chamar de doença invisível. A pessoa se torna incapacitada e sem condições de defender seus interesses

            A criação da Irmandade de AA foi uma contra-ofensiva de Deus para conter o ataque do mal. As pessoas reunidas na sala de AA representam um quartel general de Deus, onde se forma o Poder Superior que fortalece todos. Mas existe um problema. Por exemplo, se formos internar um paciente durante um mês num hospital psiquiátrico vai ser gasto em torno de 10 a 15 mil reais. Os familiares podem se cotizar e pagar pelo tratamento, e que na maioria das vezes falha. Agora, os doentes chegam ao AA e ficam recuperados. Passam um, dois, dez, vinte, trinta anos sem beber, abstêmios e recuperando sua vida e de seus familiares. E quanto foi pago por isso? Nada! Mas tem algum custo? Sim. O custo são as pessoas que frequentam essas salas de AA e as mantem com seus próprios recursos, para acolher os alcoólicos que ainda sofrem e que precisam desse apoio, como elas tiveram. Então, por gratidão, todos os alcoólicos, recuperados, tem o dever moral de manter esses grupos abertos, ajudando os outros e principalmente a si próprios para manter a sua sobriedade.

            De acordo com a minha compreensão técnica, eu vejo que a participação do alcoólico em AA tem muito mais sucesso na recuperação de que o uso de remédios, psicoterapia ou mesmo a internação. Vejo que as famílias podem se integrar ao Al-Anon, os filhos ao Al-Teen, para aprenderem como se comportar e ajudar o seu parente a se recuperar.

            Vamos seguir a lição de Jesus e procurar a Verdade para nos libertar, e aqui está o caminho: vamos participar dos grupos de AA, de Al-Anon, Al-Teen, estudar a sua literatura e nos capacitar. E advirto: o próprio Jesus já dizia que, a quem muito é devido, muito será cobrado. Eu tenho essa responsabilidade, pois sei os caminhos mais eficazes para tratar meus pacientes, por isso estou aqui com vocês em AA. E vocês também, hoje receberam informações que levam a ter novas responsabilidades, inclusive nessa guerra espiritual. Façam essa reflexão interna e vejam o que podem fazer, onde querem ficar colocados nessa Batalha Espiritual que tem o alcoolismo como a ferramenta do demônio.

            Onde cada um de vocês querem ficar mobilizados? A decisão é de cada um!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/08/2019 às 03h04
 
06/08/2019 00h05
O   LIVRO NEGRO DO COMUNISMO – (03) IDEAL OU REAL

            Após o golpe de estado bolchevique na Rússia, este é o primeiro livro de referência sobre uma tragédia de dimensão planetária, com numerosos testemunhos, mapas, fotografias, e mapas das deportações.

Já se escreveu que “a história é a ciência da infelicidade dos homens”; a própria história parece confirmar séculos de violência entre todos os povos e estados. As principais potências europeias estiveram implicadas no tráfico de negros; a República francesa praticou uma colonização que, apesar de algumas contribuições, foi marcada por numerosos episódios repugnantes, e isso até o seu término. Os Estados Unidos permanecem impregnados de uma certa cultura da violência que se enraíza em dois dos mais terríveis crimes: a escravidão dos negros e o extermínio dos índios.

Um olhar retrospectivo impõe uma conclusão incômoda: apesar da vinda do Cristo, da divulgação em massa de suas lições, da aceitação pela maioria dos povos, principalmente ocidentais, o comportamento maléfico continua predominando sobre o potencial de fazermos o bem. Observamos uma escalada de violência nas últimas décadas, incompatíveis com o progresso tecnológico que alcançamos, se ao lado desse houvesse tido a evolução moral cristã. Houve catástrofes humanas como as duas guerras mundiais, o nazismo, sem falar das tragédias mais circunscritas, como as da Arménia, Biafra, Ruanda e outros países.

Com efeito, o Império Otomano entregou-se ao genocídio dos arménios, e a Alemanha ao dos judeus e dos ciganos. A Itália de Mussolini massacrou os etíopes. Os tchecos têm dificuldades em admitir que seu comportamento em relação aos alemães dos Sudetos, em 1945-1946, não esteve acima de qualquer suspeita. A própria Suíça é hoje alcançada por seu passado como o país que gerenciava o ouro roubado pelos nazistas dos judeus exterminados, apesar desse comportamento não ser em nenhuma medida tão atroz quanto o do genocídio.

O comunismo insere-se nessa faixa de tempo histórico transbordante de tragédias, chegando mesmo a constituir um de seus momentos mais intensos e mais significativos. O comunismo, um dos fenómenos mais importantes do século XX - que começa em 1914 e termina em Moscou em 1991 -, encontra-se no centro desse quadro. Um comunismo que preexistia ao fascismo e ao nazismo, e que sobreviveu a eles, atingindo os quatro grandes continentes.

O que pode ser designado precisamente com a denominação “comunismo”? Devemos, desde já, introduzir uma distinção entre a doutrina e a prática. Como filosofia política, o comunismo existe há séculos, e quem sabe, há milénios. Pois não foi Platão quem, em “A República”, fundou a ideia de uma cidade ideal na qual os homens não seriam corrompidos pelo dinheiro e pelo poder, na qual a sabedoria, a razão e a justiça comandariam? Não foi um pensador e estadista tão eminente quanto Sir Thomas More, chanceler da Inglaterra em 1530, autor da famosa Utopia e morto sob o machado do carrasco de Henrique VIII, um outro precursor da ideia dessa cidade ideal?

O método utópico parece perfeitamente legítimo como instrumento crítico da sociedade. Ele participa do debate das ideias - oxigénio de nossas democracias. Entretanto, o comunismo que é abordado nesse livro (O Livro Negro do Comunismo), não se situa no céu das ideias. É um comunismo bem real, que existiu numa determinada época, em determinados países, encarnado por líderes célebres - Lenin, Stalin, Mao, Ho Chi Minh, Castro, entre outros.

Qualquer que seja o grau de envolvimento das doutrinas utópicas anteriores a 1917 (Revolução Russa) na prática do comunismo real, foi este quem pôs em prática uma repressão metódica, chegando a instituir, em momentos de grande paroxismo, o terror como modo de governo. Isso faz com que a ideologia seja inocente?

Os espíritos ressentidos ou escolásticos sempre poderão sustentar que o comunismo real não tem nada a ver com o comunismo ideal, com as utopias. Evidentemente, seria absurdo imputar a teorias elaboradas antes Cristo, com os eventos que surgiram no decorrer do século XX. Entretanto, como escreve Ignazio Silone (escritor e político italiano), “na verdade, as revoluções são como as árvores, elas são reconhecidas através de seus frutos”.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/08/2019 às 00h05
 
05/08/2019 06h09
O   LIVRO NEGRO DO COMUNISMO – (02) BOAS E MÁS INTENSÕES  

Esse livro não quer justificar nem encontrar causas para as atrocidades cometidas pelo regime comunista ao redor do mundo. Também não pretende alimentar a polêmica entre esquerda e direita, discutindo fundamentos ou teorias marxistas. Ele procura, principalmente, dar nome e voz às vítimas e a seus algozes. Vítimas ocultas por demasiado tempo sob a máquina de propaganda dos Partidos Comunistas espalhados pelo mundo. Algozes muitas vezes festejados e recebidos com toda a pompa pelas democracias ocidentais, que parecem não ter conhecimento das atrocidades por eles perpetrados.

       Todos que de algum modo tomaram parte na aventura comunista no século passado, com boas ou más intenções, e que se estende por este século, estão, doravante, obrigados a rever as suas certezas e convicções. São chamados para se posicionar, ao lado do Cristo, do Cordeiro de Deus, ou dos Dragões da maldade, que representam os principais exércitos dessa batalha espiritual que atravessa séculos, desde a criação do homem.

Encontra-se, assim, um dos principais objetivos desse livro: à luz dos fatos que são revelados, o Terror Vermelho deve ficar bem claro na consciência de todos que ainda creem num futuro promissor para o comunismo, que ele pode levar à felicidade para dentro da humanidade. 

Surge então, a questão: como um ideal de emancipação e de fraternidade universal pode ter-se transformado, na manhã seguinte ao Outubro de 1917 (Revolução Russa), numa doutrina de onipotência do Estado, praticando a eliminação sistemática de grupos inteiros, sociais ou nacionais, recorrendo às deportações em massa e, com demasiada frequência, os massacres gigantescos? O véu da denegação, da ignorância, pode enfim ser completamente destruído?

A rejeição do comunismo pela maioria das pessoas que ainda permanecem com a consciência livre, após terem conhecimento da abertura de inúmeros arquivos que ainda ontem eram secretos, da multiplicação de testemunhos e contatos, é onde consiste a nossa esperança para o malogro das falsas narrativas socialistas. Esses documentos trazem o foco para o que seja amanhã uma evidência: os países comunistas tiveram maior êxito no cultivo de arquipélagos de campos de concentração do que nos do trigo; eles produziram mais cadáveres do que bens de consumo. Essa é uma conclusão que o leitor poderá assumir ao constatar os fatos apresentados e refletir: como podemos, nós seres humanos e cheios de defeitos morais, levar à frente uma ideologia saneadora desses males sem no entanto terminar contaminados por eles?

Uma equipe de historiadores e de universitários assumiu esse empreendimento, de levantar os dados históricos em cada um dos continentes e dos países envolvidos, de fazer um balanço o mais completo possível dos crimes cometidos sob a bandeira do comunismo/socialismo: os locais, as datas, os fatos, os carrascos, as vítimas contadas às dezenas de milhões na URSS e na China, e aos milhões em pequenos países como a Coreia do Norte, Cuba e o Camboja.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/08/2019 às 06h09
Página 377 de 931