Para entender uma pequena parte da grande crise que atinge a Igreja Católica, vou colocar e refletir sobre alguns argumentos colocados por Pedro Affonseca, o presidente do Centro Dom Bosco, na sua aula “Unidade e divisão na Santa Igreja Católica”, que estreou em 26-03-2021 no YouTube, e consta na data de 28-09-21 com 33.531 visualizações, com 3,8 sinais positivos e 71 negativos.
A primeira grande crise que a Igreja enfrentou foi justamente na paixão do Nosso Senhor Jesus Cristo. Vou usar elementos da Sagrada Escritura para que não ocorra erros nem de um lado nem do outro. Procurarei tirar lições práticas para a nossa atitude diante da gravíssima crise atual. A primeira passagem que nós veremos é muito deturpada pelos promotores desse falso ecumenismo e desse falso diálogo inter-religioso. É uma passagem que está no Evangelho de São João, no capítulo 17, versículos 20 a 26. É aquela passagem que Nosso Senhor fala que todos sejam um.
“Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como Tú, Pai, estás em mim e eu em Ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que Tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: eu neles e Tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste como amaste a mim.
“Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória que me concedeste, porque me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas eu Te conheci, e estes sabem que Tu me enviaste. Manifestei-lhe o Teu nome e ainda hei de lho manifestar, para que o amor com que me amaste esteja neles e eu neles.”
Então, essa é uma passagem, belíssima, como todas as passagens da Sagrada Escritura, mas que é infelizmente muito deturpada, pelos modernistas, pelos liberais, e infelizmente, muito deturpada por inúmeras autoridades eclesiásticas. Tanto que quando começamos e outros fiéis e outros grupos, a combater os erros dessa demoníaca Campanha da Fraternidade, não foram poucos os bispos e os padres que citaram este Evangelho para dizer que aqueles que combatiam a Campanha da Fraternidade estavam a promover divisões na Santa Igreja. É evidente que não há como ler essa passagem sem considerar que não há unidade fora da Verdade. Não há unidade fora da Santa Igreja Católica, único caminho de salvação, não há unidade fora da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Eu peço mais uma vez desculpas por ter de reafirmar o óbvio, porque isso deveria ser muito óbvio. Mas as pessoas entendem que Nosso Senhor aqui falava de ecumenismo com protestantes, não voltado para convertê-los à fé católica. Um diálogo vazio em que eles permanecem protestantes, nós deixamos de ser católicos e todos caminham de mãos dadas em direção ao inferno. É essa interpretação que as pessoas hoje fazem dessa passagem. Não que há uma unidade que deve existir apenas na Santa Igreja, e que aqueles que estão fora dela precisam se converter, renunciar aos seus erros e voltarem para casa, se é que já estiveram nela, ou entrarem em casa, afinal todos são chamados a serem católicos. Não me deterei muito neste ponto, pois me parece algo muito evidente, muito óbvio. Então, Nosso Senhor Jesus Cristo fala aqui desta unidade que deve marcar a caridade entre seus filhos, entre os filhos de Deus, entre aqueles que ele salvou, entre aqueles que fazem parte da Santa Igreja Católica. Nós sim, devemos estar em unidade, devemos viver unidos, sem dúvida nenhuma. Só vou destacar esses pontos aqui.
Não há unidade fora da Santa Igreja Católica, único caminho de salvação. Não há unidade fora da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. É muito simples. De fato, deve existir uma unidade na Santa Igreja, e quando esta unidade é rompida... ou seja, qual o momento em que a divisão acontece na Santa Igreja? Porque muitas pessoas hoje defendem que a divisão começa a acontecer quando um erro é combatido. Quando um erro é exposto e combatido por aqueles que desejam que a fé seja autêntica, que não haja algo que atente contra a fé. Só que não é assim que acontece. Na realidade a divisão é deflagrada quando o erro é promovido. Vou pedir desculpas a aula inteira, porque fico até envergonhado de ter de falar isto, mas é necessário.
A crítica é procedente. Entendendo o escrito por João como a integridade do pensamento de Jesus, o Mestre está colocando que roga pelos que estão naquele momento com Ele e também por aqueles que por sua palavra, pela evangelização e conversão, estarão também com Ele no futuro. Este é o ecumenismo que o Cristo espera que aconteça. Que todos sejam convertidos à Santa Igreja Católica. Para que a unidade que o Cristo tem com o Pai seja possível acontecer com todos aqueles que acreditam que ele foi enviado para nos ensinar essas lições e as praticam. Jesus se torna assim o Pastor único para toda a humanidade.
As ovelhas podem seguir a voz de outro pastor que também diz levar a Deus. Se todos cumprem a vontade do Pai, pastores e ovelhas, o próprio Cristo diz que não devemos hostilizar ou ignorar. São nossos irmãos, porém, que se dirigem ao Pai por outra barca. Devemos respeitar se não querem embarcar conosco, porém não podemos fazer o contrário, deixar nossa barca e entrar na outra barca com outro timoneiro. Este é o erro que é observado naqueles que estão embarcados transcendentalmente com o Cristo e dirigidos materialmente por Pedro, pelo papa.
A direção majoritária atual do clero da Santa Igreja pretende construir uma barca maior dentro da materialidade das ideologias humanitárias, da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” da Revolução Francesa, da foice e do martelo da Revolução do Proletariado russo, soviético e do socialismo cultural que impregna a face atual do mundo moderno. Esta imensa barca com a aplicação do ecumenismo politicamente correto, está muito longe do ecumenismo ensinado pelo Cristo, que ver a sua barca transcendental ser colocada dentro dessa imensa barca com vários credos. Como o clero cristão dentro desse ecumenismo humanitário irá usar a palavra de evangelização para explicar que Deus está no Cristo que Ele enviou e que todos aqueles que nele crer, Ele estará consigo, assim como está com o Cristo, Seu filho unigênito?
Eu posso até entender a entrada do Papa, representante maior da Santa Igreja Católica, dentro dessa barca imensa do ecumenismo humanitário, mas sem perder a sua identidade de representante do Cristo como timoneiro transcendental da barca de Pedro. Que respeitasse o credo dos demais irmãos que desejam seguir a vontade de Deus, mas que colocasse para todos a hierarquia maior dada por Deus ao Cristo mestre, curador e governador de todo o planeta, com a responsabilidade de preparar o campo para a construção do Reino dos Céus.
Porém, isso não é dito, a evangelização não é feita, a educação das almas não acontece. A grande barca do ecumenismo ideológico está dirigida para o poder temporal da humanidade, e a pequena barca do Cristo do ecumenismo transcendental, dentro dela, cujos fiéis conscientes dos erros, murmuram e reclamam, passiva e ativamente e rogam que seus pastores reconheçam os erros.
Lembro das diversas advertências de Nossa Senhora ao redor do mundo quanto aos riscos do mal que iria ser espalhados, a partir do comunismo praticado na Rússia, e que esta deveria ser consagrada. Mas a falta de fé e a contaminação por interesses mundanos, impediu que isso acontecesse e deixou que a fumaça de Satanás entrasse e intoxicasse os integrantes da barca de Pedro.
Para entender uma pequena parte da grande crise que atinge a Igreja Católica, vou colocar e refletir sobre alguns argumentos colocados por Pedro Affonseca, o presidente do Centro Dom Bosco, na sua aula “Unidade e divisão na Santa Igreja Católica”, que estreou em 26-03-2021 no YouTube, e consta nesta data com 33.531 visualizações, com 3,8 sinais positivos e 71 negativos.
O primeiro ponto da aula de hoje é demonstrar o óbvio. Precisamos perder tempo replicando o óbvio como de forma inaudita. O óbvio é dizer que quem gera divisão no seio da Santa Igreja é quem promove o erro e não quem o combate. Muito pelo contrário, quem combate o erro objetiva restaurar a unidade que foi perdida com a propagação do erro. Então, terei que me deter durante boa parte da aula para debelar esse primeiro erro.
Mas, este não será o único erro a ser combatido nesta aula. Nas últimas semanas eu vi isso, é preciso dizer, a mão de Deus. Algumas pessoas vieram falar comigo, algumas que não se conhecem, que falaram com temor de todo esse movimento de combate aos erros, não apenas com relação a Campanha da Fraternidade, mas também das aulas que dei sobre o catecismo da crise, e um estudo mais profundo do Concílio Vaticano Segundo. Sim, defendem que houve erros no Concílio e que foram promovidos e que isso afeta as nossas vidas até hoje, mas que isso poderia levar a uma ruptura exterior com a Santa Igreja Católica visível, e com as autoridades eclesiásticas que nos governam atualmente. Percebo que de fato, se olhamos as redes sociais, sobre alguns argumentos que são promovidos, de fato esse risco existe. É um erro que se situa no outro extremo. Se num extremo estão aqueles que se omitem e entendem que qualquer combate aos erros é um ato de divisão, por outro lado há aqueles que entendem que uma ruptura mais severa é necessária, que nós devemos romper com a estrutura visível da Santa Igreja hoje, romper com as autoridades eclesiásticas que nos governam.
Dedicarei um tempo nesta aula a debelar esse segundo erro para que nós de fato caminhemos de forma equilibrada, e isso não é fácil nestes tempos de crise. Gostaria de dizer um simples esclarecimento importante, pois falarei como presidente do Centro Dom Bosco e tudo que eu disser aqui deve servir como um princípio para todas as ações do Centro Dom Bosco e também da Liga Cristo Rei. Se eventualmente algo destoar desses princípios que vou colocar, não será algo que afete a essência do apostolado, será simplesmente um erro de percurso, alguém que destoa, mas os princípios devem estar muito claros. Isso vale especialmente para as aulas que eu mesmo tenho dado aqui sobre o Catecismo da Crise. Essas aulas precisam ser compreendidas a partir dos princípios, que já foram colocados antes, mas parece que precisam de maior ênfase.
Ruptura ou unidade, é a decisão que se pode tomar a partir do reconhecimento do erro. Primeiro, houve erro? Se há acusação quanto a isso, se os acusados de promoverem o erro não tentam justificar seus comportamentos e partem para acusar os acusadores, a ruptura está feita. Por mais que a visibilidade externa não demonstre isso, mas as ruminações internas dos posicionamentos contrários tendem a se exacerbar uma ruptura cada vez mais evidente.
A unidade é preferível à ruptura, mas tem momento que é necessário a ruptura. Lembro do comportamento da liderança de diversos países europeus quando Hitler começou sua ofensiva bélica. Como estavam temerosos de provocar uma nova guerra mundial, mantiveram uma política de apaziguamento, de evitar a ruptura da paz. Foi esta unidade que se mostrou perniciosa, pois o nazismo se fortaleceu cada vez mais, chegando a ponto de dominar o mundo. Foi justamente o político mais crítico dessa unidade pacífica que foi levado a liderança da Inglaterra e não concordou com essa paz vergonhosa.
Foi o posicionamento firme de Winston Churchill que fez a ruptura com tal comportamento nazista. Mesmo correndo o risco de uma derrota frente ao grande poderio da Alemanha, foi essa ruptura que proporcionou a vitória da liberdade, contra a ameaça do reinado do Reich de 3.000 anos.
Da mesma forma acontece com a Igreja Católica, cujos rumos foram alterados da meta proposta pelo Cristo. Seria uma leviandade e covardia quem percebesse tal alteração e permanecesse calado para evitar a ruptura com o erro. Esta é a questão, os críticos não estão promovendo uma ruptura com a Igreja e sim com os erros que foram colocados dentro dela.
Para entender uma pequena parte da grande crise que atinge a Igreja Católica, vou colocar e refletir sobre alguns argumentos colocados por Pedro Affonseca, o presidente do Centro Dom Bosco, na sua aula “Unidade e divisão na Santa Igreja Católica”, que estreou em 26-03-2021 no YouTube, e consta nesta data com 33.531 visualizações, com 3,8 sinais positivos e 71 negativos.
Esta aula tem o objetivo de debelar o erro que se tornou muito comum nas últimas semanas, quando diversos fiéis começaram a se insurgir contra essa malfadada Campanha Ecumênica da Fraternidade de 2021. Esse erro consiste em dizer que aqueles que combatem os erros, promovem a divisão na Igreja. Isso se tornou um lugar-comum, e nos assusta quando vemos que esse tipo de erro grave é defendido não apenas pelos inimigos declarados da Fé, mas até por católicos bem formados, até por sacerdotes que, mesmo eventualmente malformados, mas são honestos, bem-intencionados, desejam de fato servir a Deus, salvar as almas. Nós vemos muitos fiéis e muitos clérigos, movidos por uma covardia inaceitável, que acabaram por aderir a esse discurso infeliz, de que aqueles que condenaram ou expuseram os erros da Campanha da Fraternidade, seriam os responsáveis pela divisão na Santa Igreja. É claro que nesse grupo também estão os inimigos declarados da Fé. Nunca vi tantos teólogos da libertação, tantos hereges, afirmarem sua fé na existência do demônio como eu vi nas últimas semanas. Eles até falavam da etimologia da palavra, diábolus, divisor, ou aquele que gera confusão. Quantos hereges nas últimas semanas nos chamaram de diabólicos ou reafirmaram a Fé dessas pessoas, que por décadas ou anos das suas vidas, inclusive muitos sacerdotes, negaram a existência do demônio, negaram a existência do inferno. Pessoas que não tem Fé, mas quando é conveniente eles falam do demônio. Mas não apenas esses caíram nesse discurso, defenderam esse discurso, que nada mais é um subterfúgio para que o erro permaneça. Infelizmente, muitos sacerdotes, muitos leigos, pessoas que querem ficar em cima do muro, numa atitude inaceitável de omissão e defendem essa falácia (raciocínio falso que simula a verdade) de que aqueles que combatem o erro geram divisão.
Neste trecho, observo o ponto do surgimento do erro. Algumas pessoas apontam que existe erro em comportamentos exibidos por parte do clero, que tiveram origem no Concílio Vaticano II. Seria mais lógico que os promotores desses “erros” justificassem o comportamento errado, baseado na Sagrada Escritura, que deve ser o Norte de todos que fazem a Santa Igreja. Porém, a reação que se seguiu foi contrária. Foram feitas acusações a quem estava apontando os “erros” como se tivessem incorporados pela entidade que eles não defendiam a existência. Se realmente eles não tivessem cometendo erros com seus comportamentos modernos, passaram a cometer com essa forma de reação. Mostraram que podem usar os conceitos em benefício dos seus interesses, sem se preocupar com os ensinamentos da Sagrada Escritura, da qual não podem se afastar.
Por terem cometido esse erro na reação, pode-se imaginar que os erros dos quais são acusados realmente existem. Se os promotores dos erros permanecem firmes em suas posições prepotentes, sem a necessária humildade de reconhecer ou pelo menos colocar suas razões que consigam dirimir os erros, está formada a divisão dentro da Santa Igreja. Agora, quem gerou a divisão? Não seria quem implementou comportamentos que não são apoiados pela Santa Escritura, pelo Evangelho do Mestre? Ou será que todos os passageiros da barca de Pedro devem ficar calados quando percebem que o rumo que está sendo tomado não é o correto? Afinal, não devemos obediência irrestrita aos timoneiros da barca, mesmo percebendo seus erros. Nossa obediência está limitada ao cumprimento do Evangelho de Jesus, o construtor da barca, sob a vontade de Deus. Se os condutores da barca querem chegar a outros destinos, não podem querer que exista unidade entre aqueles que percebem os erros e têm a coragem de aponta-los.
Assim, usando a lógica, chego a conclusão que a crise que surgiu na Santa Igreja Católica foi devida àqueles que cometeram comportamentos não devidamente explicados à luz da Sagrada Escritura. Que a humildade que deve caracterizar os cristãos, não foi usada para alinhar pensamentos e corrigir erros. Que debelar erros e corrigir rumos, é obrigação moral de todos que estão dentro da barca espiritual construída pelo Cristo, mesmo que esta navegue nos mares do mundo material naquela construída por Pedro.
Imagine um soldado convocado para uma guerra ancestral, onde as batalhas se desenvolvem a todo século, que várias pessoas já foram convocadas, desde sempre, com os mais diversos perfis e competências.
Imagine que dois são os comandantes nessa guerra, por um lado, Deus o Criador de tudo que existe, onipotente, onisciente e onipresente; do outro lado está o Demônio, a antítese de Deus. Este Demônio, também criado por Deus, como tudo que existe no mundo, existe energeticamente dentro de nós, identificado como o Behemoth no livro de Jó. Tem a finalidade de proteger e desenvolver o nosso corpo, expressa a sua energia em nossa mente e podemos identificar cada uma das suas sete cabeças nos comportamentos caracterizados como os sete pecados capitais: gula, preguiça, avareza, orgulho, vaidade, ciúme e luxúria.
Nós somos os combatentes nesta guerra constante e cada século, cada milênio, apresenta suas particularidades. Os dois comandantes estão dentro de nós e se expressam na consciência, onde está a lei de Deus. Quem desperta para esta realidade, que estuda os livros de história e sente as batalhas acontecerem ao redor, percebe a responsabilidade de se alinhar ao projeto de Deus como combatente sob a liderança do Mestre Jesus, o nosso governador planetário.
Foi neste ponto de compreensão da vida em que estou inserido, que resolvi fazer a vontade do Pai, entrar como combatente esclarecido nesta guerra. Sei que os dois comandantes supremos desta guerra estão dentro de mim, como estão dentro de cada pessoa que faz parte de um ou outro exército. Agora o que vai prevalecer para o meu bom ou mal desempenho acontecer são as minhas virtudes e defeitos que trago comigo. Tenho que eliminar ou diminuir a força dos inúmeros defeitos e aumentar a força das frágeis e insipientes virtudes. O Behemoth tem o seu império dentro do meu corpo e domina meu campo mental na maioria das vezes. Sinto que sou conduzido em busca dos prazeres dos sentidos, em busca principalmente ao atendimento da gula, da preguiça e da luxúria, por mais que eu, espirito, saiba da minha responsabilidade de gerenciar todas as ações comportamentais em meu entorno.
Ao fazer estas reflexões, vejo que estou ainda combalido dentro da guerra, todos os recursos adquiridos dentro da academia, dentro das diversas religiões, principalmente no Evangelho de Jesus, não estão sendo aplicados com constância e sabedoria. Preciso vencer a principal cabeça do Behemoth que me domina, a preguiça. Não quero dizer que devo deixar de dar importância para aquelas atividades que dizem respeito às responsabilidades do campo material, do trabalho que me traz os recursos financeiros. Neste campo de atuação todos reconhecem que desenvolvo bastante trabalho, que sou um trabalhador constante e eficiente. Tenho que fazer isso, é verdade, estou satisfeito com o meu desempenho neste campo material. Mas o que sei que é mais importante é o desempenho que devo ter no campo espiritual. É no mundo espiritual que a vida real se desenvolve. Aqui na Terra, no mundo material, serve apenas para um treinamento, uma escola que o espírito deve passar para aprender como domesticar o Behemoth e como aplicar o amor incondicional que é a principal lição para seguirmos na evolução, individual e coletiva.
São tantos os caminhos que estão ao meu alcance, todos colocados por Deus, que deixa a mente confusa. Qual deles Deus quer que eu assuma? Já estou na trilha do Amor Incondicional, ampliei minha família de nuclear para ampliada e estou em busca da família universal, como base para a construção do Reino de Deus, além do próprio coração. Já identifiquei o trabalho com o marketing de relacionamentos, desenvolvido por diversas empresas, como uma estratégia eficaz para esse projeto ir em frente. Tenho um projeto universitário de fazer um evento de extensão, neste período do ensino de forma remota, online, sobre a construção deste Reino de Deus, a partir dos ensinamentos que Jesus nos deixou e com a participação de tantos que tenham a mesma intenção, de forma honesta e eficaz. Além de tudo isso, tenho que desenvolver o trabalho profissional, dentro da minha condição de psiquiatra e de professor, para adquirir os rendimentos necessários para manter a dignidade da minha vida, tanto material com os bens de consumo para o conforto que o corpo exige, quanto espiritual, ajudando a tantos que estejam ao meu redor.
Este é o bloco de atividades que tomam conta do meu cotidiano, sabendo eu que preciso ser mais eficiente para que o projeto principal, de fazer a vontade de Deus em primeiro plano, e contribuir para a evolução coletiva dos meus irmãos em humanidade, é o que exige mais de mim, que faz eu precisar do que tanto peço em minhas orações: sabedoria, inteligência rápida e coragem.
Tive contato agora recente com o caminho do Marketing Digital e vi o potencial que ele oferece para potencializar os projetos que tento desenvolver. Acontece que vai exigir um tempo considerável para que eu apreenda as técnicas para coloca-las a serviço do meu ideal. Aqui entra em cena os três pedidos que sempre faço ao Pai. Tenho que ter a sabedoria para discernir se isso será realmente útil, um caminho que o Pai deseja que eu siga, ou será um mero dispersador de esforços? À primeira vista, minha inteligência aponta que será de utilidade, que é um recurso moderno onde toda a sociedade está se adaptando e gerando muitos lucros em todas as áreas. Será que se aplica bem ao projeto espiritual que é a minha prioridade? Terei tempo suficiente para me debruçar sobre as aulas teóricas e práticas que fazem parte desse aprendizado? O custo financeiro, que não é impedimento para mim, considero um bom investimento, mas para quem tem todas as condições de aproveitar tudo que será ensinado e possa colocar em prática. Eu terei essa condição? Já fiz outros investimentos semelhantes e se perderam pelo caminho, por eu não ter o tempo de fazer o devido acompanhamento.
Agora estou neste impasse, necessitando da inteligência rápida para decidir o que fazer, de imediato. A intuição me leva a entrar neste campo de conhecimentos e aplicação prática. A prudência me segura e alega que já entrei em caminho parecido e que não serviu para nada, pois não pude dar a atenção que era exigida. A sabedoria, pequenininha, diz que tudo serve de aprendizado, o que antes foi perdido pela falta do tempo e organização necessários, agora pode ter um melhor sucesso, pois a eficácia que eu espero em cumprir a vontade do Pai, pode ser dada por esse aprendizado. Que eu possa usar o aprendizado dos fatores que levaram ao fiasco os projetos anteriores, para evitar que eles ocorram novamente com mais esta tentativa.
Dessa forma, minha consciência compreende que este é mais um caminho que o Pai oferece e quer que eu o percorra, com mais habilidade, constância e determinação do que aconteceu antes.