Vivo em constante conflito com as pessoas ao meu redor. Devido meu comportamento fora da norma social, de não acatar, para mim, a exclusividade do amor conjugal, incluindo relações sexuais dentro da ética, todos não se sentem confortáveis na aceitação de tal fato. Isso implica, racionalmente, que estou cometendo algum tipo de delito que não está suficientemente esclarecido.
Costumamos levar para a corte e ser submetido a julgamento, tais atos suspeitos de crime, e se tal for confirmado, dar a devida punição ao criminoso, uma oportunidade de ele refletir sobre o mal que cometeu sobre outras pessoas.
Com esse pensamento, resolvi organizar um tipo de julgamento onde eu fosse colocado como réu e pudesse me defender publicamente das diversas acusações que pesam sobre mim. Não pode ser um julgamento clássico como observamos na prática dos fóruns criminais, mas posso pegar esse modelo e montar um julgamento de formato mais doméstico, mas com todo o poder de trazer a verdade à tona, sem nenhum tipo de preconceito ou restrições.
O primeiro passo é pensar nos componentes desse julgamento. O primeiro elemento sou eu, o acusado de trair o contrato social do matrimônio, prejudicando a evolução dos filhos e levando sofrimento a cada mulher que se aproxima e deseja meu companheirismo.
Depois viriam os demais componentes, um juiz que seguirá os ritos do direito, um promotor que defenderá os interesses da sociedade, um advogado de acusação que representará as vítimas. O advogado de defesa seria eu mesmo, pois só eu teria os argumentos para justificar os meus atos, a não ser que eu fizesse tudo isso como se fosse um texto de ficção, onde o réu seria eu mesmo e o advogado de defesa seria um personagem que eu criaria com os pensamentos convertidos aos meus.
Os membros do jurado seriam as pessoas com melhor tirocínio para avaliarem os argumentos prós e contras sem colocar dentro deles os preconceitos que cada um deve ter. O restante das pessoas ficariam como plateia, observadoras do evento.
Assim, se espera que todos os argumentos pró e contra sejam colocados, que a coerência lógica possa ser observada com rigor dando oportunidade que a verdade venha a emergir acima dos preconceitos.
Agora, será que eu poderia fazer uma espécie de maquete literária desse projeto? Com todos os itens que foram colocados acima, poderia ser construído o ambiente do julgamento com as pessoas e as ideias se manifestarem com toda honestidade possível.
Vou tentar fazer isso a partir do próximo texto e deixar com meu leitor o compromisso de conduzir a história. Seria bom dessa forma, pois os leitores que tenham alguma sugestão ou habilidade nessa trama, podem fazer o contato comigo e assim eu passo a ter vários consultores e colaboradores que enriquecerão o roteiro.
No mundo do romantismo, onde o Behemoth tem seu império associado com ideias éticas, de justiça, fraternidade, amor incondicional, surgem histórias que a mais fértil imaginação não poderia construir.
Vivo num mundo somente meu, apesar de rodeado de amigos, parentes e companheiras e exs... desde que assumi as lições do Cristo sobre o amor incondicional, mudei o meu conceito de família nuclear, que era com base no amor exclusivo que exige o contrato conjugal. Entendi que o afeto entre as demais pessoas, com toda a liberdade que a ética do amor incondicional exige, não poderia ficar subordinado aos preconceitos e normas legais que o Behemoth induz para preservar o que imagina ser seu por direito.
Essa mudança radical de paradigma de vida, do amor exclusivo como exigência do contrato conjugal dentro da família nuclear, para o amor inclusivo abrindo as portas para a família ampliada, pré-requisito para a família universal, teve um impacto severo na minha racionalidade e consciência. Se isso foi tão sério para mim, que chegou até a destruir os conceitos machistas que eu possuía, com todo o conteúdo intelectual, acadêmico e espiritual que eu já havia adquirido, quanto mais para minhas outras companheiras que passei a construir...
Todas elas, sem exceção, achavam estranho e não concordavam com meus atuais princípios, mesmo não encontrando nenhum conflito ético que mostrasse o erro que eu estava cometendo.
Assim, me tornei capitão de minha vida, levando a nau do meu corpo por comportamentos alicerçados na nova ética que o Cristo me ofereceu com suas lições sobre o amor incondicional. A companheira que resolve ficar comigo, na convivência, apesar de aceitar o que digo que poderei fazer dentro dos meus atuais paradigmas, que tento explicar com toda a clareza, aceitam a condição, mas sempre demonstram revolta e sofrimento quando percebem que o que digo está se realizando.
Nesses momentos volta para mim a ameaça de separação, de ser expulso da vida delas. É como se tivessem aceito a minha condição na superfície, mas por dentro permanece a esperança de que ela, a atual companheira, é a última aventura romântica que realizei. E vem a frustração, a revolta e a minha expulsão de suas vidas, quando reconhecem que estão erradas e que não podem viver com uma pessoa como eu.
Ao assistir um filme na Netflix, “A Firma”, tem uma trama que o protagonista tem um caso extraconjugal, mas sem más intenções quanto ao seu relacionamento com a esposa, envolvido por uma trama mafiosa que queria lhe incriminar. A esposa ao saber, fica decepcionada e diz que vai voltar a morar com os pais. Mesmo assim, ela decide ajuda-lo pela última vez, para livrá-lo da ameaça de morte. Tendo tido sucesso, volta a encontrar o marido na casa destruída pelos bandidos que procuravam alguma prova. Eles tem o último diálogo do filme, que achei muito interessante e fiz um paralelo com minha situação, no contexto de acusação e abandono que sofro constantemente por minha companheiras. Vejamos o que diz...
- (Ele) Eu perdi você?
- (Ela) Parece cansado...
- (Ele) Eu a perdi?
- (Ela) Eu amei você por toda minha vida. Mesmo antes de conhece-lo. Uma parte nem era você, era a promessa de encontra-lo. Mas, nesses últimos dias, você cumpriu sua promessa. Como poderia me perder?
Eu me coloquei no lugar dela, casada com um homem como eu, que digo toda a verdade do que sou capaz de fazer, que a amo acima das paixões circunstanciais e que não irei trocá-la por nenhuma outra pessoa, qualquer que seja o atrativo que me ofereça, não dentro dos paradigmas de vida que assumo e que procuro respeitar na prática da vida em todas as circunstâncias. Este seria o homem que eu, sendo mulher, amaria antes de conhecer e ele fazendo o que hoje eu faço, jamais iria perde-lo.
Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.
XC
CASA DE SAÚDE HOHENLYCHEN, LYCHEN
Enquanto permanece na casa de saúde, Himmler decide arriscar tudo. Ele bola um plano de fuga, enviando uma mensagem através da massagista ao vice-presidente da Cruz Vermelha sueca. Se concordarem com seu pedido de direitos humanos, Himmler usará o único recurso que lhe sobrou.
Para negociar, Himmler começa a usar prisioneiros dos campos como moeda de troca. Ele tenta comprar sua liberdade com vidas de judeus. É nojento, ele usa reféns como escudos humanos, para negociar a própria liberdade. São atos traiçoeiros aos olhos de Hitler, que levariam ao enforcamento. Mas é uma prova da pouca autoridade que Hitler está tendo sobre Himmler, a ponto de ele ter coragem de fazer isso. Ele está fazendo um jogo arriscado. Os riscos pessoais são muito altos.
Himmler espera que, ao libertar prisioneiros, ele abra um canal de comunicação com os Aliados. Ele está interpretando errado a situação, da forma mais ingênua possível, de que pode negociar um acordo com os Aliados ocidentais. Ele espera até que sua nova imagem de “nazista que libertou os judeus” possa lhe garantir liderança na Alemanha pós-guerra.
Himmler fantasia ao extremo, superestimando seu status internacional e suas capacidades. Fora da segurança da casa de saúde, qualquer esperança dele se evapora quando os verdadeiros horrores nazistas são descobertos. Um observador soviético entra no vasto complexo Auschwitz-Birkenau. Ele se depara com um pesadelo. Um campo de concentração e exterminação recentemente abandonado. O que sobrou da matança sistemática, patrocinada pelo governo, de mais de 6 milhões de judeus. Lá dentro, ele encontra 600 homens e mulheres, doentes e moribundos. E montanhas de roupas e sapatos. Evidências dos crimes de guerra mais terríveis que o mundo já viu.
Mas o cerco está se fechando sobre o Terceiro Reich. Para o ministro do Armamento Albert Speer, a chegada soviética nessa região marca o fim de qualquer esperança. O evento decisivo para Speer foi a perda da Alta Silésia com sua indústria pesada e campos de carvão. Ele escreve um memorando para Hitler sobre a situação desesperadora da produção de armamentos.
A Silésia fornecia 60% do suprimento alemão de carvão. Agora só há duas semanas de estoque para abastecer fábricas, ferrovias e usinas de energia. Speer via que a indústria alemã, que já estava em dificuldades, não conseguiria mais resistir.
O termo Mercado Negro está associado ao comércio de iniquidades, associado ao mal. Este termo, Mercado Nojento, é um passo além do Mercado Negro e foi inaugurado de forma global por um dos sequazes de Hitler, o mais nojento, acredito.
Parece que não tenho uma disposição cristã quando falo dessa forma dos meus irmãos que estão chafurdando nas iniquidades, na corrupção, no mal coletivo, por ainda não terem atingido um grau de conscientização que percebam o mal que estão inclusos. Mas quando percebo que a ação de um homem capaz de matar milhares que se encontram de forma indefesa, com todos os requintes de crueldade, desumanidade, perversidade, assoma na minha mente uma reação contrária que tende a punir tais criminosos.
Não posso deixar de fazer um paralelo com o Brasil atual e com tantos que desviaram o suor dos nossos irmãos para alimentar ideologias aqui e ali, quando não, de encherem os próprios bolsos. A reação é tão forte que chega a destruir imagens de respeito que eu tinha por algumas pessoas, como por exemplo, Chico Buarque. Era um cantor e compositor que eu admirava, mas com a descoberta de sua participação passiva nas formas de corrupção que arruinava o país e destruía os valores morais que possuímos, derreti todo o arcabouço de respeito que eu tinha construído para ele e passei a vê-lo com asco. Sei que essa reação tão forte da minha parte não combina com o grau de espiritualidade que quero alcançar. Mas, quando eu lembro da reação do Mestre ao espancar os cambistas que faziam do Templo, da Casa de Deus, um pátio de iniquidades, vejo que não estou irremediavelmente perdido.
Mas vou orar, tanto para minhas reações não terem tanta energia acusatória e destrutiva sobre falsas reputações, quanto para meus irmãos que estão mergulhados nas iniquidades, alguns por vontade própria e outros por efeito hipnótico da ação do poder sobre os desejos do Behemoth.
A locomotiva que empurra nossa alma para frente é a fé. Essa virtude que posso desenvolver com o raciocínio, entendendo que ela é importante no processo de viver. Porém, ela está mais associada ao mundo espiritual e como vivo no momento no mundo material, com o objetivo de aprender a lidar com as forças instintivas do corpo, que estão sempre evitando o ruim e se aproximando do bom, do que dá prazer. Jesus ensinava que os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas (Marcos, 4:19)
A árvore da fé viva não cresce no coração miraculosamente. Eu entendo que minha existência agora, associada à carne, exerce a forte influencia para que eu pratique meu comportamento em busca daquilo que seja de interesse do corpo.
Sei que o Criador tudo oferece para a minha existência biológica, mas tenho que me esforçar para conquistar os valores do espírito.
Observo que qualquer planta que tenho no jardim reclama atenção para o seu desenvolvimento e existência. A terra e o sol são obtidos naturalmente, mas é preciso que eu leve a agua, que exerça um trabalho de auxílio de defesa, que faça a poda, que coloque adubo e tenha vigilância. Todos os fatores de preservação devo colocar em movimento a fim de que a minha plantinha atinja os fins que almejo, que fazem parte da missão dela.
A conquista da fé edificante também precisa ser trabalhada, precisa do serviço, do esforço cotidiano. Não posso esperar que a fé seja um simples favor divino dada pelo Pai, assim é imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa.
Há muitos perigos sutis em minha volta, principalmente pelos desejos tóxicos do meu Behemoth, as opiniões ociosas, as discussões excitantes em volta de falsas narrativas, o hábito de analisar os outros antes do autoexame.
Não posso, pois, pensando em sã consciência, transferir de forma integral, a vibração da fé que conquistei ao espírito alheio, ou vice-versa. Isso é tarefa que compete a cada espírito imortal.
Pai, a Guerra Espiritual está atingindo o seu auge. Os seguidores do Cristo, Teu emissário divino, se sentem ameaçados em todas as regiões do globo terrestre, que ainda está classificado como morada de Provas e Expiações. Assisto em alguns países as igrejas sendo destruídas, sacerdotes e fiéis sendo mortos... o reinado do Anticristo vai se estruturando ao redor do mundo.
O Brasil, como foi indicado por Ti, Pai, para ser o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho, tem grande responsabilidade nesse sentido. O Cristo já definiu o Anjo Ismael para ser o condutor do exército do Bem, e ele já definiu o estandarte com as palavras: Deus, Cristo e Caridade. Resta agora o engajamento de cada discípulo de Cristo em seu exército e ficarmos, como eu, no comando de Ismael, com a mentoria dos espíritos santos, que seguem honestamente a vontade de Deus, que estão associados aos interesses do nosso Anjo de Guarda que vela diuturnamente por nossa evolução espiritual.
Lembro da Parábola do Semeador ensinada pelo Mestre, nestes dias de convocação para o engajamento nesta atual batalha espiritual, como estratégia definitiva para a construção do Reino de Deus em nosso convívio social, após a ligeira vitória do Anticristo, como está previsto nos textos sagrados relacionados ao Mestre. É o momento de construirmos um tipo de Arca Consciencial para resistir ao fragor da batalha, aos incêndios da racionalidade com a peste da mentira, das falsas narrativas; resistir a ameaça biológica com armas tradicionais e outras sofisticadas na forma de vírus ou outros agentes patológicos que atinge indiscriminadamente todas as idades, todos os sexos, todas as religiões...
As palavras do Mestre, Pai, entendo como as sementes de compreensão, de conscientização para aquilo que devemos fazer para resistir a ofensiva do Anticristo e preparar a Terra para seu novo nível evolutivo, ser um Planeta de Regeneração, onde o Bem Supera o Mal.
Essas palavras do Mestre, exemplificadas em seus Evangelhos e demais escritos do Novo Testamento, onde encontramos diversas parábolas simples, são portadoras de graves alertas para todas as criaturas, nossos irmãos.
Algumas dessas palavras, sementes, caem ao longo do caminho, e os pássaros chegam e comem; outras caem onde não há muita terra, as sementes brotam, mas vem o sol e as queimam, e como não tinham raízes, secaram; outras caem entre espinheiros e estes, crescendo, as abafaram; e outras, felizmente, caiu em terra suficiente e boa e produziu frutos, dando algumas sementes, cem por um, outras sessenta, outras trinta... então Jesus explica colocando a ênfase; “Ouça quem tem ouvidos de ouvir.”
A terra que o Mestre fala, simboliza o terreno espiritual dos corações humanos. E o Semeador não escolhe o terreno, espalha as sementes, ensinamentos, em todas as direções, para todos, sem distinção. Fieis ou infiéis, honestos ou corruptos, jovens ou velhos, qualquer etnia, qualquer sexo... Todos!
As sementes que caem à beira do caminho e os pássaros comem, simbolizam os ensinos que são trazidos e cujos ouvintes não dão a mínima importância. Rapidamente se perdem no ar. São as pessoas para as quais os ensinamentos do Cristo não passam de letra morta e que, como sementes caídas sobre pedregulhos, nenhum fruto dá. São almas empedernidas que, por livre vontade, se fazem refratárias aos chamamentos do Bem.
As sementes que caem entre espinheiros, são como as verdades que ouvimos e que nos parecem lógicas e coerentes, mas que se perdem entre os espinheiros dos vícios, das iniquidades, que logo se sobressaem e abafam as sementes do Bem ali lançadas, matando-as. São os interesses imediatos que falam mais alto e sufocam qualquer semente boa.
Mas o Mestre fala das sementes que caíram em terra boa e suficiente, e produziram muitos frutos. Somos nós, acredito, homens de boa vontade, cujo coração está preparado para receber as sementes da Boa Nova, do Reino de Deus, fazendo-as germinar e dar bons resultados, preenchendo a Arca que irá sobreviver ao dilúvio das iniquidades, e reproduzir por toda a Terra as sementes do Bem, do Amor, da Justiça, a 100, 60 ou 30 por um, de acordo com sua capacidade.
Assim, Pai, vejo neste momento de tantos embates a necessidade da construção dessa Arca Consciencial para resguardar as sementes do Cristo e repovoar a nova Terra de Regeneração que irá surgir.
Dá-me, Pai, sabedoria, inteligência rápida e coragem, para receber essas sementes do Cristo como já fiz, ser capaz de construir e embarcar na Arca e ser um dos reprodutores da Verdade celeste no novo lar que nos é destinado, a partir do porto seguro que iremos manter, que se chama Brasil.