Às vezes quero colocar a culpa pelos meus pecados simplesmente na carne. Como se eu não tivesse culpa, eu Espírito, que tenho a responsabilidade de gerenciar este corpo dado pelo Pai, para que eu possa aprender os ensinamentos necessários à minha evolução espiritual.
Se acontece erros na minha trajetória, o crime cometido é meu, por não ter sabido administrar corretamente o meu comportamento.
É a minha fraqueza, minha inferioridade espiritual. Não posso fazer falsas acusações ao corpo. Quem detém o controle da vontade sou eu, Espírito.
O corpo não é meu verdugo implacável, é simplesmente o tabernáculo onde repousa minha alma com o papel de administrador. Tabernáculo está composto por trilhões de células, todas organizadas e obedientes à minha vontade, conforme o Pai assim determinou, como um digno presente paterno. Deve servir como um caderno onde eu, Espírito, devo fazer minhas anotações, minhas lições. Como acusar o caderno dos erros que eu, aluno, cometo?
Não sou prisioneiro nem vítima de um carrasco implacável. Sou um gestor que devo demonstrar responsabilidade com a tarefa a mim designada, de aprender, valorizar, reformar e engrandecer a vida.
Devo evitar a tendência do operário ocioso ou perverso que imputa ao instrumento útil as más qualidades das quais sou detentor.
Devo entender que o corpo foi fornecido a mim como uma concessão da Misericórdia Divina, para que minha alma se prepare para o glorioso porvir, na caminhada que o Cristo ensinou, na luz da verdade em direção à vida eterna próximo do Pai.
Longe da indébita acusação da carne, devo refletir nos milênios despendidos na formação desse tabernáculo sagrado no campo evolutivo.
Devo ser bem consciente que sou um Espírito imortal, dispondo na Terra, por algum tempo, de valiosos talentos concedidos por Deus e devo ser um gestor obediente e competente. Longe de ser falso, acusando quem não deve, ou covarde, medroso, sem colocar em prática os talentos recebidos dentro do meu tabernáculo.
Devo prestar atenção no que vou fazer com meus pés, minhas mãos, meus olhos e meu cérebro. Sei que esses recursos me foram confiados para obedecer, fazer a vontade do Pai e assim conseguir a minha própria iluminação.
Devo sempre pensar nisso, nas minhas responsabilidades, santificar ao invés de acusar o meu corpo, encontrando nele o templo divino que o Pai me confiou.
Num canto da vida, repetida
Repousa meu corpo, indolente
À espera de sonhos, qual demente
Algo de sorte, imerecida
As delícias da carne, que desejo
A quem eu posso pedir ou ordenar?
Se não tenho altivez para mandar
Nem a quem pedir eu nunca vejo?
Talvez agora eu possa aceitar
Receber da vida meu castigo
De não ter ninguém como amigo
Porém, agora com força vou lutar
Para este corpo enfim se levantar
E com a morte merecida se encontrar.
Refletindo sobre o documento “Provando a Existência de Deus” (The History Channel) publicado no Youtube em 11-03-2013. 3 – Universo Bem Afinado.
Este debate marca a linha divisória entre a Ciência mais conhecida e a Ciência da fé. A Igreja não renuncia mais as descobertas científicas, ao invés disso muitos, como o padre Cohen engendra um modelo que integre tanto a Ciência quanto Deus. Isso é conhecido como a Teoria do Universo Bem Afinado. Ela sustenta que as condições exatas necessárias à criação da vida são tão precisas que não poderiam ter surgido por acaso. Para esses homens, o modelo de Universo Bem Afinado é um projeto para a criação de tudo, e Deus é o arquiteto.
- Se cada uma dessas constantes não valesse o que nós medimos, vamos dizer, uma parte em um milhão, nós não estaríamos aqui.
- Essa é a noção de um Universo Bem Afinado, que as coisas são calibradas, é como um desabrochar, é no ponto, nem quente nem frio. Nós temos um Universo onde as pessoas são inteligentes e questionam grandes coisas. (BH)
- Você não prova que Deus existe, mas isso sugere muito que há um Criador. (FGC)
Se a Teoria do Universo Bem Afinado estiver certa, então Deus criou o Universo todo, mas deixou os detalhes para a natureza.
- A pior coisa a se fazer, seria dizer de imediato que foi Deus quem fez. Não pode ser tudo predeterminado. Ele criou um Universo que tem uma indeterminação desde o micro até o macro. (FGC)
E essa nova filosofia pode fazer com que a Igreja fique mais perto que nunca de uma prova de Deus. O observatório do Vaticano é apenas uma parte dessa mudança voltada em direção ao aproveitamento de novas tecnologias em uma busca contínua. Mas o espaço não é a única fronteira nessa pesquisa. Os arqueólogos e os caçadores de relíquias estão igualmente procurando evidências palpáveis de Deus aqui na Terra. Suas pesquisas se iniciaram com a Bíblia. Ela tem estado no centro do conflito entre Ciência e a fé desde o início. Alguns estudiosos questionam as origens de muitos livros da Bíblia e os acontecimentos que eles descrevem.
- Se olharmos a Bíblia como um documento literal, a Ciência aponta algumas divergências. (BH)
Mas os fiéis verdadeiros a veem como uma palavra literal de Deus. E agora eles usam a Ciência para tentar provar isso. Se a investigação científica provar que alguns dos milagres bíblicos podem ter de fato ocorrido, muitos acreditam que isso também poderá provar a existência de Deus.
Esta teoria do Universo Bem Afinado é outra comprovação apoiada pelos inúmeros estudos matemáticos que informam um rigoroso ajuste em toda a mecânica da Natureza, onde qualquer desvio por mínimo que seja a existência não existia. Como pensar que o acaso é quem estaria construindo tudo isso? E volta a questão do texto anterior, e quem criou todas as substâncias para agora elas estarem se relacionando ao acaso?
Refletindo sobre o documento “Provando a Existência de Deus” (The History Channel) publicado no Youtube em 11-03-2013. 2 – Big-Bang.
As descobertas de Galileu foram recebidas por alguns da Igreja Católica como...
- O problema era que elas se opunham a Bíblia que menciona “então o sol parou”.
Se na verdade é a Terra que se move, o sol está parado segundo a Igreja, isso gera um conflito. (FGC)
- Desde a época de Galileu a Igreja Católica deu uma guinada, graças a Deus. A admissão da Ciência é uma mudança, mas a questão é, por que agora? (BH)
- A presença da Igreja no observatório do Vaticano, quer dizer que a Igreja reconhece o valor da Ciência e do conhecimento que adquirimos através dela. (FGC)
Enquanto a maior parte da Ciência olha para as estrelas buscando as respostas do desconhecido, esses homens anseiam por algo bem mais específico, provar que Deus existe. Essa busca por provas de uma mão divina no trabalho do Universo começa no momento da sua criação.
- Eles essencialmente creem que conforme exploram o Universo e retorna ao Big-Bang, vão alcançar a resposta para o que tinha antes do Big-Bang. Se existiu o Big-Bang deve haver algo que o gerou. (BH)
- O Universo como um todo se iniciou com a explosão de alguma coisa, uma energia vem disso e depois se transformou em matéria se transformou em matéria. (FGC)
O Vaticano está de acordo com a explicação do consenso científico que, após o Big-Bang, a interação de hidrogênio conduzidos pela gravidade formou estrelas, galáxias e o Universo como o conhecemos.
- Essa é uma série de eventos onde o início é uma sopa de partículas elementares, depois gás, poeira, e aí o gás e a poeira se coligam gerando estrelas, planetas e então a vida. (Dr. Sean Carroll – Astrophisicist, Califórnia Institute of Technology)
- Nós saímos desse Universo como as estrelas, as galáxias, os sapos e tudo mais. Nós saímos desse mundo em evolução, essa é a melhor explicação científica para a nossa chegada. Será que tudo isso aconteceu por acaso ou por necessidade?
Enquanto a Religião prega a necessidade de Deus na criação de tudo, para a Ciência não é assim.
- Não temos nenhum obstáculo para imaginar o Big-Bang como sendo algo que apenas ocorreu. Não existe nenhuma razão na cosmologia para acharmos que houve alguma influência externa na criação do Big-Bang. Stephen Hawking costuma dizer que “perguntar o que havia antes do Big-Bang é como questionar qual é o norte do polo norte?”. É uma questão indefinida. (SC)
Hawking recentemente provocou controvérsias ao dizer que por haver uma lei como a gravidade, o Universo pode e irá criar a si mesmo, do nada.
- Stephen Hawking e outros que propuseram esse início ao Universo, disseram que não precisamos de um Deus. É um absurdo! (FGC)
Este é o ponto mais importante para se provar, racionalmente, a existência de Deus: a criação. Racionalmente podemos recuar até um ponto distante no passado, observando o comportamento da Natureza ao redor, e iremos chegar a um ponto máximo de compressão material e energética. Nesse ponto de compressão máxima, deve existir um motor para fazer essa criação se expandir e chegar até o nosso momento atual, inclusive com a capacidade investigativa que estamos demonstrando. Qualquer hipótese que possamos imaginar para disparar esse Big-Bang, termina sendo sinônimo de Deus. Podemos colocar as hipóteses mais prováveis da seguinte forma, da mais coerente para a mais incoerente:
De Deus foi criado tudo
Do nada foi criado tudo
Entre essas duas hipóteses, da mais coerente para a menos coerente do ponto de vista racional, temos as hipóteses intermediárias, entre elas a de Stephen Hawking, “do indefinido foi criado tudo”.
Tem outras teorias mal formuladas, como “do acaso foi criado tudo”. Nesta teoria do Acaso se pressupõe que exista alguma coisa para se dar o Acaso... é isso que estamos querendo descobrir, quem criou essa coisa, e não que eles estão se comportando ao acaso, que seria outra forma de encontrar a existência de Deus.
Refletindo sobre o documento “Provando a Existência de Deus” (The History Channel) publicado no Youtube em 11-03-2013. 1 – Ciência e Religião.
A Ciência e Religião estão em guerra há milhares de anos. Cada vez que depende de um teste, fica provado que a Ciência tem razão. Conforme a Ciência progredia, Deus ia tendo menos o que fazer e ainda hoje pode ser que a fusão da fé com a tecnologia nos aproxime mais do que nunca da solução do grande mistério da vida.
- Por eu ser um religioso convicto, a ciência é o meu jeito de ir em busca do mistério de Deus.
PROVANDO A EXISTÊNCIA DE DEUS
Durante séculos a igreja católica esteve em guerra com a ciência, acreditando que sua existência poderia prejudicar os princípios mais sagrados da fé. Os cientistas ficaram estigmatizados como hereges, seus avanços eram escondidos da população e às vezes até desmentidos sob ameaça de morte. Mas atualmente há indícios de uma mudança radical.
- Quando as pessoas ficam sabendo que eu sou padre e um cientista trabalhando especialmente para o Vaticano onde há um observatório, a pergunta é sempre “por que o Vaticano tem o observatório?” (Father Christopher Corbally - Vice-Director, Vatican Observatory)
A instalação multimilionária de classe mundial fica a 3.300 metros acima do nível do mar. É um telescópio de um metro e oitenta e consegue sondar milhares de anos-luz das galáxias.
Os cientistas são especializados em astronomia e cosmologia e o que os torna únicos, eles também são homens de fé que admitiram a ciência como uma ferramenta em busca por Deus.
- Temos uma metodologia bem rigorosa que nós aprendemos conforme vamos nos formando os cientistas. (Father George Coyne - President, Vatican Observatory Foundation)
Dado a história instável da igreja com a ciência é de se impressionar que haja esse observatório de ponta.
- Especialmente desde o Iluminismo existe uma relação áspera entre Ciência e a Religião, onde a Ciência, eu acho, explicou cada vez mais sobre o mundo e as pessoas religiosas se sentiram cada vez mais ameaçadas. O âmago da ameaça para quem tem fé é que a Ciência diminua tanto a Deus que Ele deixe de existir. E isso envolve todo o modo de vida, uma vida inteira de mundo. (Barbara Hagerty – Religion Correspondent, National P. Radio)
Durante grande parte do último milênio, desafiar a explicação dos eventos naturais da Bíblia era um perigo. No início de 1.600, notáveis astrônomos foram levados a julgamento quando suas descobertas científicas conflitaram com crenças religiosas enraizadas. Uma das ideias científicas mais ameaçadoras foi uma teoria desenvolvida pelos astrônomos Copérnico e Galileu. A Igreja ensinava que a Terra era o centro do sistema solar e que o sol girava em torno dela, mas Copérnico e Galileu sugeriram o contrário, que o sol era o centro do sistema solar.
O confronto entre Ciência e Religião está sempre na construção de narrativas onde cada uma pretende ser a verdadeira e se procura destruir a adversária, incluído os seus propositores. A Verdade que é quem decide essa questão, nem sempre está ao alcance dos interessados. Dessa forma, narrativas diferentes podem ser construídas com base em observações que depois podem se mostrar falsas. A nossa perspectiva enquanto ser vivo, racional, que pretende seguir nos caminhos da Verdade, através da narrativa que achamos mais coerentes, não podemos aceitar que estamos totalmente corretos. Devemos ter a nossa narrativa como caminho a seguir, mas sempre atento aos pontos obscuros que podem ser falsos. Quando qualquer tipo de erro é descoberto em nossa narrativa é descoberto, temos que de forma rápida corrigir e ajustar a nossa narrativa equivocada para mais perto da Verdade. Isso foi o que não aconteceu dentro da Igreja, quando esta tinha o poder nas mãos. Quando acontecia uma ideia diferente a Igreja não procurava corrigir os erros que vinha cometendo. Se fosse usado mais humildade e procurar ver a opinião contrária, certamente a Igreja teria bem mais autoridade, do que defender por todos os modos, inclusive com violência, uma narrativa que mais tarde não pôde mais conter as evidências da Verdade.