A felicidade é um conceito abstrato de difícil apreensão. Geralmente é considerado uma utopia, onde a pessoa nunca o alcance, por mais esforço que faça. Tenho o conceito de que a felicidade é um estado de espírito, de dever cumprido. Jesus, por exemplo, veio à terra com uma missão importante, de ensinar que o Pai é puro amor e que nós temos como missão aplicar esse amor entre todos ao nosso redor, principalmente o próximo, nas nossas relações interpessoais. Teve que dar exemplos com a própria vida para ensinar esse amor incondicional, de amar até mesmo os inimigos, aqueles que o traíram, chicotearam e crucificaram. Acredito que o auge de sua felicidade coincidiu com o auge do sofrimento, quando próximo da morte na cruz ele sabia que havia cumprido a sua missão. Guardado as devidas proporções, eu também sinto essa felicidade. Sinto que estou atuando na seara do Senhor da forma que Ele exigiu de mim, de acordo com a minha consciência. O sofrimento que devido a isso ocorre ao meu redor, com pessoas que me amam e que gostariam de me ter ao seu lado ao cada momento, e do meu próprio sofrimento em função disso e de outros fatores, não retiram de mim o senso do dever cumprido, de estar sintonizado com a vontade do Pai e dessa forma me sinto também feliz.