Este bairro do Recife-PE se constituiu um bom campo de experiências, de aplicação prática dos estudos realizados em todos os campos da vida. Um local próprio para o lazer em área privilegiada de Recife. Tenho ao lado os parentes, todos sintonizados em tem um fim de semana alegre, conhecendo coisas e pessoas novas. Eles nem imaginam a importância de crescerem espiritualmente a cada momento da vida, talvez tenha uma só pessoa mais sintonizada com isso e também por estar mais próximo de mim e saber que estou nessa procura incessante de procurar aprender e evoluir no campo espiritual. No meu crescimento espiritual, procurar consolidar a harmonia entre todas as pessoas que convivem ao meu lado já é uma lição bem aplicada. Agora eu tenho que mostrar a todos a importância dos valores espirituais sem perturbar o interesse que todos tem no mundo material, no mundo dos prazeres. Como fazer isso sem parecer ser um religioso fanático que deseja converter a todos? No entanto não posso manter meu silêncio. Tenho que ter a sabedoria necessária para introduzir o assunto sem quebrar a harmonia e alegria de todos, sem criar clima de separação entre uns que aceitam e outros que não. Minha companheira espiritual me dá boas dicas e eu espero a oportunidade de os colocar em prática. Ela falou que eu poderia fazer a leitura de um texto com conteúdo espiritual e provocar a reflexão espiritual em todos, sem nenhuma pretensão de religião ou conversão. Até o momento não encontrei o momento propício para isso. Mas outros fatos aconteceram e que com a forma do comportar pode levar lições interessantes para todos, sem ninguém nem ao menos perceber a aplicação de princípios religiosos.
Foi assim que aconteceu na Ilha de Itamaracá. Logo que chegamos um rapaz solícito nos abordou na chegada e se ofereceu para nos conduzir a um local onde ficaríamos protegidos e abrigados com os carros em segurança. Corria na frente do nosso carro e comentávamos o esforço que ele fazia para ganhar o pão de cada dia. Sentamos no quiosque e sua proprietária, muito solícita nos recepcionou e mostrou o cardápio. Verifiquei que os preços eram altos, mas fiz um pedido pequeno só para justificar o apoio que tivemos de sua mesa, cadeiras e sombra do cajueiro. Depois que passeamos, comemos, bebemos, veio a conta. O valor alto assustou a todos. Eu disse que tinha visto o cardápio e que o valor era aquele mesmo. Procurei a dona para falar sobre o valor, mas porque havia pedido uma porção de agulha frita e ela havia colocado duas. Mas antes de eu argumentar qualquer coisa ela fez um abatimento acima de 10% na conta. Fiquei satisfeito e fiz o pagamento sem mais considerações, mas meus companheiros ficaram na reclamação durante toda a viagem até Recife, sempre se referindo ao caso como um exemplo de “assalto ao turista”. Procurava não entrar no mérito da discussão, apenas dizia que eu havia pedido sabendo o preço que iria ser cobrado. Então, tentei atenuar o julgamento de perversidade que o pessoal da Ilha estava sofrendo com o fato de que eu conhecia antecipadamente o que iria pagar. Mas senti que o sentimento de terem sido explorados ficou presente em cada um deles, mais atenuados naqueles que vivem mais próximo de mim e mais forte naqueles cuja convivência comigo é mais distante.