Ontem, durante o passeio a Pernambuco, do Recife fomos até a praia de Porto de Galinhas, que era o nosso objetivo final, de acordo com a sugestão unânime antes da viagem. Ao chegar na praia fomos logo abordados por um rapaz que se ofereceu para nos ajudar a estacionar em frente a praia. Pagaria apenas 10 reais. Aceitei a ajuda, mesmo porque eu nem ninguém que comigo estava conhecia a região e a praia estava lotada. O rapaz pegou sua bicicleta e pediu párea que o acompanhasse. Fizemos logo a comparação com a Ilha de Itamaracá. Ressaltamos apenas a particularidade de que lá o rapaz que nos conduzia, corria na nossa frente correndo. Estacionamos e verificamos que o rapaz havia falado a verdade. Ficamos com o carro à beira da praia com uma série de banquinhas cobertas com guarda-sol. Sentamos em duas delas e pedimos para ver o cardápio. Para nossa surpresa, a mesma porção de agulhas fritas que compramos na Ilha de Itamaracá estava também relacionada no cardápio pelo dobro do preço. Chamei a tenção de todos para o fato. Ontem saíamos da Ilha com a sensação de termos sido explorados de forma vergonhosa, mas pela realidade da região os preços praticados eram aqueles mesmos e lá na Ilha a sensação dos comerciante até poderiam ser opostas à nossa. Poderiam ter a sensação de vender seu produto por um preço bem inferior.
Assim, fica a lição, que antes de partirmos para um julgamento precipitado das pessoas, que procuremos saber quais as condições de vida que eles se sujeitam.