Verifiquei que no dia de ontem, dia do Trabalho, as ruas foram preenchidas por trabalhadores de todos os tipos, mas principalmente por funcionários, públicos ou não. Fiquei a imaginar que todos prestam serviço a algum tipo de patrão, seguindo uma orientação e determinadas diretrizes técnicas. Isso é importante em nosso mundo prático, mas sabemos que essa matéria é apenas uma ilusão dos sentidos e da percepção, tudo aqui é passageiro, inclusive nossos corpos que daqui 200 anos não mais existem, para ser um pouco otimista. A vida real se processa em outro plano, no espiritual e o gerente de tudo é Deus, a inteligência suprema do Universo. Somos suas criaturas e dentro de um plano operacional podemos considerar como seus funcionários já que temos, cada um, uma missão a cumprir de acordo com nossa capacitação e necessidade de evolução da Natureza. Assim, na condição de funcionário de Deus tenho que observar, e com muito mais rigor, tudo que devo cumprir com meu patrão material, meu superior hierárquico terreno.
Devo ter pontualidade e assiduidade no cumprimento de minhas tarefas. Esse item é muito prejudicado por mim. Assumo muitas tarefas materiais e termino sem o tempo suficiente para realizar as tarefas de Deus. Mostro para Ele minhas dificuldades e peço paciência a cada dia. Como Ele é o poço da paciência, todo dia que peço paciência para que Ele tolere minhas fraquezas, sinto que sou atendido porque ele percebe que faço isso com franqueza, honestidade e até constrangimento. Ele percebe que eu sou fraco, mas mesmo assim peço a Ele energia para cumprir a sua lei que está escrita em minha consciência. Sei que algum progresso eu vou tendo, sei milímetros estou avançando na minha longa jornada. Ele coloca ao meu lado também auxiliares maravilhosos que com amor, mas também intolerância, raiva, medo, agressividade até, conseguem me passar lições importantes, tanto de sentir calor afetivo do outro e também o incêndio da ira que chega a me chamuscar. Tanto de uns quanto de outros absorvo suas lições, sempre com a intenção de distribuir o Amor que Ele me deixou como incumbência, para todos, com o maior senso de justiça que eu possa praticar.
Assim vou, como funcionário de Deus, cheio de falhas e faltas, mas humilde em assim me reconhecer e pedir sempre ao Patrão Supremo a tolerância para com aquilo que ainda não consigo executar.