Desde o nascimento estamos a absorver ensinamento do ambiente e das pessoas à nossa volta. Concluímos todas as etapas das escolas formais e chega um ponto de emitirmos o amálgama que fizemos de toda a gama dos conhecimentos com o toque de nossa sensibilidade, dos critérios que adotamos como corretos. O ponto crítico é esse: qual é o momento de passar a fazer a emissão do nosso conhecimento se a pressão pela absorção de novas informações é sempre presente e crescente? Mas é importante que tenhamos o senso de saber qual é esse momento e evitar ficar sempre a navegar nas ondas da simples absorção. É um risco que se não o evitarmos, seremos considerados como parasitas do esforço coletivo, que tanto ofereceu para ser absorvido e eu tão pouco ou quase nada fiz de emissão para outros aproveitarem. Este é o dilema que eu me deparo no momento atual. Sei que tenho um cabedal de conhecimentos e que no seu amálgama com a minha forma de pensar, sinto que tenho uma forte colaboração a dar a coletividade. Porém o jorro de conhecimentos a ser absorvidos por mim ainda é muito forte e exerce uma forte atração. Hoje mesmo adquiri 15 livros, aproveitando uma promoção na livraria e títulos bastante interessantes. Pois aí está o desafio! Como fazer para ler tantos livros, muitos dos quais volumosos, tendo tanto trabalho profissional a realizar ao longo das 24 horas, o que me rouba até horas do sono? E onde fica a minha contribuição para a coletividade, o escrever de minhas elocubrações, da minha prática social, familiar, espiritual? Sei que tenho que dar esse basta, dar uma redefinição as minhas prioridades. O prazer de absorver conhecimento deve ser substituído pelo prazer de divulgar conhecimentos, principalmente os processados pelo meu psiquismo usando a matéria prima do pensamento coletivo. Espero breve neste blog poder dizer que finalmente mudei a polaridade, não será mais “absorver e emitir conhecimentos” e sim “emitir e absorver conhecimentos. O emitir terá então adquirido a prioridade no repertório de minhas ações.