Tive oportunidade hoje de adquirir toda a coleção do Jornal de Estudos Psicológicos do ano de 1858 a 1869, publicados por Allan Kardec, na França, mas com repercussão em todo o mundo. Foi o primeiro veículo a abordar com seriedade científica a comunicação entre os dois mundos dimensionais da existência, o físico e o espiritual. A partir daí foi feita toda uma codificação dessa realidade tendo realce as lições do Mestre Jesus, que pode ser considerado o precursor no passado e o mentor na atualidade dessas informações. Hoje podemos considerar com mais propriedade, mais próximo da verdade, toda a sistemática evolutiva que existe em ambos os planos, e que nós, humanos, somos artífices centrais de todo o processo.
Hoje tenho plena consciência de tudo isso e tenho uma boa compreensão de onde estou colocado nessa escala evolutiva. Sei que preciso evoluir muito para adquirir uma boa condição de perfeição, terei passar por várias encarnações, pois sei que somente esta em que estou envolvido não será suficiente. Já estou no último terço da vida e vejo que permaneço com pecados primários a enodoar o meu espírito. A preguiça, o orgulho, a vaidade, o medo, todos são elementos que ainda possuem muita força dentro de mim e que não consigo eliminar com um simples ato de vontade. Vejo como exemplo a prática da caridade, algo tão simples, mas que tenho toda uma resistência interna em deixá-la fluir com firmeza e naturalidade. No campo pragmático das relações humanas, tenho com muita clareza qual a principal missão que tenho nesta atual encarnação, tenho os atributos acadêmicos e espirituais básicos para implementar com vigor os parâmetros do Reino de Deus na nossa cultura humana e não consigo extrapolar essa prioridade além de um pequeno círculo de pessoas que se relacionam com mais intensidade e até intimidade comigo.
Acredito que a leitura sistemática dessa valiosa coleção que acabo de adquirir, irá me trazer subsídios extras para reforçar minha vontade e motivação, capacitar minhas ações com sabedoria e coerência, para que essa nova prática de relacionamentos sociais sirvam para aumentar o nosso senso de justiça, de solidariedade e amor, contribuindo para a construção da família universal como tanto apregoou Jesus.