Quando estamos sintonizados com Deus ele supre nossas necessidades as mais diversas, pelos caminhos os mais diversos. Sinto-me privilegiado em hoje perceber quando recebo orientações e auxílio os mais diversos, que apesar de vir pelos caminhos mais variados, sei no íntimo que procede dEle. Hoje sei que as minhas grandes dificuldades é no sentido de obter energia para vencer a preguiça e obter informações para vencer a ignorância. Fui advertido da importância que reveste o dia de Corpus Christi. Mas a minha ignorância neste aspecto era tamanha que não fiz o devido “link”. Aproveitei o feriado como um dia comum e não fiz nenhuma reflexão motivado pela data ou qualquer comportamento especial. No dia seguinte fui a casa de um paciente que o acompanho no domicílio uma vez por mês. Como sempre ele me oferecia livros e que eu os levasse para ler justificando com uma sabedoria peculiar. Eu evitava levar argumentando que nas visitas anteriores eu já havia levado e que não havia ainda terminado de ler. Então ele mostrou um mini-folheto da igreja católica onde trazia mensagens para cada dia deste mês. Com curiosidade folheei até o dia do feriado e logo me veio à consciência a dimensão do que eu havia perdido por não ter aquele conhecimento tão importante dentro dos meus objetivos, da missão de vida. Dizia assim o texto na íntegra:
“7º dia – quinta feira (festa de Corpus Christi) – Essa passagem do Evangelho é uma das mais belas que conhecemos. A narrativa da instituição da Eucaristia deveria ser sempre refletida por nós católicos, porque ela faz memória da última ceia, do último momento de intimidade de Jesus com seus discípulos. Jesus se dá aos outros e se oferece como o cordeiro que seria imolado em resgate de muitos. Daria a sua vida para que todos nós pudéssemos tê-la em abundância. E assim se cumpriu. Hoje, semanalmente, nos reunimos ao redor da mas da Eucaristia e revivemos esse momento marcante, comungando do corpo de Cristo, como os discípulos fizeram. Por isso, essa aliança entre nós e o Pai se faz eterna em cada Eucaristia que participamos. Em cada comunhão assumo um compromisso com Deus na minha história, no meu trabalho e na minha família.”
Ao fazer essa leitura rápida vi a dimensão do que perdi naquele feriado. Valorizar o momento de intimidade entre os companheiros, a disposição de se doar em função do bem comum, de ajudar a todos a se aproximarem de Deus com o sacrifício da própria vida. Com esse conhecimento o meu dia teria sido um pouco diferente na essência, talvez tivesse me entregado ao trabalho de organização do apartamento, mas talvez o jantar na casa do meu irmão tivesse sido mais espiritualizada, talvez não tivesse cometido a falha que ficou registra aqui.