Tenho uma amiga que tem muita vontade de me salvar, dentro dos paradigmas de vida dela. É uma pessoa muito ligada a Deus, vai sempre as igrejas, católicas e protestantes. Acredito que tenha uma preocupação sincera comigo e queira salvar a minha alma. Acha que eu tenho muitos erros na minha avaliação espiritual e comportamento material. Acha que o amor não exclusivo que defendo é apenas uma forma de banalizar o ato sexual com diversas parceiras.
Na condição de que tanto eu como ela estarmos convictos de que temos razão com nossa forma de perceber a vida e procuramos ser honestos com a missão que Deus apresenta a cada um, é certo que um de nós devemos estar errados em algum ponto. Então devemos ter a humildade de zerar as nossas convicções e procurar analisar todo ensinamento espiritual a partir de sua base principal e procurar ver onde se encontra o erro. Sei que ela irá ler esses argumentos e caso tenha o mesmo grau de humildade para se despojar de suas convicções e caminhar no sentido de analisar todo o ensinamento divino, cristão, podemos corrigir alguns erros que até agora não percebemos.
Primeiro, devemos firmar nossa convicção inicial que tanto eu como ela possuímos a consciência de que devemos atuar como filhos de Deus e fazer a Sua vontade. Também acreditamos que Deus é a maior força existente no universo e que pode se identificar com o amor, AMOR INCONDICIONAL.
Até esse ponto acredito que estejamos de acordo. Também aceitamos a Lei maior que Jesus nos ensinou: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo. Isso implica que a Lei do Amor é a maior lei de todo o universo e que a ela devemos nos submeter sem cometer equívocos.
Até esse ponto acredito que nós não divergimos e procurarei ver se encontro no próximo texto o momento em que divergimos.