Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
19/06/2012 10h36
FRAQUEZA DE CARÁTER

            O caráter é uma característica que nos identifica diante da sociedade, diante da vida. É formado por diversos aspectos de nossa personalidade a qual é construída ao longo de nossa vida e que se adapta as diversas situações que podemos encontrar pelo caminho. Tanto o caráter quanto a personalidade, possuem uma certa flexibilidade de acordo com os conhecimentos que vamos obtendo e descobrindo formas de agir tanto para evitar erros quanto para corrigir os que cometemos. Assim, se nossa consciência percebe os caminhos mais favoráveis da vida, aciona a vontade para fazer com que o comportamento executado imprima uma personalidade e caráter mais adequado ao que queremos.

            A minha característica marcante, que exprime minha personalidade, é a curiosidade, a busca do desconhecido, a procura pela verdade. Nesse ponto a ciência é a minha principal aliada e tanto é verdade que direcionei minha vida durante a maior parte do tempo em busca desse objetivo. O caminho mais eficaz para isso é na carreira acadêmica. Fiz meu curso de graduação e pós-graduação, especialidade, mestrado, doutorado, tudo em busca de descobrir coisas novas, situações, conceitos, intervenções, etc. Nessa busca constante terminei por encontrar evidências de um mundo espiritual o qual eu não tinha encontrado até o momento. Percebi a sua dimensão, sua importância e a sua posição hierárquica na vida. Percebi que a minha ferramenta científica não tinha como dominar esse mundo espiritual assim como procura dominar o mundo material, com todos os seus instrumentos de pesquisa, observação e precisão. No mundo espiritual prevalece o poder da lógica, da razão para entender a verdade que ele encerra. Outro problema é a aplicação dos seus princípios, pois muitos deles são incompatíveis ou inconvenientes com os interesses que regem o mundo material.

            Foi ai que percebi a fraqueza do meu caráter, nessa circunstância de mudança da hierarquia dos mundos, de privilegiar agora  mais o espiritual de que o material. Em reuniões sociais entre amigos e familiares temos condições de mostrar o nosso caráter até em maior profundidade. No último domingo participei de um aniversário de pessoa amiga. Todos brincavam, bebiam e comiam. Percebi que no final, pouca gente restava na festa, eu teria oportunidade de aplicar uma ação de cunho espiritual com os presentes. Sei que seria aceito por meu anfitrião cuja esposa aniversariava. Mas temia que o resto das pessoas se incomodassem e percebessem nessa ação uma interrupção a sua forma de brincar. Eu sabia dos bons resultados que essa ação teria, pois no aniversário da minha irmã eu a apliquei e foi positivo, não atrapalhou a festa, pelo contrário, trouxe para nós mais harmonia. Mas agora eu não tive coragem! O meu caráter ainda em processo de consolidação para o mundo espiritual, não conseguiu arranjar forças para vencer o medo da censura que eu poderia sofrer. E minha consciência estava convicta de que o pensamento estava correto, eu deveria aplicar uma ação espiritual naquela festa exclusivamente material, pois eu não me considero o Monitor de Jesus? Não me considero o filho de Deus que quer seguir os passos do irmão maior, Jesus, no estabelecimento do Reino de Amor na terra material? Então, numa prova dessa tão pequena, eu falhei desastrosamente.

            Fico agora a pensar no sucedido, reconhecer minha fraqueza de caráter e pedir a Deus as forças necessárias para que eu possa em outra ocasião ser digno daquilo que Ele me confiou: a missão de trabalhar pelo seu Reino.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/06/2012 às 10h36
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