Ao ler o livro VOIS SOIS DEUSES, de Arandi Gomes Teixeira/J.W.Rochester (Editora Correio Fraterno, 2011), me deparo com o seguinte diálogo, quando Plínio, o mentor e dirigente de uma das primeiras comunidades cristãs, fala ao seu jovem interlocutor, que o acusa de vaidoso, devido a disposição de ser martirizado em função da fé que possui:
“Não, meu amigo, não é a vaidade que nos move e sim um novo entendimento, uma nova proposta de vida: a de não-violência, de fidelidade ao bem e ao amor. Esse comportamento, que à maioria, parece fraqueza, é, em verdade o exemplo que nos cabe dar ao mundo que parece caminhar para um terrível abismo... Um dia, Bem Azir, nós seremos compreendidos... Posso ver desde agora, esse tempo... Meu coração bate mais forte e anseia por ele...”
Meu coração também bateu mais forte, pois senti a intensa sintonia de pensamento que se formou, apesar da distância no tempo e das transformações positivas que já atingimos, apesar de ainda estarmos mergulhados nos preocupações do terrível abismo à nossa frente. Agora também surge em muitas consciências um novo entendimento da necessidade de aplicarmos com mais honestidade, sinceridade e determinação a Lei do Amor Incondicional nas nossas relações sociais. A nova proposta de vida, do amor não-exclusivo, da fidelidade ao bem e ao amor é o entendimento de uma nova qualidade de vida. Esse comportamento que a maioria parece libertinagem é na verdade um exemplo que nos cabe dar ao mundo que parece caminhar por interesses de grupos (familiares, políticos, nacionais, étnicos, etc) a justificar corrupções, greves e guerras em todos os rincões do planeta. Temos nas lições do mestre Jesus a base moral motivadora, tanto ontem quanto hoje, associado ao nosso racional de perceber a coerência dos conceitos e filosofias e suas aplicações na prática.