Marcel Proust dizia que “a verdadeira viagem de descoberta não consiste em procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos.” É uma verdade! Eu sinto que a cada momento estou descobrindo novas paisagens, principalmente quando estou lendo algum livro. Até o descobrimento desta frase que eu não conhecia, serve como exemplo. Agora sei que cada novo descobrimento, novo conhecimento adquirido meus olhos passam a contemplar o mundo de forma diferente. Isso vai ajustando o meu pensamento a se aproximar cada vez mais da verdade universal. Se a nossa procura é verdadeira, intensa e honesta, terminamos por ter uma visão de mundo muito diferente daqueles que convivem conosco e que não tem a mesma preocupação de descobertas. Sinto isso muito salutar na minha vida, mas quem está de fora e percebe a discrepância do meu comportamento com relação aos das outras pessoas, pode desenvolver um sentimento de compaixão por mim, por entender o quanto isso me trará de sofrimento n desenvolver dos relacionamentos. Só uma pessoa muito amiga pode ouvir esse relato da minha forma de pensar e agir, perceber a diferença marcante, e mesmo assim ter tolerância e olhar fraterno para o caminho que enveredei. Hoje me considero muito distante nessa trilha que minha mente descortinou, sinto a solidão do caminhar sozinho, apesar de ter boas companheiras que se dispõem a caminhar comigo, se dispões a aprender a trilha por onde caminho para que também elas adquiram novos olhos. Sei que elas, tal como eu, também são vistas com críticas severas ao que pensam e procuram colocar em prática. Mas, com nossos novos olhos, percebemos a beleza desse caminho que por ele vamos, pois lá a distância nos espera o Reino de Deus!