Na construção do Reino de Deus devo ter cuidado para não desviar do caminho, por palavras ou ações, nas influências que recebo de amigos, colegas, parentes ou quaisquer pessoas que se aproximam e criam um clima divergente. A dificuldade é maior porque sei que saí desse meio divergente, que meu costume era pensar como todos pensam e de tentar me adaptar para pensar tal como todos pensam. Agora que tive oportunidade de conhecer uma nova realidade, onde a evolução do espírito é superior a evolução da matéria, que a evolução do corpo serve as necessidades da evolução do espírito, então os meus pensamentos devem estruturar um novo comportamento, tanto a sós como principalmente nos relacionamentos. Quando faço uma avaliação do quanto estou fazendo para construir essa nova realidade, vejo que não tenho firmeza. Sempre estou capitulando frente aos menores desafios. A caridade que resolvi enfrentar, até hoje a faço de maneira mecânica, um ato obrigado; a preguiça que também esbocei o enfrentamento, para essa a derrota foi vergonhosa, voltei ao meu padrão de garantir o repouso, bem estar e lassidão do corpo, em nome das necessidades biológicas, quando eu sei que a necessidade do espírito se impõe. Outro desejo do corpo, a gula, toda semana ensaio um enfrentamento definitivo para corrigir o excesso de peso que adquiri e não consigo. A pequena conquista dos primeiros dias da semana são totalmente revertidos no fim de semana. As conversas materialistas dos amigos, quer seja no campo sensual, político, financeiro, não consigo colocar o diferencial espiritual de forma clara. Mas como a esperança é a última que morre, continuo a pedir ao Pai quando lembro – isso é outra fraqueza, não ter um diálogo mais frequente e mais espontâneo com o Pai, forças para resistir a pressão da matéria e poder deixar o meu espírito com mais liberdade e pragmatismo no agir.