Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
18/07/2012 00h57
MENTE: SOLDADO EM LUTA

            No grupo de estudo que tenho toda semana li essa frase que me chamou a atenção: a mente é um soldado em luta. Era colocado que existe a Lei universal da evolução a qual todos estamos submetidos e devemos seguir com ordem, harmonia e progresso. Nossa alma estagia na terra através da reencarnação, uma Lei também natural e tão pouco reconhecida pela maioria, para servir como campo de estágio na batalha pelo aperfeiçoamento individual e coletivo. O coração deve se armar de ideias santificantes para conquistar a sublimação de si mesmo, a mais alta vitória. Então, é nesse contexto que a mente é o soldado que está em luta. Cada um de nós escolhe o seu campo de batalha onde a luta se realizará, de acordo com os imperativos da consciência ligadas pelo coração ao Criador. No meu caso, foi escolhido o campo do amor não-exclusivo (ou amor inclusivo) nas relações sociais, principalmente entre os gêneros e que leva a formação da família. Esse campo foi delineado ao longo da minha existência sendo que em cada etapa da vida uma faceta diferente era apresentada, mas sempre com a convicção do amor inclusivo, desde o momento que tomei a consciência de sua importância, da sua ligação muito mais próxima do Amor Incondicional. Reconheço que nesse caso minha mente foi vitoriosa em determinar o campo da batalha e de ser honesto com quem de mim se aproxima, principalmente aqueles que tem o forte condicionamento pelo amor exclusivo. Mesmo que recebam toda explicação desse campo de batalha onde minha mente luta como um soldado, mesmo que aceitem entrar na batalha e aceitar as condições do campo, mesmo assim, a cada momento que recebem a notícia das ações do amor inclusivo, reagem como se estivessem no campo do amor exclusivo. Minha mente logo percebe a desarmonia e não reconhece a pessoa como um aliado, é mais como um corpo estranho que está ao meu lado. Minha mente cala. Como um soldado disciplinado que sabe a principal lei desse campo de batalha, o amor incondicional, espera que a mente que até pouco tempo sintonizava comigo, faça suas devidas reflexões e veja se vale a pena continuar no campo de batalha comigo ou se a força do seu condicionamento a leva para outro espaço de batalha. Sempre acontece isso comigo. Tenho ao meu lado mentes companheiras que se dispõem a batalhar comigo no campo do amor inclusivo, mas não resistem a pressão dos condicionamentos do amor exclusivo e fogem do meu campo de batalha. Fico sozinho outra vez e quase sempre sofrendo a raiva de mentes que há pouco tempo eram minhas parceiras. Mas não desisto! Meu compromisso nesse campo de batalha é fazer a inclusão de quantos surjam e que dispare a sintonia do coração; de não excluir ninguém do relacionamento amoroso, mesmo que a pessoa não queira ir até a intimidade do relacionamento como está previsto, mas não exigido. Hoje tenho ao meu lado duas pessoas cujas mentes se dispõem a ficarem comigo nesse campo de batalha, em todas as dimensões, sem limitar a circulação do amor por nenhum tipo de preconceito. Mas vejo o quanto sofrem por não ter o treinamento que adquiri ao longo do tempo e ficarem fragilizadas sob a pressão externa das pessoas comprometidas com o amor exclusivo e querem que elas também se comportem como todas as pessoas fazem. Às vezes são as próprias exigências internas que durante toda a vida viveu em perspectiva do amor exclusivo e reagem negativamente a toda ação do amor inclusivo dirigido a outras pessoas. Correm o risco de criarem uma fixação mental, como foi o tema dessa lição, quando a mente fracassa em seus objetivos e deixa se envolver pelas paixões, pela vingança, desânimo, crueldade, ciúme, insegurança ou desespero. Não posso fazer nada para ajudá-las a não ser ficar imóvel e tolerante, esperar que a sua mente consiga vencer as dificuldades e volte para o meu lado e possa continuar na luta junto comigo, e dessa vez mais fortalecida em resistir a esse tipo de condicionamento.

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/07/2012 às 00h57
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