Nosso desempenho na vida as vezes exige que tenhamos atividades contraditórias ao que pensamos, uma atividade que é classificada como politicamente correta. Corremos o risco de defender uma coisa na teoria e na prática fazer diferente. É o que Jesus identificou como hipócritas, os túmulos caiados. Era o comportamento da turba ávida por justiça no apedrejamento da pecadora adúltera, que quando forçados pela autoridade moral de Jesus a olharem para dentro de si, viram que não podiam jogar a primeira pedra, nenhum deles! Hoje temos um comportamento parecido quando estudamos os livros sagrados, a Bíblia principalmente. Existe no seu contexto uma série de observações quando as normas de conduta. Aceitamos que elas são justas e que devem ser cumpridas, principalmente aquelas que se relacionam com a lei do Amor. Defendemos na rua ou em casa a observância e cumprimento dessas leis. Mas temos a maior dificuldades em cumpri-las. O problema é quando a pessoa passa a julgar e condenar as outras pessoas devido essa inobservância. O caso ainda é pior quando o fato é realizado com consciência plena da pessoa, aí nesse caso a pessoa é classificada como hipócrita, o pior pecado de todos, pois foi a essas pessoas envolvidas na hipocrisia que Jesus foi contundentes nas suas admoestações. Mas existem as pessoas que tem esse comportamento hipócrita, mas não tem consciência do que fazem. Levam a Bíblia debaixo do braço como arma para suas opiniões e todas suas ações são catastróficas, exigindo que os outros cumpram o que pensam que é correto, julgando e condenando sem se colocar no lugar do outro, jejuando e comungando para que Deus atenda seus desejos mesmo sabendo que vai de encontro aos desejos do outro. Para essa pessoas sei que Deus tem mais tolerância, pois sofrem em demasia por aquilo que pensam estar fazendo correto. Não é como os verdadeiros hipócritas, que se locupletam com suas ações, que sentem prazer em ver as pessoas subjugadas por seu poder artificial. Também nós, que procuramos ser honestos e fazer da prática uma extensão da teoria, também temos nossas dificuldades. Assumimos atitudes muitas vezes distantes da prática cultural, impulsionados pela coerência da consciência, e não pela prática hipócrita que muitas vezes se torna cultural. Do meu ponto de vista, é a ação correta que devo implementar. Não importa que seja julgado e condenado por não expor um comportamento “politicamente correto”. Sei que faço o que é saudável aos olhos de Deus, pois sigo com honestidade o que é ensinado nos livros sagrados e não condeno ninguém, nem por aquilo que faço e outros não, como por aquilo que também não consigo fazer. Se ainda faço o que aqui estou criticando é porque estou classificado naqueles que são hipócritas de forma inconsciente, e então peço a Deus ajuda para que meus olhos sejam abertos e eu possa sair dessa ignorância que me torna um perverso.