Ainda com respeito as reflexões do dia anterior, vou colocar aqui somente um aspecto dos muitos motivos geradores de decepções e mágoas na minha vida pregressa. Já reconheci que o maior erro foi a falta de diálogo para que os pensamentos pudessem ser avaliados a cada instante e assim evitasse construções fantasiosas nas nossas cabeças e também a abertura para que opiniões de terceiros pudessem ter força de desestabilizar a relação. Então vou abordar hoje somente o aspecto principal que motivou a expulsão da casa de minha primeira companheira.
Meu paradigma de vida era e ainda é a liberdade de amar, mas sem trocar quem quer que fosse, mesmo que estivesse sob forte paixão, pela minha companheira inicial. Mostrei isso a moça por quem estava apaixonado, que queria viver com ela e propus viver com as duas, já que a minha companheira eu não abandonaria. Ela mesmo estando apaixonada por mim, não aceitou a proposta. Naquele fim de semana fatídico, nós decidimos ficar juntos pela última vez. Saí de casa na sexta feira e ficamos hospedados em um hotel, para aproveitarmos o que seria nossos últimos momentos. A deixei na rodoviária e nos despedimos com lágrimas nos olhos, pois sabíamos que não iríamos mais nos encontrar. Fui para casa e encontrei minha companheira taciturna. Também eu não demonstrava muita alegria. Não procuramos conversar um com o outro. Somente agora ela veio me confessar que percebia que eu estava premeditando deixar a casa, pois percebia que eu me distanciava cada vez mais dela e das crianças. Ela na imaginava todo o meu esforço para vencer a paixão e permanecer a viver com ela, apesar de nosso relacionamento estar mais num nível fraterno. Eu não imaginava que ela se sentia abandonada, humilhada e mal-amada. Foi uma simples pergunta dela e a minha resposta honesta que deflagrou o processo de nossa separação.
- Voce estava com quem até agora?
- Com S.
Foi o necessário para ela explodir de raiva, me esbofetear no rosto e tirar toda minha roupa do armário e me mandar ir embora da sua casa. Nesse momento procurei ser empático com seus sentimentos, segurei o ardor que me subia no rosto, tentei controlar as lágrimas, juntei as roupas que ela jogava sobre a cama e fui embora para nunca mais voltar.
Acredito que se tivéssemos dialogado de forma tranquila e solidária um com o outro, eu jamais teria saído de casa, pelo menos naquele momento e por aquele motivo. Então essa foi a grande falha dentro da justa causa que eu já elaborava para meu comportamento. Não posso cometer o mesmo erro com quem quer que seja que se aproxime novamente de mim e queira compartilhar sua vida comigo.
Dessa forma, esse espaço de transparência é importante, pois posso colocar com toda a honestidade e de forma pública qual é o meu principal eixo de comportamento e como entendo e procuro praticar a forma de relacionamento:
DEFENDO O AMOR INCLUSIVO COMO PRINCIPAL EIXO NORTEADOR PARA O COMPORTAMENTO; QUE POSSAMOS NOS RELACIONAR COM QUANTAS PESSOAS SINTONIZEMOS AFETIVAMENTE E HAJA RECIPROCIDADE PARA VIABILIZAR A INTIMIDADE E ASSIM PROPOCIONARMOS UMA FAMÍLIA AMPLIADA, COMPARADA COM A FAMÍLIA NUCLEAR ONDE PREVALECE O AMOR EXCLUSIVO; ENTENDENDO QUE ASSIM ESTAMOS CUMPRINDO A LEI DO AMOR COM MAIS FIDEDIGNIDADE E QUE NOS APROXIMAMOS MELHOR DA FAMÍLIA UNIVERSAL, DO REINO DE DEUS!