Tenho um bom conhecimento, reconheço sem modéstia, mas pergunto se tenho alguma sabedoria. A sabedoria de fazer a coisa certa, no momento certo, com as pessoas certas, com o conhecimento que se tem. O homem mais sábio que passou à história com essa classificação, foi Salomão. Mas ele não aprendeu essa sabedoria. Ele pediu a Deus como único benefício do qual queria ser atendido era ser sábio. Deus vendo que ele não tinha tanta ganância pelas coisas materiais, atendeu o seu pedido. A história registra fatos que dão testemunhos dessa sabedoria. Outros fatos, quanto a riqueza e o número de mulheres e concubinas que possuía, parece que hoje não seria classificado como sabedoria, pelo contrário, quem assim proceder é considerado como capitalista selvagem, crente fanático e homem “galinha”, tarado. Ou será que a sabedoria está submetida à cultura de um povo? Mas a sabedoria não teria essa capacidade, de descobrir dentro das normas sociais o que não é adequado para a harmonia individual e coletiva e procurar transformar essa tal situação?
Meu conhecimento me leva a assumir comportamento totalmente contrário à norma cultural, defendo a criação da família ampliada com base no amor inclusivo, como forma de atingir a família universal com base no amor incondicional. Agindo dessa forma estou em paz com minha consciência. Mas fica a dúvida: isso é sabedoria?
Tenho capacidade de obter os conhecimentos mais diversificados, mas estou colocando-os em prática salutar dentro da minha situação de vida? Não tenho ainda o hábito de fazer orações e sei que como Salomão intuiu, somente Deus é quem nos dá a sabedoria, que podemos assumir até um modo diferente de viver, baseado no que Deus deseja. Como eu preencho muitos detalhes da pessoa que é sábia, termino por concluir que sou portador de alguma sabedoria, que adquiri pela graça do Pai, a única que nos ajuda em situações em que nenhum entendimento ou tipo de sabedoria comum pode fazê-lo.