Hoje é o dia dos Pais, segundo domingo de agosto e todos devíamos voltar o pensamento para Deus e agradecer por nossa vida e O reconhecer como o Pai primordial. Pelo menos neste dia devíamos ter a consciência de Deus em nossos processos cognitivos. Procuro desenvolver essa consciência de Deus no cotidiano, nas ações que pratico em meu entorno. Procuro entender a Natureza como a corporificação de Deus e assim, enquanto sou parte da Natureza, também sou parte integrante do Supremo. O meu treinamento em fisiologia humana facilita essa compreensão de Deus como a totalidade e que devo cuidar bem de tudo ao meu redor para a Sua satisfação. As partes do corpo também trabalham para a satisfação do corpo todo. Os membros do corpo não agem para a própria satisfação, mas sim para a satisfação do todo completo. Assim, eu devo agir para a satisfação de Deus, do todo e sem nenhum interesse pessoal. Isso é bastante difícil do ponto de vista material. O corpo procura por seus prazeres até mesmo para se preservar no tempo e no espaço. Existem sistemas de prazer inseridos na neurologia, que presenteia a pessoa pelos atos que faz. Um dos mais fortes é o orgasmo sexual. É o prazer máximo que se obtém durante o ato sexual e que serve para a reprodução dos corpos. Como oferecer tamanha sensação corporal ao Deus que a tudo permeia? Da mesma forma são os sofrimentos. Tanto a dor e o prazer eu devo sentir, mas com a compreensão de que este é um relacionamento como Deus, com o todo e que se isso não é uma ação conveniente, de alguma forma a expressão do todo se manifesta na parte, a expressão de Deus se manifesta em mim. É claro, essa consciência não é assim tão fácil de adquirir. Logo que minha atenção relaxa, o pensamento se volta para os interesses corporais. É costume se presentear o aniversariante e como hoje é o dia dos pais, e como não tenho mais pais biológicos, vou concentrar todo a minha capacidade de doação ao Pai primordial e oferecer o presente de sempre O ter em minha consciência, pelo menos na intenção do que quero fazer.