Sei que a âncora é um dispositivo fundamental para barcos de qualquer calibre. Serve para os manter estabilizado em algum lugar sem o risco de sair à deriva e se perder pelo mar adentro. Assim também precisa nossa alma de algum elemento que a estabilize no mar da vida e não a deixe vagar ao sabor dos ventos e correntezas. Desde o início de minha educação, venho tentando encontrar essa âncora que me deixe estabilizado e pronto para seguir meus paradigmas quando isso for conveniente. Encontrei os valores da comunidade, da cultura, a ética, a moral, todos são elementos importantes, mas correm o risco de serem violados na sua integridade pelos interesses mesquinhos do homem. Assim a âncora perde o seu valor, o barco corre o risco de entrar na deriva. Encontrei uma âncora mais confiável, mais segura e coerente com os princípios morais universais. Essa âncora foi disponibilizada por um homem há mais de dois mil anos, chamado Jesus o Nazareno e que se dizia ser filho de Deus. Nasceu com humildade entre os animais, mas se mostrou capacitado em discutir com os doutores da Lei em seus templos. Nunca escreveu nada, mas seus discípulos escreveram o que Ele ensinava e testemunharam o que viram dos seus exemplos. Até o fim da sua vida manteve a coerência com o que pregava e numa extrema prova de fidelidade aos desígnios do Pai em sua vida, deixou que o levassem ao sacrifico máximo da crucificação. Dessa forma Ele formatou uma âncora poderosíssima com a qual posso atracar a minha alma frente a qualquer tempestade em minha vida. Agora sei que tenho um Pai amantíssimo que me criou do seio da ignorância, me dotou do livre arbítrio para que eu possa evoluir com o meu próprio esforço e que está sempre disposto a me ajudar nas minhas dificuldades. Tenho o exemplo de Jesus, meu irmão maior, como o representante dessa âncora espiritual a qual posso lançar mão com a fé raciocinada e assim me sinto seguro em qualquer nível de tempestade que me atinja.