Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
23/08/2012 23h21
LIBERTAÇÃO DO CORAÇÃO

            O templo do coração humano é construído na origem pelos imperativos do materialismo, da biologia, da fisiologia que o coloca como órgão central distribuidor da vida através dos elementos da nutrição. Como nossa sobrevivência depende disso, existe toda uma instintividade para garantir, através de atitudes egoístas, a aquisição, manutenção e armazenamento desses preciosos elementos nutritivos que associados aos impulsos sexuais formam a cadeia de forças que determina o mundo material, a biologia e a nossa sobrevivência enquanto ser animal. O coração, naquilo que possui de mais nobre, a capacidade de amar, permanece preso nessas engrenagens. Foi Jesus, o divino mestre, que veio nos ensinar a existência de outro mundo localizado na dimensão espiritual, hierarquicamente superior ao mundo material e que devemos aprender suas leis, tendo como base a Lei do Amor. Com isso podemos libertar o coração para a sublimidade do amor e da luz, através da fraternidade, da justiça e do conhecimento. O Mestre não exigia que fôssemos santos ou heróis de uma hora para outra. Não exigia que os seguidores praticassem milagres, nem lhes exigiam o impossível.

            Com a aquisição desse conhecimento passei a me esforçar para libertar meu coração dessa tremenda força materialista, instintiva, e ir à procura do Amor Incondicional. O caminho não é fácil, a luta é árdua. Os instintos que residem no meu corpo faz uma série de apelos para o conforto e o prazer das próprias células organizadas e capitaneadas pelos gens, sistema nervoso e sistema endócrino. Resolver tudo isso de uma só vez e uma missão na prática impossível. Mas sigo as lições do mestre que não exigia o impossível. Pego cada lição dele e vou tentando colocar em prática de forma integral, mas respeitando os meus limites, tanto de compreensão da lição que foi dada, como a energia e coragem de colocar na prática os ensinamentos. A começar pela aula de amar a Deus sobre todas as coisas, procurando entender o conceito de Deus, a quem me dirigir, até o outro conceito complementar e abrangente, de amar o próximo com a mim mesmo. Agindo assim com todas as coisas, pequenas e rotineiras, sinto que estou paulatinamente libertando meu coração dessas amarras egoístas, apesar de também respeitar suas leis materialistas e considerar o corpo como um templo de fé e ciência.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/08/2012 às 23h21
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