Enquanto filho de Deus e discípulo de Jesus, aprendo a cada momento que meu relacionamento com Deus é constante, através da própria natureza. Tenho contato com Ele a qualquer instante, converso com Ele através da prece e escuto suas orientações através da meditação. Mas é esse contato direto com Ele através dos diversos aspectos da Natureza, o grande fator de aprendizagem e também de aferição dos conhecimentos e capacidade prática de exercê-los. O mais forte fator dessa aprendizagem é com os seres humanos, tantos os íntimos, quanto os próximos, quanto os distantes. Todos são os melhores representantes de Deus dentro na Natureza, tem os sentimentos, emoções, inteligência bem desenvolvidos e o livre arbítrio que é o bem mais precioso. Portanto fazer o bem ao semelhante é fazer o bem ao próprio Deus e por isso é a principal Lei e está associada ao próprio amor à Deus. Mas ao lado de fazermos o bem ou o mal ao semelhante, está também o fato de sermos alvo desse bem ou desse mal por parte deles. Tenho essa compreensão e cada vez mais procuro aprimorar minha capacidade de fazer o bem ao semelhante e compreender as lições que o semelhante me dirige. Geralmente são os reflexos do bem que pratico, mas algumas vezes esse bem não é tão bem entendido, pelo contrário, pode até parecer um mal para quem tem uma outra compreensão e dessa forma eu sou atingido de forma muito dura. Mas tenho a compreensão do porque isso acontece e justifico na consciência esses atos e procuro sempre manter o nível de amor por esses que me atacam dessa forma e procuro uma forma de levar à melhor compreensão dos atos que são praticados. Algumas vezes me deparo com pessoas que não tenho conhecimento e me advertem de forma dura para erros que estou praticando. Foi assim que aconteceu no estacionamento com o cachorrinho que sempre deixo correr por todas as áreas do condomínio, mesmo sabendo que existe uma convenção proibindo esses atos. Um dos moradores me advertiu com severidade do erro que eu estava cometendo, do abuso as normas do prédio. De repente o ego se inflama e quer reagir com agressividade e tentar desqualificar o meu interlocutor. Mas o meu espírito está atento, reconhece a verdade daquelas palavras, mesmo que sejam duras e que são ditas por um semelhante de Deus como eu também sou. O espírito força ao meu raciocínio animal que quer logo partir para o confronto, que ali esta a Voz de Deus, que o erro existe e eu tenho conhecimento, que devo aceitar a lição e corrigir o meu comportamento. É isso que eu pretendo fazer com quem está cometendo erros de outras espécies, também me portando como representante de Deus e sendo a sua voz, e portanto, por que não devo aceitar a mesma oferta de ensino proporcionada por um irmão? Mesmo que ele não tenha a delicadeza que eu possuo para dar minhas lições, mas também não existe um professor igual ao outro. Também serve como lição saber tolerar com paciência e compreensão essa forma de expressar o pensamento e as queixas. Agradeci ao queixoso a advertência que ele me fez, não com tanto carinho e sincero agradecimento como eu poderia ter feito, ainda saiu o agradecimento contaminado pelo incêndio que o Ego logo provocou na minha consciência. Agradeci também ao Pai a lição que Ele me proporcionou, a domesticar os meus instintos animais, a corrigir meus erros comportamentais, a domesticar o meu Ego, através da voz que Ele emprestou a um dos meus irmãos.