Posso dizer que o sexo é a minha principal ferramenta evolutiva. Não é que eu seja dependente dele, que seja subjugado por sua força, muito pelo contrário. Apesar de que na aparência muitos pensarem dessa forma, até pessoas bem íntimas e que já tem um bom conhecimento de quem eu seja. Acredito até que a engenharia espiritual me colocou na terra em pontos estratégicos para que eu desempenhasse a minha missão que tem o sexo como seu catalisador. Nasci através de pais que tem uma forte índole sexual, o meu pai de tão exagerado nos seus impulsos eróticos levou a separação do casamento com minha mãe e era discriminado pela comunidade em que morava. Fui criado desde os seis anos de idade por minha avó materna, que trabalhava com boate e tinha sob seu controle diversas mulheres de programa, prostitutas mesmo. Foi nesse meio que cresci e fui educado, apesar de ter tido oportunidade de me preparar estudando em uma boa escola e ter o cuidado de minha avó para que eu não entrasse no mundo das drogas ou no exagero do sexo. Entrei em contato com os prazeres do sexo de forma solitária, com a imaginação, com a masturbação. Com a imaginação eu também construía os meus castelos de fantasia e era sempre o “mocinho” defensor dos fracos e oprimidos, que iria encontrar a mulher ideal, com ela casar e vivermos felizes para sempre.
Com a minha vinda para Natal, para servir à Marinha, continuei privilegiando o estudo e deixando o sexo em segundo plano. Casei com a mulher dos sonhos e continuei nos estudos. Foi aí que me defrontei com a força dos impulsos sexuais que passou a sitiar meus paradigmas de fidelidade conjugal, de amor exclusivo. Depois de muita batalha íntima onde eu esgrimia sempre os valores da justiça, solidariedade, transparência, coerência e amor, sempre no silêncio das minhas argumentações cognitivas, cheguei a conclusão de que deveria mudar os meus paradigmas, pois o amor inclusivo dentro de uma relação familiar ampliada era a mais racional, mais aplicada à vontade de Deus em nossas vidas. A partir daí o sexo passou a ser uma ferramenta auxiliar do amor incondicional, a senha para incluir pessoas no círculo mais íntimos dos meus relacionamentos e assim construir a família ampliada. Mesmo que eu sofra críticas de pessoas mais íntimas, mesmo assim sinto na consciência onde está escrita a Lei de Deus que estou fazendo a vontade do que Ele deseja para mim. O sexo que por tantos é visto como um impulso tão vulgar, para mim tem a natureza do divino e contribui para potenciar e expandir o amor incondicional, que sempre que tenho oportunidade e conveniência eu faço com respeito a dignidade do outro, com o objetivo de contribuir para o seu crescimento individual, principalmente no campo espiritual. A nossa recompensa imediata são os prazeres intensos que o corpo desperta e, principalmente, a vontade do Pai por essa construção de relacionamentos mais próximos do Reino que Ele que ver funcionando na prática.
Portanto, eis o meu maior recurso operacional, na realização dos atributos da minha missão aqui na terra, neste momento especial da minha vida, obedecendo sempre a vontade do Pai que Ele instalou em minha consciência: O SEXO!