O amor é o outro prato da balança, em oposição ao egoísmo. Nasci sem saber da existência do amor. Meu comportamento era determinado pelos instintos que de forma egoísta lutavam pela sobrevivência do meu corpo. A medida que fui crescendo, me fortalecendo, e amadureci todas as estruturas biológicas e psicológicas, aprendi da prevalência do mundo espiritual sobre o mundo material, da evolução do espírito sobre a evolução do corpo. Então passei a limitar as ações egoístas e aprendi que a melhor forma de fazer isso é desenvolver dentro de mim o amor em sua forma mais sublime: O AMOR INCONDICIONAL. É ele que está a serviço da minha evolução espiritual em nome de Deus, Pai e Criador, que com Ele chega a se confundir. Sigo para isso o modelo mais completo de ser humano que já veio do plano espiritual ao material, Jesus Cristo. Procuro entender as diversas religiões que nos ajudam a fazer a conexão com Deus, não importando o nome que a cultura local ofereça. Aprendo a cada momento, dentro dos relacionamentos, a olhar o próximo também como um filho de Deus, que é o meu irmão, não importa a cor da pele que possua, a forma de religião que pratique, a ideologia social que defenda. Quando esse próximo é do sexo feminino entra em cena outra força poderosíssima que é o romantismo, o erótico, o sexual, que é de máximo interesse para o corpo material, pois é a partir dessa força que é possível a reprodução dos corpos e a manutenção da vida dentro da matéria. Mesmo sendo invadido por essa força erótica tão poderosa, não devo esquecer dos princípios do amor incondicional, para não decair para a prevalência do amor erótico, que no romantismo tem um caráter exclusivista. À duras penas aprendi a colocar sob o cabresto essa forma erótica, romântica do amor se expressar e a deixo a serviço do amor incondicional. Não vou negar a força do romantismo e a beleza sentimental que ele nos traz. O exclusivismo que está em sua essência deve ser tolerado nos momentos de intimidade a dois, a sós ou em público. Mas logo que esse momento de intimidade deixe de existir, deverá prevalecer o amor incondicional, principalmente pelos companheiros de jornada, as pessoas que comungam conosco os mesmos princípios, jamais deixar nenhum companheiro constrangido, mostrar superioridade perversa, ou ações exclusivistas que são incompatíveis.
Assim, ponderando os dois pratos da balança, acredito que o amor seja favorável, tenha maior peso que o egoísmo. Fico confortável com essa avaliação feita por minha consciência, espero não ter sido tão otimista como fui quando tratei do perdão, que esta seja uma condição real.