“Saúde aos nossos irmãos judeus que estão no Egito. Seus irmãos, os judeus residentes em Jerusalém e no país de Judá, auguram-lhes uma paz venturosa. Deus vos acumule de bens e que se lembre de sua aliança com Abraão, Isaac e Jacó, seu fiéis servidores. Que ele disponha e à piedade e observância de seus mandamentos com um coração generoso e uma fervente submissão! Que ele abra vosso coração à sua lei e aos seus preceitos e que vos estabeleça na paz! Que ele ouça vossas súplicas, vós seja misericordioso e não vos abandone nas provações! Nós daqui rezamos por vós. 2Mc 1,1-6.”
Este trecho da Bíblia, da carta aos judeus no Egito, que leio diária e sequencialmente, trouxe uma instrução que sigo como uma indicação da inteligência de Deus, nestes dias de contagem regressiva onde procuro firmar as bases comportamentais para a formatação de relacionamentos mais próximos ao seu Reino. Nesses relacionamentos fica bem claro a prioridade do amor inclusivo em detrimento do amor exclusivo, da família universal à família nuclear. Isso implica que pessoas do relacionamento possam morar em outras casas, outros bairros, cidades, até países diferentes. O que importa é a aliança que tenha sido estabelecida entre todos, no projeto de procurar viver o Reino de Deus com a sintonia no desenvolver do amor incondicional em todos os nossos relacionamentos. O sentimento de fraternidade e de cuidados com todos é uma consequência dessa aliança e sintonia.
Os judeus eram considerados naquela época o povo escolhido por Deus, reconheciam o Deus único e procuravam seguir suas ordens, mandamentos e preceitos. Terminaram espalhados pelo mundo, mas onde qualquer um deles se encontrasse tinham a consciência dessa aliança e de seus deveres.
O tempo trouxe a evolução da ciência e tecnologia, mas o sentimento egoísta, a tendência a barbárie, foi sempre mais eficazmente contidos pelos princípios espirituais do Deus único. Mas observamos que, apesar da prática religiosa ter a sua importância na estabilidade política dos povos, mesmo assim está longe de observarmos comunidades fraternas baseadas na principal orientação do Criador: o Amor Incondicional. Ainda estamos cercados de mazelas sociais como a fome, pestes, as guerras que podem acontecer até mesmo em nome da religião. Extremo paradoxo que só pode ser explicado pelos nossos fortes impulsos egoístas associados à ignorância da verdade universal. É necessário hoje um esforço adicional de nossa inteligência para uma associação racional à Lei do Amor e assim construir relacionamentos mais harmônicos e que levem a tão sonhada “terra de Canaã”, ao Reino de Deus.
Com essa compreensão, o texto bíblico lido hoje pode ser atualizado da seguinte forma, entendendo que tenhamos evoluído e que já existimos em diversos pontos do planeta.
“Saúde e paz aos nossos irmãos espirituais que estão na Europa (consideramos todos como irmãos, mas essa ênfase no espiritual resalta a aliança/sintonia que se tem com a Lei do Amor. O destino, Europa, pode ser em qualquer rincão do mundo). Seus irmãos espirituais que moram no Brasil, auguram-lhes uma paz venturosa. Deus vos acumule de bens para que possa contribuir com a felicidade de todos ao redor e que se lembre da aliança com o Deus universal e de seus mensageiros mais próximos como Jesus, Buda, Maomé, seus fiéis servidores. Que Ele disponha a vossa alma e à piedade e observância do seu mandamento principal, a Lei do Amor, com um coração generoso e uma fervente submissão! Que Ele abra cada vez mais vosso coração à sua Lei e aos seus preceitos e que vos estabeleça na paz onde te encontrares! Que Ele ouça vossas súplicas, vos seja misericordioso e não vos abandone nas provações! Nós daqui rezamos por vós.”
Então, este é um importante princípio que já venho procurando cumprir, implementar no sentido da difusão dessa mensagem e da importância de vencermos nossos adversários internos egoístas que não desejam que dividamos o que temos com o outro.