Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
24/11/2012 03h43
POUCA FÉ

            O cardeal Carlo Maria Martini fazia a seguinte pergunta e rogativas: E nós, Senhor? Não tememos dizer-te que nos encontramos agora, como teus primeiros discípulos. A nossa fé é companheira da parca disponibilidade, da rigidez do coração, da dureza, da incapacidade de te compreender. Repreende-nos, Senhor, para que o nosso coração possa acolher-te! Faze com que não nos amedrontemos da nossa dureza de coração, possamos colher os sinais de tua presença.

            Tenho a mesma dificuldade do Cardeal. Tenho consciência do mundo espiritual, sei que minha pátria real é no mundo espiritual, que estou aqui fazendo uma espécie de curso de aperfeiçoamento para ao retornar conquistar melhor espaço vibracional. Sei que o Mestre Jesus veio a mando do Pai nos passar as devidas orientações para conquistar os atributos necessários de transformação, evolução e reforma intima.

            A disponibilidade que possuo ainda está majoritariamente voltada para o mundo material, com o trabalho, com o lazer, com a alimentação do corpo; sinto meu coração rígido quando a caridade me visita na forma de pedintes na rua e nos semáforos e eu, por mais que tenha a vontade de ser solidário,  a interpreto com medo de estar sendo ludibriado; a minha inteligência é insuficiente para a compreensão do Criador...

            Faço a mesma rogativa do cardeal a Deus: que Ele amoleça o meu coração, que eu encontre mais disponibilidade de tempo para realizar as coisas do espírito, e principalmente, que eu possa reconhecer os sinais de Sua presença.

            Apesar de tudo isso, reconheço também a magnitude da compaixão de Deus para com ser ainda tão imperfeito. Usa a minha fé ainda incipiente para enviar mensagens instrutivas por todos os meios e assim eu possa corrigir rotas e com a percepção dessa realidade eu possa aumentar gradativamente a minha pouca fé.

            Aproveito a oportunidade para fazer mais uma rogativa ao Pai, que me dê sabedoria para que eu possa distinguir os seus sinais, diferenciar o certo do errado e força para continuar a caminhar pela porta estreita.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/11/2012 às 03h43
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