Fui à festa da Padroeira de Ceará-Mirim-RN acompanhado por minha companheira pessoal e por alguns outros familiares. Na festa já estava presente minha companheira espiritual. Reconheço de início, o foco era a festa mundana e não a festa espiritual. Fui com o intuito de lazer, de ver barracas, apresentações, brincadeiras... nada do espiritual. Fiquei desconfortável, algo me dizia que eu não estava fazendo o correto. Minha companheira espiritual, envolvida com as atividades religiosas não pôde nos encontrar. Minha companheira pessoal estava tensa pela forma como iríamos nos encontrar. Minha filha dava sinais de cansaço. Enfim, terminamos por voltar sem nos encontrarmos todos, sem a festa mundana ter começado. Acredito que todos tenham sentido algo do que eu senti, mas ninguém se manifestou negativamente e todos circulamos com alegria e curiosidade ao redor da igreja.
Fica uma lição que Deus nos deu nessa noite, principalmente a mim que me considero tão envolvido nas forças do bem sob o comando de Jesus. Todas as atividades materiais tem a sua importância e devemos participar e nos integrar com os demais, mas sempre conscientes de que a prioridade é com o foco espiritual, que o material seja sempre que possível influenciado pelo espiritual e não o contrário.
Isso já aconteceu com o outro encontro espiritual que participo em Campina Grande, o encontro da Nova Consciência, onde existe todo congraçamento em torno das atividades das diversas religiões. Quando vou em companhia de pessoas cuja expectativa é de diversão mundana, termina por contaminar o objetivo espiritual da viagem.
Esse é um aspecto que devo tomar mais cuidado daqui para a frente. Mesmo que eu vá na companhia de pessoas que não tenham o mesmo interesse espiritual que eu, tenho que advertir que iria me envolver nas atividades espirituais e se eles não tem motivação para me acompanhar, que não fiquem incomodados por eu ter que cumprir o que manda minha consciência, mesmo que eu fique distante deles nesses momentos de atividade espiritual.